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Trabalho de Sociologia Principais Filósofos

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Universidade estadual de alagoas
 
James Wellington dos Santos Pereira
Durkeheim, Comte, weber e marx: 
Vida, pensamentos e obras filosóficas.
 
 
Arapiraca/AL
 2016
James Wellington dos Santos Pereira
Durkeheim, Comte, weber e marx: 
Vida, pensamentos e obras filosóficas.
Apresentado como solicitado conforme matriz curricular da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL, Campus I, para o Curso de Ciências Contábeis e sua disciplina de Sociologia das Organizações.
 
Professor: Hugo Reinato Mancilla Plantarosa
 
 
 
Arapiraca/AL
 2016
SUMÁRIO
Introdução................................................................................................................ 04
Émile Durkheim....................................................................................................... 05
Auguste Conte......................................................................................................... 09
Max Weber............................................................................................................... 11
Karl Marx.................................................................................................................. 13
Considerações Finais............................................................................................. 17
Fontes...................................................................................................................... 18
Introdução
Este trabalho de pesquisa tem por objetivo s os pensamentos filosóficos e sociais de Durkheim, Comte, Weber e Marx. Veremos o porquê de tais filósofos/sociólogos serem considerados os principais fundadores da filosofia e sociologia moderna. Daí a importância deste trabalho. 
Émile Durkheim 
Foi um sociólogo francês. É considerado o pai da Sociologia Moderna e chefe da chamada Escola Sociológica Francesa. É o criador da teoria da coesão social. Junto com Karl Marx e Max Weber, formam um dos pilares dos estudos sociológicos.
Nasceu em Epinal, região de Lorena, na França, no dia 15 de abril de 1858. Descendente de família judia, filho e neto de rabinos, foi preparado para seguir o mesmo caminho, mas rejeitou sua herança judaica. Estudou no Colégio d’Epinal e no Liceu, em Paris. Estudou filosofia na Escola Normal Superior de Paris.
O fato de Durkheim não ter seguido os preceitos da cultura judaica pode ter influenciado no teor de seus estudos e de suas preocupações religiosas, preferindo analisá-las desde o ponto de vista social. Estudou as teorias de Auguste Comte e Herbert Spencer, o que fez com que conferisse uma matriz científica às suas teorias.
O pensamento de Durkheim marcou decisivamente a Sociologia contemporânea. Em 1893 publicou sua tese de doutoramento, intitulada De la Division du Travail Social, estudo em que aborda a interação social entre os indivíduos que integram uma coletividade maior: a sociedade.
Algumas contribuições de Durkheim:
Fatos sociais - O fato social, segundo Durkheim, consiste em maneiras de agir, de pensar e de sentir que exercem determinada força sobre os indivíduos, obrigando-os a se adaptar às regras da sociedade onde vivem. No entanto, nem tudo o que uma pessoa faz pode ser considerado um fato social, pois, para ser identificado como tal, tem de atender a três características: generalidade, exterioridade e coercitividade.
Coercitividade – característica relacionada com o poder, ou a força, com a qual os padrões culturais de uma sociedade se impõem aos indivíduos que a integram, obrigando esses indivíduos a cumpri-los.
Exterioridade – quando o indivíduo nasce, a sociedade já está organizada, com suas leis, seus padrões, seu sistema financeiro, etc.; cabe ao indivíduo aprender, por intermédio da educação, por exemplo.
Generalidade – os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles não existem para um único indivíduo, mas para todo um grupo, ou sociedade. 
O que as pessoas sentem, pensam ou fazem independente de suas vontades individuais, é um comportamento estabelecido pela sociedade. Não é algo que seja imposto especificamente a alguém, é algo que já estava lá antes e que continua depois e que não dá margem a escolhas.
Instituição social e Anomia - A instituição social é um mecanismo de organização da sociedade, é o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade, cuja importância estratégica é manter a organização do grupo e satisfazer as necessidades dos indivíduos que dele participam.
