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Apostila Inst Dto Púb Privado

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ENGENHARIA SANITÁRIA AMBIENTAL
Conceito de Direito 
       Vulgarmente, costuma-se  dizer que o Direito não passa de um “sentimento”, algo assim como o amor, que nasce no coração dos homens. Não é exagero mesmo afirmar que todos sentem o Direito e que, de certo modo, todos sabem o que o Direito é. Vocábulo corrente, empregado a todo instante nas relações da vida diária para exprimir sentimento que todos já experimentamos, está gravado na mente de cada um, representando idéia esboçada em traços mais ou menos vagos e obscuros. “Isto é direito”, “o meu direito foi violado”, “o juiz reconheceu meu direito”, são expressões quotidianamente ouvidas, que envolvem a noção vulgar a respeito do fenômeno jurídico.
        Entretanto, em conseqüência da precariedade dessa noção vulgar,  os especialistas buscam, incessantemente, um conceito mais aprofundado para o Direito. Na verdade a palavra Direito tem diferentes concepções, tornando-se praticamente impossível reuni-las num só conceito. 
       Para  exemplificar, podemos tomar  a concepção que classifica o  Direito  em  Objetivo e Subjetivo.
       Direito Objetivo é o conjunto de normas vigentes que disciplinam o comportamento das pessoas no meio social. Assim, fazem parte do Direito Objetivo todas as leis que têm por finalidade dizer como agir ou em quais casos deve-se omitir ou, ainda,  quais são os atos considerados criminosos.
       Direito Subjetivo, por sua vez,  significa a faculdade ou prerrogativa do indivíduo de invocar a lei na defesa de seu interesse. Assim, o direito subjetivo de uma pessoa corresponde sempre ao dever de outra que no caso do não cumprimento poderá ser forçada a  cumpri-lo através de medidas judiciais. A Constituição da República Federativa do Brasil, por exemplo,  garante a todos os trabalhadores o direito de perceber o salário mínimo. O trabalhador que não receber o valor correspondente ao salário mínimo poderá exigir  ou não o seu pagamento. Essa faculdade de agir, é o Direito Subjetivo. 
Definição de Direito
       É na sociedade que o Direito existe. Existindo em sociedade o Direito tem como objetivo dirimir conflitos, além de cuidar do comportamento do homem. O Direito tem como função disciplinar o comportamento da vida humana.
        Nesse sentido, segundo Kant,  direito é o conjunto das condições sob as quais a liberdade de um se harmoniza com a liberdade de outrem mediante uma lei geral chamada Liberdade. 
       Liberdade é faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação. Todos os homens  devem gozar da mesma liberdade, assim o exercício da liberdade de cada um é limitado pela igualdade de todos. O único limite para o exercício pleno da liberdade individual será, portanto, o reconhecimento de igual liberdade dos outros. Todos são livres para decidir ou agir segundo sua determinação, desde que respeitado o limite imposto pelo reconhecimento das liberdades dos outros. 
Dai concluirmos que o exercício da liberdade de um vai até o início do exercício da liberdade de outrem, ou seja, o Direito de uma pessoa vai até o início do Direito de outra pessoa.
FONTES DO DIREITO POSITIVO 
 
1. Conceito de Fonte 
       A expressão “fontes do direito” tem várias acepções. Podemos considerá-la como o meio técnico de realização do direito objetivo. A autoridade encarregada de aplicar o direito e também aqueles que devem obedecer aos seus ditames precisam conhecer as suas fontes, que são de vária espécies.
       Assim, teremos a Fonte de Produção e as Fontes de Conhecimento do Direito Positivo. A Fonte de Produção é o Estado. As Fontes de Conhecimento, por sua vez, se subdividem em  imediatas ou primárias e mediatas ou secundárias. Como Fontes imediatas ou primárias temos: a lei e o costume. Como Fontes mediatas ou secundárias temos: a doutrina e a jurisprudência.
       Desta forma, as Fontes do Direito Positivo podem ser representadas no seguinte quadro sinóptico:
 
                                
	 
	 
	 
	Fonte de Produção      
	Estado
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Lei
	 
	Imediatas ou primárias
	 
	 
	 
	Costume
	Fontes de Conhecimento
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Doutrina
	 
