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SEMINÁRIO II - POPULISMO: ESTADO E MASSAS NO BRASIL Deborah Bento Giovani Siani Juan Abreu Lucas Kisch Marina Vasconcelos Raphael Costa INTRODUÇÃO Trabalho dividido em 2 partes: • 1ª Parte: Sobre o autor e Introdução do Texto – Marina e Deborah; • 2ª Parte: Apresentação do Texto – Juan, Raphael, Giovanni e Lucas; • Slides: cada um montou seus tópicos; • Assunto: escolhido por afinidade e preferência. SOBRE O AUTOR - Biografia • Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores; • Ficou no governo de Fernando Henrique durante 8 anos (1995- 2002) como Ministro da Cultura; • Reconhecido por ter dado uma nova luz ao cinema brasileiro; • Suas obras e ideologias apresentam forte influência de Antonio Gramsci (filósofo marxista, jornalista, crítico literário e político italiano); • Áreas de atuação/Temas principais Ciência política, Estado e Governo, Teoria Política e Comportamento Político. Biografia Principais projetos/obras (a nível de conhecimento): 2008 - Atual • BANDEIRANTES E JESUITAS Descrição: O PROJETO ESTUDA A CRIAÇÃO DA ESTRUTURA DE PODER E A EXPANSÃO DO TERRITORIO COLONIAL NOS SECULOS XVI E XVII.. Integrantes: Francisco Correa Weffort - Coordenador. Financiador(es): Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ - Bolsa. 2002 - Atual • TEORIA POLÍTICA - ESTADO E SOCIEDADE Descrição: ESTUDO SOBRE AS TEORIAS DAS ORIGENS DO ESTADO E DA SOCIEDADE DA ÉPOCA MODERNA.. Integrantes: Francisco Correa Weffort - Coordenador. 1980 - 1993 • DEMOCRACIA - DESENVOLVIMENTO E TEORIA Descrição: ESTUDO SOBRE A TRANSIÇÃO DOS REGIMES AUTORITÁRIOS PARA OS REGIMES DEMOCRATICOS NA AMERICA LATINA.. Integrantes: Francisco Correa Weffort - Coordenador. 1976 - 1978 • SINDICATOS E POLITICA Descrição: RELAÇÕES ENTRE SINDICALISMO E ESTADO NO BRASIL. Integrantes: Francisco Correa Weffort - Coordenador. 1969 - 1974 • CLASSES POPULARES E DESENVOLVIMENTO SOCIAL Descrição: ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO URBANO NO BRASIL.. Integrantes: Francisco Correa Weffort - Coordenador. 1964 - 1967 • POPULISMO - RAÍZES SOCIAIS Descrição: ESTUDO SOBRE AS RAIZES SOCIAIS DO POPULISMO EM S. PAULO.. Integrantes: Francisco Correa Weffort - Coordenador. Influência Teórica • Estudo da democracia; • Antonio Gramsci; • Regime militar; • Proveniente do grupo do Capital, fixada nas bases do marxismo acadêmico; • Recusa da cultura de esquerda ao nacional-populismo; • Ruptura com status dos políticos oligárquicos. http://educacao.uol.com.br/biografias/antonio-gramsci.htm http://www.anpocs.org/portal/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=9012&Itemid=456 - Rafael Marchesan Tauil - 38º Encontro Anual da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais) Características da Obra e seus Temas Principais Três fases distintas de interpretação: Primeira Fase: • 1965 – 1979; • Elementos políticos; • Rumos da Nação: Estado e suas alianças com a oligarquia; • Característica: massas e classes populares – necessidade de um representante. Livros desse período: Clases populares y desarrollo social – 1968 (em espanhol); America Latina - ensayos de interpretación sociologico-política – 1970 (em espanhol); Participação e conflito industrial – 1972; Populismo y marginalidad en America Latina – 1975 (em espanhol); O populismo na política brasileira – 1980. Características da Obra e seus Temas Principais Segunda Fase: • 1979 – 1992; • Participação na política: Partido dos Trabalhadores, candidato à Deputado Constituinte, secretário geral do partido e candidatura de Lula à presidência de 1989 à 1994; • Ator político; • Característica: “democracia de fato”, construção do socialismo, inserção das classes populares. Livros desse período: Por que democracia? – 1984; Os clássicos da política – 1989; Qual democracia? – 1992. Características da Obra e seus Temas Principais Terceira Fase: • 1994 – 2012; • Fundamentos da política brasileira e a formação de seu pensamento correspondente; • Pensamento político brasileiro; • Continuidade; • “Embora o processo de 30 tenha tido algumas características autárquicas jamais foi isolado do resto do mundo.” (WEFFORT, 2000, P. 46) - oposição aos seus trabalhos anteriores. Livros desse período: Um olhar sobre a cultura brasileira – 1998; A cultura e as revoluções da modernização – 2000; Formação do pensamento político brasileiro – 2006; Espada, Cobiça e Fé: As origens do Brasil – 2012. http://www.anpocs.org/portal/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=9012&Itemid=456 - Rafael Marchesan Tauil - 38º Encontro Anual da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais) http://maicongoncalves.xpg.uol.com.br/literatura/franciscoweffort.htm