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TEXTO II Medo de dentista

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Medo de dentista
Para alguns a consulta odontológica é um verdadeiro pesadelo, que vai além de um simples desconforto. O profissional também precisa controlar a ansiedade e o estresse despertados pela tensão do paciente
Massimo Barberi
	© poodlesrock/corbis/latinstock
	
	
Pinças, brocas, alicates, seringas e agulhas. E ainda amálgamas e preparados de sabor ruim. À primeira vista, todos esses instrumentos e materiais não parecem oferecer bons prenúncios. Talvez por isso, ir ao dentista seja uma daquelas tarefas que, com prazer, deixaríamos de fazer, se fosse possível. Se a maioria sente desconforto em algum nível ao programar tratamentos odontológicos, para alguns a cadeira reclinada causa verdadeira fobia. E às vezes o sofrimento começa antes mesmo de a pessoa entrar no consultório. Mas o paciente não é o único a sofrer: o dentista enfrenta a própria ansiedade. E entre todas as profissões da área médica talvez seja a menos “poética”: além de passar o dia todo com as mãos na boca dos outros, o profissional ainda precisa ajudar os pacientes a superar seus pavores. 
	O medo de dentista é um fenômeno conhecido há centenas de anos. As primeiras crônicas remontam à Idade Média, quando o imaginário popular relegava ao “tiradentes” um papel inferior e mais ambíguo que o de seus “colegas” médicos. Ele era na maioria das vezes um ambulante: em companhia de ilusionistas, malabaristas e músicos, percorria feiras e mercados, de cidade em cidade, exibindo-se em palcos. Desse modo o público podia admirar a maestria do exercício de sua especialidade. De fato, naquele tempo, havia motivos reais para ter medo do dentista. Mas hoje? A ciência e a tecnologia para reduzir a dor evoluíram muito, bem como a consciência a respeito da importância de manter uma relação de delicadeza e confiança com os pacientes. Ainda assim, o medo antigo permanece. Os inúmeros estudos que procuraram quantificar a difusão desse medo chegaram mais ou menos à mesma conclusão: quase 50% da população vai ao dentista com certa dose de ansiedade. 
	O dado mais preocupante é o que diz respeito aos odontofóbicos, aqueles que nem cogitam marcar uma hora com esse profissional: representam 10% da população. Essas pessoas adiam mil vezes as consultas, chegam a ir até a porta do consultório, mas dão meia-volta. E, enquanto o número de simples ansiosos tende a diminuir (eram mais da metade da população adulta há algumas décadas), parece que o dos que sofrem de fobia se mantém estável. “O medo do dentista é um dos principais motivos que afastam os pacientes dos tratamentos”, afirma Antonio Carrassi, professor da Universidade de Milão, especialista em patologias odontológicas. Segundo ele, mais de 40% daqueles que, embora tenham acesso aos tratamentos odontológicos, não se submetem a essa terapêutica periodicamente, reconhecem que o principal motivo dessa atitude é o medo do dentista.
	E as consequências são relevantes: uma pesquisa norueguesa publicada na revista Community Dentistry and Oral Epidemiology analisou o impacto da odontofobia na saúde bucal. O quadro é desencorajador: pessoas que sofrem com o problema apresentam incidência de cáries, placas de tártaro, patologias gengivais, perda de dentes e abscessos de forma nitidamente superior à média. O estudo também confirmou uma progressão linear já esperada: quanto maior o medo do dentista, maior a tendência a adiar a consulta, com evidentes consequências para a saúde bucal.
	SENSAÇÃO DE IMPOTÊNCIA
	É comum que crianças fiquem assustadas na primeira consulta, principalmente se adultos lhes disseram que os profissionais usam brocas e aplicam injeções. Mas é apenas na idade adulta que os medos se transformam em ansiedade e apresentam leve aumento na pressão sanguínea, suor frio – e só. Mas esse desconforto impede a maioria das pessoas de ser pontual nas consultas de rotina. 
