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PROPOSTA PARA REDUÇÃO DE PERDAS EM OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ – UNIDAVI
Cleiton Ceolin 
Dioni Dela Justina
Leopoldo Alberto Zimmermann
Proposta para redução de perdas em obras da construção civil
A construção civil com o passar dos anos vem contradizendo os primórdios da teoria de que a cada três prédios construídos um era desperdiçado. Conceito este que era compartilhado pelos críticos conservacionistas do meio ambiente, após o levantamento desta prerrogativa, muitos grupos de estudos foram montados para contradizer esta teoria e expor dados mais concisos e verídicos sobre a real perda ocasionada na construção civil.
Introdução
A contextualização do desperdício na construção civil tem mobilizado pesquisadores de todas as partes do mundo, bem como de diversas áreas de gestão para uma formalização de números, mais precisos no que tange o desperdício gerado pela má gestão dos canteiros de obras bem com a capacitação do pessoal envolvido nas etapas construtivas do empreendimento.
O presente trabalho apresenta propostas para redução de perdas e desperdícios, baseando-se em dados colhidos de fontes de pesquisas, bem como visita em canteiros de obras detalhando possíveis pontos a serem estudados. A metodologia adotada apresenta-se como banco de dados, relatando quais os setores necessita de maiores cuidados e atenção, por serem de grande impacto e estarem ocasionando as maiores perdas. 
Em paralelo a isso, a necessidade de estar buscando estas fontes se justifica pela intensificação das leis ambientais bem como o constante busca de selos de qualidade, e sustentabilidade, justificado pelo publico alvo que cobra maior empenho das construtoras no que tange a conscientização ambiental.
Inicialmente são detalhados conceitos sobre as principais fontes oriundas dos desperdícios, em seguida feitas suas classificações, de acordo com suas generalidades e condições no qual elas ocorrem. Posteriormente, apresentam-se as propostas e padrões operacionais bem como as metodologias, a serem adotadas para a gestão eficiente e controle das obras, sendo uma ferramenta, adaptável a qualquer canteiro de obras, para diferentes períodos temporais.
Definição de Perdas
Existem diversas definições de perda, descrita por autores da literatura científica, dentre eles elencamos algumas que se seguem:
Todo processo produtivo que gera restos decorrentes da atividade desenvolvida, de forma previsível. Estes são considerados normais à atividade, portanto devem englobar o custo do produto fabricado. Por isso, são tratadas como perdas.
Perda pode ser definida como, ato ou efeito de perder ou ser privado de algo que possuía. Redução que alguma matéria sofre em seu volume, peso, valor. Prejuízo financeiro.	
Perda é toda quantidade de material consumida além da quantidade teoricamente necessária, que é aquela indicada no projeto e seus memoriais, ou demais prescrições do executor, para o produto sendo executado.
Classificação das Perdas
As perdas podem ser classificadas em perdas evitáveis, quando o custo para corrigir é menor do que o beneficio gerado, e perdas inevitáveis, quando o custo para corrigir é maior do que o beneficio de sua eliminação.
As perdas inevitáveis ou intrínsecas como também são conhecidas, são devido a fatores que fogem ao controle do responsável pela operação ou período de execução em que pode acontecer. Esta causa compreende a parcela de perdas incontornáveis, ou, como relatada acima, a perdas em que o custo para sua redução é maior do que o de permitir sua ocorrência.
Quanto às perdas evitáveis ou perdas por desperdício, são classificadas na situação inversa, ou seja, quando os custos da ocorrência destas perdas forem em proporção, superiores aos custos de reparo ou sua prevenção.
Uma ação adequada, por parte de quem seja responsável pela operação ou fase em que a causa dessas perdas pode acontecer, evita que elas aconteçam. A partir desta classificação, conclui-se que o termo perda engloba as ocorrências intrínsecas e as evitáveis, enquanto o termo desperdício aplica-se somente estas últimas. 
Perdas Por Superprodução
As perdas por superprodução são entendidas como perdas pela produção de determinado produto, nos termos deste trabalho como; concreto, argamassas de assentamento, massa de reboco entre outras, pela sua produção de forma exagerada bem como a produção sem a necessidade. Ainda no que tangem esta linha de raciocínio efetuar pedidos com quantidade acima do necessário por excesso de garantias.
