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Modelagem de Casos de Uso Casos de Uso • O modelo de casos de uso é uma representação das – funcionalidades externamente observáveis do sistema – e dos elementos externos ao sistema que interagem com o mesmo. • Esse modelo representa, na UML, os requisitos funcionais do sistema. Utilidade dos Casos de Uso • Equipe de clientes (validação) – aprovam o que o sistema deverá fazer – entendem o que o sistema deverá fazer • Equipe de desenvolvedores – Ponto de partida para refinar requisitos de software. – Podem seguir um desenvolvimento dirigido a casos de uso. • Designer (projetista): encontrar classes • Testadores: usam como base para casos de teste Composição dos Casos de Uso • O modelo de casos de uso de um sistema é composto de duas partes: – textual, – gráfica. • O diagrama da UML utilizado na modelagem gráfica é o diagrama de casos de uso. • Este diagrama permite uma visão global e de alto nível do sistema. • Componentes: casos de uso, atores, relacionamentos entre os elementos anteriores. Casos de Uso - Definição • Um caso de uso é a especificação de uma sequência de interações entre um sistema e os agentes externos. • Define parte da funcionalidade de um sistema, sem revelar a estrutura e o comportamento internos deste sistema. • Cada caso de uso é definido através da descrição textual das interações que ocorrem entre o(s) elemento(s) externo(s) e o sistema. • Um caso de uso é : – um conjunto de cenários amarrados por um objetivo comum de usuário. • Um cenário: – É uma sequência de passos que descreve uma interação entre um usuário e um sistema. – É uma forma prática de transformar requisitos funcionais em casos de uso 6 Cenário de caso de uso • Exemplo: em uma loja virtual um dos cenários envolvidos em uma “compra de produto” é: 1. O cliente navega no catálogo de itens e adiciona os itens desejados à sua cesta de compras. 2. Quando o cliente deseja pagar ele descreve o endereço de entrega, fornece as informações do cartão de crédito e confirma a venda. 3. O sistema verifica a autorização do cartão de crédito, confirma a venda imediatamente e envia um email. 7 Cenário de caso de uso • Exemplo: em uma loja virtual os outros cenários envolvidos em uma “compra de produto” : – O cliente pode desistir de comprar após o passo 1 – A autorização do cartão de crédito pode falhar – O cliente pode ser um comprador regular e , portanto, o sistema conhece as informações de endereço e cartão de crédito. • Logo não seria necessário informar novamente. • Todos os itens anteriores geram cenários diferentes que devem ser representados no caso de uso. 8 Cenário de caso de uso • Cada caso de uso é representado por uma elipse. • O nome do caso de uso: – É posicionado abaixo ou dentro da elipse. 9 Notação EfetuarCompra Dimensões para descrições textuais • Um caso de uso é definido através da descrição textual das interações entre o(s) elemento(s) externo(s) e o sistema. • A UML não define nada acerca de como essa descrição textual deve ser construída. • Há várias dimensões independentes para a descrição textual de um caso de uso: – Formato (contínua, tabular, numerado) – Grau de detalhamento (sucinta ou expandida) Ex. Descrição Contínua Ex. Descrição Numerada Ex. Descrição tabular Atores • Elemento externo que interage com o sistema. – “externo”: atores não fazem parte do sistema. – “interage”: um ator troca informações com o sistema. • Casos de uso representam uma sequência de interações entre o sistema e o ator. – no sentido de troca de informações entre eles. • Normalmente um agente externo inicia a sequência de interações como o sistema. Atores • Categorias de atores: – cargos (Empregado, Cliente, Gerente, Almoxarife, Vendedor etc.); – organizações (Empresa Fornecedora, Agência de Impostos, Administradora de Cartões etc.); – outros sistemas (Sistema de Cobrança, Sistema de Estoque de Produtos etc.); – equipamentos (Leitora de Código de Barras, Sensor etc.). • Essa categorização indica que o conceito de ator depende do escopo do sistema. Atores • Um ator corresponde a um papel representado em relação ao sistema. • O mesmo indivíduo pode ser o Cliente que compra mercadorias e o Vendedor que processa vendas. • O nome dado a um ator deve lembrar o seu papel, em vez de lembrar quem o representa. • A notação normalmente usada para um ator é: – A figura de um boneco com o nome do ator definido abaixo desta figura. 