As instituições são, portanto, conservadoras por essência, quer seja família, escola, governo, religião, polícia ou qualquer outra, elas agem contra as mudanças, pela manutenção da ordem vigente. Durkheim registra, em sua obra, o quanto acredita que essas instituições são valorosas e parte em sua defesa, o que o deixou com uma certa reputação de conservador, que durante muitos anos causou antipatia a sua obra.
 Mas Durkheim não pode ser meramente tachado de conservador, sua defesa das instituições se baseia num ponto fundamental, o ser humano necessita se sentir seguro, protegido e respaldado. Uma sociedade sem regras claras ("em estado de anomia"), sem valores, sem limites leva o ser humano ao desespero. Preocupado com esse desespero, Durkheim se dedicou ao estudo da criminalidade, do suicídio e da religião. 
Uma rápida observação do contexto histórico do século XIX nos permite perceber que as instituições sociais se encontravam enfraquecidas, havia muito questionamento, valores tradicionais eram rompidos e novos surgiam, muita gente vivia em condições miseráveis, desempregados, doentes e marginalizados. 
Ora, numa sociedade integrada, essa gente não podia ser ignorada, de uma forma ou de outra, toda a sociedade estava ou iria sofrer as consequências. Aos problemas que ele observou, considerou como patologia social, e chamou aquela sociedade doente de "Anômala". A anomia era a grande inimiga da sociedade, algo que devia ser vencido, e a sociologia era o meio para isso. O papel do sociólogo seria, portanto, estudar, entender e ajudar a sociedade. 
Em seus estudos Durkheim concluiu que os fatos sociais atingem toda a sociedade, o que só é possível se admitirmos que a sociedade é um todo integrado. Se tudo na sociedade está interligado, qualquer alteração afeta toda a sociedade, o que quer dizer que se algo não vai bem em algum setor da sociedade, toda ela sentirá o efeito. Partindo deste raciocínio, desenvolve dois dos seus principais conceitos: Instituição social e Anomia.
Solidariedade Social - A solidariedade segundo Durkheim é oriunda de dois tipos de consciência: a consciência coletiva (ou comum) e consciência individual. Cada indivíduo possui uma consciência individual que sofre influência da consciência coletiva, que nada mais é que a combinação das consciências individuais de todos os homens ao mesmo tempo. A consciência coletiva seria responsável pela formação de nossos valores morais, e exerce uma pressão externa aos indivíduos no momento de suas escolhas. A soma da consciência individual com a consciência coletiva forma o ser social.
Dentro da perspectiva sociológica durkheiminiana, a existência de uma sociedade só é possível a partir de um determinado grau de consenso entre seus membros constituintes: os indivíduos. Esse consenso se assenta, basicamente no processo de adequação da consciência individual à consciência coletiva. Dependendo do grau de consenso temos dois tipos de solidariedade.
Solidariedade mecânica - A sociedade em sua fase primitiva se organizava socialmente a partir das semelhanças psíquicas e sociais entre os membros individuais. Nessas sociedades, os indivíduos que a integravam compartilhavam dos mesmos valores sociais, tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários à subsistência do grupo, essacorrespondência de valores é que assegurava a coesão social.
Solidariedade orgânica - Já nas sociedades ditas "modernas" ou "complexas" do ponto de vista da maior diferenciação individual e social, existe a solidariedade orgânica.
 Neste modelo, cada indivíduo tem uma função e depende dos outros para sobreviver. A Solidariedade Orgânica é fruto das diferenças sociais, já que são essas diferenças que unem os indivíduos pela necessidade de troca de serviços e pela sua interdependência. 
 O indivíduo é socializado porque, embora tenha sua individualidade, depende dos demais e, por isso, se sente parte de um todo. Os membros da sociedade onde predomina a Solidariedade Orgânica estão unidos pelo laço oriundo da divisão do trabalho social.
Em 1897 fundou a revista L’Année Sociologique na qual reuniu um eminente grupo de estudiosos. Formou grande número de discípulos que por sua vez forneceram contribuições à pesquisa sociológica. A teoria dos fatos sociais de Durkheim influiu decisivamente sobre o desenvolvimento da Sociologia Científica do século XX.
