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Tipos de diodos e circuitos com diodos(multiplicadores de tensão, grampeadores e limitadores)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE - UNINORTE 
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIODOS 
TIPOS DE DIODOS E CIRCUITOS COM DIODOS 
 
 
 
 
 
 
MICHELY MIGUEL 1410763-5 
TARCISO LABORDA 1424045-9 
 RAIMUNDO VANDERLEI 1414001-2 
WANDERSON AMORIM 1405192-3 
 
 
 
 
MANAUS 
2016
 2 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE - UNINORTE 
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
 
 
MICHELY MIGUEL 1410763-5 
TARCISO LABORDA 1424045-9 
 RAIMUNDO VANDERLEI 1414001-2 
WANDERSON AMORIM 1405192-3 
 
 
 
DIODOS 
TIPOS DE DIODOS E CIRCUITOS COM DIODOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. M.Sc. Francisco Coelho 
 
 
MANAUS 
2016 
Trabalho apresentado ao Professor Francisco 
Coelho da Disciplina de Eletrônica Básica 
no Curso de Engenharia Elétrica do Centro 
Universitário do Norte, como requisito 
parcial para obtenção de nota parcial. 
 3 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE - UNINORTE 
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
 
 
MICHELY MIGUEL 1410763-5 
TARCISO LABORDA 1424045-9 
 RAIMUNDO VANDERLEI 1414001-2 
WANDERSON AMORIM 1405192-3 
 
 
DIODOS 
TIPOS DE DIODOS E CIRCUITOS COM DIODOS 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em: 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2016 
Trabalho apresentado ao Professor Francisco 
Coelho da Disciplina de Eletrônica Básica 
no Curso de Engenharia Elétrica do Centro 
Universitário do Norte, como requisito 
parcial para obtenção de nota parcial. 
 
 4 
RESUMO 
 
O nosso Trabalho visa estudar os vários tipos de Diodos e também Circuitos com 
diodos. O diodo por mais simples que seja, é um componente vital, e por trás de suas 
propriedades elétricas existe muitas histórias. 
Esse componente é importantíssimo para nosso estudo. 
 
 
Palavras-chave: Diodos 
 
 
 
 5 
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES 
 
FIGURA 1 - EFEITO EDISON ............................................................................................................ 9 
FIGURA 2 - VÁLVULA DIODO ........................................................................................................ 10 
FIGURA 3-ESTRUTURA DE UM DIODO NO ESTADO SÓLIDO. ........................................................... 11 
FIGURA 4 - PROCESSO .................................................................................................................. 11 
FIGURA 5 - REPRESENTAÇÃO DE UM DIODO SEMICONDUTOR ....................................................... 12 
FIGURA 6 - CURVA CARACTERÍSTICA DE UM DIODO ..................................................................... 12 
FIGURA 7 ..................................................................................................................................... 13 
FIGURA 8 - DIODO RETIFICADOR -SIMBOLOGIA ............................................................................ 15 
FIGURA 9 - TRÊS PROCESSOS COMUNS DE RETIFICAÇÃO ............................................................... 15 
FIGURA 10- SIMBOLOGIA DE UM DIODO SCHOTTKY ................................................................. 16 
FIGURA 11-DIODO SCHOTTKY CONVENCIONAL ........................................................................... 17 
FIGURA 12-DIODO SCHOTTKY COM SOBREPOSIÇÃO DE METAL .................................................... 17 
FIGURA 13-DIODO SCHOTTKY COM ANEL DE GUARDA ................................................................. 18 
FIGURA 14-DIODO SCHOTTKY COM GRADES DE LINHA DE DIFUSÃO ............................................. 18 
FIGURA 15- DIODO SCHOTTKY ( DE PORTADORES QUENTES) ....................................................... 19 
FIGURA 16-CIRCUITO EQUIVALENTE APROXIMADO PARA O DIODO SCHOTTKY ............................ 19 
FIGURA 17-ESTRUTURA DE UM DIODO SCHOTTKY COMUM ......................................................... 19 
FIGURA 18-DIODOS DE BAIXA POTÊNCIAS .................................................................................... 21 
FIGURA 19 - CURVA CARACTERÍSTICA DO DIODO ZENER............................................................. 21 
FIGURA 20 - SÍMBOLO DO DIODO ZENER. .................................................................................... 22 
FIGURA 21 - CIRCUITO DE OPERAÇÃO DO DIODO ZENER. ............................................................. 22 
FIGURA 22-RETA DE CARGA DO DIODO ZENER............................................................................. 22 
FIGURA 23 - VISTA INTERNA DO LED. ........................................................................................... 23 
FIGURA 24 - CIRCUITO DE POLARIZAÇÃO DO LED. ........................................................................ 24 
FIGURA 25 - FOTODIODO .............................................................................................................. 24 
FIGURA 26 - SÍMBOLO E ASPECTOS DOS FOTODIODOS .................................................................. 25 
FIGURA 27-DIODO TÚNEL ............................................................................................................. 25 
FIGURA 28 - SÍMBOLO DO DIODO TÚNEL ...................................................................................... 26 
FIGURA 29 - CURVA CARACTERÍSTICA ......................................................................................... 26 
FIGURA 30 - SIMBOLOGIA ............................................................................................................ 27 
FIGURA 31 - DIODOS VARICAP ..................................................................................................... 27 
FIGURA 32 - SIMBOLOGIA ............................................................................................................ 28 
 6 
FIGURA 33 - FUNCIONAMENTO .................................................................................................... 28 
FIGURA 34 - LASER POINTER ........................................................................................................ 29 
FIGURA 35 - CIRCUITO ELETRÔNICO DE EXCITAÇÃO DE UM LASER ............................................... 30 
FIGURA 36 - REPRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 31 
FIGURA 37 - EXPLICAÇÃO ............................................................................................................ 31 
FIGURA 38 - SIMBOLOGIA ............................................................................................................ 32 
FIGURA 39 - CIRCUITO DOBRADOR DE TENSÃO DE MEIA ONDA ................................................... 34 
FIGURA 40 - CIRCUITO DOBRADOR DE TENSÃO DE ONDA COMPLETA. ......................................... 35 
FIGURA 41-CIRCUITO TRIPLICADOR DE TENSÃO .......................................................................... 35 
FIGURA 42-CIRCUITO QUADRIPLICADOR DE TENSÃO .................................................................. 36 
FIGURA 43- CIRCUITO MULTIPLICADOR DE TENSÃO .................................................................... 36 
FIGURA 44 - CEIFADORES EM SÉRIE ............................................................................................. 37 
FIGURA 45 - FORMA DE ONDA ...................................................................................................... 38 
FIGURA 46 - CIRCUITO ................................................................................................................. 38 
FIGURA 47 - FORMAS DE ONDAS DE UM CIRCUITO GRAMPEADOR. ................................................ 39 
FIGURA 48 - GRAMPEADOR POSITIVO SEM POLARIZAÇÃO ............................................................40 
FIGURA 49 - GRAMPEADOR POSITIVO COM POLARIZAÇÃO ........................................................... 40 
FIGURA 50 - GRAMPEADOR NEGATIVO COM POLARIZAÇÃO.......................................................... 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
PIV Tensão inversa de Pico 
HTC Hot carrier Diode 
 