17 Notação • Um ator pode participar de muitos casos de uso – esta situação é comum de se encontrar na prática. • Um caso de uso pode envolver a participação de vários atores – Um ator primário : • É aquele que usa o sistema para atingir um objetivo. – Um ator secundário : • É aquele necessário pelo sistema para que este consiga fazer com que o ator primário alcance seu objetivo. • Pode ser uma pessoa ou outro sistema de software 18 Atores primários e secundários • Por exemplo: – Considere um programa para compras pela Internet – Para que o Cliente (ator primário) realize compra (caso de uso), outro ator está envolvido: a operadora do cartão de crédito. • Note que: – o ator primário Usuário é auxiliado (via sistema) pelo ator secundário, a operadora. – É através deste último que o primeiro alcança seu objetivo (i.e., realizar a compra pela Internet). 19 Atores primários e secundários • É recomendável definir uma breve descrição textual para cada ator identificado. • Exemplo: – Aluno: representa pessoas que fazem um curso dentro da universidade. • Convenções: – Nome deve indicar papel do ator ao realizar o caso de uso. 20 Documentando atores Atores vs. Casos de Uso • Um ator representa um conjunto coerente de papéis que os usuários desempenham quando interagem com o sistema • Um caso de uso representa o que um ator quer que o sistema faça. • Atores servem para definir o ambiente do sistema • Se comunicam enviando mensagens e/ou recebendo mensagens do sistema • Ao se definir o que os atores fazem e o que os casos de uso fazem, delimita-se, o escopo do sistema. Diagrama de Casos de Uso • Representa graficamente os atores, casos de uso e relacionamentos entre os elementos. • Ilustra em um nível alto de abstração: – elementos externos – funcionalidades do sistema. • Uma espécie de “diagrama de contexto”. – Apresenta os elementos externos de um sistema e as maneiras segundo as quais eles as utilizam. Ex. Diagrama de Casos de Uso Ex. Diagrama de Casos de Uso Elementos dos Diagramas de Casos de Uso • Atores e Casos de uso • Relacionamentos entre esses elementos: – Comunicação – Inclusão – Extensão – Generalização • Para cada um desses elementos, a UML define uma notação gráfica e uma semântica específicas. Ator, caso de uso, comunicação Inclusão (include) Inclusão (include) • Use inclusão quando o mesmo comportamento se repetir em mais de um caso de uso. • Por meio do relacionamento de inclusão esse comportamento comum pode ser fatorado em um novo caso de uso, o chamado caso de uso incluso. • Esse comportamento comum está necessariamente contido em todos os cenários dos casos de uso inclusores, e que estes últimosnão são completos se o comportamento do caso de uso não estiver incluso. • Relacionamento de inclusão: – No relacionamento de inclusão, o comportamento de B é “enxertado” em A. 29 Compreendendo o relacionamento de inclusão • Outro exemplo de inclusão: – O caso de uso #1: • chega ao local no caso de uso base para o qual o relacionamento de inclusão está definido e a inclusão é realizada. – O caso de uso #2: • não alcança esta parte e a inclusão não é realizada”. 30 Compreendendo o relacionamento de inclusão Extensão (extend) • Relacionamento de extensão: – Relaciona um caso de uso base a outro cujo comportamento é um complemento (extensão) do primeiro. Trata-se de um comportamento eventual (opcional). • O caso de uso base (estendido): – É uma descrição completa de uma sequência de interações, que tem significado por si mesma. – i.e., o caso de uso base já é completo, sem considerar as possíveis extensões 32 Compreendendo o relacionamento de extensão • O que desencadeia a execução do caso de uso extensor é a ocorrência de alguma condição (ou a solicitação explícita do ator). 33 Compreendendo o relacionamento de extensão Generalização Generalização 36 Compreendendo o relacionamento de generalização Indica que Professor pode realizar : • “Reservar Livro” e • “Pesquisar Catálogo ” • “Solicitar Compra de Título” Indica semelhança conceitual entre os dois casos de uso específicos. • A generalização entre casos de uso: – O caso de uso herdeiro apresenta o mesmo comportamento, estrutura e relacionamentos do seu caso de uso pai – Logo: • Se alguma parte do pai não fizer sentido para o caso de uso herdeiro, não faz sentido utilizar generalização. – Portanto : • Se apenas algumas partes do caso de uso pai fizerem sentido, considere a extensão, em vez de generalização. 