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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E 
MUCURI 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – PIEPE III 
 
 
 
 
INTERAÇÃO HOMEM-NATUREZA E O DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
EQUIPE: Ana Paula Luiz De Oliveira, Fernanda Barbosa, Luan 
Miranda Sales, Marciana Alves, Nayara Giscelly. 
PROFESSOR TUTOR: Prof. Dr. Adalfredo Rocha Lobo Júnior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNAÍ/MG 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Sempre houve o suficiente no mundo para todas as necessidades humanas. 
Nunca haverá o suficiente para a cobiça humana." 
 
(Mahatma Gandhi) 
 
RESUMO 
 
 
O homem utiliza a natureza como fonte de recursos para a sua sobrevivência, porém 
com o crescimento populacional humano, houve uma demanda por mais recursos 
naturais para suprir suas necessidades. Para atender ao aumento da demanda, que 
surge como consequência do aumento do consumo, as indústrias começaram a 
produzir em larga escala, gerando grande quantidade de resíduos. Os resíduos 
industriais muitas vezes agridem o meio ambiente e geram danos à saúde humana. 
Verifica-se a necessidade da criação de mecanismos efetivos de conservação do 
meio ambiente. A criação de Unidades de Conservação e a utilização de modelos de 
empreendimentos sustentáveis para a sua gestão, como o ecoturismo e o turismo 
rural, se tornam excelentes estratégias nesse cenário. Esses modelos proporcionam 
não só o equilíbrio ambiental, desenvolvimento econômico e social da região, como 
a promoção cultural regional. 
 
Palavras-chave: conservação da natureza; desenvolvimento sustentável; turismo 
rural; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
The man uses nature as a resource for their survival, but with human population 
growth, there was a demand for more natural resources to meet their needs. To meet 
the increased demand, which arises as a result of increased consumption, industries 
began to produce large-scale, generating large amounts of waste. Industrial waste 
often harm the environment and generate harm to human health. There is a need to 
create effective mechanisms for environmental conservation. The creation of 
protected areas and the use of models of sustainable enterprises for their 
management, such as ecotourism and rural tourism, become excellent strategies in 
this scene. These models provide not only the environmental, economic and social 
development of the region as a regional cultural promotion. 
 
Keywords: nature conservation; sustainable development; rural tourism; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................... 6 
2. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................... 7 
2.4 INTERAÇÃO ENTRE HOMEM E NATUREZA ......................... 7 
2.5. GERAÇÃO E IMPACTO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS ....... 8 
2.6. CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E SUA 
IMPORTÂNCIA .................................................................................. 10 
2.6.1. Unidades de Conservação ................................................. 11 
2.7. FORMAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ........... 12 
2.7.1. Ecoturismo e Turismo Rural ............................................... 13 
3. NOVA RELAÇÃO ENTRE HOMEM E NATUREZA ..................... 17 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................ 19 
ANEXO I .............................................................................................. 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
Há tempos que o homem utiliza a natureza como fonte de recursos para a sua 
sobrevivência. Nos últimos anos observa-se nos noticiários, inúmeras reportagens 
sobre o descontrole do homem na utilização dos recursos naturais. Albuquerque 
(2007) ressalta que o homem sempre interferiu na natureza, mas nem sempre essa 
interferência causou tantos problemas socioambientais. 
Com o passar dos anos houve o crescimento populacional humano, e com 
isso uma demanda por mais recursos naturais para suprir suas necessidades 
básicas. 
Após a revolução industrial e o desenvolvimento econômico mundial, 
verificou-se o aumento do consumo e de necessidades construídas pela sociedade. 
As indústrias começaram a produzir em larga escala para atender a demanda, 
consequentemente aumentando a quantidade de resíduos. 
Os resíduos produzidos pelas indústrias são, muitas vezes, descartados 
descontroladamente em meio à natureza, sem qualquer tratamento prévio. Grande 
parte desses resíduos são considerados agressores ambientais, entre eles estão os 
alquilfenois: octilfenol e nonilfenol, que quando descartados na natureza 
desencadeiam uma série de danos ambientais e à saúde humana. 
Assim, verifica-se a necessidade da criação de mecanismos efetivos de 
conservação do meio ambiente e dos recursos naturais e a importância de que todos 
os envolvidos em todo esse processo estejam engajados em colaborar e contribuir e 
principalmente, que o poder público enxergue o seu papel e trabalhe com afinco, e 
que a população utilize de seu poder para o controle e monitoramento de ações e 
resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
2.4 INTERAÇÃO ENTRE HOMEM E NATUREZA 
 