	Há, no entanto, os que enfrentam sinais e os comportamentos típicos da odontofobia: a reação física não controlada, associada à figura do dentista e ao tratamento. Entre eles estão suores abundantes, taquicardia e aumento da pressão arterial. Ou o contrário: queda repentina de pressão, palidez e, às vezes, desmaio na cadeira. Nesse caso, em geral, a consulta é adiada. Mas, na maioria das situações, quem passou por uma desventura dessa natureza tende a adiar eternamente o novo atendimento. Para interpretar esses casos foram levantadas muitas hipóteses. Segundo a professora Ruth Freeman, pesquisadora da faculdade de odontologia da Queen’s University de Belfast, “a odontofobia pode ser o resultado de um duplo processo: uma falsa conexão e um deslocamento psíquico”. A primeira se instaura entre um objeto ou uma lembrança associada ao evento traumático sofrido geralmente na infância, no qual, na maioria das vezes, a pessoa se sente impotente. Já o deslocamento é a transferência da ansiedade provada naquela circunstância negativa para a sala do dentista. A sensação de impotência, com a boca aberta, nem sequer podendo falar, provavelmente contribui para o mal-estar. 
	Para explicar melhor sua teoria, Ruth -Freeman conta dois casos. Um homem de 25 anos, diabético desde a infância, enfrentou várias crises de hiperglicemia porque, segundo conta, a injeção de insulina “não funcionava bem”. O que lhe dá mais medo quando está na cadeira do dentista é a anestesia. Teme, na verdade, que o medicamento não funcione. Para a pesquisadora, a falsa conexão se instaura com a associação entre insulina e anestesia. Já o deslocamento consistiria, neste caso, na transferência da ansiedade causada pelo controle da glicemia para o medo de que o anestésico não funcione.
	O segundo caso diz respeito à violência doméstica. Uma mulher de 23 anos, odontofóbica grave, assistiu, quando criança, a diversos episódios nos quais o pai alcoólatra batia na mãe, provocando-lhe sangramentos na boca. O evento desencadeador, porém, ocorreu quando ela tinha 4 anos: caiu de um balanço quebrando um dente incisivo superior e desmaiando em seguida. Quando voltou a si, estava com os lábios cobertos de sangue. A falsa conexão, segundo essa hipótese, é evidente: os ferimentos na boca de sua mãe e a lembrança traumática da violência doméstica conectam-se à lembrança do sangue na própria boca e à recordação da queda. “Há uma sobreposição do medo sentido quando assistia às agressões paternas e o experimentado no episódio da queda do balanço com a situação de impotência, fragilidade e dor na boca vivida no consultório odontológico”, observa Ruth.
	biblioteca nacional de medicina, bethesda
	
	Até o século 19 o dentista permaneceu à margem da medicina oficial, e muitas vezes se exibia junto com adivinhos e saltibancos
	Alguns especialistas consideram específica essa fobia, sem nenhuma relação com eventos traumáticos vividos no passado. Uma interpretação interessante das hipóteses foi feita por Jean Piaget sobre a evolução psicossocial da criança. De acordo com a teoria, na primeira fase do desenvolvimento, a oral, apontada por Sigmund Freud, a criança se comunica e sobrevive pela boca. “Por esse motivo, qualquer ato realizado no interior da cavidade oral pode ser interpretado como uma ameaça ao próprio equilíbrio; para as Mulheres,os procedimentos odontológicos podem ser vivenciados como uma violência sexual, enquanto para os homens a perda dos dentes frontais representa uma castração”, observa Antonio Carrassi.
	Segundo o psicólogo e dentista alemão Hermann Strobel, autor de Psicanálise da dor de dente, a boca, principal via de acesso ao interior do organismo, ocupa um espaço relevante no imaginário das pessoas: “Representa a ‘porta’ – que separa o dentro e o fora”, acredita. Para demonstrar a relação entre os dentes e alguns tipos de comportamento, Strobel chama a atenção para as expressões idiomáticas, que carregam simbologias curiosas. “Agarrar com unhas e dentes” significa não desistir facilmente; “dar com a língua nos dentes” é falar mais do que devia; “mostrar os dentes” equivale a demonstrar agressividade; “olho por olho, dente por dente”faz alusão a pagar com a mesma moeda o mal sofrido.
	Do ponto de vista neurológico a importância da área orofacial em relação a outras áreas do corpo é justificada, já que o córtex cerebral oferece representação superdimensionada. Na prática, equivale a dizer que somos extremamente sensíveis a tudo o que diga respeito aos estímulos nessa região. Um pequeno corte na língua ou na gengiva, que em outra parte seria pouco notado, parece imenso na boca.