37 Compreendendo o relacionamento de generalização Resumo da notação 39 Resumo Relacionamentos Elemento Comunicação Extensão Inclusão Generalização Caso de uso e Caso de uso X X X Ator e Ator X Caso de uso e Ator X Identificação dos elementos dos casos de uso • Atores e os casos de uso são identificados a partir de informações coletadas no levantamento de requisitos. • Não há uma regra geral que indique quantos casos de uso e atores são necessários para descrever um sistema. • A quantidade de casos de uso e atores depende da complexidade do sistema. Identificação de atores • Fontes e os destinos das informações a serem processadas são atores em potencial. – uma vez que, por definição, um ator é todo elemento externo que interage com o sistema. • O analista deve identificar: – as áreas da empresa que serão afetadas ou utilizarão o sistema. – fontes de informações a serem processadas e os destinos das informações geradas pelo sistema. Identificação de Atores • Há algumas perguntas úteis cujas respostas potencialmente identificam atores. – Que órgãos, empresas ou pessoas (cargos) irão utilizar o sistema? – Que outros sistemas irão se comunicar com o sistema? – Alguém deve ser informado de alguma ocorrência no sistema? – Quem está interessado em um certo requisito funcional do sistema? Identificação de Casos de Uso • Perguntas úteis: – Quais são as necessidades e objetivos de cada ator em relação ao sistema? – Que informações o sistema deve produzir? – Para cada requisito funcional, existe um (ou mais) caso(s) de uso para atendê-lo? Construção do diagrama de casos de uso • Os diagramas de casos de uso devem servir para dar suporte à parte textual do modelo, fornecendo uma visão de alto nível. • Se o sistema sendo modelado não for tão complexo, pode ser criado um único Diagrama de Casos de Uso. • É útil e recomendada a utilização do retângulo de fronteira para delimitar e separar visualmente casos de uso e atores. Construção do diagrama de casos de uso • Em sistemas complexos, representar todos os casos de uso do sistema em um único diagrama talvez o torne um tanto ilegível. • Alternativa: criar vários diagramas (de acordo com as necessidades de visualização) e agrupá- los em pacotes. – Todos os casos de uso para um ator; – Todos os casos de uso a serem implementados em um ciclo de desenvolvimento. – Todos os casos de uso de uma área (departamento, seção) específica da empresa. Ex. de diagrama de casos de uso Documentação dos atores • Uma breve descrição para cada ator deve ser adicionada. • O nome de um ator deve lembrar o papel desempenhado pelo mesmo. • Exemplo – “Aluno: representa pessoas que fazem um curso dentro da universidade.” Documentação dos casos de uso • A UML não define um padrão para descrição textual dos casos de uso de um sistema. • É necessário que a equipe de desenvolvimento padronize o seu estilo de descrição. • Algumas seções normalmente encontradas: – Sumário – Atores – Fluxo principal – Fluxos alternativos Documentação dos casos de uso Fluxo Principal: fluxo básico, o que acontece normalmente quando o UC é utilizado Fluxos Alternativos: descrição dos cenários Fluxos de Exceção: o que acontece quando algo inesperado ocorre (ex. situações não usuais e como o sistema se recupera) Pós-condições: estado que o sistema alcança após execução do UC Regras do Negócio Histórico: modificações, autor, data criação... Notas de Implementação: ideias do modelador. Não é a especificação da solução. Nome: o mesmo utilizado no diagrama de caso de uso Descrição Identificador: ID. Ex. UC001, UC002,... Importância: risco de desenvolvimento e prioridade Sumário: pequena declaração do objetivo do ator ao utilizar o UC. Máx. 2 linhas Ator Primário: ator que inicia o caso de uso Atores Secundários: demais elementos externos participantes do caso de uso Precondições: hipóteses assumidas como verdadeiras para início do UC • Na descrição de um caso de uso, pode haver vários tipos de bifurcações a partir do fluxo principal. Conteúdo dos casos de uso • Exemplo : em uma loja virtual fluxo principal uma “compra de produto” é: 1. O Cliente informa que deseja realizar compra 2. O Sistema lista o nome, a descrição e o valor dos produtos disponíveis para compra 3. O cliente adiciona os itens desejados à sua cesta de compras. 4. O sistema apresenta o nome, o preço, a quantidade de cada produto na cesta de compras e o total a ser pago. 5. O cliente informa o endereço de entrega e as informações do cartão de crédito 6. O sistema verifica as informações de compra com a operadora de cartão de crédito 7. O cliente conclui a compra 8. O sistema cria o pedido com os produto da cesta de compras, esvazia a mesma, verifica a autorização do cartão de crédito, confirma a venda dos produtos imediatamente e envia um email. 