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i Circuitos Elétricos 1) Introducão Revisão sobre elementos Fontes independentes de tensão e corrente Estas fontes são conceitos muito úteis para representar nossos modelos de estudo de circuitos elétricos. O fato de serem chamadas de independentes significa que elas entregam tensão e corrente a um circuito sem interação com este circuito. Fonte Dependente Uma fonte é considerada dependente, quando o valor de tensão ou corrente fornecido pela mesma depende de algum parâmetro do circuito em estudo. i i v + _ v = 2i + _ Circuitos CC e CA Os circuitos de corrente contínua são aqueles que são submetidos a uma fonte de tensão ou corrente que ao longo do tempo não alternam sua polaridade. tempo i tempo v v R i Os circuitos de corrente alternada são submetidos a fontes que alternam sua polaridade ao longo do tempo. -200 -150 -100 -50 0 50 100 150 200 0 180 360 v v Resistores elétricos são dispositivos usados em circuitos elétricos, onde se aproveita a sua resistividade para servir como carga, ou mesmo como limitador de corrente, sendo que sua resistência ao fluxo de elétrons é devidamente conhecida e medida em ohms (Ω) e simbolizado em circuitos pela letra R. O termo carga agora passa a representar o dispositivo elétrico capaz de consumir energia elétrica. Como carga elétrica, os resistores convertem a energia elétrica em calor, como exemplo, temos o ferro elétrico, chuveiro e forno a resistência, ou em luz como é o caso das lâmpadas incandescentes, que apesar de converter a energia elétrica em energia luminosa, ela tem um baixo rendimento, isto porque quase que a totalidade da energia fornecida é convertida em calor, um percentual em torno de 95%. E apenas 5% aproximadamente é utilizado como luz. Todos estes efeitos, podem ser entendidos com uma simples interpretação da lei de ohm, ou seja, V = R.I, onde para alterar o valor da corrente sem modificar valor da tensão, trabalha-se com R. _______________________________________________________________________________________ REVISÃ0 RESISTÊNCIA ELÉTRICA Ao provocarmos a circulação de corrente por um material condutor através da aplicação de uma diferença de potencial, pode-se observar para um mesmo valor de tensão aplicada em condutores de diversos materiais que a corrente possuirá valores diferentes. Isto ocorrerá devido as características intrínsecas de cada material. Este comportamento diferenciado da corrente, deve-se à resistência elétrica de cada material, que depende do tipo de material do condutor, comprimento, área da seção transversal e da temperatura. Esta resistência atua como uma dificuldade à circulação de corrente elétrica, ou à circulação de elétrons. Para haver uma melhor interpretação do fenômeno de resistência, deve-se analisar os aspectos macroscópicos e microscópicos dos diversos materiais. Os aspectos microscópicos referem-se à estrutura da rede cristalina, do número de elétrons livres do material e a movimentação destes elétrons livres no interior do condutor. Quando os elétrons livres são impulsionados a movimentar devido a ação de uma tensão ocorrerão choques entre os próprios elétrons livres e a rede cristalina, então como efeito disto, ter-se-á uma dificuldade ao deslocamento dos elétrons. Assim sendo, as características microscópicas que influenciam no deslocamento dos elétrons livres são: Resistores • a forma como estão organizados os íons na rede cristalina. • o espaçamento disponível para o movimento dos elétrons livres. • sua velocidade média de arrastamento. • número de íons e de elétrons livres disponíveis por unidade de volume. Os fatores macroscópicos são: • tipo do material que constitui o condutor • comprimento • área da sua seção transversal • temperatura • tensão elétrica Todos estes fatores irão caracterizar a resistência elétrica do material. 