MHZ Megahertz 
 
GHZ Gigahertz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 9 
1.1 HISTÓRIA DO DIODO ................................................................................................. 9 
CAPÍTULO II............................................................................................................................ 15 
TIPOS DE DIODOS ................................................................................................................. 15 
2.1 DIODO RETIFICADOR.............................................................................................. 15 
2.2 DIODO SCHOTTKY ................................................................................................... 16 
2.3 DIODO SCHOCKLEY ................................................................................................ 20 
2.4 DIODO ZENER ............................................................................................................ 21 
2.5 DIODO EMISSOR DE LUZ (LED) ............................................................................ 23 
2.6 FOTODIODO ................................................................................................................ 24 
2.7 DIODO TÚNEL ............................................................................................................ 25 
2.8 VARICAP ...................................................................................................................... 27 
2.9 DIODO PIN ................................................................................................................... 28 
2.10 DIODO LASES ............................................................................................................ 29 
2.11 DIODO GUNN ............................................................................................................. 31 
2.12 DIODO VARACTOR .................................................................................................. 32 
CAPÍTULO III .......................................................................................................................... 34 
CIRCUITOS COM DIODOS................................................................................................... 34 
3.1 MULTIPLICADORES DE TENSÃO ......................................................................... 34 
3.2 LIMITADORES (CEIFADORES) .............................................................................. 36 
3.3 CIRCUITO GRAMPEADOR...................................................................................... 39 
CAPÍTULO I V ......................................................................................................................... 41 
CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 41 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 42 
 
 
 
 
 9 
CAPÍTULO I 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Muitas pessoas não dão importância a esse diminuto componente que é o diodo, 
mas, ao analisarmos melhor o que ele faz, mudamos nossa maneira de pensar a respeito. 
O diodo, por mai simples que seja, é um componente vital e por trás de suas 
propriedades elétricas existe muitas histórias que abordaremos de forma resumida neste 
trabalho. 
 
1.1 HISTÓRIA DO DIODO 
 
Um pesquisador britânico chamado J. A. Flerning em 1984 ao visitar o laboratório de 
Thomas Edison, observou um estranho efeito na então recém descoberta lâmpada 
incandescente. 
Quando o segundo eletrodo era colocado nas proximidades do filamento, e polarizado 
positivamente em relação a ele, detectava-se a passagem de uma corrente. Se a polaridade fosse 
invertida , isto é, o eletrodo , ou o elemento, fosse tornado negativo em relação ao filamento, 
nenhuma corrente passava. 
 
 Figura 1 - Efeito Edison 
 
O "Efeito Edison" como foi chamado por algum tempo, foi apenas uma curiosidade. 
Mas, trabalhando , posteriormente, Flening chegava a um novo dispositivo eletrônico. 
Segundo ele afirmava, o dispositivo consistia num caminho de direção única para a corrente, 
que só poderia fluir num sentido. 
 10 
Estava inventada a Válvula Diodo que logo se revelou útil na detecção de ondas de 
rádio na retificação e em muitas outras aplicações da então jovem Eletrônica. 
A válvula Diodo inventada por Flerning era um tubo de vidro no interior do qual se 
fazia vácuo. O filamento aquecia-se e emitia elétrons que então eram atraídos pelo eletrodo 
denominado placa ou anodo. 
Até hoje, encontramos válvulas deste tipo como a 6X4, 35W4, 5Y3 em rádios e outros 
aparelhos antigos. 
 
 
Figura 2 - Válvula diodo 
Em seguida, novos dispositivos foram aperfeiçoados pra fazer a detecção de corrente 
ou a retificação , originando assim diodos semicondutores. 
Os materiais usados eram então intermediários entre os bons condutores e os isolantes, 
chamados assim semicondutores, como o selênio , o germânio e o silício 
Como numa válvula eletrônica a corrente passava pelo vácuo existente entre os 
elementos, estes dispositivos passaram a ser diferenciados como "dispositivos a vácuo", 
enquanto que aqueles em que a corrente passará por metais semicondutores, passaram a ser 
chamados de "dispositivos de estados sólido". 
A estrutura de um diodo de estado sólido , ou um diodo semicondutor é bem diferente 
da estrutura de uma válvula. 
 11 
 
 Figura 3-Estrutura de um diodo no estado sólido. 
O que temos são dois pedaços de materiais semicondutores que adquirem propriedades 
elétricas, porque são "dopados" com impurezas diferentes. Assim, um material passa a ter a 
corrente circulante com elétrons em excesso, sendo por isso, chamado de material N, enquanto 
que o outro , a corrente passa basicamente pelas lacunas ou buracos (falta de elétrons), sendo 
por isso chamado de material P. 
Quando unimos um material N a um material P a junção passa a se comportar como 
um diodo , ou seja, só deixa passar a corrente num sentido. 
 
 
 Figura 4 - Processo 
Quando a tensão é aplicada em "sentido inverso" ocorre uma separação maior da 
junção , que estão " se alargando" e praticamente nenhuma corrente pode circular. O diodo está 
polarizado no sentido inverso e não passa corrente. 
Quando a tensão é aplicada em "sentido direto" ocorre uma união de cargas na junção 
num processo denominado recombinação que faz com que uma corrente flua intensamente . O 
diodo pode então conduzir a corrente. 
Na figura 05 temos o símbolo usado para representar um diodo semicondutor. 
 12 
 
Figura 5 - Representação de um diodo semicondutor 
 
Ao analisar , vimos que o diodo semicondutor é muito mais prático de usar que o 
diodo a vácuo. Além de precisar de menores tensões para começar a conduzir , este tipo de 
diodo não precisa ter seu filamento aquecido para que haja circulaçãode corrente. 
É muito comum hoje em dia a substituição de válvulas como a 35W4, 5Y3 , 6X4 por 
diodos semicondutores como o 1N4007 ou BY126 e BY127. 
Ex: Um rádio com esse tipo de válvula queimada pode ser substituída por diodos 
semicondutores. 
 
