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Faculdade Santo Agostinho Curso: Bacharelado em Farmácia Disciplina: Toxicologia Professor: Bismark Azevedo Toxicologia do Álcool Seminário apresentado à disciplina de Toxicologia do Curso Farmácia da Faculdade Santo Agostinho. Orientado pelo Prof.: Bismark Azevedo. Maio/ 2016 COMPONENTES: Acredita-se que a bebida alcoólica teve origem na Pré-História, mais precisamente durante o período Neolítico quando houve a aparição da agricultura. As bebidas alcoólicas são consumidas pelo homem desde o início da historia, com os primeiros relatos datados a cerca de 6.000 anos atrás, no antigo Egito e Babilônia. 1863 (Pasteur) – demonstrou a natureza microbiológica da fermentação alcoólica como um processo anaeróbico. Décadas de 1900 - elucidação das reações edemáticas responsáveis pela transformação química do açúcar em etanol e gás carbônico no interior da levedura. Saccharomyces – utilizada na panificação, produção de cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas, além do combustível. MARCOS HISTÓRICOS I Guerra (1914-1918)- Produção em grande escala; 1929 (grande crise) – primeira destilaria de álcool anidro; II GUERRA (1939 a 1954) – substituição da gasolina por álcool; 1974 - crise do petróleo – nova fase de produção do etanol. USOS Na época dos primeiros colonos americanos, as bebidas alcoólicas consumidas eram na forma de cervejas (90%) e vinho (5%), sendo a embriaguez não era tolerada. A partir de 1725 houve o aumento de bebidas destiladas, passando a ser a bebida alcoólica mais consumida. Fonte ; imagens Google Em 1789 iniciou-se um movimento contra o uso indiscriminado do álcool alterando a constituição com a criação de uma lei que proíbe a produção e transporte de álcool exceto na medicina e uso religioso. Fonte ; imagens google Fonte ; imagens google Antes da chegada dos portugueses os índios produziam bebidas fermentadas com mandioca ou suco de frutas que eram fervidas em vasilhames de cerâmica. Fonte; imagens google. Fonte; imagens google. Com a instalação dos engenhos para a produção de açúcar e aguardente nacionalizou-se o consumo de aguardentes... Fonte; imagens google . Fonte; imagens google. ETANOL (ABSORÇÃO) Fórmula molecular: CH3CH2OH; Baixa massa molecular e hidrossolúvel; Absorção rápida; Estômago (-) ; Intestino delgado (+). Figura 2.1: absorção do etanol pelo estômago e intestino. ETANOL (ABSORÇÃO) Esvaziamento gástrico; pH; Presença de alimentos; Temperatura. Figura 2.2: presença de alimentos no estômago ETANOL (DISTRIBUIÇÃO) Distribuição rápida; Sangue, cérebro, rins, pulmões, coração, paredes intestinais, músculos estriados, fígado, ossos e tecido adiposo. ETANOL (BIOTRANSFORMAÇÃO) Fígado; Adulto (120 mg/kg); Vias de biotransformação: álcool desidrogenase (ADH), sistema de oxidação microssomal (SOM), catalase. ETANOL – VIAS DE BIOTRANSFORMAÇÃO Álcool Desidrogenase (ADH): assim como a aldeído desidrogenase, faz parte de um grupo de enzimas que converte álcoois, aldeídos ou cetonas. presentes no citosol, principal via de biotransformação do álcool, enzima que contém zinco na sua estrutura. Figura 2.3: biotransformação do etanol pela ADH. ETANOL – VIAS DE BIOTRANSFORMAÇÃO Sistema de oxidação microssomal (SOM) : contém enzimas microssomais que pertencem a família de proteínas chamadas citocromos. O SOM oxida o álcool a acetaldeído. Figura 2.4: oxidação alcoólica pelos microssomos. ETANOL – VIAS DE BIOTRANSFORMAÇÃO Catalase: Converte o álcool a aldeído, encontrada nos peroxissomas. Consome peroxido de hidrogênio (H2O2). Participa no máximo 10% da biotransformação do álcool. Figura 2.5: oxidação alcoólica pela enzima catalase. VIAS