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SEMIOLOGIA DO QUADRIL

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SEMIOLOGIA DO QUADRIL
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
PROF. WALBEG FERRAZ
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Revisão Anatômica: Pelve
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Revisão Anatômica: Fêmur
Osteologia
Sindesmologia
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Músculos do Quadril
Glúteo máximo
Origem: linha glútea posterior e lig. Sacrotuberoso;
Inserção: tuberosidade glútea do fêmur;
Ação: Extensão e rotação lateral do quadril.
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Músculos do quadril
Glúteo médio:
Orig. entre as linhas glúteas anterior e posterior / Inser. Trocânter maior;
Glúteo mínimo:
Orig. entre as linhas glúteas anterior e inferior / Inser. Trocânter maior;
Ação: abdução e rotação medial (ambos)
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Ilustrando: Glúteos
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Músculos do Quadril
Íliopsoas
Orig. Processos transversos das vértebras lombares e fossa ilíaca / Inser. Trocânter menor.
Ação: Flexão do quadril
Sartório
Orig. EIAS / Inser. borda medial da tuberosidade da tíbia.
Ação: flexão do quadril e flexão + RM do Joelho.
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Ilustrando
Íliopsoas 
Sartório
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Músculos do Quadril
Piriforme
Orig. Sacro / Inser. Trocânter maior;
Ação: adução, rotação lateral e extensão do quadril.
Pectíneo
Orig. Linha Pectínea do púbis / Inser. Linha pectínea do fêmur.
Ação: adução e flexão do quadril.
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Ilustrando
Piriforme
Pectíneo
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Músculos do quadril
Adutores (longo, curto e magno)
Origem: corpo + ramo do púbis e tuberosidade isquiática;
Inserção: linha áspera do fêmur, linha supracondilar e tubérculo adutor;
Ação: adução do quadril e sinergistas da flexão da mesma articulação.
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Ilustrando
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Músculos do quadril
Grácil
Orig. corpo e ramo do púbis / Inser. diáfise da tíbia medialmente.
Ação: adução, flexão e rotação lateral
Tensor da fáscia lata
Orig. EIAS / Inser. Tracto ílio-tibial
Ação: flexão, rotação medial e abdução da coxa.
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Ilustrando
Grácil
TFL
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1. Considerações Gerais 
A maioria dos problemas que acometem o quadril tem origem em processos degenerativos e inflamatórios;
Processos traumáticos são mais raros;
Respaldo na estrutura anatômica do quadril;
As lesões traumáticas mais comuns são: fraturas do colo do fêmur e do acetábulo.
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2. Anamnese
O que não devemos esquecer?
Queixa principal, história da doença atual, história pregressa e fenômenos relacionados;
A queixa principal é dor na maioria dos casos;
Na anamnese do quadril, o primeiro ponto chave é a idade; Por quê?
Algumas doenças são restritas a idade.
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2.1 Comprometimento do quadril X idade.
Ex.1: Displasia Congênita do Quadril
Comum em lactentes e infantes;
Tem origem mais freqüente nos seguintes fenômenos:
Incidência familiar
Primogênito
Parto de nádegas
Pé torto ou torcicolo
Desaparecimento dos movimentos fetais no fim da gravidez
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Luxação congênita de quadril
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2.1 Comprometimento do quadril X idade.
Ex.2: Doença na marcha da criança podem estar associados a doença de Perthes ou epifisiólise.
Ex.3: Coxartrose displásica idiopática: comum em adultos.
 
