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PORTIFÓLIO SERVIÇO SOCIAL 2014

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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 DESENVOLVIMENTO	�
42.1 os processos de planejamento na construção das políticas sociais no Brasil C 	�
3 CONCLUSÃO ........................................................................................................13
REFERÊNCIAS .........................................................................................................16
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INTRODUÇÃO
O Presente trabalho vem dissertar sobre os processos de planejamento na construção das políticas públicas sociais no Brasil. O mesmo tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre o processo histórico do planejamento social, envolvendo sua contextualização com as políticas públicas, especialmente as políticas sociais, que enfrentam a concretização dos preceitos constitucionais estabelecidos pelas diretrizes de descentralização político-administrativa e da participação da sociedade civil organizada no controle e na formulação das políticas setoriais.Também buscaremos contextualizar através deste processo histórico sobre algumas formas de planejamento sociais adotados pelo Brasil no decorrer dos tempos, com o objetivo de formar uma sociedade mais organizada, e manter o controle social, procurando abordar os tipos de planejamento social existentes. especialmente as políticas sociais, que enfrentam a concretização dos preceitos constitucionais estabelecidos pelas participação da sociedade civil organizada no controle.Também buscaremos contextualizar através deste processo histórico sobre algumas formas de planejamento sociais adotados pelo Brasil no decorrer dos tempos, com o objetivo de formar uma sociedade mais organizada, e manter o controle social. Para construir uma análise melhor sobre o tema: ´´ planejamento social´´ abordaremos sobre o início e causas da implantação das políticas sociais em nosso país e os fatores que levaram a necessidade da elaboração e execução das mesmas, procurando formar uma análise crítica sobre o envolvimento de planejamento social e políticas sociais em nosso país. Ressalta-se que não pretendemos esgotar esse tema, mas indicar aspectos que precisam ser conhecidos e debatidos por indivíduos que atuam nessas políticas e que pretendem colaborar com a constituição de políticas públicas efetivamente republicanas, a fim de superarmos de uma vez por toda com a antiga visão de que tais políticas sejam elaboradas com o intuito de conter os questionamentos sociais, como antigos elas eram empregadas, mas com o objetivo de garantir os direitos dos cidadãos, brasileira, tornando as mais justas e igualitárias.
DESENVOLVIMENTO
Histórico do processo de planejamento
Antes de 1930, o Brasil se caracterizava por uma estrutura econômica baseada na agricultura, sendo que o poder político se concentrava nas oligarquias rurais, notadamente de São Paulo e Minas Gerais. Uma série de acontecimentos (principalmente a quebra dos produtores de café devido ao crash da bolsa de Nova Iorque, que reduziu drasticamente o mercado destas palavras). Em fevereiro de 1956 foi criado o Conselho de Desenvolvimento, com as seguintes atribuições:1. Estudar as medidas necessárias à coordenação da política econômica do País, particularmente no tocante ao desenvolvimento econômico;2. Elaborar planos e programas que visem aumentar a eficiência das atividades governamentais, bem como fomentar a iniciativa privada;3. Analisar relatórios e estatísticas relativos à evolução dos diferentes setores da economia do País, com o propósito de integrá-los na formação da produção nacional;4. Estudar e preparar anteprojetos de leis, decretos ou atos administrativos julgados necessários à consecução dos objetivos supramencionados;5. Acompanhar e assistir a implementação, pelos Ministérios e Bancos Oficiais competentes, de medidas e providências concretas e recomendadas.
O PLANO TRIENAL procurou, pela primeira vez, soluções para os problemas estruturais do país, abordando de forma integrada a estrutura econômica e social do Brasil. Conferiu importância fundamental ao planejamento no processo de desenvolvimento econômico; caberia a ele antecipar as principais modificações estruturais desenvolvidas e indicar medidas cabidas.Tinha como objetivos a manutenção de elevada taxa de crescimento do produto, a redução progressiva da inflação, a redução do custo social do desenvolvimento melhor Distribuição de seus frutos e a redução das desigualdades regionais de níveis de vida.Logo após surgiram os três planos nacionais de desenvolvimento econômico do Brasil. 