9. Fim do caso de uso 51 Conteúdo de caso de uso • Exemplos de fluxos alternativos : – FA1 : Remover produto da cesta de compras Este fluxo inicia no passo 5 do fluxo principal, quando o cliente informa que deseja remover um produto da sua cesta de compras. 1. o sistema remove produto da cesta 2. Voltar para passo 4 do fluxo principal 52 Cenários no caso de uso • Exemplo : em uma loja virtual fluxo principal uma “compra de produto” é: 1. O Cliente informa que deseja realizar compra 2. O Sistema lista o nome, a descrição e o valor dosprodutos disponíveis para compra 3. O cliente adiciona os itens desejados à sua cesta de compras. 4. O sistema apresenta o nome, o preço, a quantidade de cada produto na cesta de compras e o total a ser pago. 53 Conteúdo de caso de uso • Exemplo : em uma loja virtual fluxo principal uma “compra de produto” é: 1. O Cliente informa que deseja realizar compra 2. O Sistema lista o nome, a descrição e o valor dos produtos disponíveis para compra 3. O cliente adiciona os itens desejados à sua cesta de compras. 4. O sistema apresenta o nome, o preço, a quantidade de cada produto na cesta de compras e o total a ser pago. 5. O cliente informa o endereço de entrega e as informações do cartão de crédito 54 Conteúdo de caso de uso –FA1 : Remover produto da cesta de compras Este fluxo inicia no passo 5 do fluxo principal, quando o cliente informa que deseja remover um produto da sua cesta de compras. 1. o sistema remove produto da cesta 2.Voltar para passo 4 do fluxo principal • Outros exemplos de fluxos alternativos : – FA2 : Alterar quantidade de um produto da cesta de compras Este fluxo inicia no passo 5 do fluxo principal, quando o cliente informa que deseja alterar a quantidade de um produto da sua cesta de compras. 1. o sistema atualiza a quantidade do produto na cesta 2. Voltar para passo 4 do fluxo principal – FA3 : Cartão de crédito inválido Este fluxo inicia no passo 6 do fluxo principal, quando o cliente informa que deseja alterar a quantidade de um produto da sua cesta de compras. 1. o sistema informa que o cartão de crédito informado é inválido 2. Voltar para passo 4 do fluxo principal 55 Cenários no caso de uso • Outros exemplos de fluxos alternativos : – FA4 : Comprador regular Este fluxo inicia no passo 5 do fluxo principal, e o sistema já apresenta as informações de entrega e de cartão de crédito. 1. O usuário confirma se as informações estão corretas 2. Ir para passo 7 do fluxo principal 56 Cenários no caso de uso • O modelo de casos de uso: – força o desenvolvedor a pensar em como os agentes externos interagem com o sistema. • No entanto, este modelo corresponde somente aos requisitos funcionais. – Outros tipos de requisitos (desempenho, interface, segurança, regras do negócio, etc.) também devem ser identificados e modelados. • Esses outros requisitos fazem parte da documentação associada ao MCU. – Dois itens importantes dessa documentação associada são: • o modelo de regras do negócio e • os requisitos de desempenho (não funcionais). Documentação associada • Regras de negócio: – São políticas, condições ou restrições que devem ser consideradas na execução dos processos de uma organização. – Descrevem a maneira pela qual a organização funciona. • Modelo de Regras do Negócio (MRN): – Identifica e documenta as regras de negócio 58 Regras do negócio • Exemplos de regras de negócio: – O valor total de um pedido é igual à soma dos totais dos itens do pedido acrescido de 10% de taxa de entrega. – Um professor só pode estar lecionando disciplinas para as quais esteja habilitado. – Um cliente de uma das agências do banco não pode retirar mais do que R$ 1.000 por dia de sua conta. Após as 18h00, esse limite cai para R$ 100,00. – Os pedidos para um cliente não especial devem ser pagos antecipadamente. 59 Exemplos de regras do negócio • A descrição do modelo de regras do negócio: – pode ser feita utilizando-se texto informal, ou através de alguma forma de estruturação. • Possível formato para documentação de uma regra de negócio no MRN. Regras do negócio Nome Quantidade de inscrições possíveis (RN01) Descrição Um aluno não pode ser inscrever em mais de seis disciplinas por semestre letivo. Fonte Coordenador da escola de informática Histórico Data de identificação: 12/07/2002 • Regras do negócio: – normalmente influenciam o comportamento de determinados casos de uso. – Quando isso ocorre: • Os identificadores das regras do negócio devem ser adicionados à descrição dos casos de uso em questão. • Uso da seção “regras do negócio” da descrição do caso de uso. Regras do negócio • No exemplo da loja virtual : 1. O Cliente informa que deseja realizar compra 2. O sistema lista o nome, a descrição e o valor dos produtos disponíveis para compra 3. O cliente adiciona os itens desejados à sua cesta de compras. 