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2.2 Anamnese da dor
A localização anatômica:
A dor no quadril é geralmente referida na região dorsal ao trocânter ou na região inguinal;
Por vezes referida à face medial no terço médio da coxa ou até no joelho. 
Início da dor:
Aparecimento agudo: vai sugerir processo inflamatório (epifisiólise ou fratura patológica). 
Aparecimento lento: vai sugerir processo degenerativo ou tumoral.
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2.2 Anamnese da dor
Caráter periódico da dor:
a) Doença degenerativa do quadril:
 Dor matinal e ao início da marcha que diminui aos primeiros passos e é dependente do esforço e da carga. Ex. subir escadas.
b) Claudicatio Spinalis: 
 Esclerose do canal medular – não há dor no início da marcha e verifica-se melhora ao sentar-se com o corpo dobrado sobre o quadril. 
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Caráter periódico da dor:
c) Claudicatio Intermitens (insuficiência vascular):
A dor é acompanhada de sensação de frio e frêmito das artérias femorais.
Obs. Como a dor no quadril poder ser provocada?
 A dor pode ser provocada pelo apoio ao solo, ao levantar e subir escadas, ao exame físico.
Em patologias originadas no próprio quadril, os movimentos de flexão, extensão e rotação não são permitidos.
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3. Inspeção
Aspectos a inspecionar:
Posição da bacia;
Desvio do eixo das pernas (joelho valgo e varo);
Erro rotacional;
Estrutura da coluna (curvaturas);
Topografia muscular (assimetrias);
Comprimento dos mmii;
Circunferência;
Edema, eritema e sinais de inflamação ou lesão.
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3.1 Posição para exame
Teste para avaliar o comprimento das pernas:
O examinador se posiciona atrás do paciente na altura em que os olhos fiquem ao nível das espinhas ilíacas;
Como saber se um dos MMII é menor?
As espinhas ilíacas devem estar no mesmo nível, se não, colocar táboas de 5mm sob o pé para corrigir o desnível do lado mais curto e comprovar o encurtamento.
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3.1 Posição para exame
Obs. Esse método é impraticável se houver contratura em adução ou abdução.
Contratura em adução: o lado comprometido parece mais curto quando o paciente junta os pés;
Contratura em abdução: o lado não comprometido fica menor ao juntar os pés.
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Posição para o exame físico
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4. Análise da Marcha
O paciente que apresenta comprometimento do quadril vai ter marcha claudicante;
Tipos de claudicação:
a) Claudicação de Duchenne (dor): o paciente ao caminhar tenta poupar o lado doente, reduzindo o peso sobre o membro afetado;
O movimento produz contração dos glúteos, o que diminui a pressão dentro do acetábulo e reduz a fase de apoio sobre o membro doente. 
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4. Análise da Marcha
b) Claudicação de Trendelenburg (insuficiência muscular): notada quando o peso está sobre o quadril doente. 
Observa-se assimetria por fraqueza do glúteo médio e verifica-se desabamento da bacia sobre o lado são.
O caminhar é mais suave e sem diminuição tão acentuada da fase de apoio.
Em caso de claudicação bilateral, a marcha assume caráter anseriforme.
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4. Análise da Marcha
c) Claudicação por encurtamento: o peso se desloca para o lado mais curto.
d) Claudicação por rigidez: falta de queda da bacia na fase de apoio em caso de artrodese. 
A palpação deve buscar pontos dolorosos e reconhecer estruturas anatômicas.
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5. Prova funcional
Flexão( Manobra de Thomas)
Paciente em supino, mão do avaliador sobre o sacro;
O paciente flexiona a coxa sã até que seu sacro comprima a mão do avaliador;
Essa posição é mantida pelo paciente com as mãos entrelaçadas;
Observar o lado a ser examinado até que a bacia acompanhe o movimento;
É o ângulo entre a mesa e a coxa que determina o grau de encurtamento em flexão.
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5. Prova funcional
Extensão
Pode ser verificada em decúbito lateral sobre o lado saudável;
Flexão = 130º
Extensão = até 15º
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Flexão
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Extensão
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5. Prova funcional
Adução e abdução:
O membro inferior estendido é abduzido até o avaliador sentir o movimento compensatório da pelve (decúbito dorsal).
Abdução = 30 a 45º
Adução = 20 a 30º
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Adução e abdução:
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5. Prova funcional
Rotação interna e externa:
Paciente em supino e com o quadril em flexão de 90º.
Rotação interna = até 50º
Rotação externa = 40º
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Rotação interna e externa:
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6. Testes específicos
Teste de Drehmann
Paciente em decubito dorsal, o avaliador vai conduzir a flexão do membro inferior.
Em uma epifisiólise da cabeça do fêmur, a coxa move em rotação externa compensatória com o aumento da flexão do quadril
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Teste de Drehmann
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6. Testes específicos
Teste de Ludloff-Hohmann:
O Paciente vai estar em decubito dorsal;
O joelho de ser totalmente estendido quando o quadril estiver aduzido e flexionado;
Dor = displasia do quadril
Incapacidade = encurtamento dos ísquio-tibiais.
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Teste de Ludloff-Hohmann:
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6. Testes específicos
Teste de Ely:
Paciente em decubito ventral;
Proceder a flexão passiva do joelho até o calcanhar tocar
o glúteo;
Será positivo quando a bacia se elevar em relação a superfície da maca.
Designa encurtamento do reto femoral.É comum em pacientes com PC. 
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Teste de Ely:
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Testes específicos
Teste de Patrick:
Paciente em decubito dorsal;
Fazer um “4” com o membro a ser testado repousando o calcanhar sobre o joelho do lado oposto;
Nesta posição o examinador força a abdução e a rotação externa no quadril examinado;
Enquanto estabiliza a pelve com a outra mão no lado oposto.
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Teste de Patrick
A restrição do movimento de abertura do “quatro” ou dor na virilha sugere patologia da articulação coxofemoral;
Dor referida na topografia posterior da articulação sacroilíaca quando a abdução e a rotação externa são forçadas sugere disfunção localizada na articulação sacroilíaca.
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Teste de Patrick
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6. Testes específicos
Teste ou Sinal de Trendelenburg
Examinador sentado atrás do paciente com os olhos na altura das cristas ilíacas;
Pedimos ao paciente para elevar a perna sã dobrando o joelho até 90º.
O teste é positivo quando a pelve cai para o lado são.
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Teste ou Sinal de Trendelenburg
A origem do sinal positivo é:
Fraqueza dos glúteos, lesão nervosa ou traumática;
Musculatura encurtada, osteotomia ou epifisiólise do fêmur;
Displasia do acetábulo.
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Teste ou Sinal de Trendelenburg
Graduação:
Grau I = insegurança monopodal e claudicação por cansaço;
Grau II = Queda da bacia para o lado são sem acentuada compensação da coluna;
Grau III = Queda completa da bacia, com compensação completa da coluna ou incapacidade de ficar em apoio monopodal.
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Teste ou Sinal de Trendelenburg
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Teste de Ober
Indica contratura do tensor da fáscia lata
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Referências
Willian Castro – Manole – 2005;
Hoppenfeld – Atheneu – 2008...

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