Buscar

ApostilaOsram Iluminação Comercial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Iluminação Comercial
A história da OSRAM está intimamente ligada à história da 
humanidade, suas relações e descobertas quanto à iluminação, 
pois sempre teve como meta o novo... o futuro. Isso só foi 
e é possível porque a OSRAM tem paixão por iluminação 
inteligente e busca ver o mundo em uma nova luz. Por isso, 
fornece esse bem, de forma responsável, para a população de 
mais de 159 países em todos os continentes.
Em 1910, a empresa criou as lâmpadas incandescentes com 
filamentos de tungstênio, mas, desde então, os investimentos 
em pesquisa resultaram em novas tecnologias, como luzes que 
transportam dados e vozes a qualquer lugar no planeta, curam 
bebês, eliminam cicatrizes, purificam o ar e a água, além dos 
LED’s (diodo emissor de luz).
No Brasil, a OSRAM está presente desde 1922 e sempre 
contribuiu para o desenvolvimento sócioeconômico do país. 
Em 1955, iniciou a fabricação nacional de lâmpadas no 
município de Osasco, na área metropolitana de São Paulo. 
Hoje, a OSRAM se caracteriza como a empresa mais 
especializada do mundo na área de iluminação. Tem uma 
vasta quantidade de patentes, trabalhos científicos e prêmios 
internacionais que garantem um portfólio com cerca de cinco 
mil tipos de lâmpadas. Ao mesmo tempo, sua atuação reflete um 
engajamento incondicional na preservação do meio ambiente 
e na qualidade de vida das pessoas em todo o mundo. 
Apresentação
Curso de 
Iluminação Comercial
Para auxiliar o trabalho de Arquitetos, Designers de 
Interiores e demais profissionais interessados em luz, 
a OSRAM coloca à disposição o Curso de Iluminação 
Comercial. A proposta deste curso é discutir as 
diferentes estratégias de iluminação de um espaço e 
seus objetos, evitar erros freqüentes na escolha das 
lâmpadas e posicionar corretamente os pontos de luz, 
valendo-se da geometria da arquitetura.
O curso leva ao treino do olhar, para que os profissionais 
tenham uma visão crítica do espaço, para selecionar os 
efeitos de luz desejados de acordo com as intenções 
do projeto, suas ilusões, suas atmosferas e o impacto 
que a arquitetura deve provocar no observador.
São apresentadas as rotinas de um projeto de 
iluminação comercial, exemplificadas com aplicações 
de diferentes técnicas em lojas, vitrines, escritórios, 
bares e restaurantes.
Para alcançarmos o objetivo de sempre iluminar melhor.
INTRODUÇÃO
Capítulo 1
Fundamentação do projeto
1.1 Luz é informação
1.2 Dramaticidade e performance
1.3 O projeto arquitetônico
1.4 Fundamentação do conceito
1.5 Soluções de iluminação
Capítulo 2 
Objetivos do projeto
2.1 As idéias do partido arquitetônico
2.2 Os elementos-chave do projeto
2.3 As ilusões que se pretende criar através da iluminação
2.4 Ambiência e atmosfera que se pretende criar
2.5 O compromisso com o meio ambiente
Capítulo 3 
Estratégias de composição de projeto
3.1 Identificação da procedência da luz
3.2 Iluminação do ambiente
3.3 Planta de teto refletido
3.4 Quantidade de luminárias
CAPÍTULO 4
Iluminação de ambientes comerciais
4.1 Iluminação de lojas de departamento
4.2 Iluminação de lojas de produtos sofisticados
4.3 Iluminação de cafeterias e restaurantes
4.4 Iluminação de escritórios
4.5 Tendências da iluminação comercial
Capítulo 5
Cases 
Tok&Stok Megastore
Água Bar & Restaurante 
Escritório Comercial do IBQ Indústrias Químicas Ltda.
 
Capítulo 6
Anexos
Anexo 1 - Níveis de iluminância recomendados
Anexo 2 - Recomendações para iluminâncias horizontal e vertical (resumido)
Anexo 3 - Recomendações da norma NBR – 5413 ABNT
Índice
10
11 
12 
14 
15
18
19
20
22
25
26
33
38
39
41
41
42
43
44
46
49
53
56
57
58
08
De maneira geral, os serviços
a serem desenvolvidos em um
projeto seguem a seguinte ordem:
1. projeto arquitetônico;
2. projeto luminotécnico;
3. projeto elétrico e de instalações.
I luminar adequadamente um ambiente 
comercial, obedecendo orientações técnicas, 
é fundamental a qualquer ponto-de-venda. 
A primeira preocupação de um proprietário 
deve ser fortalecer a imagem da empresa, 
valorizando a fachada do edifício ou dos 
produtos expostos em uma vitrine. 
As atenções também devem estar voltadas 
para o ambiente interno, que requer 
uma solução que avalie o tipo de serviço 
ou mercadoria comercializados e o perfil 
de seu público-alvo, como, por exemplo, 
um escritório de advocacia terá uma solução 
luminotécnica com um apelo diferente de 
uma agência de publicidade, assim como 
um projeto de iluminação de uma loja de 
roupas exigirá soluções que lidem com uma 
série de critérios diferentes de uma loja 
de jóias. Portanto, é importante avaliar o 
projeto como um todo antes de apresentar 
propostas de iluminação que se prestem 
a atender apenas uma parte do espaço, 
evitando, assim, que o resultado final fique 
defasado.
Todo estabelecimento, independentemente 
de seu ramo comercial ou localização, 
necessita efeitos de luz capazes de criar 
uma identidade e, ao mesmo tempo, 
seduzir o consumidor.
O projeto de iluminação deve definir os 
equipamentos e seu posicionamento 
anteriormente ao projeto de instalações 
elétricas, que finaliza o dimensionamento dos 
circuitos e o fechamento das cargas. Assim, 
o andamento da obra não é prejudicado e 
o cliente se abstém de revisar a instalação 
após sua execução.
Introdução
Fundamentação do projeto 09
Experiência
Visual
Luz é
Informação
Interface com a 
Arquitetura
Interface com o 
Observador
A luz não só viabiliza nossa visão, como também 
afeta nosso humor e senso de conforto, 
podendo tornar o ambiente agradável ou 
repulsivo. Os níveis de iluminância e as cores, o 
impacto da sombra e da penumbra, as nuances 
entre claro e escuro influenciam sensações 
momentâneas e determinam o ritmo de nossa vida.
A luz é invisível, só a percebemos quando ela 
atinge uma superfície. Desse modo, o que vemos 
Fundamentação do projeto
Capítulo 01
é o brilho dessas superfícies, e a maneira como 
elas são iluminadas, suas características como 
formas, texturas e dimensões são instrumentos 
de composição do projeto. 
Devemos entender a luz como recurso de 
informação, podendo revelar ao observador 
características dos elementos e objetos ou 
ocultá-los da cena, deixando-os na penumbra. 
10
1.1 Luz é informação
Elementos ou objetos iluminados são mais 
visíveis e entendidos como mais importantes, 
enquanto os menos importantes não são 
destacados. 
Dosando o brilho entre os vários elementos 
da arquitetura e do mobiliário, define-se a 
hierarquia dentro do espaço. Em um ambiente 
comercial, quanto maior o contraste entre o brilho 
dos objetos da cena (elementos da arquitetura 
e exposição), maior será o direcionamento 
do olhar para o elemento mais iluminado. 
Podemos afirmar, então, que o observador 
é atraído pelo brilho antes mesmo de reconhecer 
o produto iluminado.
Loja Fause Haten Oscar Freire
Projeto Luminotécnico:
Franco & Fortes Lighting Design 
Neste caso, os calçados brilham mais
que o fundo escuro da prateleira, criando
uma impressão de sofisticação adequada
ao perfil da loja. A iluminação periférica
do expositor brilha no campo visual
e intensifica o apelo da cena, atraindo
o cliente até o expositor para contemplar
os objetos destacados.
Para criar a impressão de sofisticação em um 
projeto, maior deverá ser a diferença entre o 
brilho do produto e o brilho médio do ambiente.
11Fundamentação do projeto
Restaurante Mr. Lam, Rio de Janeiro
Projeto Luminotécnico: LD Studio
A iluminação atrás do sofá faz uma referência
 à forma da arquitetura, valorizando-a.
As esculturas são destacadas, enquanto
as mesas são deixadasem segundo plano
e iluminadas pela reflexão da luz
nas superfícies. 
O ambiente tem grande contraste entre
luz e sombra (dramaticidade), associado
à baixa luminosidade, o que garante 
atmosfera acolhedora.
1.2 Dramaticidade e Performance
A variação entre luz e sombra define o fator 
de dramaticidade do ambiente. Quanto maior 
esse contraste maior será o drama da cena.
Desse modo, a sombra é muito importante 
para definir a atmosfera do local. Este fator 
de dramaticidade, e por sua vez a atmosfera, 
deve ser compatibilizado com o uso do espaço 
e também com as intenções do projeto, já que 
quanto maior o contraste entre os objetos 
iluminados e os não-iluminados, maior será 
a impressão de sofisticação do local e dos 
objetos em destaque. 
Entendemos a dramaticidade como o oposto da 
uniformidade, sendo esta última muito importante 
em locais onde se desempenham atividades e, 
conseqüentemente, necessita-se performance. 
Em um projeto comercial, há vários locais 
onde é importante garantir dramaticidade para 
definição da atmosfera: bares, restaurantes 
sofisticados, interior de lojas sofisticadas, 
vitrines e expositores. Enquanto em outros, a 
uniformidade é imprescindível para promover 
performance, evitar fadiga visual e sombras 
indesejadas, como: caixas, provadores de 
lojas, cozinhas (restaurantes) e escritórios.
12
É necessár io identif icar a quem o projeto 
deve ser vir, qual o per f i l do cl iente, 
qual o tema do projeto (uso do espaço) , 
quais as i lusões que se quer cr iar, 
qual a ambiência que será oferecida 
ao obser vador, em quais ambientes é 
necessár ia i luminação de contraste
ou i luminação de per formance. 
1.3 O Projeto Arquitetônico
BankBoston São Paulo
Projeto Luminotécnico: Esther Stiller Consultoria Ltda.
Foram utilizadas luminárias diretas com aletas 
parabólicas para garantir uniformidade e 
performance em toda a extensão do ambiente
de trabalho sem fazer referência à disposição 
do mobiliário.