Curva Característica 
Analisaremos o comportamento eletrolítico dos diodos semicondutores. 
Na figura 06 a curva característica de um diodo, ou seja um gráfico em que obtemos o 
seu comportamento. 
 
Figura 6 - Curva Característica de um diodo 
 13 
No primeiro(I) quadrante o diodo está polarizado no sentido direto. Depois veremos o 
que ocorre no terceiro (III) quadrante (polarização inversa). 
Pelo gráfico vemos que o diodo não começa a conduzir a corrente no sentido direto 
com qualquer valor. 
Dependendo do material que o diodo é feito isso pode acontecer mais cedo ou mais 
tarde. Assim, no caso do diodo de germânio só conseguimos ter uma condução total com uma 
tensão de 0,2 V. Antes disso, a resistência do diodo é alta e sua condução é precária. 
Para o silício está tensão está entre 0,6 e 0,7 V, o que significa que ele deve operar 
com tensões ainda maiores. 
Essa diferença é importante quando se deseja retificar sinais fracos. 
Por este motivo, é que se prefere usar diodos de germânio em rádios, como detectores 
em lugar de diodos de silício. Se um sinal for muito fraco o diodo de germânio consegue fazer 
a detecção, o que não ocorre com o diodo de silício. 
 
 
Figura 7 
 
Depois de 0,2 ou 0,7 V a resistência do diodo cai tanto que ele se torna praticamente 
um curto circuito. Se não houver uma limitação externa , a corrente pode ser suficiente para 
queimá-lo. 
No sentido inverso vemos que o diodo não conduz com uma boa tensão aplicada no 
sentido em questão. No entanto existe um limite para o valor desta tensão . Existe um momento 
(Vz) em que a junção se rompe também neste sentido, e o diodo passa a conduzir. 
Na prática não podemos deixar que o diodo seja submetido a esta tensão, pois não só 
ele deixaria de ser um diodo como também queimaria. 
Existem diodos que podem operar nesta tensão, pois funcionariam como excelentes 
reguladores , que são os diodos zener, mas diodos comuns se estragam neste caso. 
 14 
Assim, num diodo devemos sempre observar duas limitações para seu uso: a primeira 
é a máxima corrente que pode passar pela sua junção no sentido direto. Esta corrente pode 
variar entre alguns miliamperes, para pequenos diodos como 1N34, 1N4148 até 1A ou mais , 
para diodos como 1N4002, 1N4007, BY127 etc. 
A segunda é a tensão máxima que o diodo pode suportar no sentido inverso, sem que 
sua junção se rompa. Esta tensão é abreviada por PIV ( Tensão inversa de Pico). Para os 
Diodos Comuns pode variar entre 10 ou 20 V, até mais de 1000V. 
Quando usamos o diodo com uma fonte de sinal senoidal o PIV do diodo deve ser 
sempre maior que o valor de pico de tensão , pois pelo contrário correremos o risco de vê-lo 
queimado. 
Este foi um pequeno resumo da história do diodo , a partir daí surgiu outros tipos de 
diodos , os quais veremos agora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
CAPÍTULO II 
 
TIPOS DE DIODOS 
 
2.1 DIODO RETIFICADOR 
 
São os diodos mais comuns, fabricados com o objetivo primordial de permitirem a 
passagem da corrente elétrica em um só sentido (polarização direta), cumprindo um papel 
indispensável na transformação de corrente alternada em corrente contínua. Possuem vários 
tamanhos e formatos, de acordo com a sua potência nominal. 
 
 
Figura 8 - Diodo retificador -simbologia 
 
 Sem dúvida, a aplicação mais conhecida do diodo: é retificação que permite obter 
corrente contínuas a partir de corrente alternadas. 
Na figura 9 temos três processos comuns. 
 
 
Figura 9 - Três processos comuns de retificação 
 
 Em (1) temos a retificação de meia onda em que o diodo conduz apenas os semiciclos 
positivos da tensão, carregando assim um capacitor que "aplaina" a tensão aplicada. 
 16 
 Em (2) temos uma fonte de onda completa onde são usados dois diodos: uma para 
cada semiciclo da tensão alternada de modo a termos uma corrente mais eficiente na carga , 
depois de "aplainada" pelo capacitor. 
 Finalmente, em (3) temos a retificação em ponte que usa quatro diodos, conduzindo 
alternadamente dois a dois . Seu rendimento é o mesmo da fonte de onda completa com dois 
diodos. 
 Os diodos retificadores são os diodos projetados para trabalhar com correntes mais 
intensas e eventualmente tensões elevadas, mas não tem grandes velocidades, pois se destinam 
basicamente a retificar corrente na rede de 50Hz ou 60Hz e eventualmente de 400Hz. 
 
2.2 DIODO SCHOTTKY 
 
 Walter Schottky foi um dos primeiros pesquisadores a notar a existência de vacâncias na 
estrutura de materiais semicondutores. Este tipo de estrutura com vacâncias foi mais tarde 
denominado “defeito Schottky”. Baseado em estudos preliminares, em 1938, postulou uma 
teoria que explicava o comportamento da retificação ocorrida pelo contato exercido entre um 
metal e um material semicondutor, como dependente da formação de uma barreira obtida por 
uma camada na superfície de contato entre aqueles dois materiais. Este princípio foi logo usado 
para a fabricação dos chamados diodos de barreira Schottky. 
 
 
Figura 10- simbologia de um diodo SCHOTTKY 
 
Os diodos de barreira Schottky ou de barreira de superfície são construídos de uma maneira 
diferente da junção p-n convencional. O semicondutor é normalmente de silício tipo n (embora 
em algumas ocasiões se utilize silício tipo p), e vários metais são utilizados, como molibdênio, 
platina, cromo ou tungstênio. Em ambos os materiais, o elétron é o portador majoritário. No 
metal, o nível de portadores minoritários (vacâncias ou buracos) é insignificante. 
Os diodos Schottky possuem características distintas como, a altura da barreira de potencial 
(depleção), corrente de condução reversa e a possibilidade de operar em altas frequências (a 
 17 
figura 1 mostra a diferença do Diodo Schottky e um diodo de junção p-n para essa função), já 
que a corrente neste dispositivo é principalmente resultante do fluxo de portadores majoritários. 
 
