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Nervos Cranianos Sensitivos e mistos

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IV
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Universidade Estácio de Sá
Alessandra Breves 
Alessandra Ferreira Menezes
Andresa Paula Pinho Dutra 
Maria Isabel Ramos da Rocha
Maycon Antonio de Medeiros Lordeiro
Nildo Marcolino dos Santos
Raquel Oliveira dos Santos
NERVOS CRANIANOS SENSITIVOS E MISTOS
Rio de Janeiro – RJ
2013.02
1- Introdução
O presente trabalho tem a finalidade de ressaltar a estrutura anatômica dos nervos cranianos sensitivos e mistos, assim como sua importância para o bom funcionamento do corpo humano e patologias que uma lesão em algum nervo pode ocasionar.
2 – Desenvolvimento
Nervos são feixes resultantes dos prolongamentos dos neurônios (dendritos ou axônios) que são as fibras nervosas, revestidos por tecido conjuntivo. Os nervos fazem parte do sistema nervoso periférico, encarregam-se de fazer as ligações entre o sistema nervoso central e o corpo. 
Os nervos sensitivos ou aferentes levam informações da periferia do corpo para o sistema nervoso central. Nervos motores ou eferentes são aqueles que transferem impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou glândulas. Os nervos mistos são formados por axônios de neurônios sensoriais e motores. 
Nervos cranianos são os que fazem conexão através de forames (buracos) com o encéfalo. Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido craniocaudal. Sendo o primeiro (nervo olfatório) ligado ao telencéfalo, o segundo (nervo óptico) ligado ao diencéfalo, ao passo que os outros dez nervos ligam-se ao tronco encefálico. Figura 1.0
De acordo com o componente funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em motores, sensitivos e mistos.
2.1 – Nervos Sensitivos
Os nervos sensitivos destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, pois não se referem apenas à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são:
I - Nervo Olfatório
II - Nervo Óptico
VIII - Nervo Vestibulococlear
I. Nervo Olfatório 
As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma área especial da mucosa nasal que recebe o nome de mucosa olfatória. Em virtude da existência de grande quantidade de fascículos individualizados que atravessam separadamente o crivo etmoidal, é que se costuma chamar de nervos olfatórios, e não simplesmente de nervo olfatório (direito e esquerdo). Figura 2.0
É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo classificados como aferentes viscerais especiais (fibras dos sentidos químicos, ou seja, olfato e degustação).
Exemplo de patologias: Rinite e sinusites, a inflamação do nariz e dos espaços cheios de ar ao seu redor pode causar inchaço da mucosa ao redor do nervo olfatório e impedir a chegada de moléculas às terminações do nervo. Por isso o nariz entupido leva a perda temporária das sensações do olfato
II. Nervo Óptico 
É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao polo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico. Figura 3.0
Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no trato óptico até o corpo geniculado lateral. 
O nervo óptico é um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais, classificando-se como aferentes somáticas especiais (Sentido de orientação do corpo, visão, audição e equilíbrio).
Exemplo de patologias: Um tumor de hipófise se comprimir o quiasma óptico a pessoa perde a visão do campo temporal direito e esquerdo, pois lesa as fibras vindas da retina nasal. 
VIII. Nervo Vestibulococlear 
Embora unido em um troco comum e constituído por dois grupos de fibras perfeitamente individualizadas que formam, respectivamente, os nervos vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na ponte da porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a emergência do VII par e o flóculo do cerebelo, ocupa juntamente com os nervos facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal. Figura 4.0
A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio.
A parte coclear é constituída de fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio espiral e que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição.
As fibras do nervo vestíbulo-coclear classificam-se como aferentes somáticas especiais.
Função: Vestibular: orienta e ajuda no equilíbrio para a realização de movimentos
 Coclear: audição.
Exemplo de patologias: Um neuroma acústico, também conhecido como Schwannoma vestibular é um tumor benigno raro dos nervos auditivo ou vestibulares. É geralmente de crescimento lento e se expande a partir do seu ponto de origem, na bainha do nervo.
