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Sociologia do Direito - Atividade do Filme Germinal

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Universidade Presbiteriana Mackenzie
Direito - Matutino - Turma 1A
Sociologia do Direito
Fernanda Porto
Patrícia Vitória
Valdinan Carvalho
Atividade de Filme - Germinal
Direito
Rio de Janeiro
Setembro de 2015
Fernanda Porto
Patrícia Vitória
Valdinan Carvalho
Atividade de Filme - Germinal
Professora Orientadora Maria Manoela
Direito
Rio de Janeiro
2015
ATIVIDADE DE FILME- GERMINAL
I - Introdução
	O presente trabalho irá expor uma análise do filme Germinal, de Claude Berri e do capítulo 16 "A semente que semeais, outro colhe" do livro A Riqueza do Homem, de Leo Hubermann, além de apresentar uma interligação entre ambos. 
	Após tal análise será possível entender algumas das mudanças sociais, que modificaram o cenário político, econômico e cultural da época, obtidas durante a Revolução Industrial ocorrida na França durante o século XIX.
	O relatório apresentará uma análise do filme, indicando a ficha técnica, a estrutura narrativa, as teses, uma análise sociológica utilizando conceitos que foram vistos em sala de aula, resumo do capítulo do livro e uma análise comparativa entre filme e livro.
II. Desenvolvimento: análise do Filme
1. Ficha técnica do filme
Título: Germinal
Gênero: Drama
Diretor: Claude Berri
Roteiro: Arlette Langmann e Claude Berri
Ano: 1993
País: França 
Duração: 170 minutos
Elenco:
Gérard Depardieu (Toussaint Maheu)
Jacques Dacqmine (Philippe Hennebeau)
Bernard Fresson (Victor Deneulin)
Jean-Pierre Bisson (Rasseneur)
Laurent Terzieff (Souvarine)
Judith Henr (Catherine Maheu)
Jean-Roger Milo (Chaval)
Jean Carmet (Vincent Maheu dit Bonnemort)
Miou-Miou (Maheude)
Renauld (Étienne Lantier)
Anny Duperey (Madame Hennebeau)
2. Estrutura narrativa
	O filme tem início com a chegada de um jovem maquinista à colônia, seu nome é Étienne, o mesmo procura emprego e vai de encontro à uma companhia de mineração, onde conhece um velho apelidado por Boa-Morte, que diz que trabalha naquela mina desde seus oito anos de idade. Nessa mina ele encontra pessoas extremamente fadigadas devido as longas jornadas de trabalho e machucadas devido a exposição ao carvão sem possuir devidos materiais de proteção.
	Étienne consegue um emprego após conhecer Maheu, filho de Boa-Morte e cujo toda a família trabalha na mina, incluindo as crianças, assim que os pequenos completassem sete anos já iam trabalhar para ajudar no sustento da família.
	As cenas seguintes retratam toda a situação de vida dos mineiros, mostra como eles sofriam, a precariedade onde trabalhavam, a árdua rotina, como já foi dito, a pobreza extrema em que as famílias dos mineiros passava, pois apesar de toda a família trabalhar, mal conseguiam comer. Logo no início quando Boa-Morte fala um pouco sobre sua vida, ele mesmo diz que apesar de todo o trabalho, sua família não comia carne todo dia. 
	Há um total contraste entre as famílias que trabalham nas usinas e os burgueses que aparecem logo a seguir. As condições de vida dos burgueses nos ambitos econômicos, sociais, na questão de estética, é totalmente superior. Quando comparados, parecem dois mundos totalmente distintos.
	Étienne após ver tantos trabalhadores insatisfeitos, passa a organizá-los, formando assim um movimento grevista. Esses trabalhadores reivindicam coisas básicas como melhores condições de trabalho, um salário que desse ao menos para que pagassem suas despesas e que diminuíssem tantas multas injustas. Étienne então cria uma caixa de previdência, onde os trabalhadores deveriam contribuir para que o sustento deles fosse garantido durante a greve.