Estrutura 
 
Existem várias estruturas de diodo Schottky, desde o diodo convencional formado apenas por 
um contato metálico na superfície do silício, até estruturas mais complexas que possuem anel 
de guarda e sobreposição de metal para melhorar as características elétricas do dispositivo. 
Alguns tipos de diodos serão citados abaixo: 
 
 Diodo Schottky Convencional 
O diodo é formado apenas por um contato metálico no semicondutor. Este tipo de dispositivo 
geralmente possui características I-V direta e reversa não muito boas, apresentando alta 
corrente de fuga e baixa tensão de ruptura. 
 
Figura 11-Diodo Schottky Convencional 
 
 Diodo Schottky com sobreposição de metal 
A sobreposição do metal é utilizada para eliminar os efeitos de borda para baixas tensões de 
polarização reversa do diodo. Esta estrutura pode ser formada utilizando-se óxido de silício nas 
bordas do diodo para formar sobreposição do metal. 
 
Figura 12-Diodo Schottky com sobreposição de metal 
 
 Diodo Schottky com anel de guarda 
Possui o anel de guarda em sua estrutura para os efeitos de borda. O anel é formado por uma 
difusão do tipo p no substrato tipo n. A junção p-n formada pelo anel de guarda e o substrato 
 18 
resolve o problema da terminação abrupta da região de depleção na borda do diodo 
convencional, permitindo o dispositivotrabalhar com tensões mais elevadas. Como este 
dispositivo possui alto valor de tensão de ruptura, ele é o mais adequado para aplicações de 
potência. 
 
Figura 13-Diodo Schottky com anel de guarda 
 
 
 Diodo Schottky com grades de linha de difusão 
A grade é formada por linhas paralelas de difusão tipo p, ao invés de ter um anel de guarda na 
periferia do dispositivo. 
 
Figura 14-Diodo Schottky com grades de linha de difusão 
 
 
A corrente de fuga do diodo Schottky esta relacionada com o perímetro do dispositivo, pois a 
quantidade de defeitos existentes nas limitações do dispositivo (resultantes do corte da lâmina 
para encapsulamento dos dispositivos, tratamentos químicos, geração de portadores pelos 
estados de superfície na lateral, etc) é diretamente proporcional ao perímetro do dispositivo 
construído. Assim, quando estabelecida à área do dispositivo, é necessário projetá-lo para que 
ele possua o menor perímetro possível. 
A figura geométrica que apresenta o melhor resultado é o quadrado, já que para um mesmo 
valor de área ele apresenta o menor perímetro. Além de projetar dispositivos com o perímetro 
possível, o arredondamento dos cantos elimina o efeito das bordas, ou seja, a alta concentração 
de campo elétrico nesta região pode resultar em correntes de fuga. Deste modo, arredondando 
os cantos do contato metálico, diminuímos este efeito de degradação do dispositivo. 
 19 
O circuito equivalente para o dispositivo (com valores típicos) e o símbolo normalmente 
utilizado aparecem nas Fig. 12 (a) e (b). Vários fabricantes preferem utilizar o símbolo padrão 
do diodo para o dispositivo, já que a função realizada pelos dois é praticamente a mesma. A 
indutância LP e a capacitância CP surgem devido ao encapsulamento, e rB é a resistência em 
série, que inclui a resistência de contato e do material. 
Para a maioria das aplicações, o circuito equivalente aproximado da Fig. 13, que inclui um 
diodo ideal em paralelo com a capacitância de junção, mostra-se bastante adequado. 
 
Figura 15- Diodo Schottky ( de portadores quentes) ; (a) circuito equivalente; (b) símbolo 
 
Figura 16-Circuito equivalente aproximado para o diodo Schottky 
 
 
Figura 17-Estrutura de um Diodo Schottky comum 
 
 20 
Os diodos Schottky são dispositivos eletrônicos criados a partir da junção de um metal a um 
semicondutor, onde ambos possuem portadores majoritários de cargas negativas (elétrons). Este 
fato nos ajuda a entender a razão do uso do dispositivo em faixas de alta frequência, pois, não 
havendo cargas armazenadas o diodo pode entrar em corte mais rápido que um diodo comum. 
São aplicados e produzidos de acordo com a finalidade desejada, podendo ser utilizados 
diversos tipos de metais, e, para melhor rendimento algumas estruturas podem auxiliar no 
funcionamento do dispositivo eletrônico. 
 
2.3 DIODO SCHOCKLEY 
 O diodo shockley (nome dado em homenagem ao físico William Shockley), é um diodo 
semicondutor de 4 camadas. É como um diodo PNPN e é equivalente ao SCR com gate 
desconectado. 
Diferente de outros tipos de diodos semicondutores, o diodo shockley tem mais de uma junção 
PN. 
 
 
 
 
Ele pode ser utilizado em aplicações de chaveamento. Quando sua tensão é menor que a tensão 
de disparo, ele está em estado desligado, e ao atingir a tensão de disparo sua resistência diminui 
para um valor baixo e ele se comporta como um diodo normal com uma queda de tensão de 
aproximadamente 1.5V. 
Para desligar ele é necessário reduzir sua corrente para um valor abaixo da Ih(holding current), 
que é a corrente mínima necessária para o diodo conduzir. 
Atual uso dos diodos shockley 
O uso de diodos shockley hoje em dia está limitado apenas a aplicações de grande potência e 
mesmo assim não é normal. 
Esquema Substratos 
Dopados 
Age como 2 
transistores 
Circuito 
Equivalente 
 21 
Abaixo diodos de baixa potência da década de 1950 que foram doados ao Museu do Transistor. 
 
Figura 18-diodos de baixa potências 
 
2.4 DIODO ZENER 
O diodo zener é construído especialmente para trabalhar na região da tensão de 
ruptura. Na figura 12 mostra a curva característica do diodo zener. A sua representação gráfica 
está indicada na Figura 13. 
 
Figura 19 - Curva característica do Diodo Zener. 
 22 
 
Figura 20 - Símbolo do Diodo Zener. 
 
O diodo Zener comporta-se como um diodo comum quando polarizado diretamente. Nas suas 
aplicações práticas o zener deve ser polarizado reversamente e conectado em série com um 
resistor limitador de corrente, veja a Figura 14. 
 
 
Figura 21 - Circuito de operação do Diodo Zener. 
 