APRESENTAÇÃO GERAL DO TEXTO • Título do livro: O populismo da Política Brasileira; • Capítulo a ser apresentado: Estado e Massas no Brasil (cap. II) e Introdução; • Assunto Geral do Capítulo: A criação e a emergência popular no Brasil – POPULISMO; • Estrutura do Texto: capítulo dividido em 3 – início, item 1 e item 2; introdução dividida em 2 partes. INTRODUÇÃO DO TEXTO • A emergência das classes populares; • A formação e interferência no equilíbrio das estruturas vigentes de poder; • O objetivo principal: embasar e apresentar tal fato com a significação que este assumiu em períodos mais recentes; • 2 significados principais pressão sobre as estruturas vigentes e pressão sobre as estruturas de mercado; • Foi também gerada uma pressão popular em relação à forma de governo operante; • “A emergência popular é produto de um período histórico determinado e solidária com as peculiaridades do desenvolvimento social e político que nele se observa. E os movimentos e governos populistas [...] terão sido talvez sua forma mais completa de expressão.” - WEFFORT, Francisco INTRODUÇÃO DO TEXTO • Etapa de crise; • Etapa de crença; • Década de 40 – incorporação das classes populares; • Brasil, Argentina, Guatemala, Chile, Bolívia, Cuba e República Dominicana; • Hipóteses gerais; • Aspectos contraditórios – ABERRAÇÃO DA HISTÓRIA: “inexperiência democrática”. INTRODUÇÃO DO TEXTO • Interpretação diferente – dificuldade real para análise da emergência popular; • “Sociedade tradicional”; • Brasil e Argentina – “sistema populista”: crise da economia de exportação e reorientação para as atividades industriais x crise da oligarquia; • Caráter urbano e incorporação política “de cima”; • Similitudes básicas – “periferia” do mundo capitalista. INTRODUÇÃO DO TEXTO • Embate: Brasil x Argentina; • 1ª diferença fundamental: formação histórica do Brasil; • Argentina: estabelece-se “às margens” no interior do sistema espanhol durante boa parte do período colonial; • O capitalismo encontra formas diferentes de adentrar estas localidades; • São visíveis e de grande importância algumas peculiaridades nacionais, que têm origem na diferença de formação destes países; • Pontos em que a Argentina supera o Brasil: Estrangeiros na composição das “classes médias” e das classes populares do regime oligárquico; A importância atribuída à classe operária no conjunto das classes populares. • As comparações (Brasil - Argentina) feitas, têm o intuito de demonstrar o lado antagônico que possui a função esclarecedora, e não complementadora ao que já é conhecido; • Portanto, tal perspectiva comparativa é limitada. APRESENTAÇÃO DO TEXTO: Queda da República Velha Motivos que levaram à queda: • Crise da Bolsa de 29 • Revolução de 1930 • Queda da Exportação • Cai o lucro dos latifundiários • Cai o poder da oligárquia Estado e Massas no Brasil • “Getúlio estabelece o poder do estado como instituição,e este começa a ser uma categoria decisiva na sociedade brasileira.” • “O Estado encontrará, assim, condições de se abrir a todos os tipos de pressões sem se subordinar, exclusivamente, aos objetivos imediatos de qualquer delas. Em outros termos: já não é uma oligarquia. Não é também o Estado tal como se forma na tradição ocidental. É um certo tipo de Estado de Massas, expressão de prolongada crise agrária, da dependência dos setores médios urbanos e da pressão popular.” Governo Provisório (1930 – 1934) Apoiado por tenentistas, Vargas assume o governo provisório, no qual vários militares passaram a ocupar o cargo de governadores. Tirado assim os que já estavam em vigor. • Revolução Constitucionalista de 1932; • Consituição de 1934. Transição de uma democracia limitada para ampliada Formação de um Estado “Democrático” • Voto das Mulheres. • Industrialização. • Leis Trabalhistas. • Estabelecimento de eleições diretas para o Executivo e Legislativo. • Criado o Tribunal do Trabalho. • Liberdade de organização sindical. Plano Cohen (1937) • Suposto documento que declarava que o Brasil estava prestes a sofrer um golpe de estado comunista, sendo esse documento declarado por militares. Estado Novo (1937-1945) Constituição Polaca – 1937 – Constituição de característica fascista. Constituição extremamente autoritária e centralizadora. • Extinção dos partidos políticos; • Proibição de direito de greve; • Eleições indireta no Brasil. Marcha para o oeste – 1938 – política demográfica de incentivo a migração, criação de colônias agrícolas, construção de estradas, reforma agrária, incentivo a produção agropecuária de sustentação. • DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda. 1945-1964: Experiência democrática parcial (O regime liberal populista) • As massas constituíam uma massa “acéfala”; • 1945: Instauração de um regime democrático; • Democracia para todos? 