	O dono do bar, Ressaneur, dono da taverna que era frequentada pelos mineiros, acreditava que não colaborariam e era até mesmo contra a ideia, enquanto Souvarine, que também era operário, achava que a negociação com os patrões e o processo de greve não dariam certo, ele defendia uma ação mais radical.
	Inicia-se então o movimento grevista, que rapidamente provoca a preocupação dos proprietários que tentam manipular os líderes da greve, para que estes voltem a trabalhar em troca de alguns pequenos benefícios. 
	Tal tentativa de suborno é fracassada e os patrões não cedem e afirmam que irão contratar trabalhadores belgas para que possam substituir os grevistas, que decidem então tomar atitudes mais violentas, destruindo minas e todos os meios de produção, ameaçando também todos aqueles que se opuserem a greve.
	Em um certo momento, há uma confusão dos grevistas com guardas contratados para proteger as minas de carvão de outras futuras invasões e Maheu acaba sendo ferido e é morto. O que causa um certo enfraquecimento por parte de Étienne entre continuar ou não com a greve.
	Pouco depois Étienne desiste do movimento grevista e dá um fim a ele, gerando descontentamento, revolta e indignação de todos os trabalhadores, que se veem obrigados a voltar a trabalhar nas minas. A mulher de Maheu assume o lugar do marido na casa para sustentar sua família, enquanto Étienne decide ir embora.
	
3. Tese(s)
	O filme contém diversas teses que podem ser citadas como a dominação da mulher, a exploração do trabalho infantil e da força de trabalho, o surgimento do sindicalismo, as relações como forma de negócio, a fome, a violência, o desemprego, a chantagem sexual e a precariedade das condições de trabalho.
	Apesar de relatar tantas dificuldades que tal sociedade vivenciou, a tese que mais se destaca é o conflito capital-trabalho, onde é visto de forma bastante clara o contraste entre a burguesia e o operariado. Os senhores proprietários da força de trabalho (empregados - mercadoria), dos meios de produção e do produto do trabalho, enquanto a classe operária vive em condições absurdamente precárias. É visto mineiros trabalhando em condições desumanas enquanto burgueses vivem suas vidas em situações completamente diferentes, sempre com muito luxo e fartura, visando sempre o lucro que podem obter.
4. Palavras-chave em relação ás teses
	Greve. Luta de classes. Capitalismo. Revolução. Trabalho. Exploração. Fome. Pobreza. Burguesia. Mineiros. Carvão. Operariado. Socialismo. Anarquismo. Movimentos sociais. Sindicalismo. Dominação. Lutas operárias.
5. Cenas de relevo que explicam a(s) tese(s)
	Uma das cenas em que se é mostrado a diferença entre as classes é quando os trabalhadores pedem uma reunião com o patrão e este sai de um jantar com sua família, onde há uma mesa farta com todo tipo de alimento e todos comem e discutem sobre a questão do casamento de dois jovens que estão ali presentes, ficando assim exemplificado as relações como forma de negócio, pela questão do casamento e o contraste na questão econômica pela questão de uns terem tanto alimento enquanto outros passam fome.
	Para explicar outra tese, tem-se a cena em que Catherine vai à casa da mãe escondida do marido e este quando percebe sua falta vai buscá-la, agredindo-a e levando-a praticamente arrastada de lá. Mostrando de forma clara a dominação sobre a mulher. 
	Tratando do trabalho infantil, é visto crianças trabalhando nas minas desde pequenas, da mesma forma em que Boa-Morte diz para Étienne logo no início do filme.
	Outra tese é a questão relacionada na chantagem sexual, onde pode-se observar o comerciante que, por não dar mais crédito às mulheres que sempre pagam atrasado, aceita favores sexuais em troca de mercadorias.