As políticas sociais no Brasil começaram a surgir no início do século XX e existiam somente como uma alternativa para conter os conflitos existentes entre a classe dominante (burguesia) e a classe dos trabalhadores, a fim de harmonizar essas relações, e não com o intuito de gerar o bem estar e igualdades sociais. A implantação das políticas sociais no Brasil se deu em um processo lento, estas foram construídas por meio de muitas lutas e reivindicações da classe dominada (proletariado), alcançando um mínimo de condição para suas necessidades básicas com seus direitos de e dignidade. As políticas sociais tiveram seu reconhecimento maior no contexto internacional após a Segunda Guerra Mundial com a instalação do Estado do Bem Estar Social, sendo focalizadas na classe trabalhadora, dos quais necessitavam para a reconstrução. O Estado do Bem Estar Social teve pouca repercussão em nosso país, não tendo o mesmo efeito como na Europa, a efetivação dessa política teoricamente foi implantada, mansa prática não era da economia fato concretizada.Nessa época o Estado começa a ter uma maior participação na regulação dessas políticas voltadas para o interesse no aumento e desenvolvimento capitalista. A política social existente hoje é resultado de muita luta e insistência por parte da classe dominada e associada cada momento histórico que a nação passa, sendo a conjuntura histórica determinante para a construção desses direitos sociais, marcada por uma forte influência da economia liberal mundial, com o seu modelo de acumulação de capital, o qual afetou o Brasil. Em1988.Refletir sobre as políticas públicas, em particular àquelas denominadas de políticas sociais em uma sociedade capitalista, remete a necessidade de termos que compreender que essas políticas apresentam em sua constituição uma complexidade histórica, já que surgem em uma íntima relação com as características históricas da realidade. É por isso que devemos localizar as políticas públicas em uma contextualização, haja vista que resultam de forças históricas contraditórias. Portanto, a forma e o conteúdo das políticas públicas estão diretamente associados à conjugação de fatores estruturais e conjunturais de processo histórico de um determinado país. Desta forma, a particularidade mais comum nas políticas sociais, independente no país que são formuladas, é que nasce no cerne de um conflito econômico-político e social em que as contradições sociais se avolumam ao ponto de gerarem uma mudança na estratégia adotada pelos governos para manterem a sua governabilidade.
 No período anterior à Revolução de 1930, as políticas sociais eram fragmentadas e de natureza emergenciais, buscando, sobretudo, socorrer a comunidade, não tendo caráter preventivo, na maioria dos casos. Houve alguns indícios, por parte do Estado, de que poderia oferecer serviços de atuação global e continuada, mas com pouca continuidade. É desse período a criação do Departamento Nacional de Trabalho e do de Saúde, ambos de 1923. O Código Sanitário e a Lei Eloy Chaves, esta última sobre assuntos previdenciários, também foram dessa época. Questões de saúde pública eram tratadas pelas autoridades locais, não havendo, por parte do governo central, um programa de ação no sentido de atendê-las. A atuação do Estado restringia-se a situações emergenciais, como uma das epidemias em centros urbanos.A educaçãoera atendida por uma rede escolar muito reduzida, de caráter elitista e acadêmico, quevisava preparar os alunos para a formação superior. A previdência era predominantemente privada, organizada por empresas e categorias profissionais, e a questão habitacional não era considerada objeto de política pública.A partir de 1930, com o começo da era Vargas, inicia-se a montagem da base institucional-legal para estruturação das políticas sociais do Brasil. Nesse período, são criados vários institutos de aposentadorias e pensões e estrutura-se uma série de conquistas para os trabalhadores, culminando com a instituição da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943. No campo da saúde e da educação, buscou-se uma nacionalização de uma forma centralizada no executivo federal.Os recursos, instrumentos institucionais e administrativos, ficaram, na maioria das vezes, nas mãos do governo central. O Brasil, nessa época, implementou as bases modernas de seu sistema de seguridade social, que permaneceram relativamente intactas até 1966, quando ocorreram modificações executadas pelos governos militares. As políticas sociais da era Vargas eram, predominantemente, voltadas para os trabalhadores urbanos, a fim de não ferir os interesses das oligarquias rurais, que detinham forte poder político na época. Foram criados o Ministério do Trabalho e a Justiça do Trabalho e regulamentados o trabalho feminino, o de menores, a jornada de trabalho, férias, demissões e assuntos referentes a acidentes de trabalho. As políticas de saúde e educação foram centralizadas no Ministério dos Negócios de Educação e Saúde Pública. A previdência social foi estatizada e passou a ser organizada a partir de categorias profissionais(comerciários, industriários etc.).A essa altura das nossas discussões, já podemos fixar o entendimento de como está a correlação de forças no campo das políticas sociais entre os diversos atores estatais. À União cabe, sobretudo, o papel normalizador, ou seja, é quem cria o arcabouço legal para estruturação das ações sociais no País. É também atribuição da União participar ativamente do financiamento das políticas sociais. A execução das políticas sociais, nos dias atuais, é fortemente realizada pelos estados, Distrito Federal e municípios, sendo que, nos últimos anos, as organizações da sociedade civil têm atuado nos segmentos de assistência social e saúde. 