Émile Durkheim foi nomeado professor de Ciências Sociais em curso criado especialmente para ele, e de Pedagogia, na Universidade de Bordeaux. Em 1902, foi nomeado para a primeira cadeira de Sociologia na França, e para a cadeira de Pedagogia, ambas na Sorbonne. Émile Durkheim foi considerado um dos fundadores da Sociologia Moderna e chefe da chamada Escola Sociológica Francesa, rival da Escola da Ciência Social de Frédéric Le Play.
Escreveu obras que foram definitivas nos rumos dos estudos sociológicos. No livro "Da Divisão do Trabalho Social" (1893), ele estabeleceu as bases da sociedade comparando a um organismo vivo, onde cada parte funcionava como um órgão biológico que agiria de forma dependente. Assim, numa sociedade "doente", que ele denominava de anomia, a cura para o melhor funcionamento social seria a solidariedade orgânica.
No livro "As Regras do Método Sociológico" publicado em 1895, estabeleceu as bases para a sociologia como ciência. Em sua obra "O Suicídio" (1897), avaliou que o maior nível de integração social estava ligado aos índices de suicídio, que seriam maiores quanto mais frágeis fossem os laços sociais. Também pesquisou assuntos sobre religião, através do livro "Formas Elementares da Vida Religiosa", publicado em 1912.
Émile Durkheim morreu no dia 15 de novembro de 1917. Seus restos mortais encontram-se no cemitério de Montparnasse, em Paris.
Obras de Émile Durkheim:
Da Divisão do Trabalho Social, 1893
As Regras do Método Sociológico, 1895
O Suicídio, 1897
As Formas Elementares da Vida Religiosa, 1912
A Educação e a Sociologia, 1922 (obra póstuma)
Sociologia e Filosofia, 1924 (obra póstuma)
A Educação Moral, 1925 (obra póstuma)
Auguste Comte
Considerado o fundador do positivismo, corrente que propõe uma nova organização social. Foi o fundador da Sociologia
Auguste Comte (1798-1857) nasceu em Montpellier, França, no dia 19 de janeiro de 1798, onde fez os seus primeiros estudos. Em 1814 ingressa no curso de Medicina na Escola Politécnica de Paris, de onde é expulso por causa de suas ideias. Tornou-se conhecido da intelectualidade francesa depois que foi secretário do socialista e filósofo Saint-Simon, de quem mais tarde viria a romper a amizade, por divergências ideológicas.
Comte passou a estudar as possibilidades de esboçar em teoria, um modelo ideal de sociedade organizada. Sua doutrina considerou a "ciência positiva", baseada nos fatos, como o único fator de estabilidade do universo. Em 1822, publicou "Plano de Trabalhos Científicos para Reorganizar a Sociedade". Em 1830, iniciou o livro "Curso de Filosofia Positiva", concluído em 1842. Em 1848, criou uma "Sociedade Positivista", que teve muito adeptos e influenciou o pensamento de teóricos por todo o mundo.
Começou sua carreira ensinando matemática, depois tornou-se secretário de Saint-Simon. Nesta época, começou a escrever o livro Curso de filosofia Positiva, que seria uma filosofia das ciências. De um lado, procede a uma classificação das ciências, por ordem de complexidade, de outro, formula a Lei dos Três estados, que caracterizam períodos da história humana.
3.1 A LEI DOS TRÊS ESTADOS
Os três estados, de acordo com a história humana, são:
Teológico: o estado onde Deus está presente em tudo, as coisas acontecem por causa da vontade dele. As coisas sem explicação são explicadas pura e simplesmente por Deus. Esse estado tem outras três divisões:
- Animismo: as coisas da natureza têm sua própria “animação”, acontecem porque desejam isto, não por fatores externos, têm vida própria.
- Politeísmo: os desejos dos deuses são colocados em objetos, animais ou coisas.
- Monoteísmo: os desejos do Deus (único), são expostos em coisas, acontecimentos.