	Mediatas ou Secundárias
	 
	 
	 
	Jurisprudência
	 
	 
	 
 
Vejamos, resumidamente, todas as fontes:
      1)-  Lei -  Lei, considerada como fonte do Direito Positivo, é o preceito formal que emana da autoridade suprema do Estado, mediante a qual se criam, modificam ou revogam normas de Direito. A lei é a mais importante fonte do Direito Positivo, pois é a primeira a ser consultada, quando se quer dirimir qualquer controvérsia. Em países como o nosso, em que o Direito é escrito, a lei assume papel de suma importância. Por essa razão, trataremos dela logo a seguir, pois faremos observações de ordem mais particular a seu respeito.
       2)- Costume - Podemos definir costume como o posicionamento uniforme e reiterado de uma coletividade diante de um determinado acontecimento ou fenômeno social.
       As leis escritas, entretanto, não compreendem todo o Direito. Concomitantemente,  há normas costumeiras, também chamadas consuetudinárias que, embora,  não constem de preceitos votados por órgãos competentes, geram obrigações.
       A obediência a uma conduta, por parte de uma coletividade, configura um uso. A reiteração desse uso forma o costume.  
        Segundo lição de Vicente Ráo,
“costume vem a ser a regra de conduta criada espontaneamente pela consciência comum do povo, que  a observa por modo constante e uniforme, e sob a convicção de corresponder a uma necessidade jurídica”. 
       Nos dizeres de João Franzen de Lima,
“costume é o produto de uma elaboração entre os homens. O emprego de uma determinada regra para regular determinada situação, desde que se repita reiteradamente, quando igual situação se apresente de novo, constitui uma prática, um uso, cuja generalização através do tempo leva a todos os espíritos à convicção de que se trata de uma regra de Direito. Esse hábito que adquirem os homens de empregar a mesma regra sempre que se repete a mesma situação, e de segui-la como legítima e obrigatória, é que constitui o costume”4.
       Mais cedo ou mais tarde determinados costumes acabam por ser cristalizados em uma lei, passando, pois, a integrar a legislação do País. Exemplo de uma norma costumeira  que, apesar de  não estar consagrada em lei e nem por isso deixa de ser obrigatória, é a chamada “fila”, seja de ônibus, seja para ingresso em lugar concorrido.
      Para que um costume seja reconhecido como tal é preciso:
       a)- que seja contínuo; fatos esporádicos não são considerados costumes;
 b)- que seja constante, vale dizer: a repetição dos fatos deve ocorrer sem dúvidas e sem alteração;
       c)- que seja moral, isto é, o costume não pode contrariar a moral ou os bons hábitos;
       d)- que seja obrigatório, isto é, que não seja facultado à vontade das partes interessadas;
       e)- que não seja contrário à lei, o costume não tem poder de modificar uma norma legal;
       Como já vimos o Direito Consuetudinário é aquele baseado nos costumes. Consuetudinário vem da palavra latina consuetudine, que significa costume.
      3)- Doutrina - A doutrina pode ser definida como o resultado da opinião científica dos estudiosos do Direito (doutos) a respeito de uma norma ou um conjunto de normas jurídicas. É o conjunto de investigações e reflexões teóricas e princípios metodicamente expostos, analisados e sustentados pelos autores, tratadistas, jurisconsultos, no estudo das leis. É fonte secundária ou mediata do Direito. Como salienta Caio Mário da Silva Pereira, 
”em determinadas fases da cultura jurídica, sobressaem escritores, a cujos trabalhos todos recorrem e de tal forma que as suas opiniões acabam por se converter em preceitos obrigatórios. No século passado e no começo deste, os livros de Lafayette,Teixeira de Freitas, Ribas, Coelho Rodrigues tiveram este prestígio. Eram citados pelos juizes e  fundamentavam suas decisões”.
       Com efeito,  é de grande valor o trabalho dos doutrinadores na elaboração do direito objetivo, pois ao  apontar falhas,  inconvenientes e defeitos da lei vigente, acaba encaminhando o legislador para a elaboração  de lei mais perfeita.
      4)- Jurisprudência  - São decisões reiteradas dos Tribunais de Justiça a respeito de controvérsias semelhantes. São normas gerais extraídas de decisões reiteradas dos tribunais num mesmo sentido, numa mesma direção interpretativa. Sempre que uma questão é decidida reiteradamente do mesmo modo, surge a jurisprudência. Ela é uma fonte mediata ou secundária do Direito. Não tem poder de levar o juiz a decidir casos semelhantes da mesma maneira, entretanto, fornece importantes subsídios na solução de outros casos.