No passado e nos dias atuais, observa-se diversas ações do homem na 
natureza, sempre realizada com a finalidade de obter algum tipo de benefício, em 
busca do crescimento. Porém, tais ações são tomadas de maneira descontrolada e 
imprudente. 
Grandes problemas, tais como: desmatamentos, desertificação, perda da 
biodiversidade, a diminuição da camada de ozônio, o aumento do efeito estufa, o 
superaquecimento global, a crise hídrica, o crescimento demográfico, a cultura 
consumista, a geração de lixo, a biopirataria e tantos outros complicadores, surgiram 
pela autodesignação do homem como dominador da natureza, porém, nem sempre 
foi assim (GONÇALVES, 2008). 
No princípio, as relações do homem com a natureza eram divinas e estavam 
ligadas a mitos, rituais e magia. Havia certo receio por parte do homem quanto às 
consequências de seus atos na natureza (GONÇALVES, 2008). 
Com o passar dos anos, a concepção do homem em relação à utilização dos 
recursos naturais vem sofrendo alterações. A necessidade deu lugar ao consumismo 
e ao prazer por adquirir. Albuquerque (2007) e Cortez e Ortigoza (2009) destacam a 
existência da sociedade de consumo nos dias atuais. Conforme Dias (2007) apud 
Olívio e Carvalho (2010), a sociedade de consumo tem como principal propulsor o 
comercialismo, que é resultante da intensificação do marketing, que induzem o 
consumo exagerado, o que provoca o aumento da extração de recursos naturais e 
consequente geração de resíduos. 
A natureza está sendo vista não como fonte de recursos indispensáveis à 
sobrevivência, mas como capital. Mazzer e Cavalcanti (2004) ressaltam que o 
crescimento da população e a urbanização acelerada, atrelados à postura 
individualista da sociedade, contribuem para o aumento do uso dos recursos 
naturais e para a geração dos resíduos. 
 
 
2.5. GERAÇÃO E IMPACTO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS 
 
Atrelado ao individualismo e ao consumismo da sociedade, encontra-se o 
desejo das indústrias em fornecer um número cada vez maior de produtos. As 
indústrias despertam nas pessoas o interesse em adquirir produtos, que muitasvezes são dispensáveis. 
Conforme Albuquerque (2007), as indústrias visam apenas os elevados lucros 
que se obtém da produção exagerada. Porém os altos lucros obtidos não deveriam 
ser a justificativa para os milhares de problemas que surgem através da agressão 
direcionada ao meio ambiente. 
As indústrias eliminam resíduos de várias naturezas. Quando esses resíduos 
são descartados sem os devidos cuidados causam danos ao meio em que foram 
dispensados. 
Jordão et al. (1999) destaca que o desenvolvimento industrial é um dos 
principais responsáveis pela contaminação das águas. A negligência no tratamento 
de seus rejeitos antes de despejá-los nos rios, acidentes e/ou descuidos, cada vez 
mais frequentes, propiciam o lançamento de muitos poluentes nos ambientes 
aquáticos, contribuindo para que as águas naturais se tornem residuárias 
(efluentes). 
Dias (2012) destaca a indústria farmacêutica como fonte de contaminação 
das águas, Francisco et al. (2014) destaca a indústria calçadista como geradora de 
resíduos com potencial poluidor das águas. Henriques (2004) destaca que a 
indústria têxtil gera grandes quantidades de resíduos que podem gerar danos ao 
meio ambiente. 
De acordo com Bila e Dezotti (2007) os desreguladores endócrinos são 
substâncias muito investigadas devido aos seus efeitos ao meio ambiente. Uma 
grande preocupação relacionada a essas substâncias é que podem produzir efeitos 
adversos aos organismos expostos a eles, mesmo em baixas concentrações. 
Os alquilfenois, contaminantes emergentes e que são também apontados 
como alteradores endócrinos, merecem destaque pelo amplo uso (FRANCO, 2013). 
Os alquilfenois são substâncias formadas por um grupamento fenólico ligado a uma 
cadeia carbônica. A partir destes compostos são gerados os alquilfenóis etoxilados 
(APEs) que estão presentes em formulações de diversos produtos como detergentes 
 