Figura 22-Reta de carga do diodo Zener 
 
 Diodo zener ideal – o diodo zener ideal comporta-se como uma chave fechada para 
tensões positivas ou tensões negativas menores que – UZ . Ele se comportará como 
uma chave aberta para tensões negativas entre zero e – UZ, conforme representado na 
sua curva característica da Figura 12. 
 23 
 Corrente máxima no zener – a corrente máxima que o diodo zener suporta depende 
da potência e da tensão do diodo. 
 
 
 
 
 
 
 
2.5 DIODO EMISSOR DE LUZ (LED) 
O diodo emissor de luz (LED) é o que polarizado diretamente emite luz visível 
(amarela, verde, vermelha, laranja ou azul) ou luz infravermelha (invisível). Ao contrário dos 
diodos comuns não é feito de silício, que é um material opaco, e sim, de elementos como gálio, 
arsênico e fósforo, veja a Figura 16. É amplamente utilizado como elemento sinalizador em 
equipamentos devido a sua longa vida útil, baixa tensão de acionamento e alta eficiência. A 
polarização do LED é similar ao diodo comum, porém sempre em série com um resistor 
limitador de corrente, conforme a Figura 17. O LED é simbolizado com setas apontando para 
fora como símbolo de luz irradiada. Para a maioria dos LED’s disponíveis no mercado, a queda 
de tensão típica (U led) é de 1,5 a 2,5V para correntes entre 10 e 50mA (I L). 
 
Figura 23 - Vista interna do led. 
Equação 1 
Equação 2 
 24 
 
 
Figura 24 - Circuito de polarização do led. 
 
 
 
 
2.6 FOTODIODO 
 
É um diodo com uma janela transparente que torna sua pastilha semicondutora 
sensível à luz (Figura 18). O fotodiodo opera reversamente polarizado. Quando uma energia 
luminosa incide numa junção PN, injeta mais energia nos elétrons de valência e, com isso, gera 
mais elétrons livres. Quanto mais intensa for a luz na junção, maior será a corrente reversa no 
fotodiodo. O fotodiodo tem grande aplicação nos sistemas de comunicação de dados por meio 
luminoso, por se tratar de um excelente conversor de luz em sinal elétrico. 
 
Figura 25 - Fotodiodo 
Equação 3 
 25 
 
Figura 26 - Símbolo e aspectos dos fotodiodos 
 
2.7 DIODO TÚNEL 
 
 Um componente extremamente simples, com características de resistência negativa 
pode ser usado em circuitos de altíssimas frequências. Desta forma podemos definir o diodo 
túnel que será explicado neste artigo. Além de analisarmos seu princípio de funcionamento 
daremos diversos circuitos práticos que vão surpreender os leitores pela sua simplicidade. 
 
 
Figura 27-diodo túnel 
 
 O diodo túnel, como o nome diz, é um diodo mas com características de resistência 
negativa que permitem sua utilização em circuitos semelhantes aos osciladores de relaxação 
com transistores uni junção ou lâmpadas neon. No entanto, os diodos túnel tem algo mais: 
podem oscilar em frequências superiores a 1 Giga hertz o que os torna especialmente indicados 
para circuitos de altíssima frequência. 
Se bem que os diodos túnel não sejam componentescomuns, a possibilidade de se utilizar estes 
componentes em projetos pode ser interessante quando a exigência principal for simplicidade 
em circuitos de frequências muito altas. 
 
 COMO FUNCIONA 
 Na figura 21 temos o símbolo comumente adotado para representar o diodo túnel. 
 26 
 
Figura 28 - Símbolo do diodo túnel 
 
 Sua propriedades de resistência negativa vem da utilização de uma camada de deplexão 
ultra fina na junção que dota o componente de características de resistência negativa. 
 O nome do componente vem do fato de que diferentemente dos demais 
semicondutores em que a resistência da barreira de potência depende até certo valor da tensão 
aplicada, existe um ponto em que esses portadores encontram como que um túnel por onde 
podem passar com facilidade, resultando assim numa curva característica que é mostrada na 
figura 22. 
 
 
Figura 29 - Curva característica 
 
 Assim, quando aplicamos uma tensão no sentido direto o componente se comporta 
como um diodo comum até o instante em que ela atinge o ponto A. Este ponto ocorre com 
algumas dezenas de milivolts para os diodos túnel comuns e é denominado "ponto de pico". 
No entanto, a partir deste ponto quando a tensão aumenta, em lugar da corrente também 
aumentar ela diminui abruptamente até o denominado ponto de vale mostrado em B. 
Neste trecho temos então um comportamento "anormal" para o componente que passa a 
apresentar uma resistência negativa. 
Lembramos que a resistência no gráfico em questão é a cotangente do ângulo que a curva 
característica apresenta no ponto visado e neste caso temos valores negativos para o trecho 
entre A e B. 
 27 
A partir do ponto B o aumento da tensão novamente causa o aumento da corrente quando então 
o componente passa a apresentar um comportamento semelhante aos demais componentes 
eletrônicos. 
No entanto, o importante da característica de resistência negativa que este componente 
apresenta e que é semelhante a dos transistores uni junção e da própria lâmpada neon é que o 
diodo túnel pode ser usado em osciladores de relaxação e até mesmo amplificar sinais. 
Como a ação do diodo túnel é extremamente rápida, o que não ocorre que lâmpadas neon e 
transistores uni junção cuja velocidade de operação limita sua aplicação a circuitos de no 
máximo algumas dezenas de quilo hertz, os diodos túnel podem ser usados em circuitos de 
altíssima frequência superando facilmente os 1 000 MHz ou 1 GHz. 
 
2.8 VARICAP 
 
Os Varicaps são diodos otimizados para trabalharem em polarização reversa, 
apresentando maiores variações de capacitância em função do potencial reverso aplicado. 
Para baixas frequências são fabricados com silício, sendo usado o arsenieto de gálio 
para frequências mais elevadas. 
 