Para a solução escolhida, é preciso saber 
qual é o consumo de energia do sistema, se 
será de fácil manutenção, se proporcionará 
compatibilização da luz artificial com a luz 
natural. Enfim, todas as questões técnicas 
envolvidas, além das questões subjetivas que 
criarão uma resposta emocional no observador. 
Isso é o que torna um projeto de iluminação 
diferenciado e bem resolvido.
13Fundamentação do projeto
Este papel revelador da luz deve ser 
fundamentado pelo arquiteto de iluminação. 
Logo abaixo, estão alguns destes efeitos:
1) Definição de forma:
 Planos e volumes iluminados
2) Valorização ou ocultação de textura:
 direção da luz
3) Criação de movimento:
 composição de fachos
Casa noturna Carioca da Gema, Rio de Janeiro
Projeto Luminotécnico: NTZ Iluminação Arquitetônica
A textura da parede de tijolos foi evidenciada com luz rasante 
à superfície. Como os projetores utilizados possuem facho 
concentrado, o efeito verticalizador criou a ilusão de aumento 
do pé-direito do ambiente.
4) Definição de contraste: 
 composição e abertura de fachos
5) Influência no humor:
 ambiência e atmosferas
6) Alteração da geometria e criação de ilusão: 
 sistemas de iluminação
7) Definição de hierarquia:
 relação entre o brilho dos elementos
14
Boa 
Iluminação
Performance Visual
Co
nf
or
to
 V
is
ua
l
A
m
b
iência
Forma 3D
Limitação de
Ofuscamento
Uniformidade
entre SuperfíciesDireção da
Luz (texturas)
Temperatura
da Cor
Índice de
Reprodução de
Cores (IRC)
Iluminância
1.4 Fundamentação do conceito
Independente de ser um projeto comercial 
ou residencial, o primeiro passo é elaborar 
um conjunto de idéias que darão diretrizes ao 
projeto de iluminação. Essas referências, todas 
fundamentadas com as intenções do projetista 
e com a arquitetura, irão organizar as soluções 
da iluminação e selecionar quais as melhores 
estratégias para atingir os objetivos propostos. 
Caso o projeto de iluminação não seja bem 
fundamentado, o profissional terá dificuldade 
para selecionar quais efeitos serão utilizados e 
corre o risco de criar confusão visual ao invés de 
viabilizar a clareza de informações. 
No decorrer do desenvolvimento de um projeto, 
surgirão novas idéias e alternativas de iluminação, 
sendo que o profissional pode ficar em dúvida 
quanto à aplicação de cada uma delas. Neste 
caso, deve-se recorrer aos objetivos do projeto 
para eliminar a solução conflitante.
Tudo deve estar de acordo com os ideais do 
projeto, seu partido, e com a impressão que 
queremos que o observador tenha do espaço 
(ilusões e condicionantes de conforto).
Evitar ofuscamento, através da correta escolha 
e posicionamento das fontes, é requisito 
básico para promover condições mínimas 
de conforto para o desenvolvimento das 
atividades em um espaço. Porém, a rigidez 
com que resolvemos este item está vinculada à 
tipologia do projeto, por exemplo: em um bar, o 
ofuscamento é um item menos importante que 
a escolha da temperatura de cor das lâmpadas 
Diagrama da boa iluminação
Fonte: Fördergemeinschaft Gutes Licht
15Fundamentação do projeto
(responsáveis pela definição da atmosfera), 
enquanto em um escritório, seria o contrário, 
pois a performance é um item indispensável para 
garantir produtividade.
Podemos utilizar o diagrama ao lado para auxiliar 
a definição dos critérios mais relevantes em um 
projeto, dividindo-os da seguinte maneira:
1) Ambiência: a impressão que queremos que o 
observador tenha do espaço. É influenciada pela 
modelagem das formas tridimensionais (contraste 
e dramaticidade), pela direção da luz, que pode 
valorizar ou ocultar texturas, e pela temperatura 
de cor das lâmpadas, que é uma condicionante 
da atmosfera do ambiente;
2) Performance: a agilidade no desenvolvimento 
d e t a r e f a s e m u m e s p a ç o o u a f a c i l i d a d e
no reconhecimento de detalhes de um objeto. 
A performance é influenciada pela iluminância do local 
e pelo controle antiofuscamento dos equipamentos, 
que evita fadiga visual e perda de atenção (desvio 
do olhar);
3) Conforto visual: associa-se à performance e 
ambiência em diferentes graus de importância, 
dependendo do projeto. É influenciado pela 
uniformidade entre as superfícies iluminadas 
(ausência de contrastes) e pelo índice de 
reprodução de cores, que evitará distorções 
nos produtos em exposição.
1.5 Soluções de iluminação
Iluminação Geral ou Ambiente
Esta solução tem um vínculo muito forte com 
a arquitetura e seus elementos (paredes, teto, 
nichos, volumes, etc.), pois é a luz que vai 
revelar os detalhes do ambiente e pode ser 
responsável pela criação de ilusões espaciais, 
como distorções de geometria.
A iluminação geral fornece luz de preenchimento 
ao espaço proveniente de luminárias de facho 
aberto, sancas e outras soluções de iluminação 
que trabalham com luz refletida em uma 
superfície (teto ou parede). 
Supermercado
Ambiente iluminado 
exclusivamente com 
luminárias de lâmpadas 
fluorescentes embutidas 
no forro. Todo o espaço 
é iluminado da mesma 
forma, com grande
uniformidade.
A paginação das luminárias 
em linha contínua cria
a ilusão de que o local
é mais longo e define 
um direcionamento
além do campo visual.
16
A impressão de luminosidade em um ambiente 
está diretamente ligada à emissão de luz 
difusa, que, na maioria das vezes, está 
relacionada à solução de iluminação geral. 
Trata-se de uma luz funcional, que garante 
iluminância e uniformidade mínimas para o 
comercial, e sua intensidade fica a critério do 
uso do espaço e da atmosfera escolhida. Um 
ambiente iluminado exclusivamente com luz 
geral pode ficar sem apelo ou sem referências 
fortes relacionadas ao brilho dos elementos, 
porém, ela é muito importante para viabilizar 
performancevisual.
Iluminação de Destaque
Esta solução tem uma relação muito forte 
com os elementos em exposição: manequins, 
objetos à venda, quadros e esculturas. Ela 
resolve pontualmente os objetos a serem 
destacados no campo visual, porém não faz 
referência à arquitetura, ou seja, influencia 
pouco a ambiência e não cria ilusões. 
Na maioria das vezes, a iluminação de destaque 
não é capaz de resolver todo o espaço, sendo 
necessária a utilização de sistemas que propor-
cionem luz ambiente para garantir um equilíbrio.
Loja Hallhuber, 
Alemanha.
Iluminação
de destaque
em vitrine.
Os projetores
iluminam os
manequins
funcionalmente
sem fazer referência 
aos elementos da 
arquitetura.
17Fundamentação do projeto
Iluminação Setorizada
Neste caso, os equipamentos de iluminação são 
usados pontualmente e, na maioria das vezes, 
instalados no mobiliário, como: luminárias de 
leitura em mesas de trabalho, gôndolas iluminadas 
(supermercados) ou displays iluminados (lojas). 
Essas soluções têm o objetivo de aumentar a 
iluminância nesses pontos, diminuindo a demanda 
do sistema de luz ambiente e, conseqüentemente, 
baixando o consumo de energia. Além disso, criam 
grande atratividade ao local iluminado através de 
seu destaque no entorno.
Iluminação Decorativa
Esta solução tem um apelo mais decorativo do 
que revelador, pois não influencia muito na 
iluminação ambiente ou nos destaques. 
Ela tem o objetivo de criar impacto visual em um 
determinado elemento ou objeto, por exemplo, 
através de simulações de troca de cor (RGB) 
ou projeção de texturas (gobos).
Efeito RGB dinâmico
aplicado em vitrine.
 
O painel de fundo da vitrine
funciona como um atrativo,
trocando de cor automaticamente, 
porém não influencia no destaque 
frontal dos manequins para não 
distorcer as cores das roupas.
Luminária de leitura
em mesa de trabalho
18
Objetivos do Projeto
Capítulo 02
As idéias que definem os objetivos do projeto podem ser fundamentadas seguindo a sequência 
de temas que veremos abaixo:
2.1 As idéias do partido arquitetônico
O conjunto de idéias que organiza e sustenta o 
projeto compõe o Partido Arquitetônico. Essa 
denominação informa onde nasce o projeto.
O projeto de iluminação utiliza essas idéias 
para sua fundamentação, estabelecendo
u m d i á l o g o c o m a a r q u i t e t u r a e c r i a n d o
uma unidade. Esse laço facilitará a leitura 
do espaço e será responsável pela valorização 
da arquitetura, seus objetivos e suas ilusões. 
Por exemplo, em um projeto que defina simetria, 
a distribuição das luminárias no forro deverá 
fazer referência a essa sugestão da arquitetura. 
Já em uma situação em que a arquitetura 
define direcionamento, pode-se sugerir que o 
projeto de iluminação evidencie o caminho.
 
O estilo da arquitetura também será referência 
para a fundamentação do projeto de iluminação. 
Além do respeito a um critério do espaço 
(minimalista, rebuscado, clássico, etc. ) ,
o des ign das luminár ias deverá atender 
ao conceito adotado.
Megastore Tok&Stok, São Paulo
Displays de cadeiras e mesas
Projeto Luminotécnico: 
Franco & Fortes Lighting Design
Enquanto os ambientes 
demonstrativos são iluminados 
com alguma liberdade, a 
circulação tem um tratamento 
diferenciado (forro rebaixado) e 
repetitivo, produzindo um efeito 
de balizamento que auxilia o 
cliente a ter uma referência 
espacial na loja, conduzindo-o aos 
demais espaços de exposição.
19Objetivos do Projeto
2.2 Os elementos-chave do projeto
Teatro Armani, Milão - Itália
Projeto: Tadao Ando Architect & Associates
A iluminação contínua ao longo da parede curva 
insere o elemento arquitetônico na cena. 
Além de funcionar como a principal alternativa
de iluminação do espaço, em conjunto com o nicho 
iluminado existente no piso junto à parede contrária, 
esta solução fortalece a imagem da arquitetura 
estabelecendo uma unidade. As luminárias embutidas 
no forro, respeitando o eixo da entrada, criam forte 
direcionamento e convidam o observador a ingressar 
no edifício.