Metafísico: no qual a ignorância da realidade e a descrença num Deus todo poderoso levam a crer em relações misteriosas entre as coisas, nos espíritos, como exemplo. O pensamento abstrato é substituído pela vontade pessoal.
Positivo: a humanidade busca respostas científicas todas as coisas. Este estado ficou conhecido como Positivismo. A busca pelo conhecimento absoluto, esclarecimento sobre a natureza e seus fatos. É o resultado da soma dos dois estágios anteriores.
Na obra "Discurso sobre o Espírito Positivo", escrita em 1848, Comte afirma que o espírito positivo, que compreende a inteligência, os sentimentos e as ações positivas, é maior e mais importante que a mera cientificidade, que abrange somente questões intelectuais. Na obra "Sistema de Política Positiva" Comte institui a "Religião da Humanidade" que se caracteriza pela busca da unidade moral humana.
Importante ressaltar que as ideias do positivismo inspiraram até a inscrição da bandeira brasileira "Ordem e Progresso", tendo por base o lema de Auguste Comte que diz: "Amor como princípio, ordem como base e progresso como objetivo". Suas ideias inspiraram o exército brasileiro e a proclamação da República do Brasil em 1889.
O pensamento positivista pregava um modelo de sociedade organizada, onde o poder espiritual não teria mais importância, sendo os sábios e cientistas a primazia nas decisões. Entre seus lemas destaca-se: "Não há problema que não possa em última instância ser reduzido a números".
Auguste Comte morreu em Paris, França, no dia 5 de setembro de 1857.
Obras de Auguste Comte:
Plano de Trabalho Científico para Reorganizar a Sociedade, 1822
Opúsculos de Filosofia Social, 1816-1828
Curso de Filosofia Positiva, 1830-1842
Discurso sobre o Espírito Positivo, 1848
Discurso sobre o Conjunto do Positivismo, 1848
Catecismo Positivista, 1852
Sistema de Política Positiva, 1851-1854
Apelo aos Conservadores, 1855
Síntese Subjetiva, 1856
Max Weber 
Importante sociólogo e destacado economista alemão. Suas grandes obras são, “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” e "Economia e Sociedade". Dedicou sua vida ao trabalho acadêmico, escrevendo sobres assuntos variados como o espírito do capitalismo e as religiões chinesas.
Max Weber nasceu em Erfurt, Turíngia, Alemanha, no dia 21 de abril de 1864. Formou-se em Direito e doutorou-se em Economia. Foi nomeado professor de economia da Universidade de Heidelberg. Entre 1900 e 1918, ficou afastado do magistério em consequência de um colapso nervoso. No período que ficou afastado, colaborou em diversos jornais alemães e realizou diversas pesquisas.
Desenvolveu importantes trabalhos na Sociologia, foi considerado um dos fundadores da Sociologia Moderna, ao lado de Conte, Marx e Durkheim. Sua grade obra chama-se "Economia e Sociedade”. Nela, Weber traça um quadro do poder e da política, ou seja, das relações de dominação. Defendia a tese de que a forma de legitimação de um poder é decisiva para se compreender que tipo de poder é aquele.
Em “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, o sociólogo realizou importante estudo sobre como a religião, especialmente o protestantismo nos EUA, foi um fator importante para a consolidação do capitalismo.
Em contrapartida,Weber achava que o catolicismo tradicional poderia ser um fator impeditivo para o desenvolvimento e prosperidade econômica de países que praticavam aquela religião. Isso se devia ao fato do ideário católico pregar a condenação do lucro. Já a religião protestante possuía maior identificação com a produção de riquezas, justamente, por valorizar o mérito pessoal e o trabalho como meios de valorização espiritual.
A influência de Weber nas ciências sociais é imensa, só comparável à do francês Emile Durkheim e Karl Marx. No Brasil, uma boa parte dos sociólogos, cientistas, políticos e historiadores se inspiraram em Weber para entender o país.