 
(surfactantes), praguicidas, entre outros. Os mais comuns são o octilfenol etoxilado 
(OPE) e o nonilfenol etoxilado (NPE), sendo que este é o mais tóxico, pois gera o 
nonilfenol (NP) após degradação. A forma mais comum de exposição humana é a 
ingestão de água contaminada pelos produtos inalterados e/ou seus produtos de 
degradação (SILVA et al., 2007). 
O nonilfenol é utilizado principalmente como surfactante e como aditivo em 
polímeros, produtos de cuidado pessoal e lubrificantes; enquanto o octilfenol é 
empregado principalmente como agente emulsificante em processos de síntese de 
polímeros em menor quantidade, na indústria têxtil e couro, pesticidas e tintas à 
base de água (GILBERT, 2012 apud FRANCO 2013). 
Os desreguladores endócrinos podem interferir no funcionamento do sistema 
endócrino de três formas: imitando a ação de um hormônio produzido naturalmente 
pelo organismo, desencadeando reações químicas semelhantes no corpo (efeito 
agonista); bloqueando os receptores nas células que recebem os hormônios, 
impedindo assim a ação dos hormônios naturais (efeito antagonista); ou afetando a 
síntese, o transporte, o metabolismo, a excreção e concentração dos hormônios 
endógenos (BIERKETT, 2003 apud FRANCO, 2013). 
Silva et al. (2007) ressalta que essas substâncias demonstram alterações 
estruturais e funcionais adversas nos órgãos reprodutores masculinos e femininos, 
tais como redução significativa da fertilidade masculina, hipertireoidismo, alterações 
do comportamento, interferência com o sistema nervoso central, aumento da 
frequência de cancros “hormonais”. 
Os desreguladores endócrinos interferem causando anomalias no sistema 
reprodutivo de animais, incluindo peixes, répteis e pássaros e induzem a síntese de 
vitelogenina no plasma de peixes (HAMANN, 1990 apud DIAS, 2012). A vitelogenina 
é uma proteína produzida no fígado de fêmeas ovíparas vertebradas e depositada 
nos ovários que mais tarde servirá como matéria prima para a síntese da gema do 
ovo (SILVA et al., 2007). A exposição aos desreguladores endócrinos pode causar a 
diminuição da eclosão de ovos de pássaros, peixes e tartarugas; feminização de 
peixes machos; problemas no sistema reprodutivo de peixes, répteis, pássaros e 
mamíferos e, alterações no sistema imunológico de mamíferos marinhos (BILA e 
DEZOTTI, 2007). 
 
 
Quanto a metodologias de tratamento das águas, Dias (2012) destaca que 
existem processos que visam reduzir ao máximo os efeitos nocivos que esses 
poluentes possam gerar. É preciso que as indústrias estejam atentas às questões 
ambientais e se comprometam com o desenvolvimento sustentável. 
Para Barbiere (2004) apud Oliveira (2006) as preocupações ambientais das 
empresas não são espontâneas, se não influenciadas por três grandes conjuntos de 
forças que se interagem reciprocamente: o governo, a sociedade e o mercado. 
Mesmo que não seja de forma intencional e calculada, as empresas precisam 
enxergar a necessidade de se atentar para as questões ambientais. Portanto, as três 
forças citadas precisam se fazer presentes nesse contexto. 
 
 
2.6. CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E SUA 
IMPORTÂNCIA 
 
Tomando-se como referência o fato de a maior parte da população brasileira 
viver em cidades, observa-se uma crescente degradação das condições de vida, 
refletindo uma crise ambiental. Isto remete a uma necessária reflexão sobre os 
desafios para mudar as formas de pensar e agir em torno da questão ambiental 
(JACOBI, 2003). Portanto se faz necessário o interesse em conservar os recursos 
naturais. 
De acordo com a Lei nº 9.985 de 18 de Julho de 2000, que institui o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, conservação da natureza é: 
 
“[...] o manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservação, 
a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do 
ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases 
sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as 
necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a 
sobrevivência dos seres vivos em geral”. 
 