Neste momento é preciso identificar no projeto 
quais elementos arquitetônicos têm maior 
destaque dentro do campo visual, ou seja, quais 
planos, volumes ou formas são mais visíveis no 
espaço. Esses elementos serão responsáveis 
pela impressão que teremos do espaço e 
influenciarão o apelo visual do projeto. 
Por exemplo, em um escritório muito amplo 
e com pé-direito baixo, o teto é mais notado 
que as paredes e, assim, torna-se o elemento 
dominante na cena, podendo alterar o modo 
como compreendemos o espaço quando 
iluminado. Já em um ambiente onde há uma 
grande parede sem aberturas e de frente para 
a entrada principal, ela se torna um possível 
elemento de composição do projeto devido à 
sua importância no campo visual.
O reconhecimento desses elementos depende da 
sensibilidade do profissional e sua valorização 
estabelece uma hierarquia no projeto, 
isto é, objetos ou elementos de maior 
destaque (mais iluminados) serão entendidos 
como de maior importância no espaço, 
sobrepondo-se aos outros (menos iluminados). 
Essa relação hierárquica entre os elementos 
de maior e menor brilho é responsável pelo 
direcionamento do olhar (atratividade) e define 
a facilidade com a qual o observador entende 
o espaço, além de influenciar o grau de 
20
2.3 As ilusões que se pretende criar
 através da iluminação
Até mesmo um produto de segunda linha pode 
parecer atraente e sofisticado dependendo do 
destaque que receber com a iluminação, ou 
seja, a luz pode criar ilusão.
 
Estamos acostumados com as possíveis 
influências que a iluminação tem sobre os 
objetos, já que são mais fáceis de identificar 
quando estamos próximos a eles ou os 
manuseamos. No entanto, os efeitos da luz 
na geometria da arquitetura são muito mais 
complexos para o observador e difíceis de 
identificar. Esta é uma das etapas compositivas 
do projeto que mais envolvem a sensibilidade 
do profissional de iluminação e o sucesso 
dela depende da correta identificação dos 
elementos mais importantes da arquitetura, 
discutidos anteriormente. 
Na maioria das vezes, a maneira como esses 
elementos serão iluminados é que será 
responsável pelas ilusões criadas no ambiente. 
Para criar ilusões, o profissional deve se 
familiarizar com conceitos de espacialidade, 
partindo do princípio que cores claras ampliam 
o ambiente e cores escuras o reduzem. Dentro 
do universo da iluminação, definimos o brilho 
dos planos e podemos entender que planos 
iluminados ampliam o ambiente e planos não 
iluminados o reduzem. 
Por exemplo, em um projeto onde o plano do 
teto domina o campo visual do observador, 
ele é considerado o elemento arquitetônico 
mais influenciador na impressão que temos 
da geometria do espaço, sendo assim, será o 
objeto da cena que poderá mudar a impressão 
que temos do local, ou seja, criar ilusão.
valorização e sofisticação. Caso essa hierarquia 
não seja bem resolvida, a cena se torna 
desequilibrada e os objetos menos atraentes.
A compreensão do espaço também dependerá 
da paginação das luminárias, ou seja, o desenho 
da distribuição desses equipamentos no teto. 
Após a identificação dos elementos importantes 
no projeto, a sua valorização pode ser feita 
tanto pela luz quanto estabelecendo um eixo 
de distribuição de luminárias que acompanhe 
o seu desenho. 
Essa referência ao desenho do elemento mais 
importante cria uma unidade dentro do projeto, 
fortalecendo a arquitetura e facilitando a 
compreensão do espaço. 
Quando os elementos importantes fazem parte 
do mobiliário, o profissional deverá ter cautela 
se quiser criar um elo entre as luminárias e os 
objetos, porque, diferentemente da arquitetura, 
os móveis podem ser relocados facilmente, 
enquanto as luminárias não têm essa flexibilidade.Por exemplo, soluções de iluminação de mesas 
de apoio com luminárias embutidas no forro 
perderão a referência dentro do espaço caso os 
móveis mudem de local.
Se houver a possibilidade de escolha, por 
parte do profissional, entre fazer a referência da 
luminária com a arquitetura ou com o mobiliário, 
a melhor opção será posicionar a luminária 
com a arquitetura e estudar uma relocação do 
mobiliário para o mesmo eixo.
Uma alternativa para iluminar objetos de mobiliário 
que não estejam dentro do alinhamento proposto 
pela arquitetura e não podem ser relocados, será o 
uso de luminárias soltas do teto, como pendentes, 
abajures ou pedestais.
21Objetivos do Projeto
Escritório da Alterbrain Puntocom Holdings
Projeto Luminotécnico: Franco & Fortes Lighting Design
Solução diferenciada: as luminárias diretas e indiretas iluminam o teto
e criam uma impressão de aumento do pé-direito. 
O componente de luz direta é controlado pelas aletas, evitando ofuscamento.
Escritório da Eletropaulo
Projeto Luminotécnico: 
Franco & Fortes Lighting 
Design
Solução usual: as 
luminárias diretas 
com aletas parabólicas 
iluminam o ambiente 
com certa uniformidade, 
porém deixam o teto 
escuro criando a ilusão de 
rebaixamento do pé-direito.
22
2.4 Ambiência e atmosfera 
 que se pretende criar
O profissional deve escolher a ambiência 
e a atmosfera mais adequadas definindo 
o apelo visual do espaço. A ambiência é a 
interação da luz com a arquitetura, ou seja, 
como o observador entende o ambiente, a 
sua espacialidade, hierarquia, sofisticação, 
etc. A atmosfera é a resposta emocional do 
observador, ou seja, se o ambiente produz um 
efeito de relaxamento, intimidade, estimulação, 
etc. Essas duas questões são memorizadas mais 
facilmente pelo observador do que os detalhes 
de iluminação do local, como: design das 
luminárias e soluções decorativas.
 
Por exemplo, assim que deixamos uma loja, 
lembramos qual era o tipo de projetor que 
havia no ambiente? No geral, não. O que fica 
memorizado pelas pessoas é se estava quente 
ou frio no interior do ambiente, se era claro ou 
escuro, se havia algum facho de luz ofuscando, 
se o provador era bem iluminado, enfim, as 
sensações que o observador vivenciou quanto 
estava no local.
Deve ficar claro que o usuário do espaço 
memoriza sua resposta emocional e seu grau 
de conforto e satisfação, influenciados pela 
atmosfera, não apenas a expressão do design.
Como vimos anteriormente, a atmosfera 
é fortemente influenciada pela relação 
entre o contraste (luz pontual, destaques) 
e a uniformidade (luz geral difusa). Sendo 
assim, para defini-la é necessário entender 
basicamente duas condicionantes de projeto 
relacionadas ao uso do espaço: dramaticidade 
e performance. 
O diagrama abaixo relaciona as principais 
condicionantes da resposta emocional que o 
observador terá no local.
Pode-se entender como uma atmosfera relaxante 
aquela que tem baixa iluminância, relação entre 
o brilho dos elementos, ou seja, contrastes, 
e lâmpadas com baixa temperatura de cor. Já em 
uma atmosfera estimulante, há alta iluminância, 
uniformidade entre o brilho dos elementos 
da arquitetura e do mobiliário e lâmpadas com 
alta temperatura de cor.
Essas questões devem ser definidas na etapa 
de fundamentação do projeto, pois orientam 
Temperatura de Cor (K)
Relaxante ou Estimulante
Atmosfera
Iluminância
Contraste e
Uniformidade
quais soluções serão mais adequadas para 
atingir os objetivos tanto relacionados ao 
apelo da arquitetura quanto à impressão que o 
observador terá do espaço.
No caso de uma loja, pode-se utilizar o diagrama 
ao lado para definir qual a relação ideal 
entre a quantidade de luz geral, necessária 
no ambiente, e a intensidade dos destaques 
nos produtos, de acordo com sua área de 
atuação e perfil do público-alvo.
23Objetivos do Projeto
maneira, a solução exigirá simplificação ao invés 
de sofisticação. O ambiente será iluminado de 
uma maneira mais uniforme, evitando muitos 
contrastes, e os destaques serão ocasionais, 
não ultrapassando duas vezes a iluminância 
média do local. 
A: Iluminância média (Em) = 500 – 1.000 lux
 Destaques = 2x Em
B: Iluminância média (Em) = 300 – 500 lux
 Destaques = 2x Em (quando houver)
C: Iluminância média (Em) = 300 – 500 lux
 Destaques = 3x – 5x Em
D: Iluminância média (Em) = 300 lux
 Destaques = 5x – 10x Em
Em certo estabelecimento do tipo ‘A’, que 
atua em uma fatia de mercado mais ampla e 
oferece grande variedade de produtos a preços 
baixos, a atmosfera do projeto de iluminação 
será fundamentada para garantir que o público-
alvo não se sinta intimidado ao entrar no local 
ou escolher os produtos em exposição. Dessa 
VARIEDADE DE PRODUTOS
FA
IX
A
 D
E
 P
R
E
Ç
O
D
E
S
IG
N
 D
E
 L
O
JA
GRANDE
E
XC
LU
S
IV
O
C
A
R
O
P
O
P
U
LA
R
B
A
R
AT
O
PEQUENA
ATMOSFERA DE VENDASIMPESSOAL PESSOAL
Loja de Desconto
Loja de Departamento
Exclusiva
Loja de Grife
Exclusiva
Loja de Bairro
A
C D
B
Diagrama de lojas
Fonte: Fördergemeinschaft Gutes Licht
24
Já em uma loja do tipo ‘D’, que atua com um 
cliente de maior poder aquisitivo, o que vale é a 
sensação de exclusividade, onde a atmosfera de 
venda é mais pessoal e com uma carga dramática 
maior (mais contrastes) para garantir que os 
produtos sejam entendidos como sofisticados. 
Nesse caso, para o projeto de iluminação revelar 
esta impressão, a iluminação geral (que garante 
uniformidade) deve ser de baixa intensidade para 
que os destaques nos produtos sejam intensos.
Outro fator determinante da atmosfera do 
local é a escolha da temperatura de cor das 
fontes, sendo mais acolhedora quanto mais 
amarelada for a luz (baixa temperatura de 
cor), e estimulante quanto mais azulada (alta 
temperatura de cor). Vale ressaltar a importância 
de evitar a utilização de fontes com diferentes 
temperaturas de cor em um mesmo ambiente 
para não haver comparações entre elas que 
possam comprometer a unidade do projeto.