4. O sistema apresenta o nome, o preço, a quantidade de cada produto na cesta de compras e o total a ser pago(de acordo com a RN1). 5. O cliente informa o endereço de entrega e as informações do cartão de crédito 6. O sistema verifica as informações de compra com a operadora de cartão de crédito 7. O cliente conclui a compra 8. O sistema cria o pedido com os produto da cesta de compras, esvazia a mesma, verifica a autorização do cartão de crédito, confirma a venda dos produtos imediatamente e envia um email. 9. Fim do caso de uso 62 Regras de negócio Nome Valor total de um pedido (RN01) Descrição O valor total de um pedido é igual à soma dos valores dos itens do pedido acrescido de 10% de taxa de entrega. Fonte Chefe de vendas Histórico Data de identificação: 12/07/2002 • Quando usar inclusão: – Quando o mesmo comportamento se repete em mais de um caso de uso. – Através de inclusão esse comportamento comum pode ser fatorado. • Note duas coisas: – Esse comportamento comum não necessariamente está contido em todos os cenários dos casos de uso inclusores, – O caso de uso base não é completo sem o comportamento do caso de uso incluso. 63 Construção do DCU • Como referenciar o caso de uso incluso no caso de uso inclusor? – Consenso: na descrição do caso de uso inclusor, deve ser feita uma referência para o caso de uso incluso. – Uma possível sintaxe para referência na descrição do caso de uso inclusor: Include(nome do caso de uso incluso) 64 Construção do DCU • No relacionamento de inclusão, o comportamento de B é “enxertado” em A. 65 Construção do DCU Relaciona um caso de uso base e um caso de uso cujo comportamento é compartilhado. • Exemplo : Cliente efetuando transferência em banco online • Pré-condição: O cliente apresentar uma conta identificada no sistema 1. O cliente informa o valor, o banco, o número de conta e agência que deseja transferir. 2. O Sistema verifica se são válidos o banco, a conta e a agência informada. 3. Include <EfetuarSaque> 4. Include <EfetuarDeposito> 5. Fim do caso de uso 66 Construção do DCU • Quando usar extensão: – Quando um comportamento eventual em um caso de uso tiver de ser descrito. • O caso de uso estendido pode não utilizar esse comportamento eventual, posto que o mesmo é opcional. – Quando precisamos estender o comportamento de um caso de uso preexistente sem modificar sua descrição original. • Importante, principalmente em um processo de desenvolvimento iterativo e incremental. 67 Construção do DCU • Extensão: – Relaciona um caso de uso base a outro cujo comportamento é um complemento(extensão) do primeiro. 68 Construção do DCU O caso de uso base já é completo, sem considerar as possíveis extensões. • Caso de uso “PostarEncomenda”: 1. O cliente informa a altura, largura, profundidade e o peso da encomenda.Também informa a origem e o destino da encomenda 2. O sistema calcula o valor do frete e o tempo de entrega de acordo com a distância, o volume e o peso da encomenda (RN X) e apresenta o valor a ser pago e uma lista de datas e horários de coleta disponíveis. 3. O Cliente informa a data e a hora de coleta. 4. Include <efetuar pagamento> 5. O sistema cria o pedido de coleta e.. 6. Fim do caso de uso 69 Construção do DCU • Caso de uso : PostarEncomendaExpressa Este caso de uso inicia no passo 3 do caso de uso “PostarEncomenda” quando, após informar a data e a hora de coleta, o cliente informa que deseja postar a encomenda de forma expressa. 1. O sistema lista as opções de encomenda expressa : 10 horas do dia seguinte da coleta ou 24 horas após coleta. 2. O cliente seleciona uma das opções de encomenda expressa 3. O sistema recalcula o valor a ser pago (RNY) e apresenta para o cliente 4. O cliente confirma a alteração de valor a ser pago 5. Ir para o passo 4 do fluxo principal de “PostarEncomenda” 70 Construção do DCU • Quando usar generalização entre atores: – Quando for preciso definir um ator: • Que desempenhe um papel que já é desempenhado por outro ator em relação ao sistema – Quando o novo ator possui comportamento particular e/ou adicional. • Por exemplo no Caso de uso: PostarEncomenda – Um cliente pode ser também funcionário – No caso anterior : • É comum existir uma Regra de negócio que dê desconto para funcionários 71 Construção do DCU • Quando usar generalização entre casos de uso: – Quando dois ou mais casos de uso possuem comportamentos semelhantes: • Cria-se um caso de uso genérico • Relaciona-se o caso de uso criado aos casos de uso semelhantes. 