6. Análise Sociológica
	 Em uma análise sociológica podemos ver uma vasta abordagem da condição da classe trabalhadora depois da Revolução Industrial, que foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX, tendo como principal particularidade dessa revolução a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas. Esse foi um período em que a ciência se modificou e entrou num processo de evolução que gerou novas tecnologias e modificou o modo de produzir mercadoria. O mundo descobriu a eficiência do carvão como uma fonte de energia e, para forneceras indústrias que estavam nascendo, havia a exploração da mãe de obra nas minas de carvão. A Revolução Industrial acelerou tudo, o desenvolvimento do sistema capitalista, o crescimento das cidades com o êxodo rural, a produção das mercadorias, o avanço dos meios de transporte Com as estradas de ferro e as embarcações a vapor, o nascimento e crescimento da indústria.
	A máquina sucedeu o homem, a produção de bens de consumo aumentou e, com o desenvolvimento do sistema capitalista, havia concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias e o surgimento da mais­valia, que é o termo usado para designar a disparidade entre o salário pago e o valor do trabalho produzido. Karl Marx faz uma análise dialética sobre o tema, afirmou que o capitalismo representa a própria exploração do trabalhador por parte do dono dos meios de produção. Na disputa desigual entre capital e proletário sempre o primeiro sai vencedor. Desse modo, o que é pago ao proletariado representa um pequeno percentual do resultado final do trabalho, a mercadoria ou produto, então a desigualdade configura concretamente a chamada mais­valia, dando origem a uma lucratividade maior para o capitalista. Já para Weber, o capitalismo tinha de ser repensado e reformado para se adequar e melhorar.
	Foi então que houve o surgimento de sindicatos de trabalhadores com objetivos de defender os interesses da classe trabalhadora.
	No filme Germinal, a divergência da situação ocorrida na época é descrito através de uma sequência de cenas contraditórias: os trabalhadores das minas de carvão vivendo na miséria, trabalhando com condições precárias, super arriscadas e por um salário miserável que não era o suficiente nem mesmo para sua 
subsistência, enquanto os proprietários dos meios de produção, donos das minas viviam em grandes casas luxuosas, com comida farta e excelente qualidade de vida. Essa contradição representa muito bem a luta de classes presente no século XIX, com o desenvolvimento do capitalismo.
	Em uma cena do filme, quando Étienne chega às minas, devido a onda de desemprego em consequência da Revolução Industrial, fica indignado com as condições de trabalho às quais os trabalhadores eram submetidos e, como já possuía experiência na organização de movimentos reivindicatórios, organiza os operários, também muito insatisfeitos, espalhando suas ideias comunistas e propondo uma poupança entre os trabalhadores, para dar início a um movimento de resistência. Quando as greves começam nós vemos a tentativa dos patrões de desestimular os grevistas, principalmente aos líderes do movimento, pois eles que comandavam todos. Chaval é um exemplo disso, pois foi manipulado pelo dono da mina em que trabalhava e, outro exemplo, Maheu é psicologicamente testado, numa chantagem emocional feita por seu patrão, na reunião feita para discutirem as reivindicações dos grevistas, onde ele comenta a saúde do filho de Maheu, que teve sua perna quebrada num acidente e não teria condições de arcar com os cuidados médicos.
	Não vendo resultados e passando fome, os grevistas partem para uma ação mais radical, quebrando os meios de produção, destruindo as minas e ameaçando os trabalhadores que se negavam a aderir a greve. E, por mais que, com a morte de Maheu durante o enfrentamento à guarda colocada para proteger as minas, o movimento tenha se enfraquecido e os operários tenham voltado ao trabalho, a ideia de germinação, ou seja, de maturação da consciência de classe e do movimento reivindicatório se instala. Boa­Morte, no final do filme, mata a jovem mulher burguesa que vai até a casa da família para levar comida por caridade. A cena tem um forte valor simbólico, onde o velho representa o operariado e a jovem representa a burguesia que é esmagada a partir da consciência que é tomada pela classe operária.