Loja Pintar – 3.000K
Projeto Luminotécnico: 
Rafael Leão
A atmosfera da loja é mais 
acolhedora quando são 
usadas fontes com baixa 
temperatura de cor.
Loja Pintar – 4.000K
Projeto Luminotécnico: 
Rafael Leão
Simulação do mesmo 
local se iluminado com 
fontes de temperatura 
de cor 4.000K. Apesar 
dos produtos estarem 
destacados da mesma 
forma e na mesma 
intensidade, a atmosfera 
do ambiente é mais fria.
25Objetivos do Projeto
Luz
Natural
2.5 O compromisso com o meio ambiente
Devemos entender todo o processo de geração 
de energia que compromete o meio ambiente 
e causa um impacto social. Dessa forma, os 
critérios de projeto relacionados ao consumo 
de energia dependem de uma ação de 
responsabilidade social do projetista para evitar 
desperdícios e escolher lâmpadas com menos 
componentes prejudiciais ao meio ambiente.
Para diminuir o consumo, é possível estabelecer 
algumas soluções como seguem abaixo:
1) em soluções de iluminação de escritórios, 
o ideal é que as luminárias sejam distribuídas 
longitudinalmente às janelas, para estabelecer 
uma relação de complementação da luz natural 
que entra no espaço pela superfície transparente 
(janela) com a luz artificial;
2) divisão dos comandos de acendimento, ou 
seja, grupos de luminárias que acendem em 
conjunto, para viabilizar um acendimento parcial 
da iluminação quando houver luz natural no 
espaço. Caso haja uma linha de luminárias 
próxima às janelas, ela poderá permanecer 
desligada durante o dia, sendo utilizada em 
sua totalidade apenas quando não houver luz 
natural disponível;
3) dimmerização das luminárias com sistemas 
específicos de controle, como o OSRAM DALI. 
Esses equipamentos controlam a intensidadedas fontes de acordo com o uso do espaço 
e complexidade das tarefas em diferentes 
períodos do dia. A solução, além de baixar o 
consumo, aumenta a vida útil dos equipamentos 
e reduz os custos de manutenção.
Modelo de planta de escritório
Os comandos foram divididos para viabilizar 
o acendimento das luminárias próximas 
à janela separadamente das demais. 
Enquanto as fontes para iluminação de 
destaque dos quadros (grupos de 3) foram 
dimmerizadas para baixar o consumo.
26
Iluminação de Exposição Horizontal
Estratégias de composição 
de projeto
Capítulo 03
Abaixo, é possível identificar os principais passos 
para a iluminação de exposição horizontal e 
vertical de maior e menor dimensão.
Só é possível simular a tragetória da luz através do 
corte ou elevação, pois em planta não se visualiza 
o cone de luz. Abaixo, são demonstrados os 
principais passos para iluminação de exposições 
horizontais e verticais.
3.1 Identificação da procedência da luz
Corte esquemático – iluminação
de balcão de atendimento
Etapas para solucionar o projeto:
1) Encontrar o eixo de alinhamento;
2) Encontrar a abertura de facho mínima, ideal 
para destacar toda a superfície do objeto, por 
meio por meio do prolongamento de seus 
limites em direcão ao teto (origem da luz);
3) Pesquisar fontes que atendam à abertura 
de facho encontrada (abertura alpha).
27Estratégias de Composição de Projeto
Esta técnica é a mais apropriada para iluminar 
exposições de dimensões similares à escala do 
observador, como: manequim, armários, prateleiras, 
araras, etc.
Etapas para solucionar o projeto:
1) Identificar qual superfície do objeto o observador 
vê (linha vermelha) para definir de qual ponto deverá 
vir a luz;
2) Dividir a exposição em 3 partes e separar 1/3 
superior (lado menor superior);
3) Subir uma linha em direção ao teto com um 
ângulo de 30º com a vertical (ponto A);
4) O ponto em que a linha prolongada toca o 
teto (ponto B), independente do pé direito, é o 
ponto de instalação da luminária. Identifica-se, 
neste caso, a distância que deve ser mantida 
do equipamento de iluminação até a parede; 
5) Definir abertura de facho mínima por meio 
do prolongamento dos limites da exposição 
(superior e inferior) até o Ponto B de instalação 
da luminária;
6) Pesquisar quais fontes atendem à abertura 
de facho encontrada (abertura alpha).
Corte esquemático
iluminação de exposição vertical
Como o nicho à esquerda tem dimensão 
muito pequena, seria necessária a 
utilização de fontes com abertura de facho 
bem fechado em grande quantidade. 
Esta condição inviabiliza a utilização de 
luminárias no forro.
Iluminação de Exposição Vertical 
de Maior Dimensão
28
Esta técnica exige bom senso do projetista 
para avaliar se o expositor exigirá uma grande 
quantidade de pontos no teto e com abertura 
de facho muito fechado, devido à sua pequena 
dimensão. Nessas situações, podemos utilizar 
iluminação dentro do expositor, baixando a 
potência das fontes e criando mais uniformidade. 
É importante desenvolver um detalhe de 
instalação para que o brilho fique oculto e não 
cause ofuscamento direto.
Etapas para solucionar o projeto:
1) Identificar qual superfície do objeto
o observador vê (linha vermelha). 
2) De onde deve vir a luz para iluminar essa 
superfície? Nesse caso, a melhor opção é fazer 
com que a luz venha frontalmente.
3) Quais fontes atendem às necessidades? 
O ideal é não ter um sistema refletor que 
produza um cone de luz e sim uma solução de 
luz de facho aberto, ou seja, difusa, que ilumine 
toda a extensão da exposição com a menor 
quantidade de contraste (sombra) possível.
Iluminação de Exposição Vertical 
de Menor Dimensão
Corte esquemático – iluminação 
interna do display
29Estratégias de Composição de Projeto
Considerações (Superfícies Horizontais / 
Superfícies Verticais):
1) Quando o pé-direito é muito alto, deve-
se observar a vida útil do sistema. Quando 
muito pequena, haverá necessidade de trocas 
freqüentes. O primordial é encontrar uma fonte 
com abertura de facho que respeite a idéia, 
porém com vida útil mais longa para diminuir 
custos com manutenção.
2) A temperatura de cor deve atender aos 
requisitos da atmosfera definida.
3) O profissional deverá escolher a fonte que 
melhor se adapte à idéia dentro do limite de 
investimento do cliente para viabilizar o projeto 
sem alterar as características.
Loja Lacoste
Projeto Luminotécnico: Studio Ix
Fontes iluminam a parte interna dos 
nichos, o que garante o destaque dos 
produtos em exposição.
A vitrine funciona como um instrumento de 
direcionamento do olhar e seu apelo visual 
é decisivo para atrair o cliente. Esse apelo é 
influenciado pelo brilho dos objetos. Quanto 
maior for a luminosidade dos objetos, maior o 
poder de atração da vitrine.
No geral, à noite, uma vitrine com iluminância 
de 180 lux atrai 5% das pessoas que passam 
em frente; uma vitrine de 1200 lux produz 
uma resposta em 20%; enquanto 2000 lux 
atraem 25% dos observadores. Vale destacar 
que o aparelho visual humano funciona 
em uma escala logar í tmica , ou seja , 
aumentando o índice de iluminância da 
vitrine, o observador não terá uma resposta 
proporcional a esse aumento. Nesse caso, 
o profissional corre o risco de ofuscar o 
observador ao invés de atraí-lo.
Iluminação de Vitrine
30
A iluminância na vitrine deve ser compatibilizada 
com o brilho do local onde está inserida. Por 
exemplo, uma vitrine de uma loja localizada 
na via pública deve ser mais iluminada do que 
uma semelhante localizada em um shopping. 
Isto porque, durante o dia, em um ambiente 
externo, o observador está adaptado a uma 
condição de luminosidade muito alta (luz solar). 
Já dentro de um shopping, o observador está 
adaptado a uma condição visual proporcionada 
por fontes artificiais.
Etapas para solucionar o projeto:
1) Onde está o observador e qual superfície da 
exposição ele vê (linha vermelha)?
2) Qual superfície deve ser iluminada e de onde 
deve vir a luz para iluminá-la? 
Nessa situação, a fonte deve ser posicionada entre 
o manequim e o vidro, podendo ser instalada em 
diferentes locais, conforme indicam os pontos A, B 
ou C. Aplica-se a mesma estratégia de definição do 
ponto de instalação da luminária utilizada em expo-
sições verticais de maior dimensão. Na maioria das 
vezes, há pouco espaço livre entre o objeto a ser 
iluminado e o vidro, porém é essencial posicionar 
a luminária o mais distante possível em relação à 
exposição para evitar a concentração da luz na 
parte superior da peça.
3) Qual a abertura de facho ideal para contemplar o 
objeto? Para definir a abertura de facho, é preciso 
estender os limites da exposição até os pontos A, 
B ou C estabelecidos para a origem da luz.
4) Pesquisar quais fontes atendem à abertura 
de facho ideal (abertura alpha).
Corte esquemático
iluminação de vitrine
Manequim
31Estratégias de Composição de Projeto
Considerações
1) Quando as fontes forem posicionadas 
nas laterais, o profissional deverá verificar a 
possibilidade de ofuscamento dos observadores 
quando se aproximarem da vitrine lateralmente. 
A situação pode ocorrer de forma fácil quando o 
cliente visualiza a vitrine ao andar pela calçada 
ou circular pelo shopping;
2) É importante compatibilizar a abertura de facho 
com as dimensões dos objetos da vitrine para 
evitar que haja desperdício de luz. A situação, 
muitas vezes, pode ser observada quando são 
usadas luminárias de facho excessivamente 
aberto que acabam por emitir luz no piso fora 
da vitrine. 
3) O vidro se comporta como uma superfície 
especular devido ao seu grau de polimento. Isso 
significa que ele reflete o brilho emitido pelas 
fontes e pode causar ofuscamento indireto 
(reflexivo). Para evitar o inconveniente, as 
fontes não poderão iluminara vitrine pelo 
seu exterior, mas sim, devem ser instaladas 
no interior da loja. 