 
Tocchetto (2005) ressalta que a conservação é o aproveitamento controlado, 
equilibrado dos bens que constituem o ecossistema, em extensão e ritmo tais que 
permitam sua recomposição, de forma induzida ou inteiramente natural. Não é 
preciso se privar completamente da utilização dos recursos naturais para evitar que 
 
 
se extingam, é preciso consciência, realizar medidas de controle e criar sistemas 
eficazes que auxiliem o homem na conservação da natureza. 
A conservação da natureza pode ser vista como um instrumento que visa 
minimizar impactos e degradação ambiental sejam eles ocorridos em áreas urbanas 
ou rurais (MENEGUZZO e CHAICOUSKI, 2010). As unidades de conservação de 
uso sustentado são apontadas como forma de tentativa para viabilizar a 
conservação da biodiversidade pelo manejo participativo e pela criação de 
alternativas econômicas sustentáveis (PERALTA, 2012). 
 
 
2.6.1. Unidades de Conservação 
 
Unidade de conservação é um termo utilizado no Brasil para definir as áreas 
instituídas pelo poder público para a proteção da fauna, flora, microorganismos, 
corpos d´água, solo, clima, paisagens, e todos os processos ecológicos pertinentes 
aos ecossistemas naturais (SIMÕES, 2008). 
O modelo de unidades de conservação adotado no Brasil é um dos principais 
elementos de estratégia para a conservação da natureza. A ideia que fundamenta 
este modelo é a de que alteração e domesticação de toda a biosfera pelo ser 
humano é inevitável, sendo necessário e possível conservar pedaços do mundo 
natural em seu estado originário, antes da intervenção humana (ARRUDA, 1999). 
Peralta (2012) ressalta que no Brasil: 
 
“[...] as unidades de conservaçãosão divididas em duas categorias 
principais: unidades de proteção integral e as de uso sustentado. A ideia de 
criação de unidades de proteção integral (como os Parques Nacionais), 
para proteger a natureza, consolida-se depois da criação dos parques 
nacionais nos Estados Unidos. 
 
 
Conforme a Lei nº 9.985 de 18 de Julho de 2000, o Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação da Natureza, é regido por diretrizes que busquem apoio 
para o desenvolvimento de estudos, pesquisas científicas, práticas de educação 
ambiental, atividades de lazer e de turismo ecológico. Para Peralta (2012) projetos 
de turismo ecológico de base comunitária são exemplos da aliança entre 
 
 
conservação e desenvolvimento de unidades de conservação com as populações 
tradicionais na gestão das áreas. 
 
 
2.7. FORMAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
Os recursos naturais devem ser utilizados de modo com que sejam 
conservados. A utilização dos recursos naturais é indispensável para a manutenção 
da vida. Faz-se necessário a implantação da política de desenvolvimento 
sustentável para que seja possível conservar os recursos naturais. Conforme a 
comissão de Brundtland apud Bursztyn (2001): “Desenvolvimento sustentável é 
aquele que faz face às necessidades da geração presente, sem comprometer a 
capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades”. 
Segundo Jacobi (2003), o desenvolvimento sustentável não se refere 
especificamente a um problema limitado de adequações ecológicas de um processo 
social, mas se refere a uma estratégia, que deve considerar a viabilidade econômica 
e ecológica. É preciso estabelecer uma nova relação entre a sociedade e a 
natureza. A população humana precisa englobar em sua maneira de existir, práticas 
de desenvolvimento sustentável. 
Para Olívio e Carvalho (2010), o desenvolvimento sustentável não é um 
estado de harmonia permanente. Está relacionado com um processo de mudança, 
onde o uso dos recursos, a destinação dos investimentos, os caminhos do 
desenvolvimento da tecnologia e a mudança institucional devem estar de acordo 
com as necessidades do presente e do futuro. 
Desenvolvimento sustentado implica melhoria da qualidade da vida humana; 
é uma estratégia de desenvolvimento que administra os recursos naturais e os 
recursos humanos, assim como os financeiros e físicos, de forma compatível com o 
crescimento da riqueza e do bem-estar a longo prazo (REPETTO,1986 apud 
BURSZTYN, 2001). 
Neste contexto, Gastal (2008) observa que para estimular a sustentabilidade 
ecológica é necessária a limitação do uso dos recursos esgotáveis e sua 
substituição pelos renováveis. Destaca ainda, que é preciso que exista a promoção 
de mudanças no padrão de consumo da sociedade, não apenas em termos de 
 
 
limitar esse consumo, como também pela valorização de produtos gerados em 
processos que contribuam para o equilíbrio ambiental. A população precisa ser 
estimulada na valorização tanto de produtos, quanto de serviços que contribuam 
com o equilíbrio ambiental. 
 