 PLANEJAMENTO:Planejamento estratégico: Envolve decisões estratégicas, que são de longo prazo que compromete o ambiente planejado como todo. Diz respeito à formulação de objetivos e à seleção de cursos de ação a serem seguidos para sua consecução.Planejamento tático: Envolve decisões sobre objetivos de curto prazo, e procedimentos e ações que geralmente afetam apenas uma parte do ambiente planejado.Trabalha com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico. Planejamento operacional: Envolve decisões operacionais e diz respeito a planos normalmente derivados de planejamentos estratégicos e elaborados anteriormente. No Brasil, a efetividade das intervenções sociais era, até a década passada, praticamente nula, pela monopolização e centralização por parte do Estado do processo de planejamento [quando existia] e de implementação de políticas públicas e sociais. Segundo Ferrarezi (1997), com surgimento de novos atores sociais que reforçam e complementam o papel do Estado de formulador e implementador de políticas públicas, a situação está sendo revertida. A isto se acrescenta a constatação de que toda política social possui um elemento político que lhe é inerente e inalienável, mas também outro técnico que deve, segundo Cohen e Franco (1993), incluir tanto diretrizes adequadas como processos técnicos para o planejamento e execução da política social.
 Situando historicamente, no período de 1930 a 1960 as políticas sociais visem aumentar a eficiência das atividades governamentais, bem como fomentar a iniciativa privada;3. Analisar relatórios e estatísticas relativos à evolução dos diferentes setores da economia do País, com o propósito de integrá-los na formação da produção nacional;4. Estudar e preparar anteprojetos de leis, decretos ou atos administrativos julgados necessários à consecução dos objetivos supramencionados;5. Acompanhar e assistir a implementação, pelos Ministérios e Bancos Oficiais competentes, de medidas e providências concretas e recomendado.desenvolveram-se mais direcionadas à “proteção” dos trabalhadores, com o objetivo de criar condições para garantir a força de trabalho adequada que atendesse as exigências do mercado emergente. Contudo, não se pode deixar de considerar que a política social também foi fruto de luta dos trabalhadores reivindicando suas necessidades. 
 
Com a instalação dos governos militares, a partir de 1964, a intervenção do poder público na área social passou a ser desenvolvida através de organizações com perfil eminentemente tecnoburocrático, assentadas em regime de governo centralizado e autoritário, que se voltaria para a implantação com vigor do Welfare State ( Estado de Bem estar Social ) no Brasil.
O período da ditadura militar foi caracterizado pela censura, autoritarismo, repressão e ausência de eleições. Neste contexto as expressões da “questão social” se agravam e exigem respostas do Estado, conforme salienta Soares ( 2001, p.209 ).
 Nos primeiros anos do regime militar ( 1964 a 1967 ), o governo deu continuidade aos programas da política anterior, sempre buscando atender os
interesses econômicos. Mas, a partir de 1967 a 1974 a política social deixou de ser vista como um suplemento da economia e se consolidou como um dos meios mais importantes para acumulação de capital. Sobretudo, o período de 1974 até 1979, houve grandes modificações na economia do país. Estes períodos são marcados pela falta de interesse do governo me atender as classes pobres. Pois, seus principais interesses era o desenvolvimento de obras faraônicas, como exemplo, a construção da Transamazônica. Desta forma se houvesse agitações sociais, em busca de reformas sociais o Estado reagia de forma opressiva. O período de 1980 a 1985, sob o governo do General João Batista Figueiredo, foi marcado pela diminuição dos gastos sociais, em decorrência do aumento do déficit público herdado do governo anterior. Este período a sociedade brasileira passa a reivindicar a democracia do país e questionar a situação das populações pobres. Diante disso governo assume o compromisso de ampliar a “abertura política”. Ocorrem assim, vários fatos que marcaram o período, como: a anistia aos que eram considerados inimigos do sistema (1979); fim do bipartidarismo com a criação do multipartidarismo, visto que até o momento só existiam os partidos do MDB e ARENA. A postura do governo de não atender precisamente as questões sociais, ocasionou aumento do desemprego e da miséria no país.