1A LEI DE OHM O estudo da resistência é de grande valia na determinação da potência dos diversos equipamentos elétricos. A expressão, matemática que permite a obtenção da grandeza resistência é a seguinte: V = R . I , ou seja, I VR= , onde R - é a resistência elétrica, dada em ohms, cujo símbolo é Ω (letra ômega). V - é a tensão elétrica nos terminais do dispositivo, dada em volt, cujo símbolo é V (letra V). I - é a intensidade de corrente que circula pelo dispositivo, dada em ampères (letra A) 2A LEI DE OHM Para determinação da resistência, valendo-se dos parâmetros macroscópicos, tem-se a seguinte expressão conhecida como segunda lei de ohm: R S= ρ λ , onde ρ - (letra grega rô) é a resistividade específica do material dada em ohm vezes metro (Ω.m). λ- é o comprimento em metros (m). S - é a área da seção transversal em metros quadrados (m2). Através da observação da expressão, pode-se verificar que o valor da resistência é diretamente proporcional ao comprimento e inversamente proporcional a área da seção transversal, em outras palavras, quanto maior o comprimento, maior a resistência. Quanto maior a área da seção transversal, menor a resistência. A variação da resistência em função do comprimento do condutor pode ser explorada em transdutores conhecidos como extensômetros. TABELA Resistividades ρρρρ e Coeficientes de temperatura αααα MATERIAL ρρρρ (20º) ΩΩΩΩ.m αααα (20º) k-1 Alumínio 2,8.10-8 3,9.10-3 chumbo 22,0.10-8 4,3.10-3 cobre 1,7.10-8 3,9.10-3 ferro 10,0.10-8 5,0.10-3 prata 1,6.10-8 3,8.10-3 nichome (Ni, Cr, Fe) 100,0.10-8 0,4.10-3 silício 640 -7,5.10-2 S λ VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA A influência da temperatura é demonstrada na expressão a seguir. R = R0 (1 + α ∆θ) , onde R - é a resistência na temperatura final expressa em ohms (Ω) R0 - é a resistência na temperatura inicial expressa em ohms (Ω) α - coeficiente de variação da resistência com a temperatura, expressa em graus Celsius elevado a menos um (oC-1) ∆θ - é a variação da temperatura, ou seja, é a temperatura final menos a temperatura inicial, expressa em grau Celsius (oC). Como exemplo: Um fio de cobre tem resistência de 100Ω a 20oC. Considerando α = 3,9.10- 3 oC- 1 para o cobre e temperatura final de 100oC, então sua resistência final será : R = 100 . ( 1 + 3,9.10- 3 . 80 ) = 131,2 Ω O que normalmente se observa nos condutores metálicos é o aumento da resistência em função do aumento da temperatura. Isto pode ser explicado pelo estado de agitação térmica da estrutura cristalina do material. Portanto, quanto maior o estado de agitação cristalina do material, maior será a resistência para uma grande maioria dos casos. Algumas aplicações da propriedade da resistência são mostradas a seguir: • fusíveis • lâmpadas incandescentes • resistores para aquecimento (fornos, estufas, chuveiros, etc.) • sensores de temperatura ( termo-resistores ) Para a realização de medidas diretas de resistências pode-se usar o ohmímetro ou a ponte de Wheatstone. Capacidade de armazenar carga elétrica. C = v q (F) volt coulomb v = C qdt dv = C 1 dt dq i = C dt dv dv = C 1 i dt ∫ v v dv 0 = C 1 ∫ t t idt 0 v = C 1 ∫ t t idt 0 + v0 Capacitores Indutância L = i λ (H-henries) λ = fluxo magnético Indutores : bobinas para tirar proveito da indutância v = dt dλ (lei de faraday) v = dt dλ = dt Lid )( =L dt di di = L v dt ∫ i i di 0 = L 1 ∫ t vdt 0 i = L 1 ∫ t vdt 0 + i0 Indutores Desenhe como ocorre a carga e a descarga de um capacitor no circuito abaixo. Qual é a constante de tempo do circuito? Carga do Capacitor V= v + v2 = v + R . i Para i = c dt dv => V = v + R . C dt dv RC V v RCdt dv =+ 1 Solução da equação diferencial : v = vh + vp ( Solução da equação é igual a soma das soluções homogêncea com a particular ) - 1 µ F 100 Ω 50 Ω S + 10V R v2 c v V Exemplo de Carga e Descarga de um Capacitor i Solução Homogênea ( vh ): dt dv + RC v = 0 vh = A.est s.A.est + RC 1 .A.est = 0 A.est (s + RC 1 ) = 0 => s = RC 1− vh = A.e-t/RC Solução Particular ( vp ) : vp = B (cte) 0 + RC B = RC V => B = V = vp v = vh + vp = A .e-t/RC + V p/ t = 0+ => v (0+ ) = A + V => A = v (0+ ) – V v = (v (0 + ) –V ).e-t/RC + V p/ v (0+ ) = v (0- ) = 0 v = V (1 - e-t/RC ) t v V Um conceito muito utilizado é o da constante de tempo de um circuito que é representada por t = RC , significando que após t segundos a tensão no capacitor inicialmente descarregado chegará a 0,63 V e a corrente decrescerá p/ 0,37 V/R Descarga do Capacitor v + v2 = 0 v + R . i = 0 v + R . C dt dv = 0 dt dv + RC 1 .v = 0 Solução: v = vh + vp vh : vh = A.est s.A.est + RC 1 . A.est = 0 A.est (s + RC 1 ) = 0 => s = RC 1− vp : vp = B 0 + RC 1 .B =0 => B = 0 v = vh + vp R v2 v v = A.e-t/RC t = 0+ => v (0+ ) = A p/ v (0+ ) = V => A = V v = V .e-t/RC Exercício Determine a tensão de carga do capacitor, quando em t = 0, i (0) = 0, vc (0) = 0, e dvc (0)/dt = 0 V x v Tarefa Complementar Estudo do Texto Acadêmico: Giacomin, J. Vieira, O.J .Princípios de Eletricidade. Editora UFLA/FAEPE Leitura e exercícios dos Capítulos 1 e 2 de: O’Malley, J. Análise de Circuitos 2ª. Ed. Schaum McGraw-Hill Relembrar ponte de Wheatstone V R C L S v(t) + -
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