Loja Fause Haten Oscar Freire
Projeto Luminotécnico: Franco & 
Fortes Lighting Design
Neste exemplo, os manequins foram 
iluminados com projetores embutidos 
no forro, bem próximos ao limite do 
vidro. As aberturas de facho foram 
compatibilizadas com as dimensões dos 
objetos em exposição e também com a 
geometria da vitrine, iluminando todo o 
manequim e evitando desperdício de luz 
na calçada em frente à loja.
32
Li
vr
e
Uma grande atenção deve ser dada aos locais 
de prova, pois, geralmente, após o cliente passar 
por eles é que é decidida a compra. Não há uma 
regra a ser apresentada. O correto, no entanto, 
é usar fontes com excelente reprodução de cor 
e manter a mesma temperatura de cor utilizada 
na área de exposição da loja, pois o aparelho 
visual do cliente assimilou aquela solução como 
natural e qualquer alteração neste quesito pode 
vir a defasar o projeto. Deve-se, também, evitar 
ofuscamento para garantir conforto visual.
Etapas para solucionar o projeto:
1) Qual superfície do corpo o observador deve 
ver? Em todos os casos será a superfície frontal 
que será percebida e refletida no espelho.
2) De onde deve vir a luz para iluminar a 
superfície? Nesse caso, é necessário fazer com 
que a luz venha frontalmente, o menos rasante 
possível para evitar que as imperfeições sejam 
ressaltadas (pontos A, B ou C).
Considerações
1) Para evitar ênfase das imperfeições, lembre-
se de que quanto mais difusa for a luz, menor 
será a revelação de textura.
2) A pessoa dentro do provador não deve ser 
compreendida como manequim, já que não fica 
imóvel. Isso inviabiliza o uso de todas as fontes 
com fachos fechados, mesmo que projetem luz 
na frente do usuário.
3) Quais fontes atendem às necessidades?
Ponto A – Escolher/selecionar luminárias difusas 
ou com grande abertura de facho. Observar 
se há um espaço livre entre o espelho e o teto 
pintado com cor clara para possibilitar a reflexão 
de luz difusa. Caso o espelho vá até o teto ou 
este espaço seja escuro ou ainda pequeno, 
alterar os pontos de instalação das luminárias 
para as possibilidades B ou C.
Corte esquemático – provador
Ponto B – arandela difusa.
Ponto C – arandelas laterais difusas ou luz 
atrás do espelho. Nesse último exemplo, 
o espelho deve ser recuado da parede 
que deve ser pintada com cor clara e ter 
acabamento fosco.
Iluminação de Provadores
33Estratégias de Composição de Projeto
3.2 Iluminação do Ambiente
1) Qual o elemento dominante dentro do campo 
visual, ou seja, o que o observador mais 
vê no ambiente?
2) Qual solução de iluminação contempla esse 
elemento? A solução de iluminação do elemento 
dominante influencia a ambiência do local e de-
fine as ilusões.
Neste caso, apresentamos duas situações 
de posicionamento das luminárias. Quando a 
fonte é posicionada mais próxima à parede, 
ponto A, ilumina essa superfície com uma 
faixa de sombra menor (A’) comparada à fonte 
posicionada no ponto B. Quanto maior for a 
faixa de sombra na parede, maior será a ilusão 
de rebaixamento do pé-direito do ambiente. 
A decisão entre os pontos A e B dependerá 
da escolha da melhor ilusão a ser criada pelo 
Loja Fause Haten Oscar Freire 
Projeto Luminotécnico: Franco & Fortes Lighting Design
Este provador foi resolvido com uma grande luminária difusa
posicionada no forro. Desse modo, as sombras são completamente 
eliminadas, garantindo ótima uniformidade ao ocupante.
Opção 01
Uso de luminárias embutidas
no forro para iluminação direta
34
Corte esquemático
Sistema direto – luminárias
embutidas no forro
projeto de iluminação. Por exemplo, caso o 
profissional de iluminação considere o pé-direito 
excessivamente alto, a instalação das luminárias 
Loja Oh, Boy!
Projeto Luminotécnico:
Franco & Fortes Lighting 
Design
A parede lateral esquerda foi 
iluminada com uma solução 
de luz rasante embutida em 
um nicho criado no forro. 
Essa solução valorizou a 
textura do revestimento e 
criou a ilusão de aumento 
do pé-direito, pois a luz 
ilumina a parede desde seu 
início. O expositor da vitrine 
foi resolvido com iluminação 
interna desvinculando-o 
dos limites da loja e criando 
forte apelo visual.
no ponto B é mais viável. Caso contrário, o ponto 
A seria mais indicado para criar a impressão de 
aumento do pé-direito. 
35Estratégias de Composição de Projeto
Loja Oh, Boy!
Projeto Luminotécnico: 
Franco & Fortes
Lighting Design
A parede tem sua textura 
valorizada ao fundo com 
os produtos em exposição 
iluminados frontalmente 
através dos embutidos 
orientáveis dispostos à
sua frente. Um pendente
no centro da loja 
(parcialmente na foto) 
funciona como elemento 
decorativo.
Nesta opção, a solução de iluminação trabalha 
com a reflexão de luz do teto. Neste caso, esta 
superfície deve ser de acabamento claro para 
proporcionar um maior índice de refletância 
possível ao ambiente. A natureza da luz será 
difusa, proporcionando a minimização de 
sombras e, consequentemente, ausência de 
contrastes. Como resultado, o observador terá 
a impressão de aumento de pé-direito.
Opção 02 - Uso de luminárias indiretas
suspensas ao teto
Escritório IBQ – Britanite 
Projeto Luminotécnico: 
Rafael Leão
Pendentes indiretos com 
lâmpadas fluorescentes 
tubulares foram utilizados 
para proporcionar luz difusa 
em grande quantidade. Como 
os equipamentos não fazem 
referência à disposição do 
mobiliário há grande flexibilidade 
no uso do espaço. Através da 
iluminação do teto, foi criada a 
ilusão de aumento do pé-direito.
36
Nesta opção, o projetista trabalhará com uma 
grande quantidade de luz difusa refletida pelas 
superfícies do nicho no teto e parede, que será 
responsável por iluminar todo o ambiente. É muito 
importante que o acabamento dessas superfícies 
seja claro para refletir a maior quantidade de 
luz possível. Conforme apresentado na figura 
a seguir, a solução com sancas ilumina as 
paredes desde o princípio sem nenhuma faixa 
de sombra. Também neste caso, o observador 
terá a impressão de aumento de pé-direito.
Considerações Gerais
1) O contraste entre a luz geral e o destaque 
vai definir o grau de sofisticação da loja, sendo 
maior quanto mais contraste houver.
Corte esquemático
Sistema indireto – sancas laterais
2) A intensidade da luz geral não pode ser 
muito alta a ponto de eliminar os contrastes 
dos objetos destacados. No geral, um objeto 
de destaque recebe de 3 a 5 vezes mais luz 
que a luz geral. Caso contrário, o destaque tem 
que ser mais intenso e pode haver excesso de 
consumo. 
3) A iluminação ambiente é fator determinante 
para auxiliar a composição da atmosfera do 
projeto, pois tem maior influência no modo 
como “sentimos” o espaço quando comparada 
com a iluminação de destaque.
Opção 03 - Uso de lâmpadas montadas
sobre sancas de gesso
37Estratégias de Composição de Projeto
Hetzler Store Munich
Foto: Thomas Meyer
Projeto Luminotécnico:
Bernd König e Michael 
Schmidt 
Fundamentada em um 
conceito minimalista, esta 
solução utiliza a divisória de 
fundo como suporte para alojar 
os equipamentos de iluminação. 
Todo o ambiente é iluminado 
com luz difusa refletida pelo 
teto. Apesar da ausência de 
iluminação de destaque e de 
contrastes, a impressão de 
sofisticação é mantida devido à 
simplificação no uso do espaço.
Óptica Visão
Projeto Luminotécnico: 
Rafael Leão
Nesta loja, o ambiente é 
iluminado, principalmente,
através de lâmpadas 
fluorescentes montadas
sobre uma sanca no forro. 
Esta solução viabilizou luz
difusa de preenchimento
e o desenho do forro criou
um forte direcionamento.
Os destaques são resolvidos
com projetores orientáveis
e luz dentro dos nichos.
38
3.3 Planta de teto refletidoEssa denominação é a mais adequada para 
definir a representação em planta das luminárias 
posicionadas no teto, pois projetamos esses 
equipamentos sobre o desenho apresentado 
pelo projeto arquitetônico.
Há diferentes maneiras de estabelecer uma 
relação entre as luminárias no teto e a arquitetura, 
porém todas dependem da identificação dos 
elementos importantes dentro do ambiente.
Por exemplo, em um projeto onde a parede é o 
elemento importante dentro do espaço, pode-
se criar uma linha longitudinal de luminárias 
em relação a ela. Assim, o profissional criará 
uma relação com o elemento determinante, 
valorizando-o tanto com a luz projetada na 
sua superfície quanto com a disposição das 
luminárias ao longo dele. 
Apenas na planta é que temos a possibilidade 
de identificar quantas fontes serão necessárias 
para iluminar os objetos com uniformidade, pois 
já definimos as aberturas de facho mínimas nos 
cortes estudados.
Etapas para solucionar o projeto:
1) Identif icar os elementos impor tantes 
da arquitetura que serão utilizados para 
nortear os eixos de alinhamento;
2) Representar os eixos de alinhamento 
definidos pelos elementos importantes da 
arquitetura e ambiente (linha vermelha) e 
também do mobiliário, como paredes, mesas, 
expositores, vitrines ou portas de acesso (linha 
azul). Algumas distâncias em relação às paredes 
ou objetos já foram definidas nos estudos dos 
cortes e poderão ser representadas em planta 
(linha verde);
3) Identificar os cruzamentos principais entre os 
diversos eixos (pontos pretos). Esses cruzamentos 
serão as referências de instalação das luminárias;
4) Partindo do princípio de que cada intersecção 
destacada é um possível ponto de instalação 
da luminária, o profissional deverá avaliar 
se a relação entre os pontos compromete a 
unidade do projeto (como pontos destacados 
em vermelho). Nesse caso, a solução é escolher 
uma das linhas para a instalação das luminárias 
que menos comprometa o resultado final da 
paginação;
Ilustração de planta de teto refletido - loja
Eixo
Vitrine
Eixo
Vitrine
Eixo
Ambiente
Ei
xo
Pr
ov
ad
or
Ei
xo
Pr
ov
ad
or
Ei
xo
Ex
po
si
to
r
Ei
xo
Ex
po
si
to
r
Ei
xo
M
ob
ili
ár
io
Expositor Grande Expositor Grande
DisplayDisplay
39Estratégias de Composição de Projeto
3.4 Quantidade de luminárias
Para encontrar a quantidade ideal de fontes para 
iluminar toda a extensão de um determinado 
objeto com uniformidade, deve-se seguir o 
modelo ao lado:
Corte esquemático 
Quantidade de luminárias
Bonilha Stylish Furniture
Projeto Luminotécnico: Rafael Leão
Luminárias cilíndricas, agrupadas a cada 4, 
foram embutidas em painéis quadrados de 
madeira e suspensos à estrutura do telhado. 