 
Figura 30 - Simbologia 
 
 
 
Figura 31 - Diodos varicap 
 Quando reversamente polarizados, os diodos semicondutores apresentam em 
sua junção PN uma capacitância que é devida à presença de portadores de carga separados por 
 28 
uma camada isolante (formada pela recombinação dos portadores). Essa região também é 
chamada de zona de depleção. Ao variarmos a tensão nos terminais desse diodo, variamos a 
separação destes portadores, ou seja, a largura dessa camada isolante, o que equivale a 
aumentar o meio dielétrico entre as placas energizadas de um capacitor. Dessa forma, atuando 
sobre a tensão no diodo, temos uma resposta na capacitância gerada. Em diodos 
semicondutores comuns, esse efeito não é muito expressivo ( é preciso uma grande variação de 
tensão para variar significativamente a capacitância). Por isso, os varicaps são construídos de 
modo a se ampliar esse efeito capacitivo, tornando-os mais sensíveis a variações de tensão, 
enquanto que os diodos comuns geralmente são feitos de forma a minimizar esse efeito. 
Aplicações: 
Aparelhos de televisão possuem um seletor de canais automático que contém diodos varicaps 
com a função de sintonizar as frequências dos canais recebidos em consequência da variação de 
tensão em seus catodos (polarização reversa), acarretando mudança de capacitância 
internamente nestes diodos. 
 
2.9 DIODO PIN 
 
O nome é deve-se à existência de uma camada I (“intrínseca” – silício sem dopagem) 
entre as camadas P e N. 
 
 
Figura 32 - Simbologia 
 
 
Figura 33 - Funcionamento 
 29 
 
Quando diretamente polarizado, buracos e elétrons são injetados na camada intrínseca I e as 
cargas não se anulam de imediato, ficam ativas por um determinado período. O efeito resulta 
numa carga média na camada que possibilita a condução. Na polarização nula ou inversa, não 
há carga armazenada e o diodo comporta-se como um condensador (capacitor) em paralelo com 
a resistência própria do conjunto. 
Com tensão contínua ou de baixa frequência, o diodo PIN tem um comportamento próximo do 
diodo de junção PN. Em frequências mais altas, de períodos inferiores ao tempo de duração das 
cargas, a resistência apresenta uma variação característica com a corrente. Isso dá ao 
componente aplicações variadas em altas frequências (atenuadores, filtros, limitadores). 
 
2.10 DIODO LASES 
 
 Os diodos LASER são componentes de extrema importância em inúmeras aplicações 
práticas. Os leitores de CDs tanto de música como de programas em computadores e os DVDs 
são exemplos de dispositivos que só existem graças ao diodo LASER. 
 No diodo LASER o estímulo é mais intenso, com correntes maiores e além disso a 
própria estrutura do material favorece a absorção de uma quantidade maior de energia e 
portanto a obtenção da condição de inversão de população. Quando a energia é devolvida o 
dispositivo emite então a radiação que caracteriza o LASER. 
Os diodos LASER são dispositivos extremamente pequenos e eficientes. Os primeiros tipos 
emitiam radiação apenas na faixa do espectro correspondente ao infravermelho, mas hoje 
existem diodos LASER que emite luz na faixa visível e até ultravioleta. 
Também já se tem a notícia de que se conseguiu fabricar LASERs semicondutores com 
materiais mais comuns e baratos como o próprio silício o que permitiria a sua integração na 
mesma pastilha do circuito eletrônico que o excita. A Intel teria conseguido esse feito. 
Um exemplo de dispositivo muito comum que emite radiação visível (vermelha) a partir de um 
diodo LASER é o LASER POINTER mostrado na figura 27. 
 
 
Figura 34 - Laser pointer 
 
 30 
Do tamanho de uma caneta comum este dispositivo emite um feixe que projeta uma seta ou 
outra forma indicadora num painel ou qualquer anteparo, sendo usado por conferencistas. 
O feixe muito estreito que gera esta imagem, mais a potência elevada permite a obtenção de 
uma seta indicadora muito brilhante, facilmente vista por todos. Na figura 11 temos o circuito 
eletrônico de excitação de um LASER desse tipo. 
 
 
Figura 35 - Circuito eletrônico de excitação de um laser 
 
 Mas, é em dispositivos como o CD comum, o DVD e o CD-ROM que o LASER 
semicondutor manifesta toda sua utilidade. 
As informações num CD ou DVD são gravadas na forma de pequenas saliências ou "pits" 
numa superfície lisa. 
A leitura das informações ou dos "pits" que indicam os níveis lógicos 0 ou 1, é feita justamente 
por um feixe de luz emitido por um diodo LASER. Na presença do pit a luz se reflete de modo 
diferente do que quando ele está ausente e isso permite que um fotodiodo, usado como sensor e 
devidamente focalizado faça a leitura da informação à medida que o CD ou DVD se move. 
Quando o CD gira o sistema óptico de leitura acompanha as trilhas deslocando-se 
transversalmentede modo a procurar as trilhas e com isso as informações podem ser lidas. 
Considerando-se as dimensões dos pits fica claro que este dispositivo óptico de leitura deve ter 
enorme precisão, mas o mais importante é a densidade de informações que se consegue gravar 
num único CD. 
Mais de 550 Megabytes de informação que tanto pode ser som como informação digital podem 
ser colocadas num único CD. No caso do DVD, os pits são tão pequenos que o próprio 
comprimento de onda de um LASER infravermelho não é refletido. Por esse motivo, os 
LASERs dos DVDs são de comprimento de onda menor (vermelho) para poder ler os pits 
menores. 
Novas tecnologias que permitem ler "pits" em profundidades diferentes ou nas duas faces dos 
CDs também são usados para permitir que a quantidade de informação gravada seja muito 
maior, conforme mostra a figura 29. 
 31 
 
Figura 36 - Representação 
No entanto, mesmo aumentando a densidade dos dados gravados ou modificando-se a 
profundidade, o diodo LASER ainda vai estar presente como principal dispositivo envolvido no 
processo de leitura. 
 
2.11 DIODO GUNN 
 
O diodo Gunn tem uma característica bastante particular: é construído apenas com 
semicondutor tipo N, ao contrário do par PN dos demais. Na realidade, é um oscilador de 
micro-ondas. 
É assim denominado em homenagem a J Gunn, descobridor (em 1963) do efeito da 
geração de micro-ondas por semicondutores N. 
 
Figura 37 - Explicação 
 
 32 
São construídos em três camadas conforme indicado na Figura 01 (a). A camada central tem 
um nível de dopagem menor. 
O dispositivo exibe característica de resistência negativa conforme gráfico (c) da mesma figura. 
O material semicondutor pode ser arsenieto de gálio (GaAs) ou nitreto de gálio (GaN), este 
último para frequências mais elevadas. 
Podem oscilar em frequências de cerca de 5 GHz até cerca de 140 GHz. 
 
Em geral são fornecidos como parte de um conjunto oscilador conforme (d) da figura. (b) é o 
circuito equivalente do diodo oscilante na cavidade. 
 
