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Como preparar um pôster científico Prof. MSc. Othon Cardoso de Melo Neto • Documento onde são apresentados um projeto, dados preliminares ou os resultados de uma pesquisa • Combina texto (escrito de forma clara e concisa) com: • Tabelas e figuras (ajudam os leitores a compreender a informação) • Permite mais engajamento com o tema apresentado Finalidade Principal • Atrair atenção para o tema de pesquisa • Novamente: deve ser claro, de fácil leitura • Deve seguir padrões de estética simples e atrativos • É muito valorizado em congressos, exposições, simpósios • Permite: • leitura relativamente aprofundada de um tema • interação direta com os autores do trabalho (gera maior nível de compreensão do assunto) • Troca de informação e contato com pessoas que tenham interesses similares • Permite ainda: • Exposição rápida e clara das ideias CENTRAIS de um trabalho • Poupa o estresse de uma apresentação oral (serve como apoio) Como tornar o pôster efetivo? • Deve-se pensar na audiência do trabalho • O tipo de evento que será apresentado • Qual a contribuição para o avanço da Psicologia com este trabalho? • Perguntas devem ser respondidas antes da construção e na hora da apresentação do material Como tornar o pôster efetivo? • Não há normas acadêmicas consensuais (nacional ou internacional) para construção dos pôsteres • Porém, grandes universidades dedicam espaços para apresentar instruções que podem ser úteis na elaboração dos pôsteres Como planejar um pôster • Passo 1: • Verificar as dimensões do pôster requerida pelo congresso – disponível na página da web do evento • Se não disponível, contatar a comissão organizadora do evento • Observar o tamanho e o formato específico (vertical ou horizontal) – depende do espaço disponível e do número de pôsteres a serem apresentados Como planejar um pôster • Em alguns congressos, já há a possibilidade de um pôster em formato eletrônico (ficam disponíveis em computadores e podem ser acessados durante todo o evento) • Este formato permite deixar comentários e construir o diálogo em qualquer momento • Há regras do mesmo jeito que para os pôsteres físicos Como planejar um pôster • Passo 2: • Atenção à quem será a sua audiência (pesquisadores? Alunos? Professores?) • Se forem da sua área, pode deixar a linguagem mais refinada e específica • Se for para estudantes de graduação, mais simples e menos especializada • Se for de outra área, tornar o mais interessante e útil para os ouvintes Como planejar um pôster • Passo 3: • Fazer um esboço do que pretende expor no pôster • Estruture os principais pontos a serem tratados • NUNCA ESQUEÇA: o mais importante é a simplicidade • Simples e claro, por somente os resultados que revelam a importância do seu estudo Construção de um pôster científico • 1 - Deixe espaços livres entre os quadrados de texto • 2 – Texto deve estar alinhado e sua disposição dentro do quadro de texto (justificada ou centralizada) deverá permanecer a mesma ao longo da apresentação • 3 – As figuras e tabelas devem aparecer de forma simples e clara, para facilitar a compreensão dos leitores Partes de um pôster científico - Título • Deve descrever o foco do trabalho em no máximo 2 linhas • Ser atrativo e objetivo para captar a atenção dos leitores • Evite – abreviações (siglas), gírias ou expressões coloquiais • Normas APA – até 12 palavras, em letras maiúsculas e minúsculas (a primeira letra de cada palavra (Maiúscula) e as demais minúsculas • Centralizado e posicionado na parte superior do pôster Partes de um pôster científico - Título • Abaixo do Título • O(s) nome(s) do(s) autore(s) e sua(s) filiação(ões) (Universidade a que pertencem) • Uso de uma letra menor do que a usada no título Partes de um pôster científico – Método • Apresenta a singularidade do seu trabalho • Apresentar os aspectos de cada vertente (acadêmico, técnico e empreendedor) • diagrama, fluxograma, tabelas e figuras (retira o efeito carregado de tanto texto) Partes de um pôster científico – Resultados • Apresentar a contribuição da sua pesquisa para o avanço do conhecimento na área • Devem