DE BIOTRANSFORMAÇÃO Figura 2.6: biotransformação alcoólica. MECANISMO DE AÇÃO DO ETANOL O etanol é um depressor cerebral com ação hipnótica, dose-dependente, que age diretamente em diversos órgãos como fígado, coração, vasos sanguíneos e parede do estômago. Envolve vários neurotransmissores no SNC: Ácido Gama- aminobutírico (GABA); Glutamato; Dopamina; Serotonina; Endorfinas. A molécula de etanol se liga ao receptor GABAaérgico, promovendo uma inibição do mesmo, o que causa relaxamento e sedação do organismo. O porquê desse relaxamento acontecer ainda não foi completamente elucidado. GABA GLUTAMATO Um neurotransmissor excitatório que guarda relação com a memória e a cognição, alterando a ação sináptica do mesmo através do bloqueio dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA) e reduzindo a sua ação nas células hipocampais. O Álcool estimula diretamente a liberação de outros neurotransmissores como a serotonina e endorfinas que parecem contribuir para os sintomas de bem-estar presentes na intoxicação alcoólica. Mudanças em outros neurotransmmissores foram menos observadas. OUTROS NEUROTRANSMISSORES TOXICIDADE AGUDA O sistema nervoso central (SNC) é o órgão mais rapidamente afetado pelo álcool quando comparado a qualquer outro órgão ou sistema. Efeitos iniciais Sedação, fala pastosa e desinibição Efeitos avançados Disartria, insensibilidade dolorosa, baixa temperatura e circulação Alterações metabólicas Esteatose, hipoglicemia e alteração eletrolítica Fonte: Google imagens ESTÁGIOS DE INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA AGUDA Fonte: Wallach J. Interpretação de exames laboratoriais. 7 ed. Rio de Janeiro: Medsi. 2003; 17, 955-79 Concentração de etanolno sangue Emg/L Comportamento Sintomas Até 0,5 Sóbrio Nãohá 0,5 a 1,2 Eufórico Reduçãode atenção e controle 1,2 a 2,5 Agitado Descontrolefísico e emocional 2,5 a 3,0 Confuso Tontura,perda de sensibilidade e fala indistinta 4,0 a 5,0 Coma Inconsciênciae inatividade 5,0 oumais Morte Paradarespiratória INTOXICAÇÃO CRÔNICA Trato Gastrintestinal Sistema Nervoso Sistema Cardiovascular Sangue Síndrome Alcoólica Fetal TRATO GASTRINTESTINAL Fígado = 15-30% Hepatopatia grave. Esteatose Hepatite Cirrose. Risco está relacionado tanto a quantidade média quanto à duração do consumo. Síndrome de Wernicke-Korsakoff A secreção gástrica e pancreática o risco de pancreatite, gastrite e hemorragia. Lesão do intestino delgado = diarréia, perda de peso e deficiência de vitaminas. http://biobiodoalcool.blogspot.com.br/ Fonte: http://morfofisiologiafsg.blogspot.com.br/ Fonte: http://remediodaterra.com.br/ SISTEMA NERVOSO Tolerância, dependência psíquica, dependência física síndrome de abstinência. Neurotoxicidade que tem início com parestesias distais nas mãos e pés, distúrbios da marcha e ataxia. Outros distúrbios = demência e doença desmielinizante (mais rara) Síndrome de Wernicke-Korsakoff (rara) = paralisia dos músculos oculares,ataxia e estado de confusão que pode progredir para coma e morte Fonte: www.ebah.com.br/ O Neurônio torna-se mais excitável, de modo a corrigir os efeitos depressores do álcool. É o fenômeno de tolerância instalado SISTEMA CARDIOVASCULAR Arritmias atriais e ventriculares por anormalidades no metabolismo do potássio e magnésio e liberação de catecolaminas. Hipertensão em 5% das pessoas que bebem + de 3 drinques/dia. Curiosamente, a incidência de coronariopatias é menor nas pessoas que bebem de 1 a 3 drinques/dia. Miocardiopatia por ruptura da membrana, redução da função da mitocôndria e do retículo sarcoplasmático, acúmulo de foslipídeos e ácidos graxos e supra-regulação dos canais de cálcio dependentes de voltagem. Fonte: www.ebah.com.br/ Fonte: http://morfofisiologiafsg.blogspot.com.br/ SANGUE Hematopoese afetada por: distúrbios metabólicos, nutricionais e medulares. Anemias leves por deficiência de ac. Fólico e Anemia ferropriva causada pelas hemorragias. Anormalidades em plaquetas e leucócitos responsáveis pelo comprometimento hemostático e maior frequência de infecções. SISTEMA ENDÓCRINO Ginecomastia e atrofia testicular. Desequilíbrio hidroeletrolítico, induzido por diarréia e vômito bem como pelo aldosteronismo secundário. Hipoglicemia, provavelmente, por redução da gliconeogênse hepática. SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL 1 – Retardo do crescimento corporal. 2 – Microcefalia. 3 – Coordenação inadequada. 4 – Desenvolvimento deficiente da região facial média. 5 – Anomalias articulares de menor gravidade. 6 – Defeitos cardíacos e retardo metal. Fonte: http://www.acritica.net/editorias/geral/sindrome-alcoolica-fetal-por-que-nao-beber-na-gravidez/148034/ Fonte: http://www.faqs.org/nutrition/ TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA Transtorno psiquiátrico com severas repercussões individuais, sociais e econômicas de âmbito mundial. Problema de saúde pública Diagnósticos influenciados por entrevistas Baixa confiabilidade CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO, SEGUNDO DSM-IV Tolerância Necessidade de aumentar a quantidade da substância usada para obter o mesmo efeito. Diminui o efeito com uso contínuo da mesma quantidade da substância Abstinência Substância utilizada para aliviar sintomas de abstinência O uso da substância é mantido apesar de problemas físicos e psicológicos recorrentes, sabidamente causada ou exacerbada pela droga. CRITÉRIOS DE USO ABUSIVO Uso recorrente resultando em problemas no trabalho, escola ou no lar Uso recorrente de substância em situações em que há riscos físico Uso persistente apesar de problemas interpessoais ou sociais causados ou exacerbados pelo uso das drogas. O álcool fluidifica as membranas, dissolvendo o componente lipídico e diminuindo a viscosidade. Com o tempo a membrana celular torna-se mais rígida e menos sensível ao efeito fluidificante do álcool. Essas alterações seriam consistentes para o desenvolvimento da tolerância. Devido a menor sensibilidade da membrana, precisa-se de uma maior quantidade de álcool, e na ausência do álcool o desarranjo da membrana pode contribuir para os sintomas da abstinência. CONFORME DESCRITO NO ITEM ”MECANISMO DE AÇÃO” SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA A síndrome da abstinência alcoólica é o conjunto de sintomas que surgem quando uma pessoa que tem o costume de ingerir grandes quantidades de álcool todos os dias para de repente de fazê-lo. A interrupção abrupta da ingestão crônica do álcool pode resultar em síndrome de abstinência, que inicia-se depois de algumas horas depois da última ingestão e pode durar de 5 a 7 dias. SINTOMAS Ansiedade Tremores Dificuldade para dormir Desconforto gastrointestinal Irritabilidade e agitação Sudorese Febre Aumento da Pressão Arterial Taquicardia Náuseas e vômitos Convulsões Infecções Temperatura superior a 40° Desnutrição Distúrbios hidroeletrolíticos Delírios Alucinações Desorientação GENÉTICA E DEPENDÊNCIA DO ÁLCOOL Sabe-se que os genes não determinam a presença de dependência, mas influenciam da predisposição aos riscos para o transtorno. Influência do ambiente pode exacerbar ou proteger da vulnerabilidade genética. Contribui 50-60% da variância dos casos Padrões de consumo como - Quantidade - Frequência - Intoxicação - Metabolismo - Idade precoce no inicio do uso - Traços anti-socias e personalidade * São fatores que podem estar relacionado