O sintoma mais comum é a perda auditiva, vertigem e zumbido no lado afetado pelo tumor. A causa destas lesões geralmente é desconhecida, mas pode ser genética em alguns casos. Se o tumor se torna grande, ele pode empurrar a superfície do tronco encefálico ou cerebral e este crescimento contínuo do tumor pode ameaçar a função de partes do cérebro, o que pode ser muito importante em alguns casos.
2.2 – Nervos Mistos
Os nervos mistos têm partes motoras (ativam os músculos voluntários) e sensitivas. São em número de quatro:
V – Trigêmeo
VII - Nervo Facial
IX - Nervo Glossofaríngeo
X - Nervo Vago
V. Nervo Trigêmeo 
O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo consideravelmente maior. Possui uma raiz sensitiva e uma motora. A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos, situados no gânglio trigemial, que se localiza no cavo trigeminal, sobre a parte petrosa do osso temporal. Figura 5.0
Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminal formam distalmente ao gânglio, os três ramos do nervo trigêmeo: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça, através de fibras que se classificam como aferentes somáticas gerais (No sentido de interação do corpo com o meio externo - Fibras da somestesia) A raiz motora do trigêmeo é constituída de fibras eferentes viscerais especiais que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos mastigatórios. 
Sensitiva: Responsável pela somestesia (sensibilidades como dor, temperatura, tato, calor, frio, etc.) das estruturas da face como olhos, língua (2/3 anteriores da língua) e dentes.
Motora: Motricidade dos músculos mastigatórios responsável pela mastigação.
Exemplo de patologias: A neuralgia do trigêmeo envolve uma disfunção do nervo, o qual transmite as informações da sensibilidade da face ao cérebro. A disfunção do nervo trigêmeo produz episódios de dor intensa e lancinante, os quais duram de alguns segundos a minutos. Os adultos de qualquer idade podem ser afetados pela neuralgia do trigêmeo, mas ela é mais comum em indivíduos idosos. A sua causa é desconhecida.
VII. Nervo Facial 
 Em síntese, o nervo facial dá inervação motora para todos os músculos cutâneos da cabeça e pescoço (músculo estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico). Figura 6.0
É mais famoso pela função motora que é a motricidade dos músculos da mímica facial, ou seja, as expressões como raiva, alegria, tristeza medo, etc..
Função sensitiva gustação (2/3 anteriores da língua) paladar.
Exemplo de patologias: Miastenia Grave ou Paralisia de Bel é uma anomalia do nervo facial caracterizada pela fraqueza súbita ou pela paralisiados músculos de um lado da face. Embora a causa da paralisia de Bell não seja conhecida, ela pode incluir o edema do nervo facial como reação a uma infecção viral, a uma compressão ou a uma falta de fluxo sanguíneo.
IX. Nervo Glossofaríngeo 
É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares que se dispõem em linha vertical. Estes filamentos reúnem-se para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo forame jugular. Figura 7.0
No seu trajeto, através do forame jugular, o nervo apresenta dois gânglios, superior e inferior, formados por neurônios sensitivos. Ao sair do crânio, o nervo glossofaríngeo tem trajeto descendente, ramificando-se na raiz da língua e na faringe.
O IX nervo tem cinco fibras sendo três aferentes e duas eferentes são elas:
Aferente visceral especial - Gustação no 1/3 posterior da língua
Aferente somático geral - Parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo
Eferente visceral especial - Músculo constrictor superior da faringe e músculo estilofaríngeo
Tendo duas fibras consideradas mais importantes é representado pelas fibras aferentes viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo carotídeos. Merece destaque também as fibras eferentes viscerais gerais pertencentes à divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo e que terminam no gânglio óptico. Desse gânglio, saem fibras nervosas do nervo aurículo-temporal que vão inervar a glândula parótida.
Parte motora: deglutição.
Parte sensitiva: responsável pela gustação do terço posterior da língua.
Exemplo de patologias: neuralgia do glossofaríngeo é um distúrbio raro no qual um indivíduo apresenta episódios recorrentes de dor intensa na parte de trás da garganta, perto das tonsilas, e, algumas vezes, afeta o ouvido do mesmo lado. A neuralgia do glossofaríngeo normalmente se inicia após os 40 anos de idade e ocorre mais frequentemente em homens que em mulheres. A sua causa é desconhecida.