No pós-64, ao longo do período de autoritarismo, que se consolida a estrutura político-institucional das políticas sociais brasileiras. Suas características podem ser expressas nos seguintes princípios: extrema centralização política e financeira no nível federal das ações sociais do governo; fragmentação institucional; exclusão de participação social e política da população nos processos decisórios; autofinanciamento do investimento social; e privatização.
O início do governo da “ Nova República” (1985 ), no contexto da transição democrática, provocou uma série de expectativas e propósitos de mudanças no sentido de se estabelecer um padrão mais justo de proteção social. O discurso político do Presidente José Sarney, enfatizava a necessidade de resgate da dívida social e o slogan oficial dizia “ Tudo pelo social”. Foram elaborados vários planos que tratavam da questão social, como o Plano de Prioridades Sociais de 1985 e 1986 e mesmo o I Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova República ( I PND-NR ). Embora o social tivesse lugar de destaque no discurso do Governo Federal,esse não conseguiu sair do papel, já que pouco se alterou o perfil excludente de intervenção anterior. 
Algumas tentativas de modificação da estrutura existente foram organizadas, mas somente em meados da década de 80 novos encaminhamentos em matéria de política social foram conduzidos pelo Estado, sendo consagrados na Constituição de 1988. Pela primeira vez na História do Brasil, a Assistência Social é considerado como Direito Constitucional, o Estado passou a ter mais responsabilidades com a formulação de políticas públicas que atendessem os mínimos sociais.
 
O DESENVOLVIMENTO E A postura do serviço social NOS PERÍODO DE 1960 A 1980
O serviço social no Brasil surgiu na década de 1930, por iniciativa da Igreja Católica coexistente à implantação das Leis Sociais, que na verdade, se tratavam das leis trabalhistas de Getúlio Vargas. O crescimento do contingente de proletários com suas famílias, verdadeiros amontoados nos cortiços da época, a insatisfação desses profissionais com a excessiva jornada de trabalho e os baixos salários, obrigaram o Estado a promover algumas concessões que, na verdade,tinham como pano de fundo o controle das massas. Desta forma foi implantado o trabalho de agentes sociais para atuarem no controle social dos que só tinham a sua força de trabalho para vender. A Igreja Católica recrutava os “ agentes sociais” dentre os membros da classe dominante, fornecendo-lhes uma ideologia cristã, com propósitos de atuação baseados na caridade e na repressão.
No anos finais década de 50 e no início da década 60 houve uma crise dos padrões de acúmulos capitalista, tendo como exemplo desenvolvimentista do governo de Juscelino Kubitscheck ( JK ), tal crise foi marcada pela internalização da economia e pelo fortalecimento do setor privado e do capital internacional. Neste período a profissão do Serviço Social se afirma no Brasil, mas este trabalho favorece a classe burguesa numa sociedade onde impera o capitalismo fazendo com que surjam pessoas que possam trabalhar a favor da classe dominante para que a classe menos favorecida sinta-se amparada. Com apoio da Igreja Católica esses profissionais exercem um trabalho de assistencialismo, criando o mito de que o profissional de Serviço Social é aquele que faz caridade.
A demanda do governo, na década de 60, em relação aos profissionais assistentes sociais, exigia uma ação no sentido de controle das população de forma a adequá-la e submetê-la a ordem ditatorial numa conjuntura de repressão, aumento da concentração de renda, de desemprego, inflação e de diminuição do poder de compra dos salários. Muitos profissionais se negavam a desenvolver essa prática propondo um debate crítico, que abrangeu a categoria na América Latina, denominado Movimento de Reconceituação do Serviço Social.
A profissão, gradativamente, vai perdendo seus vínculos com o “bloco católico” e passa a configurar-se através de elementos provenientes das camadas mais pobres e médias da sociedade. O Serviço Social adere à racionalização própria do Estado burguês e se modifica quanto à sua prática interventiva, provocando, assim o ruir inicial do tradicionalismo.
Já a partir de 1964, as profundas mudanças sociais e econômicas advindas com o Golpe Militar impulsionaram o Serviço Social a se colocar como profissão capaz de atender às novas particularidades procedentes da “modernização conservadora” do Estado. Essas mudanças repercutiram sensivelmente no Serviço Social e começam a produzir alterações substanciais na prática profissional.
É marcado por forte agitação política, em que profissionais da categoria, tanto no Brasil quanto na América Latina são fortemente impulsionados frente à crise do modelo pré-estabelecido da atuação profissional do modelo desenvolvimentista, gerando frustrações nos diversos setores sociais.