responder aos objetivos propostos (geral e específico) • Devem responder às hipóteses (pesquisa quantitativa) • Devem responder às perguntas de pesquisa (pesquisa qualitativa) Partes de um pôster científico – Resultados • Sempre que possível, usar tabela ou figuras (cada uma com sua legenda ou título) • Devem ser complementares ao texto – se escreveu algo, não ponha na tabela • Porém, pode ser aprofundado na descrição dos resultados • Figuras e tabelas: formato .jpg e .png, respectivamente Partes de um pôster científico – Conclusões • Pouco espaço no pôster – parcimônia na discussão dos resultados • Atenção para a relevância dos achados, descobertas, aplicações e implicações para futuras pesquisas • Usar marcadores que organizem os tópicos por ordem de importância Partes de um pôster científico – Referências • Uso com parcimônia – só colocar o que foi usado no pôster • Atualmente? Não se descreve mais as referências – falta espaço • Quando o evento solicitar, fazer uso, somente neste caso Partes de um pôster científico – Agradecimentos • Quando houver, será para as instituições que apoiaram • Contribuição acadêmica ou financeira • Devem vir na parte inferior ou no cabeçalho, com as logos de cada instituição Partes de um pôster científico – Contato • Contato de um dos autores no final do pôster • Endereço profissional (dispensável) • Telefone (dispensável) • E-mail (mais comum) • Preparar cartões de visita com seus dados e da instituição à qual pertence • Oferecer uma versão impressa, mini pôster Aspectos Gráficos • Observar o tamanho da fonte – leitura entre 1-2m de distância • Observar o tipo da fonte – sans serif (Arial, Helvetica, Gil Sans) • Times New Roman – para leitura próxima (não recomendável) • 2 fontes no máximo • Variação no título e no subtítulo Aspectos Gráficos • Gama de cores – ser atrativo (cuidado ao escolher as cores) • Foco tem que ser no conteúdo • Fundo (cores claras) – conteúdo se destaca • Fundo (cores escuras) – leitura dificultada (problemas na impressão) • Contraste entre as cores deve ser harmonioso • Vários tons da mesma cor – resolve Aspectos Gráficos • De preferência – NÃO USAR IMAGENS AO FUNDO • Distraem e/ou dificultam a leitura do texto • Imagens como contextualização/complementação do texto (harmonia) • Postos acima, às margens ou no final do pôster • Tem que ter ligação com o tema Aspectos Gráficos • Importante: Interessados se aproximam do pôster pelo lado extremo superior esquerdo, terminando pelo lado extremo inferior direito • Cuidado com a distribuição e organização ao longo do pôster • Síntese do resumo, materiais ficarão de fora • 800 palavras – pôster adequado Softwares para pôster • Power Point (mais comum) • Photoshop (dificuldade com diagramação de pôster) • Illustrator (ótimo para diagramação) • Corel Draw (mais simples, mesmas funções do Illustrator) • PosterGenius (pago, específico para pôster) • Pimp my pôster (espaço para contribuição) ESTRESSE E ESTRESSORES LABORAIS ATRIBUÍDOS POR CAMINHONEIROS NA BR 101- SERGIPE Diogo Araújo de Sousa (UFS) Kelyane Oliveira de Sousa (UFS) Othon Cardoso de Melo Neto (UFS) Roberta Camara Rocha Menezes (UFS) Nairete Silva Correia (autora - RHPSI/UFS) INTRODUÇÃO Alguns autores definem o estresse como um estado que se caracteriza por um conjunto de reações psicológicas, físicas, mentais e hormonais a situaçõesque desencadeiam tensão e exigem grande adaptação a um evento ou situação de importância. Eles consideram fatores estressores aqueles acontecimentos que provocam ansiedade, agitação e tristeza, vindo a comprometer o desempenho da pessoa como um todo. Os motoristas de caminhão trafegam pelas rodovias brasileiras, diariamente submetidos ao isolamento social e expostos a riscos de acidentes, inclusive fatais. Entretanto, não é oferecido a esses profissionais uma assistência psicossocial efetiva, que esteja disponível ao longo de seus percursos nas estradas, favorecendo o desenvolvimento de resiliência para lidar com os estressores laborais. O objetivo desse estudo foi traçar um levantamento dos níveis de estresse e de possíveis potenciais estressores presentes no