 
2.7.1. Ecoturismo e Turismo Rural 
 
A busca por parte da sociedade por atividades que permitam o contato direto 
com a natureza foi o pontapé inicial para a disseminação de atividades que unem a 
conservação dos recursos naturais com a geração de renda, são exemplos o 
ecoturismo e o turismo rural. 
O ecoturismo é uma atividade de investimentos relativamente baixos e de 
retorno rápido. Absorvendo mão-de-obra local, contribui para valorizar o homem e 
fixá-lo à região. É ainda um poderoso instrumento de educação ambiental para os 
que dele vivem e para os que usufruem (BRASIL, 1991). 
É uma atividade que tem suas raízes na natureza e no turismo, por meio dele 
o valor da vida natural, dos interesses das populações locais e a importância de 
observar os danos causados ao meio ambiente tem crescido. Ao ecoturismo envolve 
o compromisso sério com a natureza, a preocupação com interesses de ordem 
ambiental, econômica e social (CORREIA, 2003). 
A atividade de ecoturismo como alternativa econômica atua na promoção da 
conservação dos recursos naturais por viabilizar o uso e a conservação deles. A 
atividade é importante principalmente quando está ligada a projetos de uso 
sustentável dos recursos naturais (PERALTA, 2012). 
Peralta (2012) corrobora com Arruda (1999) que a reserva de Mamirauá e a 
Pousada Aldeia dos Lagos, no Amazonas, são exemplos do desenvolvimento do 
ecoturismo. A receita gerada pelo ecoturismo está sendo utilizada no custeio das 
atividades de proteção e fiscalização dos lagos. Portanto, a atividade é 
potencialmente promissora como alternativa para a sustentabilidade das ações de 
proteção das unidades de conservação. 
No contexto histórico, o meio rural brasileiro é marcado pela desigualdade de 
recursos ofertados como apoio de desenvolvimento regional se comparado a meios 
 
 
urbanos. Essa desigualdade gerou uma série de efeitos colaterais no meio rural, 
proporcionando uma diversidade de problemas para os seus integrantes, tais como, 
empobrecimento da população rural, encarecimento dos meios produtivos, 
endividamento dos proprietários rurais, êxodo rural, entre outros (SILVA, FILHO e 
LIMA, 2009). 
De acordo com o Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura 
(2009), cada vez mais, o denominado “espaço”, “território” rural revela a interação, 
afirmação e o fortalecimento de atividade e formas específicas de organização da 
produção cuja realização consolida a implantação de novas formas de acesso a 
renda que não provém apenas da produção agropecuária. Esta realidade que se 
dissemina em inúmeras localidades e regiões do país demanda criar novas 
modalidades de intervenção, incluindo programas e projetos mais adequados e 
direcionados para potencializar uma melhoria substancial das condições de vida nos 
territórios rurais. 
Conforme Balsadi (2001), o meio rural deixou de ser sinônimo de agrícola e 
passou a ser o local de atividades que eram tipicamente urbanas. Em meio às 
questões de desenvolvimento, modernização e globalização, os produtores 
visualizam, dentro do contexto rural, diversas fontes de renda que não estão ligadas 
apenas à produção agrícola. 
O turismo rural surge como uma maneira de aproximar os moradores do meio 
urbano com o meio rural. Conforme Brasil (2010), muitas pessoas que vivem na 
zona urbana viajam com o intuito de reencontrar suas raízes, interagir com a 
comunidade local, participar de suas festas tradicionais, desfrutar da hospitalidade e 
do aconchego das propriedades, conviver com os modos de vida, tradições e com 
as formas de produção das populações do interior. Associando a procura e a 
necessidade de gerar novas fontes de renda, houve a utilização e o crescimento do 
Turismo Rural. 
O Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (2009), define o 
Turismo rural como sendo o conjunto de atividades turísticas no meio rural, 
comprometidas com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e 
serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade. 
Existem outras terminologias que são utilizadas no Brasil que se referem ao 
Turismo Rural ou ao Turismo no Espaço Rural: turismo na natureza, turismo de 
 