a influência genética . FARMACOLOGIA DO TRATAMENTO Dissulfiram: Inibe a ação da enzima aldeído desidrogenase que biotransforma o acetaldeído, provocando acúmulo dessa substância. Reforça o controle sobre o desejo de consumir álcool. Naltrexona: É um antagonista opióde com maior seletividade para o recepto µ. Atua bloqueando os efeitos euforizantes do álcool, e estudos em laboratório demonstram que a medicação diminui o efeito prazeroso do consumo do álcool. EFEITOS TÓXICOS DECORRENTES DA INTERAÇÃO COM OUTRAS SUBSTÂNCIAS. O etanol pode interagir com fármacos, do ponto de vista farmacocinético, pela competição perante as enzimas responsáveis pela metabolização, e sob o ponto de vista farmacodinâmico, pode potencializar ou diminuir a ação de fármacos nos órgãos-alvo. Drogas Efeitos da interação Antidepressivos Aumentodos efeitos sedativos do etanol e do comprometimento psicomotor. Barbitúricos Intoxicação aguda pelo álcool:inibe o metabolismo dopentobarbital. Benzodiazepínicos Aumento docomprometimento psicomotor. Depressão respiratória. Leite Retarda o esvaziamento gástrico diminuindo a absorção de etanol. DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO Exame de sangue O exame de sangue para detectar presença de álcool etílico, alcoolemia, dosagem alcoólica, é relativamente simples, a coleta do sangue é na veia do braço, e uma observação importante é que não seja usado álcool no algodão de limpeza do local da punção, outro material biológico usado para análise é a urina recente, e o método utilizado para a dosagem do etanol é a cromatografia gasosa. DIAGNÓSTICO Exame de Urina As drogas são geralmente destruídas (biotransformadas) pelo fígado e eliminadas pela urina. Portanto, analisar a urina em busca de produtos de biotransformação das drogas é um dos métodos para se detectar a presença do consumo de drogas. A urina é geralmente aceita como amostra para verificar o uso recente de drogas de abuso, mas não permite distinguir o usuário ocasional do abusivo ou do dependente. O etilômetro ou alcoolímetro: é o aparelho que mede a concentração de álcool etílico na corrente sanguínea de uma pessoa mediante a análise do ar pulmonar profundo. Fonte: Google imagens CURIOSIDADES Pilsen vs Larguer Fonte; http://cervejanaguela.blogspot.com.br/2012/06/voce-sabe-o-que-e-uma-cerveja-lager-e.html PILSEM OU LARGERS ? PILSEN LARGERS LARGERS PILSEN FONTE ;https://www.google.com.br/search?q=lager+vs+pilsen&espv=2&biw=1366&bih= HISTÓRIA A pilsen surgiu por volta de 1840. Revolucionou historia da cerveja . Muito mais qualidade . Fonte;https://www.google.com.br/search?q=beba+com+modera%C3%A7ao&espv=2&biw=1366&bih=599&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiupIizx_jLAhUElJAKHfpHBQkQ_AUIBigB#tbm=isch&q=obrigado+&imgrc=tV6EI17AKYhHNM%3A REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Anatomia e fisiologia humanas: o álcool e os neurotransmissores. Disponível em: www.afn.bio.br/nervosos/nervoso 5.asp. Acesso em: 03/04/2016. Sbp DA. Uso e abuso de álcool na adolescência. Adolesc Saude. 2007;4(3):6-17 OGA, S. Fundamentos de Toxicologia. 2a ed., São Paulo: Atheneu Editora, 2008. Organização Mundial de Saúde (OMS) ROBBINS e CONTRAN: Patologia: Bases Patológicas das Doenças. 7. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 Figura 2.1: http://www.psiquiatriageral.com.br/tratamento/interacoes01.htm Figura 2.2: http://es.dreamstime.com/fotos-de-archivo-est%C3%B3mago-de-los-alimentos-de-preparaci%C3%B3n-r%C3%A1pida-image17850143 Figura 2.3: http://slideplayer.com.br/slide/1706505/ Figura 2.6: http://www.cisa.org.br/artigo/5536/metabolismo-alcool.php
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