Direito Público e Direito Privado
O Direito Público disciplina os interesses gerais da coletividade, e se caracteriza pela imperatividade de suas normas, que não podem nunca ser afastadas por convenção dos particulares. Já o Direito Privado versa sobre relações dos indivíduos entre si, tendo na supletividade de seus preceitos a nota característica, isto é, vigora apenas enquanto a vontade dos interessados não disponha de modo diferente que o previsto pelo legislador.
Para melhor compreensão, tomemos dois exemplos:
1- Empregado e patrão celebram um contato de trabalho, convencionando que o primeiro ganhará 2/3 do salário mínimo, visto que não tem mulher nem filhos. É valido acordo? Obviamente, não. O patrão terá que pagar de qualquer forma o salário mínimo, por se tratar de uma norma de ordem pública, de proteção ao trabalhador.
2- Peço emprestadas 20 sacas de arroz. O art 586 do CC de 2002 diz que sou obrigado a restituir coisas do mesmo gênero, qualidade e quantidade. No entanto, quem me emprestou aceita que eu faça a devolução com sacas de milho. É válido o acordo? Sim, porque aqui estamos no terreno do Direito Privado, onde o particular pode exigir ou deixar de exigir o cumprimento da lei.
Divisão do Direito em Público e Privado
Ao Direito Público interno pertencem: o Direito Constitucional (fixa a estrutura do Estado e estabelece os direitos fundamentais da pessoa humana), o Direito Administrativo (estabelece os preceitos relativos à administração da coisa pública, tendo em vista os fins sociais, políticos e financeiros perseguidos pelo estado), o Direito Penal (define as condutas criminosas, visando preveni-las e reprimi-las), o Direito Financeiro (regula a atividade desenvolvida pelo governo para obter e aplicar os meios econômicos necessários à realização de seus fins), o Direito Processual, subdividido em Civil e Penal (trata da distribuição da Justiça, regulando o processamento das ações perante o poder Judiciário) e Direito Trabalhista (tem por objeto reger as relações de trabalho subordinado).
	O Direito Privado, por seu turno, compreende o Direito Civil (regula os direitos e obrigações de ordem privada concernentes às pessoas, aos bens e as suas relações) e o Direito Empresarial (que engloba não só o comercio e a industria, mas também o setor de prestação de serviços, desde que se trate de atividade econômica organizada).
Os assuntos antes tratados no Código Comercial passaram para o Código Civil, dando-se a unificação das matérias civis e comerciais (ou empresariais).
 DIREITO CIVIL
	Lei 10406 10/01/02
Da personalidade e da Capacidade
	Art. 1o – Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
	Art. 2o – A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
	Art. 3o – São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
Os menores de 16 (dezesseis) anos;
Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiveram o necessário discernimento para a prática desses atos;
Os que, mesmos por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade .	Art. 4o – São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de as exercer:
Os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos;
Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental (interdição), tenham o discernimento reduzido;
Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
Os pródigos.
	Parágrafo único: A capacidade dos índios será regulada por Legislação especial.
	Art. 5o – A menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
	Parágrafo único: cessará, para os menores a incapacidade:
Pela concessão dos pais, ou um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 (dezesseis) anos completos;
Pelo casamento;
Pelo exercício de emprego público efetivo;
Pela colação de grau em concurso de ensino superior;
Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em Fundação deles, o menor com 16 (dezesseis) anos completos tenha economia própria.
	Art. 6o – A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
 Direitos da Personalidade
	Art. 11o – Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
	Art. 15o – Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
	Art. 18o – Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Da Ausência
	Art. 22o – Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administra-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe a curador.
	
