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FISIOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 2016 (2)

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FISIOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO
FUNÇÃO
 “O sistema cardiovascular funciona para fornecer e manter suficiente, contínuo e variável o fluxo sanguíneo aos diversos tecidos do organismo, segundo suas necessidades metabólicas, para desempenho das funções que devem cumprir, em face das diversas exigências funcionais a que o organismo está sujeito.”
FUNÇÃO
 Ao desempenhar sua função, o sistema cardiovascular esta organizado funcionalmente:
para gerar e manter uma diferença de pressão interna ao longo do seu circuito;
para conduzir e distribuir continuamente o volume sanguíneo aos tecidos do organismo;
para promover a troca de gases (principalmente oxigênio e gás carbônico), nutrientes e substâncias entre o compartimento vascular e as células teciduais;
para coletar o volume sanguíneo proveniente dos tecidos e retorná-lo ao coração.
REVISANDO ANATOMIA 
 “O Coração é um órgão muscular oco que funciona como bomba contrátil propulsora do sangue. E, em uma pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um punho fechado e pesa cerca de 400 gramas.”
 O Coração apresenta quatro cavidades: duas superiores, denominadas átrios e duas inferiores, denominadas ventrículos.
REVISANDO ANATOMIA
 “O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através da válvula tricúspide. E o átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral. “
 “A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos.”
REVISANDO ANATOMIA
 
 “O Coração ocupa o mediastino, onde repousa sobre o diafragma e situa-se posteriormente ao esterno, tendo em suas laterais pulmões e pleuras.”
FISIOLOGIA DA CIRCULAÇÃO
O coração conecta-se diretamente a dois tipos de vasos sanguíneos: artérias e veias.
 Artérias são vasos de paredes relativamente grossas, que conduzem o sangue do coração para as diversas partes do corpo. 
Veias são vasos de paredes mais finas que as das artérias, que trazem o sangue de volta para o coração. 
FISIOLOGIA DA CIRCULAÇÃO
As veias de maior calibre têm, em seu interior, válvulas que impedem o refluxo de sangue, garantindo sua circulação em um único sentido.
 As artérias que se ramificam pelo coração, e cuja função é alimentar e oxigenar o miocárdio (componente fundamental do coração), recebem o nome de artérias coronárias.
Retorno Venoso
Bomba Venosa Muscular
Vista Anterior
Vista Posterior
FISIOLOGIA DA CIRCULAÇÃO
O sangue que circulou pelo corpo chega ao coração por duas grandes veias – veias cavas – que desembocam no átrio direito.
 A veia cava superior traz o sangue que circulou pela cabeça, MMSS e parte superior do tronco e a veia cava inferior traz o sangue que circulou pelos MMII e pela parte inferior do tronco. 
O sangue que circulou pelos pulmões retorna ao coração por 2 veias pulmonares, que chegarão como 4 veias, no átrio esquerdo.
FISIOLOGIA DA CIRCULAÇÃO
O conjunto dos sistemas vasculares distribuídos em todas as estruturas do organismo é denominado grande circulação, ou circulação sistêmica. 
A grande circulação conduz sangue arterial (oxigenado) do lado esquerdo do coração (Ventrículo Esquerdo), para todos os tecidos do organismo e, a partir destes, conduz sangue venoso (desoxigenado e rico em gás carbônico) para o lado direito do coração (Átrio Direito).
CIRCULAÇÃO
Circulação sistêmica
Ventrículo Esquerdo
Átrio Direito
Artéria Aorta
Veia Cava Sup/Inf.
Organismo
FISIOLOGIA DA CIRCULAÇÃO
Os sistemas arterial e venoso do pulmão constituem a pequena circulação, ou circulação pulmonar. 
A pequena circulação é a que conduz o sangue venoso (pobre em oxigênio e rico em gás carbônico) proveniente de todo o organismo, a partir do lado direito do coração (Ventrículo Direito) até aos pulmões, e destes faz retornar sangue arterial (rico em oxigênio) para o lado esquerdo do coração (Átrio Esquerdo).