 
interior, de granja, de aldeia, alternativo, endógeno, verde, campestre, sertanejo, 
agroecoturismo, ecoagroturismo, agroecológico, agroturismo, turismo rural na 
agricultura familiar dentre outras (BRASIL, 2004). 
Brasil (2010) destaca alguns benefícios além da dinamização social e 
econômica do território rural: 
 Diversificação da economia regional, pelo estabelecimento de micro e pequenos 
negócios; 
 Geração de novasoportunidades de trabalho e renda; 
 Incorporação da mulher ao trabalho remunerado; 
 Agregação de valor ao produto primário; 
 Diminuição do êxodo rural; 
 Melhoria da infra-estrutura de transporte, comunicação e saneamento no meio 
rural; 
 Melhoria dos equipamentos, dos bens imóveis e das condições de vida das 
famílias rurais; 
 Interiorização do turismo; 
 Conservação dos recursos naturais e do patrimônio cultural; 
 Promoção de intercâmbio e enriquecimento cultural; 
 Integração das propriedades rurais e comunidade local; 
 Valorização das práticas rurais, tanto sociais quanto de trabalho; 
 Resgate da auto-estima do campesino. 
 
Com o intuito de alcançar as vantagens destacadas, Brasil (2004), menciona 
as principais atividades turísticas no meio rural: hospedagem; alimentação; recepção 
à visitação em propriedades rurais; recreação, entretenimento e atividades 
pedagógicas vinculadas ao contexto rural; e também outras atividades 
complementares às listadas anteriormente, desde que praticadas no meio rural, que 
existam em função do turismo ou que se constituam no motivo da visitação. 
As principais características do turismo rural referem-se a elementos, 
condições e aspectos que compõem a paisagem rural e configuram a ruralidade e 
seus principais atrativos (BRASIL, 2010). É fundamental que o produtor conheça 
quais são as principais características da atividade. 
 
 
Brasil (2004), Brasil (2010) e o Instituto Interamericano de Cooperación para 
la Agricultura (2009) destacam algumas características que o proprietário deve estar 
atento para definir sua atividade como turismo rural: 
 Quanto à escala – a pequena capacidade de atendimento simultâneo; quanto à 
localização – situada em locais aprazíveis, com paisagens tipicamente rurais; 
 Quanto às atividades agropecuárias – manutenção das atividades produtivas 
tradicionais; 
 Quanto à qualidade da paisagem – conservação dos recursos naturais, 
conservação das características arquitetônicas e utilização de materiais 
construtivos típicos da região e cuidados com as instalações e lidas 
agropecuárias; 
 Quanto aos aspectos culturais – manutenção dos elementos e das estruturas 
tradicionais; quanto à diversificação dos serviços oferecidos; 
 
O Turismo Rural, portanto, deve proporcionar a oportunidade de vivenciar a 
rotina de uma propriedade rural, conhecer a metodologia da produção agrícola e 
colecionar experiências com a cultura local interiorana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. NOVA RELAÇÃO ENTRE HOMEM E NATUREZA 
 
 
É preciso estabelecer entre o homem e a natureza, uma nova forma de se 
relacionarem. É sempre necessário oferecer meios para que a população se 
estabeleça economicamente estável, sem precisar agredir o meio ambiente, pelo 
contrário, utilizando os recursos naturais disponíveis em prol de suas necessidades 
e conservando-os. 
Para realizar um trabalho de conservação dos recursos naturais, uma 
excelente iniciativa é a criação de uma Unidade de Conservação, enquadrando-a na 
categoria “Unidade de Uso Sustentável” da Lei Nº 9.985 de 19 de Julho de 2000. A 
Unidade de Conservação deve ser criada, conforme a legislação, com o objetivo de 
“compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela de seus 
recursos naturais”. 
Dentro de um contexto onde a população está impedida de extrair unidades 
de peixes dos rios para evitar sua extinção, como faziam anteriormente para 
obterem renda, a população tem a opção de criar uma “Associação de Turismo 
Rural”. Com a criação da associação o município terá condições de gerenciar a 
unidade de conservação e proporcionar à comunidade a oportunidade de geração 
de renda. 
Por meio do Turismo Rural a comunidade utilizará a natureza e o meio em 
que vivem como fonte de recursos econômicos sem prejudicá-los. A população do 
município deverá ser preparada para lidar com um público específico, recebendo as 
informações necessárias para que o empreendimento seja caracterizado como 
turismo rural e treinamento quanto às questões administrativas, econômicas, 
investimentos, dentre outros. 
Os associados devem ser incentivados a manter a forma de produção 
agrícola e a criar a própria linha de produtos, fruto do trabalho sustentável, o que 
agregará valor aos produtos finais, e a serem comercializados tanto entre os turistas 
como venda para o comércio externo. 
Todas as atividades executadas dentro da unidade de conservação devem 
seguir às diretrizes da Lei 9.985, como: 
 