RELAÇÃO DE CONFIANÇA
	Se a odontofobia é pouco estudada, a angústia sentida pelo dentista, exacerbada pelo mal-estar de quem recebe seus cuidados, é menos ainda, embora o fenômeno seja bastante frequente e desencadeie um círculo vicioso. O paciente manifesta ansiedade, o dentista percebe e tende a ficar tenso com a situação. O cliente, por sua vez, capta mensagens não verbais do profissional de que algo não vai bem, o que intensifica sua angústia. Enfim, os dois podem acabar sentindo aversão um pelo outro durante toda a consulta – e depois dela.
	Embora várias anedotas façam alusão ao sadismo daqueles que escolhem a carreira de cirurgião-dentista – e, com certeza, a capacidade de suportar o sofrimento alheio é um diferencial positivo para esses profissionais –, na prática, ter uma pessoa com dor, assustada e pouco disposta a colaborar, mas que precisa de seus cuidados, não é uma situação exatamente confortável. 
	Um estudo realizado pela Universidade de Brunel, de Londres, mostrou que mais de 60% dos cirurgiões-dentistas britânicos apresentam irritação, ansiedade e depressão, além de sintomas físicos (como baixa imunidade, dores de cabeça e no corpo) relacionados ao estresse. Esses especialistas estão bastante sujeitos também a problemas como obesidade, abuso de bebidas alcoólicas e até à síndrome de burnout (esgotamento profundo relacionado ao trabalho), infarto e acidente vascular cerebral (AVC). “Em geral, o paciente odontofóbico tende a realizar movimentos bruscos, que podem causar uma manobra errada e, em consequência, provocar ferimentos”, observa Ruth Freeman. Justamente por isso é tão importante que seja estabelecida entre cirurgião e paciente uma relação de profunda confiança. “Portanto, não é exagero que, para tratar pessoas fóbicas, o profissional use mais da metade do tempo da consulta apenas para conversar e estabelecer um clima de tranquilidade”, afirma a pesquisadora.
Para vencer o desconforto
ESCOLHA O DENTISTA QUE “COMBINE” COM VOCÊ
	É importante confiar no profissional, principalmente se você já teve alguma experiência desagradável em tratamentos odontológicos. E, se necessário, procure outro especialista com o qual se sinta mais à vontade.
DESCREVA SEUS MEDOS
	Falar sobre como sente o problema às vezes é suficiente para aliviar a tensão. Hoje muitos dentistas estão preparados para lidar com ansiedades dos clientes; por isso, logo na primeira consulta é importante expor receios e inseguranças. Se não bastar, um psicólogo pode ajudar.
NÃO SINTA VERGONHA
	Muitas pessoas ficam constrangidas e escondem seu medo de submeter-se ao tratamento odontológico. É importante saber que você não está sozinho: a odontofobia é um problema frequente, e os homens, em particular, ficam bem mais tranquilos quando admitem essa dificuldade e percebem que ter medo não diminui de forma alguma sua virilidade.
O QUE MAIS ASSUSTA
	Muitas vezes o medo parece difuso, o que faz com que se torne maior e mobilize grande energia. Por isso, em muitos casos é útil discriminar esse sentimento, identificando o que provoca mais incômodo no tratamento: a injeção, o cheiro típico do consultório, o temor de sentir dor mesmo sob efeito da anestesia ou outro aspecto qualquer. 
LIVRE DE COMPROMISSOS
	Para as pessoas que enfrentam grande desconforto com o tratamento, “espremer” a consulta entre um compromisso e outro pode ser ainda mais estressante. Em geral, marcar um horário quando estiver menos sobrecarregado ajuda a chegar ao consultório mais relaxado. Para algumas pessoas é preferível uma hora pela manhã, já que com o passar do dia as fantasias assustadoras tendem a aumentar. 
A INFORMAÇÃO PODE AJUDAR
	Você pode pedir ao dentista que lhe explique cada passo do tratamento e combinar com ele um sinal para que interrompa a ação caso a dor fique muito forte; geralmente, o fato de sentir que tem a situação sob controle o ajuda a sentir-se mais seguro.
RELAXE ANTES
	Não consuma alimentos ou bebidas excitantes, como café, chá-mate ou refrigerantes, pouco antes da consulta. É conveniente evitar estas substâncias também na noite anterior, já que a ideia é dormir bem e chegar ao consultório descansado. 
