Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DELEGADO CIVIL DIURNO CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO Disciplina: Direito Administrativo Professor: Patrícia Carla Aulas: 03 e 04| Data: 20|08|15 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO 1.ATOS ADMINISTRATIVOS – (continuação) 2.ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO 1.ATOS ADMINISTRATIVOS A Administração Pública precisa exteriorizar sua vontade e, ela faz isso, sob o prisma de atos administrativos. Atos Administrativos: (conceito) – É uma declaração unilateral de vontade da Administração Pública. Dica: Unilateral = ATO Bilateral = CONTRATO Existem dois elementos, ou seja, requisitos de validade que compõem o ato administrativo. São eles: a) Competência; b) Finalidade; c) Forma; d) Motivo; e) Objeto. Atenção: Elemento e Requisitos, todos devem estar presentes, e cuidado, na falta de 1 elemento, o ato será considerado NULO (ato administrativo). a) Competência: decorre de Lei, ou seja, a quem ela confere. É a atribuição para o exercício de determinada atividade. Podemos definir ou chamar de sujeito/agente competente. Como decorre de Lei, NÃO poderá ser modificada pela vontade das partes. A competência é irrenunciável, necessariamente, o sujeito deve executá-la, ou seja, exercê-la. A Lei do Processo Administrativo está disciplinada nos artigos 11 ao 15 da Lei n.9784/99 – Instituto da Competência. Salvo, em situações de delegação e ou evocação, que legalmente são permitidos. *A competência não pode ser transferida. * Cláusula de permanência, como, por exemplo; servidora pública, poderá delegar ou avocar, mas, nunca transferir. A competência é imprescritível, pois, não prescreve pelo não uso. Exemplo: férias e licença não remunerada. Delegação de competência: delegar é a passagem de competência para outro órgão, ou seja, dar atribuições que o órgão não tinha. Ela ocorre no mesmo nível hierárquico ou para um subordinado. Página 2 de 4 Edita-se: ato de delegação. Quem delega? R – O agente delegante. Quem recebe? R – O agente delegado. Este ato de delegação é um ato formal (escrito, assinado, datado e publicado). Parcial: não delega todo o ato. Temporário: não irá exercer para a vida toda. A delegação deve obedecer a determinadas circunstâncias, e são essas: técnica, social, econômica, territorial e jurídica. Artigo 12 da Lei n. 9784/99. A Lei 9784/99 – aborda algumas vedações a delegação e está disposto em seu artigo 13. Não é possível delegar decisão de recurso administrativo; edição de atos de caráter normativo; competência exclusiva – (competência em razão da matéria), a Lei veda expressamente. Cuidado: Ela pode delegar uma decisão administrativa. Se houver a delegação destas três hipóteses, estaremos diante de uma ILEGALIDADE. Para retirar a delegação, invoca-se a revogação. Avocação de competência: artigo 15 da Lei. É retirar competências e atribuições, em circunstâncias excepcionais, justificadas e motivadas. Em relação ao subordinado. Avocação é temporária. (Ocorre) Avocar a competência que sempre foi do subordinado. Observação: A revogação serve para desfazer qualquer ato administrativo legal, desde que seja e se tornou, inconveniente e inoportuno ao interesse público. NÃO cabe delegação ou avocação na competência exclusiva – (competência em razão da matéria). Cuidado: Se ocorrer ilegalidade do ato é e será uma situação de anulação. O Judiciário não pode revogar um ato administrativo, mas sim, anular. b) Finalidade: interesse ao bem comum, público e coletivo, pois, é o que visa a Administração Pública. Ato administrativo com interesse particular é ilegal. – (empregar, vender e ou alienar ao particular). c) Forma do ato: ele pode ser escrito, verbal e ou por meio de gestos. Mas em regra, será de forma escrita. Exemplo: Agente de Trânsito (verbal), colaborando para o fluxo no trânsito. Atenção: Artigo 60, parágrafo único da Lei 8666/93 – Lei de Licitações e Contratos Administrativos. É nulo e de nenhum efeito o contrato administrativo verbal, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento e feita em regime de adiantamento no valor de 5% do Convite (R$4.000,00). NÃO é a regra. Página 3 de 4 d) Motivo: é diferente ≠ de motivação (justificação e é um principio). O motivo compõe e ele forma (elemento) do ato administrativo. *** A Administração Pública precisa justificar/motivar os seus atos administrativos. Princípio da Administração. *** Cargo em comissão: é de livre nomeação e exoneração, ou seja, não necessita de um concurso, sendo assim, precário. Dispensa motivação. Motivação falsa ou mentirosa: este ato será anulado. Teoria dos motivos determinantes – anular um ato administrativo que teve motivação falsa ou mentirosa. Sempre, o motivo dever ser verdadeiro. e) Objeto: (conteúdo), do ato administrativo. É a busca da administração para a efetivação. Como, por exemplo; carteiras escolares, viaturas e concursos para o preenchimento de cargos vagos. 2.ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO É a qualidade/qualificação do ato. São estes quatro atributos: 1º) Presunção – de Legitimidade (obedece a Lei) e Veracidade (aos fatos narrados). É uma presunção relativa, ou seja, pode ser questionada. Esta presunção não é absoluta. 2º) Auto executoriedade – (gênero) e com duas espécies. Executoriedade: a Administração Pública executa seus próprios atos independentemente de autorização do Poder Judiciário. Ela executa e pratica o ato. Exemplo: Para (estacionar) em local não permitido, e o agente de trânsito (público), reboca, ou seja, o ato tem executoriedade. Atributo é qualidade. A multa não tem executoriedade e somente terá por meio do Judiciário. Existem hipóteses em que a Administração Pública poderá “executar”, tal como, quando se tratar de previsão nos Contratos Administrativos – que tem uma cláusula chamada de GARANTIA (valor). Os Contratos, em regra, são no prazo de 1 ano, mas haverá situações excepcionais em que estes poderão ser prorrogados/ampliado. ***Nesta situação se admite a execução, ou seja, se durante a vigência do Contrato, a Contratada não cumprir e ou deixar de cumprir alguma cláusula, daí sim, a Administração poderá aplicar e executar esta multa diretamente, pois, ela tem a executoriedade, porque já tem o depósito feito pela Contratada, como cláusula de Contrato Página 4 de 4 (GARANTIA), ou seja, a Administração Pública já se resguarda e evita prejuízos futuros. Ela executa diretamente este depósito feito. Executoriedade é um meio direto do ato administrativo. Exigibilidade: é um meio indireto para que se cumpra um ato administrativo. 3º) Tipicidade – os atos administrativo devem ser típicos e com previsão legal. 4º) Imperatividade – é o Estado agindo no seu poder de império e em sua supremacia (superioridade). Ato de mero expediente = NÃO tem imperatividade.
Compartilhar