“proteção de recursos naturais necessários à subsistência de populações 
 
 
tradicionais, promovendo-as social e economicamente; desenvolvimento e 
adaptação de métodos e técnicas de uso sustentável dos recursos naturais; 
garantia da participação na criação; implantação e gestão das unidades de 
conservação; divulgação de informações à população local e a outras partes 
interessadas; incentivo à criação e à administração das unidades por parte 
das populações locais na perspectiva de “cogestão”. 
 
 
A Associação de Turismo Rural proporcionará aos turistas, a oportunidade de 
estarem em um ambiente rural e vivenciar a realidade do dia a dia de uma 
população que vive do trabalho no campo. A população possui uma grande 
oportunidade de se desenvolver economicamente, socialmente, inserir-se no cenário 
global e contribuir com o meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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RESIDUOS-S%C3%93LIDOS-INDUSTRIAIS.pdf>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO I 
 
PROBLEMA 10_ O mistério de Quicomeagoiabada 
 
 
 
 José Antenor relata que desde que nasceu nunca saiu do pequeno município de 
Quicomeagoiabada. Indagado acerca de sua atual idade ele diz que não tem 
certeza, uma vez que não foi registrado por seus pais, mas acredita ter 30 anos 
embora não aparente ter mais que 20. A comunidade de 92 pessoas do município 
nunca vira tanta movimentação na cidade: Eustáquio Pereira, único comerciante na 
região, menciona que normalmente as únicas pessoas que passam por ali são os 
três vendedores que uma vez por mês o visitam para trocar mercadorias por 
produtos artesanais e pescados que são comercializados nos grandes centros do 
país. 
 Há cerca de 15 dias a cidade foi praticamente invadida por um batalhão de 
militares do exército e marinha, além de inúmeros pesquisadores e representantes 
da imprensa. Muitos moradores que não conheciam a eletricidade ficaram 
assustados ao verem caixas/telas com pessoas dentro e falando, alguns chegarama 
dizer que era bruxaria e coisa do demônio, outros, encantados não saíam de perto 
desejando entender como funcionava. 
 Enfim... desde que a receita federal começou a investigar o extraordinário 
aumento patrimonial de Felisbino Merkadante, Gumercindo Genuínu e Genésio 
Rouself, o município de Quicomeagoiabada tornou-se foco de atenção do pais 
inteiro, afinal, as únicas coisas que os três investigados tinham em comum era o 
fato de serem os únicos comerciantes de peixe no país, uma vez que toda a 
espécie de peixe comestível vivo ainda existente estava protegido e monitorado por 
agências internacionais, e o de viajarem frequentemente para uma região inóspita 
do país. 
 Ao descobrir a origem dos peixes, pesquisadores de todos os países se 
dirigiram para Quicomeagoiabada no intuito de conseguir fazer com que os 
exemplares ainda vivos (todos fêmeas) pudessem tornar a reproduzir, pois 
vagarosamente, nos últimos 15 anos a população de peixes foi reduzido até que 
apenas algumas fêmeas restaram. Várias teorias foram propostas para explicar o 
fenômeno, entretanto, o aumento de 2.5°C na temperatura média do planeta, o 
avermelhamento das águas de mares e rios e também a presença de octifenol e 
nonilfenol em concentração acima do normal foram as possíveis razões mais 
 
 
aceitas. Mas agora, a descoberta de que existem peixes em grande quantidade no 
município de Quicomeagoiabada coloca todas em xeque. 
 A população está questionada qual será a atitude das autoridades? Os cientistas 
pensando qual a causa do sumiço dos peixes e será possível trazê-los de volta ou o 
município de Quicomeagoiabada se tornará o novo centro de produção mundial de 
peixes? Se isto acontecer, como será a exploração e o que fazer para que os 
humildes 92 moradores tenham seus direitos assegurados e uma oportunidade de 
também se tornarem verdadeiros empresários da piscicultura? 
 
 
 
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