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DCDiurno Administrativo RBaldacci Aula03e04 170815 MGomes

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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Administrativo 
 Professor: Roberto Baldacci 
Aulas: 03 e 04| Data: 17|08|15 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1.ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
2.ADMINISTRAÇÃO DIRETA 
3.DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
4.AUTARQUIAS 
 
1.ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Para a Constituição Federal o poder executivo é exercido pelo Presidente da República – é o núcleo de comando 
central, e sobre o Presidente a Constituição Federal concentra a responsabilidade política por todas as 
competências ou atribuições (essencialidades e interesses do Estado) do poder executivo. As competências com 
natureza de essencialidade são delegadas dentro da estrutura central – é a desconcentração administrativa, 
formando os órgãos internos do Estado, sujeitos a administração direta. Nesta estrutura de órgãos haverá 
subordinação hierárquica. Já as competências de relevante interesse são delegadas pelo Presidente da República 
para fora da estrutura central, mediante descentralização administrativa, criando ou autorizando a criação das 
pessoas jurídicas estatais autônomas e não sujeitas a subordinação hierárquica, que constituirão a administração 
indireta. Por serem autônomas não estão sujeitas a ordens nem mesmo do Presidente da República e, para 
obrigá-las a explorarem apenas aquele interesse estatal que justificou sua criação, estarão sujeitas ao PRINCÍPIO 
DA ESPECIALIZAÇÃO, que tem como finalidade a otimização da eficiência pública. Competirá aos Ministérios, na 
esfera federal, a fiscalização técnica sobre estas pessoas para controlar a especialização – é a Tutela ou 
Supervisão Ministerial (logo o INSS, que é uma autarquia NÃO ESTÁ SUBORDINADO AO MINISTÉRIO DA 
PREVIDÊNCIA, mas está tecnicamente vinculado ao Ministério da Previdência). 
 
Concentração Administrativa: o Presidente exerce o poder executivo concentrando todas as competências e 
atribuições. 
Desconcentração Administrativa: é a lei de propositura do Presidente da República, delegando internamente 
competências, criando os órgãos administrativos; 
 Descentralização Administrativa: é a lei de propositura do Presidente da República, delegando para fora da 
estrutura central competências, criando ou autorizando a criação das pessoas jurídicas da administração indireta. 
Princípio da Especialização: a lei de descentralização fixa a finalidade específica de cada pessoa jurídica da 
administração indireta para que se torne especialista otimizando a eficiência pública; 
 Tutela ou Supervisão Ministerial: é a vinculação das pessoas jurídicas da administração indireta aos ministérios 
no controle ao princípio da especialização. 
 
 
Observação: no judiciário há concentração, pois, a Constituição Federal confere a todos os Magistrados as 
mesmas prerrogativas e sujeições. 
 
 
 
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No Legislativo também não há concentração, pois, a Constituição Federal confere a todas Parlamentares as 
mesmas prerrogativas e funções. 
 
2.ADMINISTRAÇÃO DIRETA 
 
É o conjunto de órgãos criados por desconcentração. 
 Órgão é sempre criado e extinto por lei – decretos autônomos não podem extinguir órgãos, mas podem organizá-
los tal como extinguindo cargos vagos e vazios de funções. 
Todos os órgãos são sempre de regime público, não existe órgão nem de regime misto ou privado. (Para os órgãos 
que compõem o corpo administrativo das pessoas políticas). 
 
 Teoria do Órgão de OTTO GIERKE: o órgão é um núcleo de competências administrativas – órgão não possui 
personalidade jurídica e, portanto: 
**Por NÃO possuir Personalidade Jurídica, os ÓRGÃOS: 
NÃO 
 Não possui patrimônio próprio; 
 Não assume em nome próprio direito ou obrigações; 
 Não possui capacidade processual e nem capacidade para ser parte (excepcionalmente Ministério Público e 
defensoria pública possuem capacidade extraordinária para ser parte. 
 E para o Supremo Tribunal Federal qualquer órgão que possua competências constitucionais pode impetrar 
sozinho Mandado Segurança contra outro órgão para defender suas prerrogativas constitucionais. 
CUIDADO: nem todo órgão impetra Mandado de Segurança, mas somente aquele que possuir (prerrogativas 
constitucionais). 
 
***Decretos autônomos do artigo 84, inciso VI da Constituição Federal, não criam e nem extinguem órgãos, mas 
podem organizar os órgãos, tal como, extinguindo CARGOS VAZIOS ou INATIVOS. *** 
 
As Pessoas jurídicas Estatais da Administração Indireta, também são formadas por órgãos e estes órgãos seguirão 
o regime jurídico desta pessoa jurídica estatal. Os órgãos diretos da Autarquia (Dir. Público) e Economia Mista. 
 
A Teoria da Imputação Volitiva, também de Otto Gierke, define a impessoalidade dos órgãos, e, portanto, pela 
conjugação destas 2 teorias, os órgãos NÃO POSSUEM PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA – “O órgão não é 
alguém, mas ele integra o corpo de alguém”. 
 
 
***Quatro níveis mínimos de Órgãos. 
Os órgãos estão em regra, organizados em quatro níveis hierárquicos: 
 
Órgãos independentes: encabeçam cada entidade ou poder. Na esfera federal é o Presidente da República. Estes 
órgãos não são subordinados a qualquer órgão ou poder e definem as políticas que deverão ser implementadas; 
 
 
 
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Órgãos autônomos: são aqueles que formam o primeiro escalão do poder. Não possuem independência, pois são 
subordinados aos independentes, mas são autônomos para planejarem as políticas. Na estrutura federal são os 
Ministérios; 
Órgãos Superiores: desprovidos de independência ou autonomia, plenamente subordinados aos autônomos, são 
responsáveis pela coordenação na implementação das políticas planejadas – na esfera Federal temos o 
Departamento da Polícia Federal, e na estadual o Departamento de Polícia, Delegacia da Receita Federal, 
Delegacia Regional do Trabalho, Delegacia do Meio Ambiente, Procuradorias, Auditorias; 
 Órgãos Subalternos: desprovidos de autonomia ou independência, são plenamente subordinados a todos acima 
e são órgãos de execução – É o delegado, procurador, auditor, analista, fiscal. 
 