A frequência gerada por um diodo Gunn depende principalmente da espessura da camada ativa. 
Entretanto, dentro de certos limites, ela pode ser ajustada pela ressonância da cavidade. Na 
figura citada, isso é dado pela haste de sintonia. 
 
2.12 DIODO VARACTOR 
 
Os diodos varactores, também chamados de varicaps, são dispositivos semicondutores que se 
comportam como capacitores variáveis. Quando polarizados inversamente, têm uma 
capacitância que varia conforme a tensão aplicada. Eles são mais frequentemente utilizados em 
aparelhos que necessitam de ajuste eletrônico, como os rádios. 
 
Figura 38 - Simbologia 
 
Quando polarizados inversamente, os diodos varactores têm uma capacitância que varia 
conforme a tensão aplicada. 
Os diodos varactores são comumente encontrados em equipamentos de comunicação, onde o 
ajuste eletrônico é uma necessidade. Eles são importantes componentes ou aplicações de 
frequência de rádio. 
 Além de serem referidos como varicaps, os varactores também são conhecidos como 
capacitores de tensão variável e como diodos de sintonia. Seu símbolo é um diodo colocado 
 33 
diretamente ao lado de um capacitor. No aspecto, eles podem se parecer com capacitores ou 
diodos regulares. 
A capacitância de um varactor diminui quando a tensão inversa fica maior. Ele é geralmente 
colocado em paralelo com um indutor para formar um circuito ressonante de frequência. 
Quando a tensão inversa muda, o mesmo ocorre com a frequência ressonante, razão pela qual 
os varactores podem ser substituídos por capacitores sintonizados mecanicamente. 
Os diodos varactores são encontrados em rádios, receptores FM, televisores e microondas. 
O efeito de capacitância de tensão variável ocorre em todos os diodos, mas os varactores são 
feitos especificamente para esse fim. Em um díodo de polarização reversa, a camada de 
depleção torna-se mais ampla quando a tensão reversa aumenta. Isso obriga a capacitância a 
tornar-se menor, o que é equivalente a puxar em separado as placas dos capacitores. A força 
desse efeito de capacitância depende da quantidade de dopagem utilizada, pois o nível de 
dopagem determina a largura da camada de depleção, mediante a aplicação de uma tensão 
reversa. 
Os circuitos varactores são utilizados em situações de alta tensão, como por exemplo nos 
televisores, e essas tensões podem ser tão elevadas quanto 60 V. O uso incorreto desses 
dispositivos pode, portanto, ser perigoso, e, por isso, um eletricista profissional deverá ser 
chamado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
CAPÍTULO III 
 
CIRCUITOS COM DIODOS 
 
3.1 MULTIPLICADORES DE TENSÃO 
 
O multiplicador de tensão é um circuito com dois ou mais diodos retificadores que 
produzem uma tensão média igual a um múltiplo do valor da tensão de pico (2VP, 3VP, 4Vp 
etc.). Este tipo de arranjo é utilizado em dispositivos de alta ou baixa corrente, como os tubos 
de raios catódicos. 
 
 Dobrador de Tensão de Meia onda 
No pico do semiciclo negativo, D1 está polarizado diretamente e D2 reversamente, isto faz C1 
carregar até a tensão Vp. No pico do semiciclo positivo, D1 está polarizado reverso e D2 direto. 
Pelo fato da fonte e C1 estarem em série, C2 tentará se carregar até 2Vp. Depois de vários 
ciclos, a tensão através de C2 será igual a 2Vp. 
 
 
Figura 39 - Circuito Dobrador de Tensão de meia onda 
 
 Dobrador de Tensão de Onda Completa 
Utiliza ambos os semiciclos da onda de entrada, assim a saída da ondulação é de 120 Hz. Essa 
frequência de ondulação é uma vantagem porque isso facilita a operação do filtro. Uma outra 
vantagem do dobrador de onda completa é que a tensão reversa nominal, PIV, dos diodos pode 
ser apenas maior que Vp. A desvantagem do dobrador de onda completa é quanto à falta de um 
ponto comum entre a entrada e a saída. Se aterrarmos o terminal do resistor de carga na a fonte 
fica em flutuação. 
 35 
 
 
Figura 40 - Circuito Dobrador de tensão de Onda Completa. 
 
 Triplicador de Tensão 
 Os dois primeiros retificadores de pico funcionam como um dobrador de tensão de meia onda. 
No pico do semiciclo negativo, 3° fica diretamente polarizado carregando C3 a 2Vp. A saída do 
triplicador aparece entre CI e C3 A resistência de carga é conectada na saída do triplicador. 
Enquanto a constante de tempo for alta, a saída será aproximadamente igual a 3Vp. 
 
Figura 41-Circuito Triplicador de Tensão 
 
 Quadriplicador de Tensão 
A Figura 42 mostra um quadriplicador de tensão com quatro retificadores de pico em cascata 
(um após o outro). Os três primeiros formam um triplicador e o quarto completa o circuito 
quadriplicador. O primeiro capacitor carrega com Vp; todos os outros carregam com 2Vp. A 
saída do quadriplicador é entre a conexão em série de C3 e C4. Como sempre, uma resistência 
de saída alta (alta constante de tempo) é necessária para que a saída se mantenha próxima de 
4Vp. 
 36 
 
Figura 42-Circuito Quadriplicador de Tensão 
 Multiplicador de Tensão 
Teoricamente, podemos adicionar seções indefinidamente, contudo, a ondulação piora a cada 
seção adicionada. É por isso que os multiplicadores de tensão não são usados nas fontes de 
alimentação de baixos valores, que são as mais encontradas. Conforme dito anteriormente, os 
multiplicadores de tensão são quase sempre usados para produzir alta tensão, de centenas e até 
milhares de volt. 
 