Resumo de "A semente que semeais, outro colhe"
	No capítulo é destacado pelo autoras condições em que os trabalhadores viviam e trabalhavam durante e depois da Revolução Industrial do século XIX, o regime fabril, a exploração das crianças, a revolta contra as máquinas, os sindicatos e o voto. A Inglaterra foi um paraíso de poucos, para muitos, podia ser qualquer coisa, menos um paraíso em termos de sobrevivência e bem estar dos trabalhadores. Enquanto a grande massa continuava a sofrer e ter longas jornadas de trabalho, morando em buracos desumanos, uma pequena parcela da sociedade detinha de todo o capital, vivendo em grande mansão com fartura de comida.Havia, na realidade, duas “Inglaterras”, dos ricos e pobres. Mas com a chegada da Revolução Industrial, a qual trouxe as máquinas e o sistema fabril, a linha divisória dessas classes se tornou mais acentuada ainda. O s ricos ficaram mais ricos, e os pobres mais pobres. E acabou piorando ainda mais. A concorrência com a máquina era desleal, principalmente com os artesãos que antes ganhavam o suficiente para seu sustento, e depois passaram a ficar na miséria. Os que continuavam a trabalhar com a máquina, eram obrigados a ter sua jornada de trabalho aumentada visando o retorno do investimento pelo patrão naquela mesma máquina. O sistema usado nas fábricas era de total dependência com relação ao empregado pelo seu patrão. O mesmo recebia na forma de produtos, e sempre ficava devendo ao capitalista. Foi se comprando também o trabalho de crianças pobres.
	Em relação ao trabalho infantil, os ricos em sua maioria nem pensava nisso absolutamente. Quando pensavam, consolavam­se com o raciocínio de que tinha de ser assim, baseados na Bíblia: ‘’ Os pobres, sempre os tendes convosco?’’ Não lhes importava o que vinha depois daquele trecho da Bíblia ou se tinha outras coisas a dizer sobre as relações entre os homens, eles liam apenas o que queriam ler, e ouviam apenas o que queriam ouvir. Os pobres ingleses aceitaram o conselho do padre: Não ‘’ tomaram a fortuna dos ricos’’, mas com o passar do tempo, começaram a desejar aquele ‘’ melhoramento gradual e progressivo’’ que lhes foi prometido. Tal melhoramento não ocorreu. Por isso lutaram para obtê­lo. Para os trabalhadores foram as máquinas que roubaram o trabalho dos homens e reduziu o preço das mercadorias. Eis o inimigo, o causador de tudo. Com essa conclusão dos trabalhadores, o passo seguinte era inevitável, destruir as máquinas. Os destruidores de máquinas eram chamados de ludistas. Ao lutarem contra a 
maquinaria, sentiam que lutavam por um padrão de vida. Os homens que eram donos das máquinas agiram com rapidez, recorreram à lei e em 1812 o Parlamento aprovou uma lei tornando possível de pena de morte a destruição das máquinas.
	Finalmente os trabalhadores tentaram ter direito ao voto, para conseguir eleger alguém que mudasse as leis em seu favor. Eles conseguiram, porém mesmo assim não obtiveram privilégios, mesmo votando. Foi a partir de então, com derrotas e vitórias que a classe trabalhadora aos poucos foi se organizando e criando os sindicatos que defendiam os seus interesses.
Análise comparativa do livro e do filme
	O capítulo “A semente que tu plantas, o outro colhe” retrata a vida dos operários logo após a Revolução Industrial, a péssima condição de trabalho deles, as jornadas de trabalho desumanas as quais eles eram subordinados e também a exploração infantil que era muito comum nesse cenário. É mostrado todo o processo de criação dos primeiros grupos sociais grevistas que reivindicavam melhores condições de trabalho e os direitos humanos para as classes inferiores, e também como eles foram contidos pela burguesia industrial da época até que de fato ganhassem força como movimento sindical. A ligação com o filme está exatamente no contexto social e histórico que o autor nos insere, todo esse sofrimento da classe trabalhadora e o processo da formação de sindicatos em favor dos direitos dos trabalhadores industriais. Este capítulo é como se fosse um complemento do filme Germinal.