Como perda de superprodução está enquadrada as execuções de lajes, vigas, pilares, etc. fora das dimensões prescritas em projeto, um exemplo clássico é quando o projeto determina uma laje com espessura de 15cm e o executor executa com 20cm.
No que tange esta metodologia há existência de serviços executados em quantidade superior à necessária para sanar um problema ocasionado por outras perdas, mas, que se enquadra dentro desta categoria por se tratar de quantitativo de material, que é utilizado mais para corrigir determinado erro. Um dos mais evidentes e a utilização de rebocos com camadas superiores as prescritas em projetos.
Perdas Por Transporte
Nesta categoria estão relacionadas todas as atividades de movimentação de materiais que geram custos e não adicionam valor ao produto. Estas atividades são tratadas domo desperdício de tempo e mão de obras.
Estas perdas estão mais presentes no manuseio excessivo dos materiais até sua utilização final. Exemplificando um fato bastante ocorrido é o retrabalho de realocar materiais colocados em pontos de conflitos com etapas anteriores a sua utilização, ou ainda a colocação dos mesmos a grandes distâncias do seu lugar de utilização. Como causa frequente desta perda tem-se a falta de controle e programação eficiente dos materiais. 
Perdas por processamento
 
Este processo está relacionado ao manuseio inadequado dos materiais, onde a mão de obra que muitas vezes não possui qualificação ignora os métodos prescritos de manuseio e ocasionam perdas. Outras vezes existe a falta de manuais ou mesmo a orientação de pessoas qualificadas para determinar as técnicas corretas de manuseio.
Um exemplo clássico deste tipo de perda existe na confecção de contrapiso, que se não atendida às técnicas de sua elaboração geram perdas em seu processo de fabricação, e continuara ocorrendo se não forem adotadas as devidas providencias, gerando novos custos.
Perdas por fabricação de produtos defeituosos
Estas perdas estão presentes na fabricação de produtos que não atendem os requisitos mínimos de qualidade detalhados em projetos, ou mesmo a não utilização de equipamentos fundamentais para utilização em obras, como prumos, níveis, esquadros, entre outros.
A produção destes produtos esta ligada a novos custos, desperdício de materiais, desperdício de mão de obra, equipamentos, a movimentação dos materiais defeituosos mais o material novo, geram custos com revisão de projetos e peças novas, além de custos com limpeza do ambiente.
Perdas no movimento
Estas perdas estão associadas ao trabalhador, através do meio de transporte do mesmo até seu ponto de trabalho, à distância em que ele se encontra dos materiais que ele necessita, aos custos que o processo de busca de materiais causa no trabalhador, além da sua redução de produção causada pela fadiga e cansaço.
Perdas por espera
Estas perdas estão associadas aos períodos que os trabalhadores ficam a deriva por conta do não funcionamento adequado dos equipamentos, período em que estão improdutivos.
Um dos problemas mais frequentes nesta qualificação é a espera por materiais que deveriam estar na obra, mais por algum problema não estão, estas perdas se evidenciam caso a mão de obra não seja remanejada para outra função. 
Perdas por estoque
Consiste na existência de estoques elevados de matéria-prima, material em processo de produção ou produtos acabados, com elevados custos financeiros, ocasionado pela má gestão da programação de compra de materiais,ou da falta de cuidados na armazenagem dos materiais. 
Perdas por substituição
Consistem na utilização de materiais com valor característico superior ao especificado, acarretando perdas com materiais e aumento de custos no valor final da obra. Um exemplo didático seria a substituição do reboco pela utilização de gesso, ou mesmo a substituição do piso pela utilização de porcelanato. 
Perdas diretas
Esta perda esta relacionada à acumulação de detritos ao longo do expediente de trabalho, quantidade de materiais eliminados e restos existentes no entorno da obra, alocados nos pontos de descarte de materiais para retirado pelo caminhão da limpeza.
Acima estão relacionados os diversos tipos de custos e suas origens, sendo verificadas suas externalidade. Que toda obra gera custos e desperdícios, é fato, mas, o objetivo do trabalho é levantar onde, e como está ocorrendo estes gastos para que se possa buscar alternativas para solucionar ou mesmo amenizarem os efeitos produzidos pelo problema.
No contexto do trabalho buscando estender nosso conhecimento, fomos através de uma visita para acompanhar de perto, se o que esta escrita nos livros sobre os gastos gerado pelas construtoras, esta dentro no recomendável e orienta-los para com os cuidados que devem ter mais minimizar os efeitos dos danos causados..

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