Max Weber alinhava-se à visão de Marx em relação ao tratamento do desenvolvimento do capitalismo no mundo moderno e às investigações em torno dos sistemas anteriores de produção e das lógicas de relações sociais que se estabeleciam em volta deles. No entanto, contrariamente ao pensamento de Marx, Weber não dava a mesma importância ao conflito de classes e também não submetia suas análises comparativas à noção de materialismo histórico dos trabalhos marxistas.
Weber buscava, assim como seus predecessores, entender as mudanças sociais advindas da Revolução Industrial que ainda se desenrolavam em seu tempo. No entanto, sua linha de pensamento dava a mesma importância tanto para os fatores econômicos do mundo social quanto para o espectro mais individual, relacionado com o sujeito, que enxergava como o principal ator no processo de mudança social, possuindo, portanto, enorme relevância no estudo do contexto dos fenômenos sociais. Weber acreditava que as motivações das ações dos indivíduos em seu convívio diário eram os principais fatores que determinariam os rumos dos processos de mudança social. Partindo desse princípio, Weber elaborou o conceito de “ação social” que nortearia os seus trabalhos.
O conceito de “ação social” foi concebido por Weber como qualquer ação realizada por um sujeito em um meio social que possua um sentido determinado por seu autor. O processo de comunicação estaria, portanto, intimamente ligado ao conceito de ação social. A manifestação do sujeito que deseja uma resposta é feita em função dessa resposta. Em outras palavras, uma ação social constitui-se como ação que parte da intenção de seu autor em relação à resposta que deseja de seu interlocutor. Weber estipulou quatro tipos ideais de ações sociais: a ação racional com relação a fins, a ação racional com relação a valores, a ação afetiva e a ação tradicional.
Percebe-se, portanto, que Weber se afastou dos determinismos sócio históricos de Karl Marx e do fatalismo da noção de um sistema externo e independente do indivíduo que Émile Durkheim propôs, elaborando, assim, a noção de um ser humano livre para agir, pensar e construir sua realidade. Para Weber, as estruturas sociais estavam em contato direto com o poder de ação dos indivíduos, o que significa que os sujeitos, seus valores e ideias possuem força de ação direta sobre essas estruturas. A tarefa da Sociologia seria, então, segundo o teórico, apreender os significados que norteiam essas ações.
Weber demonstrou esse princípio em seus estudos comparativos sobre as distinções entre religiões Ocidentais e Orientais. Em seu livro, “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, o autor buscou esclarecer como a lógica cristã foi responsável pelo desenvolvimento do sistema de produção capitalista. Nisso estaria inserido o contexto cultural e valorativo das sociedades cristãs, e não apenas seu modelo ou situação econômica.
Outro ponto importante da teoria weberiana é a busca pela construção dos “tipos ideais” no processo de construção do conhecimento teórico. O estabelecimento de tipos ideais não busca construir tipologias fixas nem mesmo busca classificar de maneira inflexível o objeto em questão. Eles servem como parâmetro de observação, um “boneco” com características delineadas que serve apenas como ponto de comparação entre o observado e sua obra teórica. Trata-se de modelos conceituais que nem sempre, ou quase nunca, existem. Apenas alguns aspectos ou atributos são observáveis.
Weber ainda faz referência a um fenômeno de grande importância do mundo moderno e que está relacionado com as mudanças estruturais, culturais e sociais que as sociedades modernas passaram no decorrer do tempo: “a racionalização do mundo social”. Esse fenômeno refere-se a mudanças profundas, como a gradual construção do capitalismo e a monstruosa explosão do crescimento dos meios urbanos, que se tornaram as bases da reordenação das organizações tradicionais que predominavam até então.
Ampliando nossa explicação, devemos dizer que a preocupação de Weber estava em tentar apreender os processos pelos quais o pensamento racional, ou a racionalidade, impactou as instituições modernas, como o Estado, os governos e, ainda, o âmbito cultural, social e individual do sujeito moderno. Em sua denominação das diversas formas de racionalidade, Weber fez distinção de quatro principais formas: a racionalidade formal, a racionalidade substantiva, a racionalidade meio finalística e a racionalidade quanto aos valores.