CIRCULAÇÃO
 
Circulação pulmonar
Ventrículo Direito
Átrio Esquerdo
Artéria Pulmonar
D/E
Veia Pulmonar
D/E
PULMÃO
GRANDE E PEQUENA CIRCULAÇÃO
SÍSTOLE X DIÁSTOLE
O número de ciclos cardíacos que ocorrem em determinado intervalo de tempo, ou seja, a frequência cardíaca, varia de acordo com o grau de atividade física da pessoa, dentre outras coisas. 
Em média, a frequência cardíaca oscila em torno de 70 a 80 ciclos, ou batimentos por minuto.
SÍSTOLE X DIÁSTOLE
O processo de contração de cada câmara do miocárdio (músculo cardíaco) denomina-se sístole. 
O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a seguinte, é a diástole. 
Quando os átrios estão cheios, suas paredes contraem-se simultaneamente (sístole), bombeando o sangue para os ventrículos abaixo deles através das valvas atrioventriculares. 
SÍSTOLE X DIÁSTOLE
Para receber o sangue dos átrios, os ventrículos devem estar relaxados, isto é, em diástole. 
A sístole atrial ocorre simultaneamente à diástole ventricular.
Uma vez cheios, os ventrículos se contraem (sístole ventricular), o que faz as valvas atrioventriculares se fecharem, impedindo que o sangue retorne para os átrios.
SÍSTOLE X DIÁSTOLE
O sangue sai, então, através de grandes vasos ligados aos ventrículos. 
Do ventrículo direito parte o tronco pulmonar, que se ramifica nas artérias pulmonares, as quais conduzem sangue para os pulmões; do ventrículo esquerdo parte a artéria aorta, que conduz sangue para todas as demais partes do corpo.
A sequencia completa de diástoles e sístoles das câmaras cardíacas constitui o ciclo cardíaco.
PRESSÃO ARTERIAL
 Quando o sangue é bombeado pelos ventrículos, ele penetra nas artérias sob pressão. 
 As paredes arteriais relaxam e aumentam de volume, o que faz diminuir a pressão em seu interior. 
 Se as artérias não relaxarem o suficiente, a pressão do sangue em seu interior pode subir a níveis perigosos, até mesmo com risco de ruptura de vasos.
PRESSÃO ARTERIAL
O relaxamento das paredes arteriais é causado por impulsos nervosos que são produzidos a cada sístole ventricular e se propagam desde o coração até as extremidades das artérias mais finas. 
Após a passagem do impulso, a artéria volta a se contrair. 
Desse modo, durante a diástole ventricular a artéria já está contraída o suficiente para manter uma pressão sanguínea capaz de continuar impulsionando o sangue.
PRESSÃO ARTERIAL
A pressão sanguínea nas extremidades das artérias faz com que a água e diversas substâncias do sangue saiam dos capilares e banhem as células próximas, nutrindo-as e oxigenando-as. 
As células, por sua vez, eliminam gás carbônico e outras excreções no fluido proveniente dos capilares, reincorporando-se ao sangue. (troca de gases e substâncias)
PRESSÃO ARTERIAL
Assim, ao passar pelos capilares dos tecidos, o sangue torna-se mais pobre em nutrientes e em gás oxigênio, pois estes foram absorvidos pelas células, e mais rico em gás carbônico e em excreções, substâncias que as células eliminaram. 
PRESSÃO ARTERIAL
O mecanismo de retorno do sangue ao coração ocorre de outra forma. 
Enquanto estamos em atividade, nossos músculos se contraem e comprimem as veias, causando deslocamento de sangue em seu interior. 
Dentro das veias há válvulas que permitem que o sangue se desloque somente em direção ao coração.
PROPRIEDADES ELETROFISIOLÓGICAS DO CORAÇÃO
O Automatismo é a capacidade que tem o coração de gerar seu próprio estímulo elétrico, que promove a contração das células miocárdicas contráteis, o grau do automatismo que determina o ritmo cardíaco, ou a frequência dos batimentos do coração, a qual varia normalmente de 60 a 100 vezes por minuto.