trabalho dos motoristas de caminhão que cruzam diariamente as estradas do país. MÉTODO • Amostra: - Cento e dezessete caminhoneiros do sexo masculino. - Média das idades: 41,13 anos (DP: 11,52). - Média de tempo de profissão dos caminhoneiros: 18,68 anos (DP: 10,91). • Material: - Questionário estruturado dividido em três partes: dados sócio-demográficos; pistas indicativas de altos níveis de estresse e fatores potencialmente estressantes relacionados à atividade de motorista de caminhão. • Procedimentos: - Local de realização: Km 140 da BR-101-SE, Brasil. - Os motoristas de caminhão foram submetidos à aplicação dos questionários durante a campanha educativa Comando Médico – Saúde nas Estradas, realizada em conjunto pela Polícia Rodoviária Federal e o SEST/SENAT. O levantamento de dados por delineamento de survey, mediante entrevistas estruturadas, foi registrado pela psicóloga e pelos estagiários de psicologia, condutores da pesquisa. Adotou-se na análise dos questionários um procedimento metodológico quanti-qualitativo. Os dados quantitativos foram submetidos a análises estatísticas por meio do pacote estatístico SPSS, e as respostas abertas foram submetidas à análise de conteúdo. RESULTADOS CONCLUSÃO De acordo com os resultados apresentados, observou-se a existência de características psicológicas preditoras de estresse relacionadas a profissão. Percebeu-se a necessidade de medidas alternativas estruturais nas rodovias. Propõe-se a criação de grupos itinerantes de profissionais especializados no atendimento psicossocial e grupos fixos em pontos estratégicos ao longo das rodovias brasileiras com o intuito de melhorar as condições de saúde física e mental, vindo a colaborar com esses profissionais para que exerçam seu trabalho com maior qualidade de vida e mais segurança para todos os usuários. E-mail para contato: nairete@yahoo.com.br •33,6% dos entrevistados relataram já ter utilizado algum tipo de medicamento para inibir o sono. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIPP, M.E.N. O stress – conhecer e enfrentar. 4 ed. São Paulo. Contexto, 2000. LIPP, M.E.N. Manual do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo, 200. GUIMARÃES, M.C.; LANDIM, L.S.; APARECIDA, H.R.S. Estresse Ocupacional e Sofrimento no Trabalho: Um Estudo com Caminhoneiros. Rev. Psicologia, 21 (1/2):54-63, jan-dez 2003. BAR-ON, R. e cols. Emotional Expression and Implications for Occupational Stress; an Application of the Emocional Quocient Inventary 28 (p. 107 – 118), 2000. Freqüências de ocorrência de pistas indicativas de estresse Fatores potencialmente estressantes sob a ótica dos motoristas • 66,7% dos entrevistados relataram sentir preocupação excessiva com o trabalho sempre ou às vezes; 52,1% disseram sentir tristeza e 50,4%, irritabilidade. • Os fatores mais citados como potencialmente estressantes pelos motoristas de caminhão foram a insegurança nas estradas, as situações de risco de assalto, o confronto com assaltantes ou criminosos e a experimentação de forte sentimento de solidão quando se está longe da família. • 95,7% dos entrevistados afirmaram que a atuação da polícia rodoviária federal nas estradas é importante ou muito importante. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE INFLUÊNCIA SOCIAL E AVALIAÇÃO ARTÍSTICA Diogo Araújo de Sousa (UFS) Kelyane Oliveira de Sousa (UFS) Othon Cardoso de Melo Neto (UFS) Roberta Camara Rocha Menezes (UFS) INTRODUÇÃO No campo das pesquisas que tratam de modelos de atitude e influência social, existem evidências de um efeito polarizador da autoria de uma obra artística ou textual sobre a avaliação que as pessoas fazem dela. Pesquisas indicam que a atribuição de um nome famoso ou com respaldo teórico influencia positivamente o julgamento de um texto. Outros resultados apontam avaliações mais favoráveis a um texto ou argumentação com suposta autoria masculina que ao mesmo escrito com suposta autoria feminina. Na presente pesquisa, foi realizado um experimento com o objetivo de investigar se a atribuição da letra de uma música a cantores famosos nacional ou regionalmente e a cantores desconhecidos surte