As Pessoas Jurídicas
	Art. 40o – As pessoas jurídicas são de direito público interno ou externo e de direito privado.
Art. 41o – São pessoas jurídicas de direito público interno:
A união;
Os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
Os Municípios;
As autarquias;
As demais entidades de caráter público, criadas por lei.
	Art. 42o – São pessoas jurídicas, de direito público externo os Estados Estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pela direita internacional público.
 	Art. 44o – São pessoas jurídicas de direito privado:
As associações; (art. 53)
As sociedades;
As fundações; (art. 62)
Do Domicílio
	O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo (art. 70).
	Art. 74o – Muda-se o domicílio, transferindo a residência com a intenção manifesta de o mudar. 
	Parágrafo único: art. 76 e art. 78
	
Do Negócio Jurídico
	A validade do negócio jurídico requer: (art.104).
Agente Capaz;
Objeto licito, possível, determinado ao determinável;
Forma prescrita ou não defesa em lei.
DIREITO PÚBLICO
DIREITO CONSTITUCIONAL
a. Conceito: é o ramo do Direito Público interno que disciplina a organização do
estado, define e limita a competência de seus poderes, suas atividades e suas relações com os indivíduos, aos quais atribui e assegura direitos fundamentais de ordem pessoal e social (RAO, 1952).
b. Conceito de Constituição: um conjunto de normas escritas ou costumeiras,
que regem a organização política de um país.
 
b.1 Podem as constituições ser classificadas quanto: à forma (escritas ou costumeiras), à consistência (rigidas ou flexíveis) ou à origem (promulgadas ou outorgadas).
Escritas: são aquelas cujos dispositivos estão reunidos num instrumento. Ex: Constituição Brasileira
Costumeiras: aquelas que vão se formando aospoucos, pela reiterada pratica de certos atos. Ex: Constituição da Inglaterra
Rígidas: aquelas que só se alteram mediante processos especiais, caracterizando-se pela prevalência de seus preceitos aos das leis ordinárias. Ex: CF/88
Flexíveis: aquelas que se alteram mais facilmente, através do processo legislativo ordinário, e que se caracterizam pela inexistência de qualquer hierarquia entre a constituição e a lei ordinária. Ex: Constituição do Reino da Itália
Promulgadas: são as elaborada por uma Assembléia Constituinte, eleita pelo povo especialmente pa ra esse fim. Ex: Constituições Brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988.
Outorgadas: são as impostas à coletividade por determinada pessoa ou determinado grupo de pessoas. Ex: Constituições Brasileiras de 1824, 1937, 1967 e 1969. 
c. O Poder Constituinte 
Em significação comum, podemos dizer que Poder Constituinte é aquele que tem por missão traçar as regras jurídicas fundamentais da nação que se consubstanciam num documento chamado constituição. 
O Poder Constituinte será originário (quando edita constituição nova em substituição anterior) ou derivado (quando se destina à revisão da constituição, modificando parcialmente o seu texto). O primeiro é original, na medida em que pertence ao povo e à Assembléia Constituinte; o segundo é derivado, porque constituído por determinação do primeiro e pertencente ao Congresso Nacional.
d. Da Organização do Direito do Estado
d.1 O Brasil é uma República: o País é dirigido por um presidente, eleito por período certo (4anos) com possibilidade de apenas uma reeleição. O poder é exercido por três órgãos distintos, com funções especificadas: o Legislativo, que é incumbido de fazer as leis; o Executivo, a quem cabe a administração do País; e o Judiciário, encarregado de aplicar as leis aos casos concretos.
d.2 O Brasil é uma Federação: a União, que abrange todo o território nacional, os Estados-membros, que são as circunscrições regionais e os Municípios, que constituem divisões dos Estados-membros. O Distrito Federal, que é o capital da União.
A competência de cada uma dessas esferas de governo é fixada pela Constituição Federal, que atribui à União e aos Municípios competência expressas ou enumeradas, e aos Estados, competências residuais ou remanescentes (v. arts. 21, 22, 23, 24, 25, §1o e 30). Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios (v. art. 32 e § 1o).
d.3 O Brasil é um Estado Democrático de Direito: vale dizer, admite o pressuposto d que o poder emana do povo e em seu nome é exercido (art. 1o, parágrafo único, C.F.).
d.4 Da Organização dos Poderes
A base da organização do governo está assentada na divisão dos Poderes, nos termo do estatuído no art. 2o da Constituição Federal verbis: “são poderes da União, independentes é harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
Do Poder Legislativo {Ver artigos: 44, 45, 46, 48, 49, 51, 52, 57}.
Do Poder Executivo {arts. 76, 77, 78, 79, 80, 82, 83, 84, 85, 86}.
Do Poder Judiciário {arts. 92, 95}.
 DIREITO ADMINISTRATIVO
a. Definição: é o conjunto de normas que regem a administração pública. As normas de ordem pública, ao contrário das normas de direito privado, não podem ser afastadas nem por acordo dos interessados.
b. Princípios Administrativos (art. 37 da C.F/88)
	b.1 Princípio da Legalidade: O administrador não pode agir, nem deixar de agir, senão de acordo com a lei. No direito administrativo, o conceito de legalidade não contém somente a lei mas, também, o interesse público e a moralidade. (O princípio da legalidade está elencado no art. 5o, II, C.F, 37 caput).
b.2 Princípio da Impessoalidade
 A administração pública deve servir a todos sem preferências ou aversões partidárias ou pessoais.
	O mérito dos atos pertence à administração, e não às autoridades que o executam. (art. 37 § 1o, C.F/88).
	Ex: Nos processos licitatórios para aquisição de bens e serviços pela administração pública.
	b.3 Princípio da Moralidade
 O servidor que vier a praticar qualquer imoralidade na atividade pública, poderá ser punido, inclusive com a perda da função pública, que exerce, além de outras penalidades citadas no art. 37 § 4o C.F. (Ex. atos de improbidade administrativa).
	Diante dessa situação qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular objetivando anular ato lesivo à moralidade administrativa (art. 5o, LXXIII, C.F.)
b.4 Princípios da Publicidade
	Os atos públicos devem ter divulgação oficial, como requisito de sua eficácia, salvo as exceções previstas em lei. Entre as exceções estão, a segurança nacional (art. 5o, XXVIII, da C.F.), certas investigações policiais (art. 20, C.P.P.), os processos cíveis em segredo de justiça (art. 155 do C.P.C.).
	