A obra de Max Weber é incrivelmente diversa e amplamente utilizada em esforços de compreensão dos fenômenos sociais contemporâneos. A sociologia weberiana influenciou e ainda influencia grandes teóricos, que enxergam na visão de Weber uma ferramenta para desvendar os mistérios das relações humanas.
Max Weber morreu em Munique, Alemanha, vítima de pneumonia, no dia 14 de junho de 1920.
Karl Marx 
Revolucionário socialista alemão. Criou as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua filosofia exerceu influência em várias áreas do conhecimento, tais como Sociologia, Política, Direito, Teologia, Filosofia, Economia, entre outras.
Karl Marx nasceu em Trier, Alemanha, no dia 5 de maio de 1818. Filho de Herschel Marx, advogado e conselheiro da justiça, descendente de judeu, era perseguido pelo governo absolutista de Frederico Guilherme III. Em 1835 concluiu o curso ginasial no Liceu Friedrich Wilhelm. Ainda nesse ano e boa parte de 1836, Karl estudou Direito, História, Filosofia, Arte e Literatura na Universidade de Bonn.
No final de 1836, vai para Berlim, onde se propagam as ideias de Hegel, destacado filósofo e idealista alemão. Marx se alinha com os "hegelianos de esquerda", que procuram analisar as questões sociais, fundamentados na necessidade de transformações na burguesia da Alemanha. Entre 1838 e 1840, dedica-se a elaboração de sua tese. Doutorou-se em Filosofia em 1841, na Universidade de Iena, com a tese "A Diferença Entre a Filosofia da Natureza de Demócrito e a de Epicuro".
Por motivos políticos, Karl não é nomeado professor, as universidades não aceitam mestres que seguem as ideias de Hegel. Desiludido, dedica-se ao jornalismo. Escreve artigos para os Anais Alemães, de seu amigo Arnold Ruge, mas a censura impede sua publicação. Em outubro de 1842, muda-se para Colônia, e assume a direção do jornal Gazeta Renana, mas logo após a publicação do artigo sobre o absolutismo russo, o governo fecha o jornal.
Em julho de 1843, casa-se com Jenne, irmã de seu amigo Edgard von Westphalen. O casal muda-se para Paris, onde Marx junto com Ruge funda a revista "Anais Franco Alemães", e publica os artigos de Fredrich Engels. Publica também "Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" e "Sobre a Questão Judaica". Ingressa numa sociedade secreta, mas é expulso da cidade.
Em fins de 1844, Marx começa a escrever para o "Vornaerts", em Paris. As opiniões desagradam o governo de Frederico Guilherme V, imperador da Prússia, que pressiona o governo francês a expulsar os colaboradores da publicação, entre eles Marx e Engels. Em fevereiro é obrigado a sair da França e vai para a Bélgica.
Dedica-se a escrever teses sobre o socialismo e mantém contato com o movimento operário europeu. Funda a "Sociedade dos Trabalhadores Alemães". Junto com Engels, adquirem um semanário e se integram à "Liga dos Justos", entidade secreta de operários alemães,com filiais por toda a Europa. No Segundo Congresso da Liga, são solicitados para redigir um manifesto.
As influências de suas ideias atingiram todo o mundo, como na vitória dos Bolcheviques na Rússia. Enquanto suas teorias começaram a declinar quanto à popularidade, especialmente após o colapso do regime Soviético, elas continuam sendo muito utilizadas hoje, em movimentos trabalhistas, práticas políticas, movimentos políticos.
5.1 MARXISMO
O marxismo se baseia no materialismo e o socialismo científico, constituindo ao mesmo tempo uma teoria geral e o programa dos movimentos operários. Em razão disso, o marxismo forma uma base de ação para estes movimentos, porque eles unem a teoria com a prática. Para os marxistas, o materialismo é a arma pela qual é possível abolir a filosofia como instrumento especulativo da burguesia (o Idealismo) e fazer dela um instrumento de transformação do mundo a serviço do proletariado (força de trabalho). Este conceito tem duas bases: o materialismo dialético e o materialismo histórico. O primeiro coloca a simultaneidade da matéria e do espírito, e a constituição do concreto por uma evolução concebida como “desenvolvimento por saltos, catástrofes e revoluções”, causando uma evolução em um grau mais alto, graças a “negação da negação” (dialética).