Após o Golpe Militar de 1964, o espaço de atuação profissional dos assistentes sociais se limitou à execução das políticas sociais em expansão dos programas de desenvolvimento da comunidade, atuando na eliminação da resistência cultural que representasse obstáculos ao crescimento econômico e na integração aos programas de desenvolvimento do Estado.
Neste contexto, a política social tornou-se uma estratégia para minimizar as consequências do capitalismo monopolista marcado pela superexploração da força de trabalho e pela grande concentração de renda.
A conjuntura da sociedade brasileira neste período de regime militar e apresentação da política social remetem o serviço social a assumir uma prática com tendências modernizadoras, buscando ações profissionais modernas. 
Esta mudança na postura da prática do serviço social marca o momento inicial do Movimento de Reconceituação do serviço social no Brasil (nascido na década de 60, cresceu na década de 70). Esse movimento se caracterizou pela crítica radical ao sistema vigente e às formas tradicionais de ação, propondo novos enfoques teóricos e metodológicos. Houve uma “ Intenção de Ruptura”, isso é um rompimento com as visões conservadoras da profissão, foi levantada a necessidade da profissão se debruçasse sobre a produção de um conhecimento crítico da realidade social, para que o próprio Serviço Social pudesse construir os objetivos e reconstruir objetivos de sua intervenção, bem como responder às demandas sociais. O movimento não era homogêneo, abrigando várias tendências no seu interior. Segundo Netto (2007), o Movimento de Reconceituação teve como sua principal motivação obter um estatuto científico para o Serviço Social.
As ações profissionais passaram a ser questionadas quanto a sua eficácia mediante a realidade social brasileira, assim como os fundamentos teóricos e metodológicos que fundamentavam sua prática. O que resultou na união de um grande grupo heterogêneo de profissionais interessados em promover efetivamente o desenvolvimento econômico e social, marcando assim os primeiros passos para a renovação profissional. O processo de Renovação assume três pontos norteia: Perspectiva Modernizadora ( reestruturar o Serviço Social a fim de adequá-la aos novos padrões capitalistas e ao cenário inaugurado com o regime militar, a partir da segunda metade da década de 60 ), Perspectiva de Reatualização do Conservadorismo ( reutilizar as práticas do Serviço Social tradicional, década de 70 ) e Perspectiva da Ruptura( romper com a prática do Serviço Social subordinada ao capital e travar lutas no sentido da busca pela abertura do processo democrático no país, fim da década de 70). Neste quesito os Assistentes Sociais
A partir da década 80, as mudanças ocorridas na profissão foram pautadas na necessidade de conhecer e acompanhar as transformações econômicas, políticas e sociais do mundo contemporâneo e da própria conjuntura do Estado e do Brasil. Esse período marca profundamente no país o desenvolvimento da profissão por meio de um dos seus momentos importantes que é a recusa e a crítica do conservadorismo profissional.
Quase no fim da década de 80, com redemocratização do país e com a nova Constituição federal (1988) ocorreu uma importante mudança na área social do Serviço Social, que acompanha todo um movimento da sociedade brasileira. As políticas sociais passaram a direcionar-se para a universalização e garantia dos direitos sociais, para a descentralização político-administrativa e para a participação popular.
CONCLUSÃO
Neste trabalho abordou – se sobre o histórico do processo do planejamentosocial no Brasil, que caracterizou – se pela mudança de estrutura econômica do país, ou seja: declínio do comércio de exportação do café, onde as oligarquias rurais tinham o poder político nas mãos, e pela revolução de 1930, e a subida de Getúlio Vargas ao poder, que marcou o início de um Estado mais interventor das questões sociais. Também ressaltamos sobre os tipos de planejamento, metodologia, o planejamento tático, que objetiva aperfeiçoar determinadas áreas de uma instituição ou nação; e o planejamento operacional, que refere – se ao conjunto de partes homogêneas do planejamentos tático. Foram destacadas algumas formas de planejamento adotadas pelo Brasil no século XX, até a Constituição Federal de 1988, como: Plano Especial, Plano de Obras e Equipamentos, Plano Salte Programas de Metas e Plano Trienal. Nesta produção textual também analisamos sobre as origens das políticas sociais no Brasil, que surgiram no início do século XX, e foram implantadas para conter os conflitos entre a classe dominante e a classe dominada, que tiveram seu reconhecimento maior após a Segunda Guerra Mundial com a implantação do Programa Bem Estar Social, com ações voltadas ao desenvolvimento capitalista; também refletimos sobre o processo de planejamento do Estado brasileiro no contexto da implantação das políticas sociais até1988. Espera – se que as informações contidas, nesta produção textual contribuam para o nosso desenvolvimento intelectual, acadêmico e profissional de todos que estiverem a par das mesmas, e que esse conhecimento possa ser utilizado como bagagem histórica para nossa atuação profissional, como assistentes sociais e atuantes nas esferas sociais que envolvem a profissão. 