b.5 Princípio da Eficiência
O princípio da eficiência foi introduzido expressamente pela E.C. 19, de 04.06.98. Não basta a instalação do serviço público. Exige-se que esse serviço seja eficaz e que atenda plenamente à necessidade para a qual foi criado.
	
DIREITO PENAL
Conceito: segundo Betioli é o complexo de normas positivas que disciplinam a matéria dos crimes e das penas.
Das Penas
Pena é a sanção, consistente na privação de determinados bens jurídicos que o Estado impõe contra a prática de um fato definido na lei como crime.
Classificação
	1 Privativas de Liberdade: é a que restringe o direito de ir e vir do condenado, infligindo- lhe determinado tipo de prisão. 
	2 Restritiva de Direito: é que restringe alguns direitos do condenado.
Prestação de serviços à comunidade
Limitação de fim de Semana
Interdição temporária de direitos
	3 Pena de Multa: consiste na obrigação imposta ao condenado de pagar ao fundo penitenciário do Estado, determinada soma em dinheiro. A multa deve ser paga dentro de dez dias depois de transito em julgado da sentença.
	MULTA: de 10 a 360 dias- multa (um dia multa corresponde, no mínimo, a 1/30 do salário mínimo, e no máximo, a 5 salários mínimos).
Reincidência 
Verifica-se reincidência quando o agente comete crime depois de transitado em julgado a sentença, que no país ou no estrangeiro tenha sido considerado como crime anterior.
Legitima Defesa
Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Menoridade Penal
Contra os menores de 18 anos não se instaura inquérito policial. São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos as normas da legislação especial. (ECA 8065/90)
Crime Doloso
Diz-se crime doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
Crime Culposo
	Diz-se crime culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligencia ou imperícia.
	Imprudência: exemplo - Dirigir veículo em rua movimentada com excesso de velocidade
	Negligência: exemplo – Deixar arma de fogo ao alcance de criança.
	Imperícia (culpa recíproca): exemplo – enfermeira troca medicação.
Conceito de Crime 								 
	A doutrina define o crime como sendo o fato típico e antijurídico ( Damásio de Jesus, Mirabete) considera-se fato típico o que corresponde à descrição do crime, feita pela lei. Considera-se anti-jurídico, o fato que, além de típico, não tem a defesa ou o estado de necessidade.					
	 
“Crime é fato típico e antijurídico”

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