1945-1964: Experiência democrática parcial (O regime liberal populista) • O antro da vida política se desloca: Campo Cidade 1945-1964: Experiência democrática parcial (O regime liberal populista) • O caráter do sufrágio se transforma; • Campanha pré-eleitoral; • Manifestação política desvinculada dos interesses da elite. 1945-1964: Experiência democrática parcial (O regime liberal populista) • Os políticos e as massas eleitorais. • Há um deslocamento (parcial) do poder. 1945-1964: Experiência democrática parcial (O regime liberal populista) O que é populismo? “Evite por todos os meios obrigar o povo a refletir. A reflexão é um trabalho penoso a que o povo não está habituado. Dê-lhe sempre razão. Prometa-lhe tudo que ele pede e abrace-o quanto puder.” – Plínio Barreto. 1945-1964: Experiência democrática parcial (O regime liberal populista) • Demagogia; • Emocionalidade; • Verbiagem social; • “Ausência de ideologia”. 1945-1964: Experiência democrática parcial (O regime liberal populista) Como se consolida o populismo? • 1º Passo- Massificação; • 2º Passo – Falta de representatividade; • 3º Passo – Líder carismático. 1945-1964: Experiência democrática parcial (O regime liberal populista) • O populismo é um fenômeno de massas; • “Coletivização”; • Populismo X Coronelismo. Figuras da República Populista Democrática(1945-1964): Eurico Gaspar Dutra(1946-1951) • Rompimento das relações com a URSS e alinhamento com os EUA; • Fechamento do Partido Comunista Brasileiro e cassação dos mandatos dos parlamentares deste partido; • Plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transportes e Energia). Com falta de recursos para investimentos, poucas ações do plano viraram realidade; • Depois da constituição de 1937 que instituía o Estado Novo, no governo Dutra, em 1946, foi feita uma nova constituição democrática reassegurando os direitos conferidos em 1934. Figuras da República Populista Democrática(1945-1964): • Governo aparentemente neutro no início (conciliação com liberais e nacionalistas) mas que foi associado pela oposição com regimes comunistas - projetos de leis e práticas como criação de estatais que detinham monopólios sobre reservas naturais, como petróleo (Pétrobras); • Criou também: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico(BNDE) e Eletrobrás; • Em 1954 – cometeu suicídio (acredita-se ter adiado um golpe de estado) – resto domandato, em sua maior parte, foi cumprido por Café Filho, seu vice. Getúlio Vargas (1951 – 1954) • Mantinha uma relação pública estreita com as massas populares que se formaram a partir da urbanização; Figuras da República Populista Democrática(1945-1964): Juscelino Kubitschek (1956 – 1961) • Plano de metas (‘’50 em 5’’); • Construção de Brasília; • Grande abertura para capital estrangeiro; • Manteve relações com PSD e PTB, partidos de direita e esquerda. Figuras da República Populista Democrática(1945-1964): Jânio Quadros (1961) • Próximo do povo; • Descontentamento dos partidos; • Política sem rumo aparente; • Aproximação ao socialismo; • Renúncia no mesmo ano da posse, diz ter sido tirado do poder por ‘’Forças ocultas’’. Figuras da República Populista Democrática(1945-1964): João Goulart (1961 – 1964) • Como vice presidente, Jango deveria tomar posse no lugar de Jânio mas a oposição, com medo das intenções comunistas do vice, quis impedir sua posse. A beira de uma revolta, decidiram por adotar o parlamentarismo – onde Goulart governaria junto a um primeiro ministro – o que durou até 1963, voltando ao sistema anterior, quando, então, propôs o Plano Trienal: uma série de medidas que surpreenderam as partes mais conservadoras da sociedade e dos políticos por compreenderem a mais séria proposta de redistribuição de renda até então; • Os militares então, contra a “ameaça comunista” que assolava o governo, tomaram o poder com um golpe de estado que seria um governo provisório, mas que durou 20 anos. CONCLUSÃO DO GRUPO • A abertura de um regime democrático em 1945, embora restrito a um determinado grupo, ao mesmo tempo que simbolizou o início de uma participação popular na política, também representou uma adaptação do jogo político de coerção a esse regime. Ora feito através da violência explícita, passou a se maquiar e se esconder à sombra das promessas dos "falsos profetas", que através da retórica e da oratória passaram a manobrar as massas de acordo com seus interesses. • Pergunta para o debate: Essa conclusão nos leva a uma questão. Poder-se-ia considerar democrático um regime pautado na liberdade de escolha mas também na manipulação psicológica?
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