Esta paginação respeitou o alinhamento central 
do ambiente e valorizou sua simetria, criando 
forte direcionamento desde a entrada até o 
fundo da loja.
Considerações
1) Caso o profissional identifique uma forte 
simetria na arquitetura ou ainda queira 
representar essa simetria, deverá distribuir 
as luminárias respeitando o eixo central da 
arquitetura.
2) Quando houver compatibilizações das 
luminárias em eixos de referências, o 
profissional deverá usar o bom senso para 
analisar qual ponto pode ser reposicionado. Os 
pontos que iluminam os objetos móveis como 
mesas de centro, mesinhas, esculturas, etc., 
na maioria das vezes, podem ser relocados 
sem comprometer os resultados do projeto.
5) Com base em todos os conceitos descritos 
anteriormente (atmosfera, ambiência, ilusões, 
etc.), o profissional deve escolher qual o sistema 
de iluminação mais adequado para utilizar no 
ambiente, ou seja, indireto, difuso, direto, etc. 
Além disso, a forma das luminárias também pode 
ser utilizada para fortalecer a idéia do projeto. 
40
1) Buscar, no corte que definiu a abertura de 
facho, a distância da luminária em relação à 
parede (distância X);
2) Medir a distância da fonte até o ponto central 
de facho no objeto (distância A-B) em verdadeira 
grandeza (distância VG); 
3) Na planta, traçar as linhas relativas à distância 
X e à distância VG;
4) Traçar a linha do eixo central dos objetos a 
serem iluminados (eixo 1 e eixo 2) até cruzar 
com as linhas anteriores;
Planta esquemática - Quantidade de luminárias
Considerações
1) As luminárias serão instaladas na linha X 
(referente à distância X). Sendo que a linha 
VG serve apenas para o cálculo de quantidade 
de luminárias;
2) Caso falte luz em um pequeno trecho da 
exposição e seja necessário aumentar a aber-
tura do cone, o profissional pode selecionar 
uma lâmpada com facho menos preciso para 
garantir a uniformidade;
3) O profissional deve ter bom senso para 
selecionar a abertura de facho que se adapte 
à idéia, compatibilizando-a com a quantidade 
5) Inserir o cone de luz com a abertura já 
definida através do corte (abertura alpha ha-
churada) no ponto de intersecção da linha VG 
(referente à distância VG) com a linha de eixo;
6) Estender os limites do cone até o objeto a 
ser iluminado;
7) Espelhar o mesmo cone em seus limites 
(ponto C e C’) para encontrar a quantidade de 
pontos necessários para iluminar o objeto.
necessária de luminárias. Por exemplo, em 
situações em que forem usadas lâmpadas com 
abertura de facho fechado, pode-se aumentar 
esta abertura para diminuir a quantidade de 
luminárias e garantir uniformidade em toda 
a extensão da exposição. Desse modo, o 
consumo de energia pode ser reduzido. 
4) Vale destacar que quanto maior a abertura 
de facho, menor o contraste entre a exposição 
e o ambiente.
Distância VG
Distância X
Ei
xo
 1
Ei
xo
 2
Iluminação de ambientes comerciais 41
Iluminação de ambientes comerciais
Capítulo 04
Nestes casos, a solução de projeto deve garantir 
certa uniformidade, através da iluminação geral, 
e os destaques são ocasionais e pontuais nos 
produtos de maior valor agregado. Isso acontece 
devido ao uso do espaço da loja, onde há 
muitos produtos em exposição que precisam 
ser iluminados. Destacá-los individualmente 
criaria um cenário muito rebuscado e confuso, 
devido à grande quantidade de contrastes, e 
também aumentaria a potência instalada, pois a 
dimensão da loja, geralmente, é grande. 
Por fim, a resposta está fundamentada com o 
objetivo do projeto que não é seduzir um público 
sofisticado e sim, criar estímulo visual para gerar 
venda e rotatividade para uma fatia de mercado 
mais ampla.
4.1 Iluminação de lojas de departamento
As vitrines das lojas mais sofisticadas têm 
poucos objetos e uma iluminação com maior 
contraste, ou seja, agregam maior valor ao 
produto. No interior desse tipo de espaço, 
a iluminância média é menor para evidenciar 
os objetos expostos, pois quanto maior o 
contraste entre a iluminação ambiente e a de 
destaque, maior é o apelo da exposição.
O profissional deve lembrar dos conceitos de 
dramaticidade e performance no momento de 
desenvolver o projeto para adotar uma solução 
adequada à fatia de mercado do lojista.
4.2 Iluminação de lojas de produtos 
 sofisticados
Estúdio Jacqueline Terpins
Projeto Luminotécnico:
Franco & Fortes Lighting Design
Megastore Tok&Stok, São Paulo
Projeto Luminotécnico: Franco & Fortes Lighting Design
42
Café do Mercado
Projeto Luminotécnico:
LD Studio
4.3 Iluminação de cafeterias 
 e restaurantes
O profissional deve escolher a atmosfera ideal 
fundamentada no grau de sofisticação do projeto 
e no uso do espaço. Quando se deseja uma 
atmosfera mais estimulante, geralmente em 
estabelecimentos de uso diurno, são utilizados 
sistemas que deixam o ambiente mais iluminado 
e com solução uniforme. Lâmpadas com 
temperatura de cor entre 3.000K e 4.000K 
podem ser utilizadas para equilibrar a tonalidade 
da luz no espaçointerno com a luz natural, pro-
veniente das janelas e demais áreas transparentes. 
Quando a intenção é promover relaxamento, o 
ambiente deve ser resolvido com menos luz e os 
contrastes são bem-vindos. Neste caso, lâm-
padas com temperaturas de cor mais baixa, entre 
2.700K e 3.000K, são mais indicadas para dar 
impressão acolhedora ao espaço.
Restaurante Mr. Lam,
Rio de Janeiro
Projeto Luminotécnico:
LD Studio
Ambientes sofisticados (uso noturno)
O objetivo do projeto é criar um cenário de 
entretenimento e agregar sentimento ao espaço. 
Como a atmosfera é de relaxamento, a 
i luminância média é, quase sempre, muito 
baixa (inferior a 30 lux) e apenas os locais que 
exigem mais funcionalidade (balcões, mesas de 
apoio, escadas e halls) são mais iluminados 
(entre 30 lux e 100 lux). O tratamento que a luz 
dá aos elementos da arquitetura (formas, pla-
nos, volumes, texturas, etc.) é fator decisivo 
para valorizar a cena.
O profissional abre mão de uma solução ideal 
de iluminação de produto (performance) para 
valorizar a ambiência (temperatura de cor, forma 
tridimensional, direção da luz e valorização das 
texturas) e oferecer uma atmosfera acolhedora, 
o que colabora para aumentar o tempo de 
permanência do cliente no local. As condicionantes 
de conforto, propriedades antiofuscamento 
e índice de reprodução de cor, devem ser 
levadas em consideração.
Iluminação de ambientes comerciais 43
Ambientes populares 
Lembrando da condicionante que influencia a 
sofisticação do ambiente, o fator de dramatici-
dade, a solução de iluminação nesse espaço é 
muito mais uniforme e com destaques pontuais 
nos buffets.
A atmosfera, nesse caso, pode ser mais 
estimulante, contando com mais luminosidade 
para garantir funcionalidade, e com temperatura 
de cor mais elevada para transmitir a impressão 
de agilidade ao local.
Considerações
O profissional deve garantir flexibilidade ao 
projeto de iluminação para promover o uso do 
espaço ao longo do tempo em que o estabele-
cimento permanece aberto, ou seja, se o local for 
utilizado durante o dia e à noite, o projeto deve 
oferecer diferentes atmosferas compatíveis 
com a luminosidade natural. Uma estratégia 
de projeto que resolve bem esta questão é dividir 
parte das luminárias em comandos independentes, 
para viabilizar o acendimento parcial, ao 
entardecer e à noite, e pleno, durante o dia, 
compatibilizando a iluminação com o uso do 
espaço e promovendo conforto.
Sem esquecer da relação entre dramaticidade e 
performance, o profissional deve fundamentar o 
projeto de acordo com o uso do espaço. 
Em um ambiente de trabalho, o objetivo é 
promover performance visual, selecionando 
equipamentos com dispositivos antiofuscamento 
e garantindo iluminância entre 300 – 750 lux, 
dependendo da complexidade da tarefa e do 
uso do espaço. Minimizar sombras (contrastes) 
e utilizar fontes com boa reprodução de cores 
4.4 Iluminação de escritório
são condicionantes para evitar fadiga visual e 
garantir a produtividade. Dessa maneira, resolver 
o projeto com sistemas que forneçam luz 
difusa em grande quantidade, como: luminá-
rias diretas e indiretas suspensas ao teto, 
luminárias diretas de facho aberto controlado 
ou luminárias difusas, todas utilizando lâmpadas 
fluorescentes tubulares ou compactas, são as 
saídas mais usuais.
O projeto de iluminação de um escritório se 
fundamenta, principalmente, em duas das 
soluções apresentadas anteriormente:
 
1) Iluminação ambiente: responsável pela luz 
funcional de todo o espaço e pela definição 
da ambiência;
2) Iluminação setorizada: responsável pelo 
incremento de luz nas áreas de trabalho, po-
dendo existir ou não, dependendo da geometria 
da arquitetura e da disposição do mobiliário.
A iluminação de destaque é ocasional, sendo 
utilizada em locais onde se deseja criar uma 
identidade ou valorizar alguma peça do 
mobiliário, como: salas de presidência e 
diretoria, salas de espera e ambientes de estar.
Salas de reunião e conferência devem ser 
resolvidas de maneira a viabilizar luminosidade 
compatível para a apresentação de multimídia. 