Dados históricos, segundo Raichelis (2000, p.62), revelam intensa participação da sociedade brasileira em função da Assembleia Constituinte, reuniram-se na Articulação Nacional de Entidades pela Mobilização Popular na Constituinte, cerca de 80 organizações, algumas de âmbito nacional, compostas por associações, sindicatos, movimentos sociais, partidos, comitês plenárias populares, fóruns, instituições governamentais e privadas, que se engajaram num amplo movimento social de participação política que conferiu visibilidade social a propostas de democratização e ampliação de direitos em todos os campos da vida social. No cenário das relações entre Estado e sociedade civil, surgiram neste período novos espaços em que forças sociais foram protagonistas na formulação de projetos societários para o enfrentamento da crise social que assolou o Brasil nos anos 80 e a disseminação da pobreza e da miséria, que colocou o País em alto nível desigualdade social.A política social, surge a partir do capitalismo, construída por meio das mobilizações das classes operárias advindas das revoluções industriais no século XIX. A política social foi, então, entendida como estratégia de intervenção do governo nas relações sociais originadas no mundo da produção, ou seja, foi relacionada a um processo de mediação, como estratégia estatal entre interesses conflitivos. O processo de globalização que está em curso provoca profundas mudanças em vários setores da sociedade em um movimento acelerado de reorganização e reordenação social, cultural e institucional subordinado em linhas gerais à economia.Um dos maiores desafios a ser enfrentado nesse processo está na identificação do papel a ser desenvolvido pelo Estado-nação, pois esse tem perdido gradativamente algumas de suas prerrogativas – tanto econômicas políticas e culturais quanto sociais. As políticas públicas passam a serem discutidas em espaços transnacionais, cujos acordos são impostos e aceitos a ponto de modificarem e influírem na execução e definição das políticas nacionais. Diante dos desafios apontados, é necessário o serviço social desenvolver ações relativas ao planejamento estratégico ante a nova gestão dosserviços. O projeto ético-político aborda o reconhecimento da liberdade como valor ético central – a liberdade concebida historicamente, como possibilidade de escolher entre alternativas concretas, e é neste sentido que surge o compromisso com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais. 
O projeto profissional vincula-se a um projeto societário que propõe a construção de uma nova ordem social, sem dominação e/ou exploração de classe, etnia e gênero. Não podendo desvincular esses valores da história do serviço social, assim como das influencias que foram construídas historicamente.
 REFERÊNCIAS
BEHRING, Elaine Rossetti; BROSCHETTI, Ivonete. Política Social: Fundamentos SANTINI Maria Angela; GÓES, Adarly Rosana Moreira. Ética Profissional. São Paulo: PearsonPrenticeHall,2009. ROSSI, Cristina; JESUS, Sirlei Fortes de. Políticas Sociais I. São Paulo: Pearson Prentice,Hall,2009. SIKORSKI, Daniela; TOGADO, Franciele Toscan. Oficina de formação: instrumentalidade do serviço social. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009 FERREIRA, Claudia Maria. Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social IV. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFSS). Código de Ética Profissional de Assistentes Sociais de 1993. Disponív e acessado em: 07 de Out. 2011.www.Angelfire.Com./ar/rosas01/page19.hlml.12/09/2014.ww.portaleducação.com.br>...>Artigos>áreasdeatuação.13/09/2014 Cadernos da Escola de Educação e Humanidades – unibBr...Apps.unibrasil.com.br/Revista/indexphp/educaçãoehumanidades/.../724. 17/09/2014.revisor10.com.br/24h/pessoal/temp/anexo/1/.../1184fb6636800a0a.doc. 20/09/2014
 
 
 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
graduação serviço social
os processos de planejamento na construção das políticas sociais no brasil
Nova 
2014
os processos de planejamento na construção das políticas sociais no Brasil
Trabalho do Curso de Serviço Social apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de seminário Interdisciplinar III; Estatística e Indicadores Sociais; Economia Política; Psicologia Social; Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II.
Professores: Clarice da Luz Kernkamp;Rosane Malvezzi; Maria Lucimar Pereira; Paulo Sérgio Aragão.
Nova 
 2014

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