VISITAS MAIS FREQUENTES, MENOS PROBLEMAS
	É recomendável fazer duas consultas de rotina por ano. Esta assiduidade, somada a uma higiene bucal correta com uso constante de fio dental e enxaguante, costuma reduzir a necessidade de intervenções mais invasivas – e, portanto, mais temíveis.
	biblioteca britânica, londres
	
	
O verme dos dentes
	Na Antiguidade, para exorcizar o medo da dor de dente – e do tratamento – era comum atribuir ao “mal” conotações sobrenaturais. Em placas de argila recém-descobertas na Mesopotâmia, com data de 2500 a.C., estavam inscritas prescrições para o problema: infusões e compressas à base de ervas, fórmulas de exorcismo, além de indicação de instrumentos próprios para extrações. Nas mesmas placas apareceu pela primeira vez a hipótese de que a cárie fosse provocada pela ação de um verme que se instalava na boca. Essa crença permaneceu viva até o fim do século 19, em várias partes do mundo.
	Os ciganos da Bósnia estavam convencidos de que um demônio provocava a dor de dente: ele teria a forma de um inseto minúsculo com quatro cabeças. Os dentistas chineses, até poucas décadas atrás, costumavam mostrar um verme aos pacientes e diziam que o tinham retirado do dente com problemas. Em alguns manuais de medicina do século 19 davam-se conselhos de como combatê-lo: tomar remédios adstringentes ou queimar fístulas e bolsas de pus com instrumentos quentes, um equivalente da cauterização na prática atual.
Música sem efeito
	Antes da descoberta dos modernos anestésicos era comum encontrar um gramofone no consultório do dentista, pois se acreditava que a música pudesse distrair o paciente durante a consulta e acalmá-lo. Uma pesquisa realizada no Children’s Hospital de Columbus, em Ohio, Estados Unidos, no entanto, demonstrou que o efeito da música de fundo nos consultórios odontológicos é praticamente nulo sobre as crianças; embora a maioria dos pequenos pacientes reconheça ter gostado do som durante o tratamento, a percepção da dor, da ansiedade, e a capacidade de colaborar com o dentista pouco se alteraram em razão das notas suaves.
Mulheres são mais medrosas ou mais sinceras?
	Um estudo realizado na Universidade de Toronto, no Canadá, mostrou que o medo do dentista é mais comum em mulheres. Em uma amostragem de 1.100 canadenses de ambos os sexos, 10% dos entrevistados admitiram sofrer de odontofobia em algum nível. Segundo os dados obtidos, entretanto, elas são duas vezes e meia mais atingidas pelo distúrbio. “No entanto, é preciso esclarecer que as mulheres são estatisticamente mais propensas a admitir seus próprios medos que os homens; portanto, dados sobre incidência de ansiedade na população masculina podem estar subavaliados”, observa o pesquisador Brian Chanpong, coordenador do estudo. A pesquisa, publicada na revista Anesthesia Progress, revelou também que 7,6% dos entrevistados em algum momento não compareceram a uma consulta com o dentista por causa da odontofobia.
Os pais podem colaborar
	A criança deve ir ao dentista pela primeira consulta por volta dos 3 anos e retornar a cada seis meses, mesmo que não haja problemas. Dessa maneira, os pequenos se familiarizam com o consultório dentário, e quando for necessário fazer um tratamento não vão se assustar com a novidade.
	O mais indicado é escolher um odontopediatra e desconfiar de dentistas que (na maioria das vezes para disfarçar a própria incapacidade) dizem quealgumas crianças são muito pequenas para ser tratadas. Em geral, os pequenos são colaborativos a partir dos 2 anos e meio.
	Os adultos jamais devem usar o tratamento odontológico ou o profissional dessa área como ameaça de punição, com frases do tipo “se não escovar os dentes, amanhã te levo ao dentista para te dar uma picada na boca”.
	Não fale na presença das crianças sobre tratamentos difíceis ou dolorosos aos quais você ou algum conhecido tenha se submetido ou sobre experiências negativas ocorridas no dentista.
	Não aceite submeter seu filho à anestesia geral, exceto em caso de extrema necessidade. Em caso de dúvida, procure uma segunda opinião e, se necessário, opte por outro profissional capaz de contornar a não colaboração da criança com outros métodos, como jogos ou abordagem acompanhada por psicólogo.
TEXTO EXTRAIDO EM 17.03.2016 EM: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/medo_de_dentista.html

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