Nesses casos, o uso de equipamentos de 
automação e controle pode ser bem-vindo, 
pois será possível dimmerizar as fontes a um 
brilho ideal para realizar apresentações sem 
comprometer a leitura ou escrita de documentos. 
O profissional pode optar por uma solução de 
iluminação ambiente que resolva todo o espaço, 
ou trabalhar com luminárias que pontuem a 
mesa, dependendo da impressão de sofisticação 
que queira dar ao local.
44
Locais de tomada de decisão, como acessos 
e hall de escadas ou elevadores, exigirão so-
lução diferenciada para auxiliar na localização 
espacial do observador.
IBQ – Britanite (circulação)
Projeto Luminotécnico: Conforto Visual
Arandelas indiretas (na parede à esquerda)
foram utilizadas para auxiliar o reconhecimento
à distância do hall de entrada e posicionar o 
observador no amplo espaço do escritório.
4.5 Tendências da iluminação comercial
Atualmente, uma grande parte das compras é 
feita pela internet. Sendo assim, a atividade de 
sair às compras assumiu um caráter mais de 
entretenimento e menos funcional. Isso significa 
que os projetos de iluminação de lojas deverão 
ser muito mais fundamentados na escolha da 
atmosfera e ambiência ideais para atingir seu 
público-alvo do que apenas na correta distribuição 
e escolha dos equipamentos. Este novo conceito, 
agregado ao projeto de iluminação, é mais com-
plexo, pois trata de aspectos subjetivos re-
lacionados ao conforto e à estética. Porém, 
é a peça-chave para criar uma identidade de 
loja e garantir que o cliente se sinta à vontade 
em seu interior.
As áreas de circulação devem ser tratadas como 
ambientes de transição, e sua solução de ilumi-
nação fará uma referência à tipologia dos 
escritórios, seja em luminosidade ou paginação. 
Cases
Capítulo 5
1 Tok&Stok | 2 Água Bar & Restaurante | 3 IBQ
46
Tok&Stok – fachada
O projeto desenvolvido para a megastore da 
Marginal Tietê, em São Paulo, aplica conceitos 
estabelecidos para a padronização da cadeia de 
lojas em todo o Brasil, já tendo sido implantado 
anteriormente em 20 lojas da rede. 
As lojas Tok&Stok têm como característica 
apresentar seus produtos em ambientações 
montadas (situadas geralmente no piso superior), 
além de dispor esses produtos em gôndolas 
para venda (geralmente no piso inferior), 
chamadas de áreas de auto-atendimento. Torres de 
atendimento, circulações, displays de mercadorias, 
checkouts, livraria e café design são outras áreas 
que completam o conjunto. Todos os ambientes 
circundam um grande vazio central, que recebe 
iluminação direta através de sheds.
O conceito desenvolvido para as ambientações 
adota iluminâncias relativamente baixas, 
preservando o caráter intimista dos ambientes. 
O sistema – composto por uma malha de 2,00m 
x 2,00m de perfilados nos dois sentidos, contendo 
tomadas – prevê a instalação, em qualquer ponto, 
de projetores para 3 tipos diferentes de lâmpadas 
(PAR 30 / 75W / 30°; AR 111 / 50W / 8° 
e fluorescentes compactas 26W / 2700K). 
A combinação, em projetores idênticos, de 
diferentes fachos de luz e posicionamentos 
(desenhados especialmente para as lojas da 
rede), permite modelar e afinar os ambientes 
como se queira. Abajures, pedestais e 
luminárias de mesa da própria linha de venda 
da loja complementam a iluminação.
A circulação principal, com forro de gesso, é 
iluminada com lâmpadas AR 70 / 8°, fazendo 
uma marcação dramática do percurso entre 
as seções. 
As torres de atendimento e escadas são 
iluminadas com downlights para lâmpadas a 
vapor metálico, proporcionando uma iluminação 
intensa e homogênea. 
Nichos expositores de cadeiras recebem ilu-
minação fluorescente pelo fundo, destacando 
a silhueta das cadeiras,complementada por 
iluminação direta frontal (halógena).
TOK&STOK MEGASTORE
Projeto Luminotécnico: Franco & Fortes Lighting Design
São Paulo – SP 
47
As áreas de auto-atendimento têm malha de 
perfilados similar à do piso superior, servindo 
como suporte para a iluminação geral, que se 
dá por pendentes industriais em alumínio para 
vapores metálicos, complementada com proje-
tores para PAR 30 e AR 111 onde necessário. 
Algumas estantes desta área têm também ilumi-
nação própria com lâmpadas fluorescentes T5 / 
3000K. Os mesmos pendentes são empregados 
nos checkouts.
O café design e a livraria, no vazio central da 
loja, são iluminados por pendentes industriais, 
fixados diretamente na estrutura do telhado.
Os sheds recebem iluminação indireta, com 
projetores de facho assimétrico, que se 
mescla perfeitamente à luz natural durante o 
entardecer, e a reproduz à noite.
Tok&Stok
vista geral
Tok&Stok
nichos 
expositores 
de cadeiras
48
Tok&Stok
ambientes decorados
Tok&Stok
Café Design
Respeito ao partido arquitetônico
Compatibilização com o uso do espaço
(atmosfera e ambiência)
Níveis de iluminância
Controle do ofuscamento
Uniformidade entre superfícies
Índice de reprodução de cor e temperatura de cor 
 
Flexibilidade de controle 
 
Integração com a luz natural
Aceitável Bom Excelente
índiceAvaliação de Projeto
X
X
X
X
X
X
X
X
49
Durante a primeira visita à obra foram identifi-
cadas algumas potencialidades do projeto: 
o pé-direito alto e a continuidade entre os 
espaços (permeabil idade visual) devido 
à ausência de paredes entre os ambientes. 
Não havia qualquer estudo de integração entre 
os espaços. Havia, sim, uma série de idéias 
desconexas que tratavam cada ambiente 
individualmente, sendo necessár io um 
conceito que criasse uma unidade entre elas, 
organizando-as. O projeto de iluminação 
assumiria, portanto, um papel fundamental 
nesta obra, podendo adotar um conceito único 
que organizasse tando a solução luminotécnica 
quanto o espaço em si. Responsabilidade 
poucas vezes enfrentada por um profissional 
da área, já que esta tarefa é resolvida, na maioria 
das vezes, pelo projeto arquitetônico.
Na reunião de briefing, uma frase do cliente 
fundamentava o projeto: 
“. . .durante o dia e começo da noite, 
funcionará o restaurante, então gostaria de 
uma iluminação mais clara. Após isso, quero 
um clima de casa noturna com uma iluminação 
mais dramática...”
A partir daí, nasceu o partido do projeto
de iluminação, compondo com iluminação 
branca para o funcionamento do restaurante 
e iluminação colorida para se criar uma 
atmosfera mais despojada.
Assumindo, também, um conjunto de idéias 
com o objetivo de criar um conceito único 
para resolver os vários ambientes existentes: 
lounge de recepção, restaurante, bar principal, 
pista de dança (ocasional), lounge e área vip 
(mezanino).
Água Bar & Restaurante,
salão principal
ÁGUA BAR & RESTAURANTE
Projeto Luminotécnico: Conforto Visual
Vila Olímpia – São Paulo
50
Água Bar &
Restaurante
salão principal
Toda a cobertura foi pintada de preto para 
desaparecer, e painéis quadrados de dife-
rentes tamanhos foram suspensos para criar 
movimento e integrar os espaços estabelecendo 
uma solução em comum. 
Esses painés são a peça-chave do conceito 
adotado, pois tanto organizam o espaço quanto 
comportam os equipamentos necessários para 
resolver o outro objetivo do projeto: a iluminação 
com cores diferentes.
A solução adotada foi a utilização de lâmpa-
das fluorescentes nas cores vermelho e 
azul (tubo T5). A iluminação branca foi resol-
vida com downlights de PAR 30 75W, para 
ser utilizada durante o funcionamento do 
restaurante, evitando distorções muito 
acentuadas nas cores dos alimentos.
Na entrada, quase toda a i luminação 
provém de projetores embutidos no piso. 
Esta solução evidenciou a textura das 
Água Bar & Restaurante,
salão principal
51
paredes e driblou um problema técnico que 
comprometeria a estética: a eventual fixação d e 
luminárias na cobertura de policarbonato.
Outros elementos do projeto arquitetônico 
foram destacados com iluminação indireta: 
projetores embutidos na terra do vaso das 
palmeiras e projetores alojados dentro do 
reservatório d’água da cascata. Estas solu-
ções garantiram, também, a iluminação dos 
painéis suspensos e seu destaque na cober-
tura escura.
Os nichos de exposição foram idealizados 
para solucionar a transição do espaço da 
cascata ao mezanino. Dessa maneira , 
seguem disposição irregular similar aos 
painéis suspensos e também trocam de cor: 
branco e laranja.
No bar principal, os nichos de exposição 
de bebidas foram iluminados internamente, 
respeitando a idéia inicial do cliente, e 
os circuitos de comando foram divididos 
para a luminosidade não interferir nos 
ambientes ao redor e viabilizar flexibilidade 
de uso. Também foi empregada iluminação 
colorida no fundo do bar, utilizando LEDs 
RGB com troca automática de cor.
A iluminação do lounge foi idealizada para 
não conflitar com as demais soluções. 
Pendentes indiretos foram usados criando 
atmosfera aconchegante e discreta. Com 
o mesmo objetivo, a escada foi iluminada 
lateralmente aproveitando a caixa criada 
pelos perfis metálicos estruturais.
Água Bar & Restaurante — lounge
52
Água Bar & Restaurante
detalhe do teto durante o dia
Respeito ao partido arquitetônico
Compatibilização com o uso do espaço
(atmosfera e ambiência)
Níveis de iluminância
Controle do ofuscamento
Fator de dramaticidade
Índice de reprodução de cor e temperatura de cor
Flexibilidade de controle
índiceAvaliação de Projeto
Aceitável Bom Excelente
O mezanino, utilizado como 
área VIP e espaço para 
degustação de charutos, 
possui pé-direito baixo, o 
que enfatisou a parede lateral 
no contexto. Neste local, a 
solução deveria ser simplifi-
cada, já que o teto seria coberto 
pelos painéis suspensos que 
detêm expressão muito forte. A 
sugestão foi utilizar um longo 
perfil retro-iluminado fixado na 
parede lateral, contribuindo 
para a linearidade do espaço e 
levando o observador até o bar 
ao fundo, que foi resolvido com 
pendentes difusos.