influência na atitude do indivíduo frente à composição artística. A influência do sexo do suposto cantor e compositor da música também foi testada. MÉTODO • Amostra: - Cento e cinqüenta sujeitos estudantes da Universidade Federal de Sergipe. Desses, 51,3% do sexo feminino. - Média das idades: 21 anos (DP=2,51). • Material e Instrumento: - Questionário estruturado, subdividido em três partes: a primeira versava sobre música em geral; a segunda continha uma letra de música relacionada ao nome de um cantor e a terceira continha dados sócio-demográficos. - Dois tipos de questionário em função da temática da letra da música (relacionamento amoroso e nonsense). - Seis tipos de questionário em função do suposto compositor da letra. Lulu Santos e Marisa Monte, como representantes nacionais; Chico Queiroga e Patrícia Polayne, intérpretes regionais; Carlos Souza e Carla Souza, cantores fictícios. • Procedimentos: - Local de realização: Univesidade Federal de Sergipe. - Os sujeitos eram abordados no campus universitário. A distribuição dos questionários era randômica. Os sujeitos respondiam em escalas ao quanto gostaram da letra (dimensão afetiva da atitude), a quão bem escrita a consideravam (dimensão cognitiva), e se estariam interessados em ouvi-la (dimensão disposicional). Adotou- se na análise dos dados obtidos nos questionários um procedimento metodológico quanti-qualitativo. As respostas fechadas foram submetidas a análises estatísticas com o pacote estatístico SPSS, e as respostas abertas foram submetidas à análise de conteúdo. RESULTADOS CONCLUSÕES • A avaliação mais positiva atribuída aos artistas regionais pode estar relacionada a um protecionismo à cultura regional muito presente nas universidades federais, onde existe grande expectativa de valorização da cultura local. O conformismo com a norma da desejabilidade social pode ter sido um motivador desse resultado. • A tendência feminina a gostar mais da letra da música está correlacionada à maior atenção que as mulheres dão à letra, em contrapartida à maior valorização da melodia entre o público masculino. • É interessante ressaltar o fato de que, contrariamente a outros estudos, não houve nessa pesquisa diferença na avaliação de letras supostamente escritas por homens ou mulheres. Transpareceu, no ambiente acadêmico sergipano, uma igualdade de gênero em relação à produção de obras artísticas. • O presente estudo encontrou um novo tipo de conformismo social na área da expressão da atitude relacionada a avaliações artísticas, que contrasta com pesquisas anteriores, o que pede mais atenção e realização de novos estudos nesse campo. E-mails para contato: diogo.a.sousa@gmail.com beta_camara@hotmail.com othon_neto@msn.com •Letras de música associadas a cantores regionais são avaliadas mais favoravelmente que aquelas associadas a cantores desconhecidos, enquanto que as associadas a cantores nacionais não se diferenciaram dos demais grupos. • O sexo do cantor não teve influência nos julgamentos. • As mulheres demonstraram gostar mais da letra da música que os homens. • Houve uma tendência dos homens a afirmarem prestar mais atenção à melodia de uma música, enquanto que as mulheres afirmaram prestar mais atenção à letra. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Aronson, Elliot; Wilson, Timothy D.; Arket, Robin M. Psicologia Social. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. • Lima, Maria L. S. A. P. Atitudes. In Manual de Psicologia Social. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993, 167-199. • Myers, David G. Psicologia Social. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. “(...) Um agora e um depois O último, um após Feito de então e decerto Possivelmente Pra lá desse tempo Todos os relógios são seis horas Pontualmente Vivem, sonham e brilham” (Temática nonsense) “(...) Não adianta pedir Pra eu lembrar de você Eu jamais te esqueci Jamais vou esquecer Eu quero é ser lembrado Sou feliz sendo seu amigo Mas seria completo Se fosse seu namorado” (Temática relacionamento) Trechos das letras elaboradas para a pesquisa:
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