FC= 60 a 100 bpm
PROPRIEDADES ELETROFISIOLÓGICAS DO CORAÇÃO
A Condutibilidade é à capacidade de condução do estímulo elétrico, gerado em um determinado local do coração, ao longo de todo o órgão, para cada uma de suas células.
PROPRIEDADES ELETROFISIOLÓGICAS DO CORAÇÃO
A Excitabilidade é à capacidade que cada célula do coração tem de se excitar em resposta a um estímulo elétrico,
mecânico ou químico, gerando um impulso elétrico que pode se conduzir gerando uma resposta contrátil, no caso do miocárdio.
PROPRIEDADES MECÂNICAS DO CORAÇÃO
A contratilidade é a capacidade de contração do coração, que leva a ejeção de um determinado volume sanguíneo para os tecidos e provoca o esvaziamento do órgão.
O relaxamento é a capacidade de desativação da contração, que resulta em retorno de um volume de sangue e no enchimento do coração.
TECIDO EXCITOCONDUTOR 
 Compreende um conjunto de quatro estruturas interligadas morfofuncionalmente:
nodo sinusal (nó sinu atrial)
nodo atrioventricular
feixe de Hiss e seus ramos principais direito e esquerdo
sistema de fibras de Purkinje
Nó Sinu-Atrial
TECIDO EXCITOCONDUTOR 
O nodo sinusal (nó sinu-atrial), que é um aglomerado de células excitáveis especializadas, fica situado no extremo da região antero-superior direita do coração, próximo à junção da veia cava superior com o átrio direito. Próximo à desembocadura da veia cava superior.
A velocidade de descarga do nó sinu-atrial determina o ritmo para todo o coração, e é por esta razão que o nó sinoatrial é denominado o marca-passo do coração.
TECIDO EXCITOCONDUTOR 
TECIDO EXCITOCONDUTOR 
O nodo atrioventricular, que também se constitui num aglomerado celular excitável especializado, fica situado na junção entre os átrios e os ventrículos, na porção basal do septo intraventricular, bem na região mediana do coração.
TECIDO EXCITOCONDUTOR 
O feixe de Hiss e seus ramos principais direito e esquerdo com suas subdivisões, se localizam na intimidade da estrutura muscular miocárdica, partindo da base do septo intraventricular e dirigindo-se aos ventrículos direito e esquerdo, respectivamente.
TECIDO EXCITOCONDUTOR 
O sistema de fibras de Purkinje, que representa uma rede terminal de condução do impulso elétrico a cada célula miocárdica contrátil.
Sistema de Condução 
O controle da atividade cardíaca é feito através do nervo vago (atua inibindo) e do simpático (atua estimulando). 
Estes nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio direito - o nó sinu-atrial, considerado como o "marcapasso" do coração. 
Este impulso chega ao nó átrio-ventricular se propaga aos ventrículos através do feixe átrio-ventricular (Hiss e Purkinje), emitindo ramos direito e esquerdo, e assim, o impulso espalha-se ao miocárdio, resultando na contração cardíaca. 
RITMO CARDÍACO
A frequência cardíaca média normal é de cerca de 80 bpm. 
Ritmos de 60 a 100 bpm são considerados normais. 
Um ritmo muito rápido é chamado de Taquicardia e um muito lento é chamado de Bradicardia.
FUNCIONAMENTO MECÂNICO DO CORAÇÃO
 “A pressão sanguínea é a pressão exercida pelo sangue nas paredes dos vasos, tanto nas artérias, capilares e veias.”
O valor normal máximo da pressão arterial sistólica é 140 mmHg; 
O valor normal máximo da pressão arterial diastólica é 90 mmHg. 
 
Em média, os valores normais da pressão arterial situam-se em torno de 120 x 80 mmHg.