Os circuitos dos painéis 
suspensos e dos nichos de 
exposição (fixados na pare-
de) são controlados por uma 
central de dimmerização, que 
ligada à uma estação de 
co nt ro l e f a z a va r i a ç ã o 
automática entre as cenas. Isto 
garante aos painéis a compo-
sição de 256 cores diferen-
tes entre o vermelho e o azul.
X
X
X
X
X
X
X
53
IBQ – iluminação
do escritório antes
da reforma
Projeto Luminotécnico: Conforto Visual
Quatro Barras – PR
O projeto arquitetônico previa uma linguagem de 
‘planta-livre’, criando espaços operacionais com 
divisórias de 2m de altura. Dessa maneira, o teto 
tornou-se o elemento arquitetônico mais visível 
e, tecnicamente, o mais determinante, já que as 
divisórias podem ser reorganizadas segundo 
a necessidade da empresa. Para garantir 
flexibilidade à arquitetura e uniformidade de 
iluminâncias ao observador, foi adotado o sistema 
de iluminação indireta.
Duas linhas de luminárias indiretas foram 
utilizadas paralelamente às janelas, com circuitos 
independentes para viabilizar compatibilização 
com a luz natural, evitando o acendimento pleno 
durante o dia.
Com a paginação em linhas contínuas, viabilizou-
se a instalação de toda a infra-estrutura furando-
se a laje e conduzindo a fiação através do sótão. 
Isso eliminou a necessidade de forro de gesso, 
não existente originalmente já que o edifício foi 
construído em meados dos anos 80, e 
mantendo o pé-direito alto (3,30m).
Na área de circulação, foram utilizadas luminárias 
cilíndricas de sobrepor, garantindo identidade 
visual ao espaço. Essemesmo critério foi utilizado 
na circulação lateral à área técnica (serviços, 
banheiros e escada), que foi iluminada com 
arandelas indiretas de chapa microperfurada.
As áreas de recepção e espera receberam forro 
de gesso para ocultar a estrutura do edifício. 
Isso permitiu tratamento individual de cada 
local sem conflitos entre si. As recepções da 
diretoria e presidência foram resolvidas com 
downlights cilíndricos e a espera (apresentada 
na foto sem mobiliário) com uma sanca de 
gesso evidenciando os extremos do edifí-
cio e dialogando com jardim central (vazio). 
Ainda foram adotados projetores para a ilumi-
nação de quadros.
ESCRITÓRIO COMERCIAL DO IBQ INDÚSTRIAS QUÍMICAS LTDA.
54
IBQ – iluminação
do escritório após
a reforma
IBQ – iluminação
da recepção antes
da reforma
As salas da presidência e diretoria possuem 
solução de iluminação diferenciada, utilizando 
luminárias difusas em chapa microperfurada 
e projetores para iluminação de destaque 
(dimmerizáveis). 
As salas de gerência foram resolvidas com lumi-
nárias, com uma lâmpada fluorescente de 32W, 
em paginação linear paralela às paredes. Foi 
solicitado ao fabricante uma curvatura de refletor 
diferenciada, com facho entre 55º a 60º, mais 
aberto que as similares de linha para garantir a 
iluminação das paredes.
Todas as salas de presidência, diretoria e 
gerência tiveram os circuitos divididos para 
viabilizar o acendimento parcial quando há 
disponibilidade de luz natural no ambiente.
A Cafeteria/Copa situada em frente ao bloco 
de serviços foi solucionada com uma linguagem 
mais decorativa, atendendo às idéias do partido 
arquitetônico.
55
IBQ – iluminação da 
recepção após a reforma
Respeito ao partido arquitetônico
Compatibilização com o uso do espaço
(atmosfera e ambiência)
Níveis de iluminância
Controle do ofuscamento
Uniformidade entre superfícies
Índice de reprodução de cor e temperatura de cor 
Flexibilidade de controle
 
Integração com a luz natural
Aceitável Bom Excelente
índiceAvaliação de Projeto
X
X
X
X
X
X
X
X
56
Anexos
Capítulo 06
Orientação e tarefas visuais simples
Locais onde não é importante garantir performance visual. Estas tarefas são desempenhadas 
em locais públicos, onde a leitura e inspeção visual são ocasionais. Níveis mais altos são 
recomendados para tarefas que exigem performance.
Tarefas visuais comuns
Performance visual é importante. Estas tarefas são desempenhadas em áreas comerciais, 
industriais e residenciais. Os níveis de iluminância recomendados diferem devido às características 
das tarefas visuais a serem iluminadas. Níveis mais altos são recomendados para tarefas com 
elementos críticos, como baixo contraste e/ou pequenas dimensões.
Tarefas visuais específicas
Performance visual é de grande importância. Estas tarefas são muito específicas, incluindo 
aquelas com elementos críticos, como baixo contraste e/ou dimensões muito pequenas. 
Níveis de iluminância recomendados podem ser atingidos com iluminação complementar. 
Níveis mais altos podem ser atingidos aproximando a fonte de luz da tarefa.
G Tarefas visuais específicas 3.000 a 10.000 lux
A Espaços públicos 30 lux
B Orientações simples para pequenas visitas 50 lux
C Espaços de trabalho onde tarefas visuais simples são desempenhadas 100 lux
ANEXO 1 - Níveis de iluminância recomendados
Fonte: IES Lighting Handbook
D Tarefas visuais com alto contraste e grandes dimensões 300 lux
E Tarefas visuais com alto contraste e pequenas dimensões, ou baixo
 
 contraste e grandes dimensões 
500 lux
F Tarefas visuais com baixo contraste e pequenas dimensões 1.000 lux
57Anexos
Lojas
Provadores E D
Estoques, locais para embalagens D B
Caixa D 
Circulação C 
Área de exposição de produtos E C
Área de destaque de produtos F D
Vitrine G E
Supermercados E C
Escritórios 
Escritório de planta livre com uso
intenso de computadores 
D
 
B
Escritório de planta livre com uso 
moderado de computadores E B
Escritório privado E B
Áreas de leitura D 
Lobbies, lounges e recepções C A
ANEXO 2 - Recomendações para iluminâncias horizontal e vertical (resumido)
Fonte: IES Lighting Handbook
Iluminância 
HorizontalÁrea / Tarefa
Iluminância 
Vertical
58
Para cada um desses casos, os fatores de correção são aproximados. Se o total é -3 ou -2, 
aplicar uma iluminância menor. Para uma carga de -1, 0 ou +1 não há necessidade de se aplicar ne-
nhuma correção. Um total de +2 e +3 significa que as condições são ainda piores, então mais luz 
é necessária. A maioria dos países possui sua própria interpretação das recomendações do CIE 
- Commission Internationale de l’Eclairage. No Brasil, consulte a norma NBR – 5413, da ABNT.
Em ambientes onde são realizadas tarefas distintas, como em escritórios onde se façam desenhos 
técnicos, não é necessário que se siga a recomendação máxima de iluminância em todo o 
escritório. Em vez disso, o ambiente pode ser dividido em diferentes áreas, com ênfase aos 
locais onde se exige mais luz. Sugere-se a criação de um sistema de iluminação onde as pessoas 
possam ajustar os níveis de iluminação de acordo com as suas necessidades. 
Estas recomendações são derivadas de testes de visibilidade. Elas são aplicáveis para pessoas 
de meia idade, com refletâncias médias no campo visual e para a execução de tarefas comuns. 
No caso de condições diferentes destas, os níveis de iluminância deverão ser ajustados.
A tabela a seguir mostra o fator de correção para casos onde as recomendações normais
de níveis de iluminância não são aplicáveis:
ANEXO 3 - Recomendações da norma NBR – 5413 ABNT
Fonte: CIE - Commission Internationale de l’Eclairage e Norma ABNT NBR – 5413
Idade Inferior a 40 anos Entre 40 e 55 anos Superior a 55 anos
Acuidade visual Sem importância Importante Muito importante
Refletância do entorno Superior a 70% Entre 30% e 70% Inferior a 30%
FATOR DE CORREÇÃO
-1 0 +1
CARACTERÍSTICAS
DA TAREFA E 
DO OBSERVADOR
59
LIVROS
Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação.
Manual de orientação profissional, ASBAI, São Paulo, 2006
Designing With Light:
Retail Spaces: Lighting Solutions for Shops, Malls and Markets (Designing With Light)
Janet Turner. Rotovision; 1998
Detailing Light: Integrated Lighting Solutions for Residential and Contract Design 
Jean Gorman. Whitney Library of Design, New York, 1995
IESNA Lighting Handbook Reference & Application - 9th Edition. 
IESNA – Illuminating Engineering Society of North America, 2000
Light Years -The Zumtobel Story 2000-1950
Otto Riewoldt, Irma Boom, Hans Hollein. Birkhauser; 2000
Lighting by Design
Christopher Cuttle. Architectural Press; 2003
PERIÓDICOS:
De Maio Comunicação e Editora. Lume Arquitetura
Editora Lumière. L+D iluminação + design + arquitetura
IESNA. LD+A: Lighting Design + Application
The Lighting Know-how series, prepared 
by Weller & Michal Architects Inc. with WV Engineering Associates PA.
WEBSITES:
http://www.licht.de
http://www.lightingacademy.org
http://www.nlb.org/
http://www.lighting.com
http://www.iesna.org
http://www.lrc.rpi.edu
 
Bibliografia
60
Escritórios de Arquitetura
Alterbrain Puntocom: Athié Wohnrath
BankBoston: Skidmore, Owings & Merril
Eletropaulo: Athié Wohnrath
Estúdio Jacqueline Terpins: Felipe Crescenti
Fausen Haten: Toninho Noronha
Hetzler Store Munich: Bernd König e Michael Schmidt 
Lacoste: Paula Mattar
Oh, boy!: Arthur Casas e Maraí Valente
Restaurante Mr. Lam: MAC Arquitetura
Teatro Armani, Milão: Tadao Ando Architect & Associates
Tok&Stok: Felippe Crescenti
Arquitetos de Iluminação
Espaço Luz, Rosane Haron e Altimar Cypriano
Esther Stiller Consultoria Ltda.
Franco & Fortes Lighting Design
Lighting Design Studio
NTZ Iluminação Arquitetônica
Conforto Visual,

Continue navegando