O materialismo histórico coloca que a consciência dos homens é determinada pela realidade social, ou seja, pelo conjunto dos meios de produção, base real sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e à qual correspondem formas de consciência social determinada.
Analisando o capitalismo, Marx desenvolveu uma teoria para o valor dos produtos: o valor é a expressão da quantidade de trabalho social utilizado na produção da mercadoria. No sistema capitalista, o trabalhador vende ao proprietário a sua força de trabalho, muitas vezes o único bem que têm, tratada como mercadoria, e submetida às leis do mercado, como concorrência, baixos salários. “Ou é isto, ou nada. Decida-se que a fila é grande”. A diferença entre o valor do produto final e o valor pago ao trabalhador, Marx deu o nome de mais-valia, que expressa, portanto, o grau de exploração do trabalho. Os empregadores têm uma tendência natural de aumentar a mais-valia, acumulando cada vez mais riquezas.
No dia 21 de fevereiro de 1848, com base no trabalho de Engels, Os Princípios do Comunismo, Marx escreve o "Manifesto Comunista", onde esboça suas principais ideias com a luta de classe e o materialismo histórico. Critica o capitalismo, expõe a história do movimento operário, e termina com um apelo pela união dos operários no mundo todo. Pouco tempo depois, Karl e sua mulher são presos e expulsos da Bélgica.
Depois de vários exílios e privações, Max finalmente se instala em Londres. Apesar da crise, em 1864 funda a "Associação Internacional dos Trabalhadores", que fica conhecida como "Primeira Internacional". Com a ajuda de Engels, publica em 1867, o primeiro volume de sua mais importante obra, "O Capital", em que sintetiza suas críticas à economia capitalista.
Karl Heinrich Marx morreu em Londres, Inglaterra, no dia 14 de março de 1883.
Considerações Final
As discussões acima realizadas pretenderam demonstrar como a sociologia clássica – Marx, Durkheim e Weber – conceberam a dinâmica social. Pôde-se observar que, para Marx, o processo de transformação social se encontra estreitamente relacionado com as contradições que ocorrem na base material da sociedade: com as contradições que se manifestam entre as forças produtivas e as relações de produção e com as lutas classes. Em cada contexto histórico, a classe dominada da época seria o agente da transformação social na medida em que adquirisse consciência das contradições sociais e na medida em que se organizasse para a conquista do poder político enquanto instrumento promotor das mudanças. Além disso, foi possível observar também que, para Durkheim, a evolução social ocorre conforme se expandem a divisão e a especialização do trabalho. Com a divisão do trabalho ocorre o enfraquecimento da consciência coletiva; o nascimento e desenvolvimento das individualidades, mas nem por isso, a sociedade se desintegra. Se antes as semelhanças que havia entre os membros da coletividade os mantinham, mecanicamente, integrados, agora, é a divisão do trabalho que, ao torná-los diferentes e dependentes uns dos outros, os mantém organicamente integrados entre si. Weber, por sua vez, explica a transformação social pelas lutas que ocorrem entre as diversas visões de mundo. Quer dizer, para Weber, a transformação social ocorre na medida em que uma dada visão de mundo encontra adeptos com interesses ideais e materiais afins e se implanta no mundo tendo em vista a sua conservação ou a sua transformação.
Fontes 
http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=167#solidariedade_social
http://www.e-biografias.net/emile_durkheim/
http://www.infoescola.com/sociologia/auguste-comte-e-a-lei-dos-tres-estados/
http://www.e-biografias.net/auguste_comte/
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/max-weber.htm
http://www.e-biografias.net/max_weber/
http://www.unioeste.br/campi/cascavel/ccsa/IIISeminario/paineis

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