Figura 43- Circuito Multiplicador de Tensão 
 
 
 
 
3.2 LIMITADORES (CEIFADORES) 
Circuitos ceifadores (também conhecidos como limitadores de tensão, seletores de 
amplitude ou cortadores) são aquelesque ceifam parte do sinal aplicado em suas entradas. Os 
principais circuitos ceifadores são aqueles que utilizam diodos, resistores e baterias. Um 
 37 
ceifador de sinal elimina parte de uma onda e passa somente o sinal que ocorre acima ou abaixo 
de um determinado nível de tensão ou de corrente. As aplicações incluem a limitação de 
amplitudes excessivas, formação de ondas e o controle da quantidade de potência entregue a 
uma carga. Você certamente já estudou um circuito retificador de meia-onda. O retificador de 
meia-onda funciona como um ceifador de sinal eliminando uma alternação inteira. Dependendo 
da orientação do diodo, a região positiva ou negativa do sinal de entrada é ceifada. Há duas 
categorias de ceifadores: série e paralelo. A configuração série é definida como aquela que tem 
o diodo em série com a carga, enquanto a paralela tem o diodo em um ramo paralelo à carga. 
Ceifador em série: 
 
Figura 44 - Ceifadores em série 
Para a análise de um circuito ceifador, algumas ideias auxiliam na busca de uma 
solução: 
1) Imagine um esboço da resposta do circuito baseado na direção do diodo e nos níveis 
de tensão aplicados. Para o circuito da figura acima, a direção do diodo sugere que o sinal de 
entrada seja maior do que a tensão da fonte para ligar o diodo. 
2) Determine a tensão aplicada (tensão de transição) que causará a mudança de estado 
do diodo. Para o diodo ideal, a transição entre os estados ocorrerá no ponto em que a queda de 
tensão no diodo for 0 V e a corrente for 0 A. A aplicação desta condição no circuito da figura 
acima, o valor de Ventrada que causará uma transição do estado é Ventrada = V. Para um diodo 
real, a transição entre os estados ocorrerá no ponto em que a queda de tensão no diodo for de 
0,7 V (silício) ou 0,3 V (germânio). A aplicação destas condições no circuito da figura acima, o 
valor de Ventrada que causará uma transição é Ventrada = V + 0,7 V (silício) ou Ventrada = V 
+ 0,3 V (germânio). 3) esteja sempre ciente dos terminais e da polaridade de Ventrada. 
 
Exemplo: Determinar a forma da onda de saída para o circuito da figura abaixo. 
 
 38 
 
Figura 45 - Forma de onda 
A figura sugere que o diodo estará no estado ligado para a região positiva de Ventrada. 
Para um diodo ideal Vsaida = Ventrada + 5V e o nível de transição ocorre em Ventrada = -5 V. 
Para um diodo de silício, Vsaida = Ventrada + 5 V – 0,7 V e o nível de transição ocorre em 
Ventrada = - 4,3 V. 
 
Ceifador em paralelo: 
 O circuito da figura abaixo é o mais simples das configurações em paralelo com 
diodos. A análise das configurações em paralelo é muito semelhante à utilizada em 
configurações em série. Para fins de análise, devemos utilizar a curva de transferência de cada 
circuito, que consiste num gráfico, o qual relaciona a tensão de saída com a tensão de entrada. 
 
Figura 46 - Circuito 
Analisando o circuito, supondo o diodo como ideal, teremos que para o semiciclo 
positivo da tensão de entrada, ate esta atingir o valor da bateria V, o diodo estará cortado, pois, 
a resultante das tensões, faz com que este fique reversamente polarizado, aparecendo na saída o 
próprio sinal de entrada. Quando a tensão de entrada atingir o valor de V, o diodo entrara em 
condução, fazendo a tensão de saída ser igual a V. A partir disso, a tensão de entrada atinge 
VMAX e decresce, ficando esta variação como queda de tensão no resistor R, continuando a 
 39 
saída com o valor V. Quando a tensão de entrada, decrescendo atingir um valor menor do que 
V, o diodo volta a condição de não condução, que prossegue durante todo o semi-ciclo 
negativo, fazendo com que na saída volte a aparecer o sinal de entrada. Teremos portanto, no 
trecho compreendido entre V e Vmax, parte do semi-ciclo positivo ceifado, obtendo-se assim 
um circuito ceifador positivo. Na curva de transferência, temos uma reta inclinada de 45o com 
coeficiente de transferência igual a 1, ou seja, toda tensão de entrada é transferida à saída sem 
modificações. Quando a tensão de entrada for maior do que V, a característica de transferência 
é paralela ao eixo de tensão de entrada, fixada no valor V, assim sendo, a toda variação da 
tensão de entrada, na saída, aparecera esse valor. 
 
 
3.3 CIRCUITO GRAMPEADOR 
 São circuitos que possibilitam a alteração do nível cc de um sinal para algum valor 
desejado; esta alteração é denominada grampeamento; 
 
Figura 47 - Formas de ondas de um circuito grampeador. 
 
 Grampeador Positivo sem Polarização 
O circuito insere nível cc positivo no sinal de saída de modo que o valor mínimo de Vo 
fique “grampeado” em 0 V (-0,7 V, considerando a queda de um diodo de silício). 
 40 
 
Figura 48 - Grampeador positivo sem polarização 
 
 
 Grampeador Positivo com Polarização 
O circuito insere nível cc positivo no sinal de saída de modo que o valor mínimo de Vo 
fique “grampeado” em Vf (Vf - 0,7 V, considerando a queda de um diodo de silício). 
 
Figura 49 - Grampeador positivo com polarização 
 
 Grampeador Negativo com Polarização 
O circuito insere nível cc negativo no sinal de saída de modo que o valor máximo de Vo 
fique “grampeado” em Vf (Vf + 0,7 V, considerando a queda de um diodo de silício). 
 
Figura 50 - Grampeador negativo com polarização 
 
 41 
CAPÍTULO I V 
 
CONCLUSÕES 
 
Muitas pessoas não dão importância a esse pequeno componente que é o diodo, 
porém, com esse trabalho, mudamos nossa maneira de pensar. 
Este trabalho foi de extrema importância para o aprendizado da equipe, a qual 
aprendeu sobre a história do diodo, os vários tipos de diodo e seus circuitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
[1] MALVINO, Albert Paul. Eletrônica. Vol. I - 4.ª; Ed. Makron Books: São Paulo, 1995. 
[2] BOYLESTAD, R. L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos; Ed. Prentice Hall: São 
Paulo, 2004. 
 [3] BERTOLI, Roberto Ângelo. Eletrônica; UNICAMP, 2000. 
[4] BARBI, Ivo, Eletrônica de Potencia – 6ª edição, Ed. Do autor: Florianópolis, 2005. 
 [5] FÓRUM DO CLUBER DO HARDWARE 
[6] Houaiss, Antônio (2001). "Díodo". Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa VII. Ed. 
Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia. Lisboa: Temas & Debates. 3001. 
[7] Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda (1986). "Diodo". Novo Dicionário da Língua 
Portuguesa (2 ed.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p.592. 
[8] Instituto Newton C Braga. Consultado em 29 de abril de 2016.

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