ATENÇÃO! 
Todo Órgão da Administração Direta integra esta estrutura de níveis hierárquicos? 
R – NÃO, pois, segundo a Constituição Federal, na Estrutura do Estado, estarão ainda 3 Órgãos independentes 
constitucionais, que não integram e nem se confundem com qualquer um dos 3 Poderes do Estado. 
Como, por exemplo; Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas. 
 
OBSERVAÇÃO: 
 
Tribunal de Contas – sua missão é proteger os interesses públicos e coletivos, protege o patrimônio público, os 
cofres públicos, o meio ambiente, sim o Meio Ambiente – Bem Público Federal (TCU), moralidade pública e a 
constitucionalidade das normas financeiras. 
O Tribunal de Contas pode decretar de oficio e com controle concentrado a inconstitucionalidade de Leis e 
Normas sujeitas as suas atribuições. 
O Tribunal de Contas, segundo a Constituição Federal, tem estrutura e prerrogativas dos Tribunais Judiciais. 
Na Constituição Federal, o Tribunal de Contas está previsto no Capítulo do Poder Legislativo. O Tribunal de Contas 
auxilia o Legislativo na tomada de contas do chefe do Executivo, expedindo um parecer, pela aprovação com 
ressalvas, ou seja, erros a serem corrigida, reprovação = contas erradas e reprovação com responsabilização = 
contas criadas ou erros|desvios financeiros. 
Enquanto não emitir o parecer, o Tribunal de Contas não poderá entrar em recesso. 
Na esfera Federal e Estadual, o parecer é opinativo, e os Parlamentares podem livremente ir a sentido contrário. 
Na esfera Municipal, o parecer é vinculante e para a Câmara de Vereadores, deverá primeiro derrubarpor 
votação qualificada 2|3 de seus membros. 
 
 
3.DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
O Presidente propõe uma Lei, ou seja, cria e ou autoriza a sua criação. 
O Presidente da República cria diretamente as Autarquias e autoriza a criação das Fundações Públicas, Empresas 
Públicas e Sociedades de Economia Mista. 
 
 
 
 
 
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4.AUTARQUIAS 
 
São diretamente criadas e extintas por lei, não dependendo nem de contrato social, nem de estatuto social – a 
própria lei regula tudo. 
São exclusivamente para prestação de serviços públicos e, portanto, sempre sujeitas ao regime público: 
Seus bens são públicos e, portanto, impenhoráveis e não sujeitos a usucapião; (Código Civil, artigo 98) 
Para serem alienados, será necessário primeiro desafeta e depois realizar uma licitação. 
Mantidas por rendas públicas e, portanto, obrigadas a licitar concursar agentes e prestar contas ao Tribunal de 
Contas; 
 
Integram a Fazenda Pública – todos da estrutura do Estado sujeitos ao regime público formam a Fazenda Pública, 
gozando de privilégios, e os mais importantes são: (prerrogativas processuais) 
 Não admitem nem citação, nem intimação por edital ou hora certa. Só aceitam a forma real por oficial 
de 
Justiça. Quando condenadas acima de certo valor, a sentença estará sujeita a duplo grau obrigatório (reexame 
necessário). Possuem prazos especiais (em quádruplo para contestação, reconvenção e oposição de exceções, e 
prazo em dobro para recorrer). 
Atenção! 
Novo CPC – poderão ser citadas e intimadas eletronicamente e todos os prazos da Fazenda serão em dobro. 
 
 
Tipos de Autarquias: 
 
Autarquias comuns: INSS, INCRA – prestam serviços públicos comuns. Seus agentes são concursados e 
estatutários, seus dirigentes são nomeados sem concurso (destituídos “ad nutum”, ou seja, sem processo nem 
motivação); 
Autarquias de Regime Especial: fiscalização de profissões (CRM, CREA), ou são entidades de ensino público de 
nível superior (USP, UNICAMP e Federais e Estaduais) - os agentes são concursados, mas, em regra, celetista. Seus 
dirigentes são eleitos (não podem ser mandados embora “ad nutum”, somente sendo destituídos por processo); 
Autarquias de Regime Especial de Serviços Especiais: estão sujeitas a regras especiais, ou seja, caso a caso. 
Exemplo; CADE 
Autarquias Especiais na forma de Agências Reguladoras: são autarquias especiais, tais como a ANVISA, ANP, 
ANATEL, ANEEL (a ANP e ANTEL são agencias reguladoras “constitucionalizadas”, pois decorrem de emenda 
constitucional). Seus agentes são concursados e estatutários. Seus dirigentes são diretamente nomeados, porém 
assumem mandato como se eleitos fossem (não destituíveis “ad nutum”). 
Observação: só é destituído como processo. 
Agências reguladoras fiscalizam as concessionárias e também editam os atos regulatórios. 
Exercem função de Tribunais Administrativos, para julgar os ilícitos envolvendo suas matérias. 
Agência Reguladoras = autarquias especiais de controle gestão e fiscalização, sobre as concessões. 
Agências Executivas: são autarquias comuns ou fundações públicas, que assinam com o próprio Estado, contrato 
de gestão, para melhorar a eficiência na prestação pública.

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