III. Conclusão
	A partir da análise do filme Germinal, nós podemos entender que o capitalismo traz para os donos do meio de produção, o patrão, resultados maravilhosose resultados desagradáveis, muito ruins para quem precisa vender sua mão de obra, os operários, gerando, assim, a luta de classes. Nota­se que a segregação entre patrão e operário, ainda hoje, é muito presente no modo como funciona o capitalismo. Apesar de existir leis que protegem os trabalhadores, a CLT, os salários­mínimos estipulados, ainda sim existem muitos fatores que comprometem na condição de trabalho dos proletários, como carga horária excessiva, falta de estrutura no trabalho, entre muitas outras coisas que comprometem tanto sua integridade física quanto a psicológica.
	Nos dias atuais, podemos notar que o capitalismo se torna ainda mais selvagem; utilizando não mais de uma forma excessiva de trabalho, mas usando formas ilusória para controlar o trabalhador, como exemplo, podemos citar: bonificações que não são integradas diretamente ao salário, a própria divisão de classe e etc. Todos esses meios mostram que o capitalismo tenta trazer o trabalhador para o lado do empregador, dessa maneira se tornando não só um mecanismo para a acumulação de capital, mas também uma ferramenta de alienação por parte do empregador, fazendo o trabalhador achar que está tudo bem. Hoje, a expressão “capitalismo selvagem” é utilizada para indicar um sistema capitalista de dimensões globais, onde ocorre concorrência dura entre as multinacionais dominadoras de vários mercados ou até mesmo países. Este significado também é ligado a vários outros conceitos onde o ganho financeiro derrota o desenvolvimento humano e do planeta como um todo. Assim, o conceito de capitalismo selvagem estará ligado a vários outros temas, como por exemplo a política dos países ricos, que exploram as riquezas da terra sem consideração a qualquer noção autossustentável, ou a banalização da morte a favor do capital, ou da guerra pelo petróleo, pela venda de armas, pela manutenção de um estilo de vida luxuriante nos países desenvolvidos, a impunidade dos criminosos detentores de poder econômico ou político, e até mesmo a criança infeliz que acaba atraída para a criminalidade.
	Dessa maneira, pode-se concluir que o capitalismo nos dias atuais é tão ou mais prejudicial quanto o capitalismo em desenvolvimento no século XIX. Pois, o capitalismo na atualidade não gera somente a desigualdade e a luta de classe, mas também gera uma alienação em larga escala e com isso uma sociedade voltada apenas para o consumo.
IV- Bibliografia
BERRI, Claude. Germinal. [Filme]. Claude Berri. França, 1993. 170 min. col. som
HUBERMANN, Leo. A semente que semeais, outro colhe. A história da riqueza humana. Nova York, 1936
BOMENY, Helena. et al. Tempos modernos, tempos de sociologia. 1.ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2010.
JUREMA, Ana Cristina Louredo; POGREBINCHI, Thamy. Telecurso: Sociologia (ensino médio). 1.ed. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2008.
BADARÓ, Wilson Oliveira. Análise do filme germinal à luz do manifesto comunista: aproximações e realizações entre o cinema e a teoria marxiana. Disponível em: http://historiabadaro.blogspot.com.br/2013/11/analise-do-filme-germinal-luz-do.html. Acesso em: 28 de set. 2015
MACHADO, João Luis de Almeida. Germinal: trabalhadores despertos. Disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=54. Acesso em: 28 de set. 2015
WILD, Bianca. Resenha do filme germinal. Disponível em: http://meuartigo.brasilescola.com/sociologia/resenha-filme-germinal-1.htm. Acesso em 28 de set. 2015

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