72 Construção do DCU • Caso de uso “EfetuarPagamento”: 1. O Cliente informa que deseja efetuar o pagamento 2. O Sistema apresenta o valor a ser pago 3. O Cliente informa a forma de pagamento 4. O Sistema verifica se é possível efetuar o pagamento com a operadora do cartão 5. O Cliente confirma o pagamento 6. O sistema emite um comprovante sobre o valor pago. 7. Fim do caso de uso 73 Construção do DCU • Caso de uso “EfetuarPagDebito”: Este caso de uso inicia no passo 3 do caso de uso “Efetuar pagamento” 1. O Cliente informa que deseja efetuar o pagamento em débito 2. O Sistema apresenta a lista de bancos disponíveis para a operação 3. O Cliente informa o banco, o número da agência, da conta e a senha. 4. Ir para o passo 4 do caso de uso “Efetuar pagamento” – FA1 : agencia, conta ou senha inválidos Este fluxo inicia no passo 4 do fluxo principal do caso de uso “EfetuarPagamento” e a operadora informa que as informações da conta não estão corretas. 1. O Sistema informa que as informações da conta não estão corretas 2. Voltar para o passo 3 do fluxo principal deste caso de uso. 74 Construção do DCU • Caso de uso “EfetuarPagCredito”: Este caso de uso inicia no passo 3 do caso de uso “Efetuar pagamento” 1. O Cliente informa que deseja efetuar o pagamento em crédito 2. O Sistema apresenta a lista de bandeiras disponíveis para a operação e o número de parcelas, com e sem juros, em que o pagamento pode ser efetuado ( de acordo com a RNZ). 3. O Cliente informa o número de parcelas, a bandeira, o número do cartão, o dígito verificador e a senha 4. Ir para o passo 4 do caso de uso “Efetuar pagamento” – FA1 : Crédito indisponível Este fluxo inicia no passo 4 do fluxo principal do caso de uso “EfetuarPagamento” e a operadora informa que o valor ou o número de parcela não estão disponíveis para o cartão informado. 1. O Sistema informa que as informações a indisponibilidade de crédito 2. Voltar para o passo 3 do fluxo principal deste caso de uso. 75 Construção do DCU Documentação de casos de uso – boas práticas • Comece o nome do caso de uso com um verbo no infinitivo (para indicar um processo ou ação). • Não descrever como o sistema realiza internamente um passo de um caso de uso. • Tente dar nomes a casos de uso seguindo perspectiva do ator primário. • Ex.: Registrar Pedido, Abrir Ordem de Produção, Manter Referência, Alugar Filme, etc. Documentação de casos de uso – boas práticas • Não se preocupar com a interface gráfica durante a escrita • Não se preocupar com detalhes técnicos, a serem preenchidos posteriormente • Manter a descrição de cada caso de uso no nível mais simples possível. Exemplos de Escrita O administrador identifica-se vs. O administrador insere seu ID e senha. O sistema registra a venda. Vs O sistema grava a venda no banco de dados usando o comando SQL insert into ... Casos de uso e outras atividades • Validação – Clientes e usuários devem entender o modelo (validação) e usá-lo para comunicar suas necessidades de forma consistente e não redundante. • Planejamento e gerenciamento do projeto – Uma ferramenta fundamental para o gerente de um projeto no planejamento e controle de um processo de desenvolvimento incremental e iterativo • Testes do sistema – Os casos de uso e seus cenários oferecem casos de teste. Casos de uso e outras atividades • Documentação do sistema para os usuários – Manuais e guias do usuário podem ser construídos com base nos casos de uso. • Realização de uma iteração – Os casos de uso podem se alocados entre os membros de equipe de desenvolvimento • Essa estratégia de utilizar o MCU como ponto de partida para outras atividades é denominada Desenvolvimento Dirigido por Casos de Uso – Use Case Driven Development Casos de uso no processo de desenvolvimento • Um grupo de casos é alocado a cada iteração. – Em cada iteração, o grupo de casos de uso é detalhado e desenvolvido. • O processo continua até que todos os casos de uso tenham sido desenvolvidos e o sistema esteja completamente construído.
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