CURVAS DE PRESSÃO AÓRTICA
O sangue quando impulsionado pelo coração exerce uma pressão através das paredes das artérias, que chamamos de pressão arterial.
Temos a pressão aferida na artéria aorta, num estado fisiológico: 120mmhg x 80mmhg. Sendo 80 mm hg na diástole e 120 mm hg na sístole.
DÉBITO CARDÍACO
Débito cardíaco  ou Gasto cardíaco é o volume de sangue sendo bombeado pelo coração em um minuto. É igual à frequência cardíaca multiplicada pelo volume sistólico.
DC = FC x VS (ml/minuto)
Portanto, se o coração está batendo 70 vezes por minuto e a cada batimento 70 mililitros de sangue são ejetados, o débito cardíaco é de 4900 ml/minuto. Este valor é típico para um adulto médio em repouso, embora o débito cardíaco possa atingir 30 litros/minuto durante exercícios extremos.
DÉBITO CARDÍACO
Quando o débito cardíaco aumenta em um indivíduo saudável, mas não treinado, a maior parte do aumento pode ser atribuída à elevação da frequência cardíaca.
 Mudanças de postura, aumento da atividade do sistema nervoso simpático e diminuição de atividade do sistema nervoso parassimpático também podem aumentar o débito cardíaco. 
A frequência cardíaca pode variar por um fator de aproximadamente 3, entre 60 e 180 batimentos por minuto, enquanto que o volume sistólico pode variar entre 70 e 120 ml, um fator de apenas 1,5.
PULSO
Quando o coração ejeta sangue na Aorta, o impacto nas paredes elásticas cria uma onda de pressão que se estende ao longo das artérias. Esse impacto é o pulso. 
Todas as artérias têm um pulso, mas ele é mais facilmente sentido quando as artérias estão próximas da superfície da pele. (Ex: Radial , Temporal, Carótida, Femoral, Poplítea) 
BULHAS (SONS) CARDÍACOS
Os sons cardíacos, ou bulhas, são as manifestações acústicas (som) geradas pelo impacto do sangue em diversas estruturas cardíacas e nos grandes vasos. 
As vibrações são depois propagadas às paredes do tórax e podem ser auscultadas através de um estetoscópio, permitindo a obtenção de um conjunto de informações importantes sobre a condição do coração.
BULHAS (SONS) CARDÍACOS
Em adultos saudáveis, existem geralmente dois sons do coração normais que ocorrem em sequência com cada batida do coração.
 Eles são a primeira bulha cardíaca ou primeiro som cardíaco (B1 ou S1) (TUM)
E a segunda bulha cardíaca ou segundo som cardíaco (B2 ou S2), produzidos pelo fechamento das valvas atrioventriculares e valvas semilunares respectivamente. (TÁ)
SONS CARDÍACOS E A DINÂMICA CARDÍACA
Na ausculta cardíaca, ao uso de um estetoscópio, se ouve o fechamento das válvulas.
1ª bulha cardíaca: fechamento das valvas átrio-ventriculares (sístole).
2ª bulha cardíaca: fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonares (diástole).
BULHAS (SONS) CARDÍACOS
Os sopros cardíacos são gerados por um fluxo turbulento do sangue, que pode ocorrer dentro ou fora do coração. 
Os sopros podem ser fisiológicos (benignos) ou patológicos (anormais). 
Os sopros anormais podem ser causados por uma estenose que restringe a abertura de uma valva cardíaca, causando turbulência ao fluxo sanguíneo que passa por ali.
 A insuficiência da válvula (ou regurgitação) permite o fluxo inverso do sangue quando a valva incompetente deveria estar fechada. 
Diferentes sopros são audíveis em diferentes partes do ciclo cardíaco, dependendo da causa do sopro.
BIBLIOGRAFIA
Jacob, STANLEY W. Francone, Clarice A. LOSSOW, Walter J. Anatomia e fisiologia humana. 5ª edição. São Paulo. Guanabara Koogan, 1990. 
TORTORA, Gerard J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia . 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.

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