X. Nervo Vago 
O nervo vago é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o nervo vago. Este emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdômen. Neste trajeto o nervo vago dá origem a vários ramos que inervam a faringe e a laringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais. O vago possui dois gânglios sensitivos: o gânglio superior, situado ao nível do forame jugular; e o gânglio inferior, situado logo abaixo desse forame. Entre os dois gânglios reúne-se ao vago o ramo interno do nervo acessório. Figura 8.0
Fibras aferentes viscerais gerais (Conduz o estimulo sensitivo gerado nas vísceras, sempre com o sentido de interação do corpo com o meio interno) Impulsos aferentes originados na faringe, laringe, traqueia, esôfago, vísceras do tórax e abdome.
Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis pela inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais.
Exemplo de patologias: A hiperatividade do nervo vago aumenta a produção do ácido do estômago, o que constitui um fator no desenvolvimento de uma úlcera péptica. Alguns casos de úlcera péptica são tratados com êxito através de uma vagotomia (corte cirúrgico de parte do nervo vago).
O nervo vago pode ser lesado por uma infecção (como a meningite), tumor ou acidente vascular cerebral. Em muitos destes casos, o nervo glossofaríngeo (o IX nervo craniano) e o nervo espinal (o XI nervo craniano) são também afetados. Estas lesões podem causar perda do reflexo faríngeo (elevação do palato, por vezes com náuseas e vômitos, ao estimular-se a região posterior da garganta), dificuldade em engolir e rouquidão. Em casos graves, podem levar à morte.
3 – Figura
Figura 1.0 – Crânio corte sagital – Telencéfalo
Diencéfalo e Tronco Encefálico.
Figura 2.0 – Crânio corte sagital – Nervo Olfatório.
Figura 3.0 – Nervo Óptico
Figura 4.0 – Visão do ouvido externo e interno 
Nervo Vestibulococlear.
Figura 5.0 – Nervo trigêmio e suas 
Ramificações.
Figura 6.0 – Nervo facial e suas ramificações.
Figura 7.0 – Nervo glossofaríngeo e suas ramificações.
Figura 8.0 – Nervo vago e suas 
Ramificações.
4 – Conclusão
Os nervos crânianos são estruturas muito importantes no corpo humano e animal sem eles não teríamos os sinais sensoriais e estimulatórios que são conduzidos para estruturas específicas no encéfalo que nos fazem ter a capacidade de ter cinco sentidos (olfato, visão, paladar, tato e audição), contração muscular e o funcionamento de glândulas.
5 – Referências Bibliográficas
ANNE M. Gilroy; BRIAN R. MacPherson; Lawrence M. Ross. Atlas de Anatomia. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro 2012.
GUYTON, Arthur C. Neurociência Básica Anatomia e Fisiologia. 2º Edição. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro 1993.
MACHADO Angelo Barbosa Monteiro. Neuroanatomia Funcional. 2º Edição. Atheneu Editora. São Paulo 2000.
TORTORA Gerald J. Corpo Humano Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 4º Edição. Artmed Editora. Porto Alegre 2000
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=2&materia_id=85&materiaver=1
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=8&materia_id=304&materiaver=1
http://www.auladeanatomia.com/neurologia/nervoscranianos.htm
http://www.brasilescola.com/biologia/doze-pares-de-nervos.htm
http://neurologia.facafisioterapia.net/2010/01/nervos-cranianos.html
http://www.fisfar.ufc.br/petmedicina/images/stories/nervos_cranianos.pdf
http://www.slideshare.net/RafaelHigashi/nervos-cranianos-exame-fsico-neurolgico
http://www.seleccoes.pt/nervo-vago#sthash.nkVo0bnf.dpuf
http://www.institutopaulobrito.com.br/pdf/pdf_programa_residencia/pares_cranianos/Nervo%20Olfat%C3%B3rio.pdf
http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_06/cap_071.html
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Doen%C3%A7as+do+Nervo+Vestibulococlear&lang=3
http://sinuscentro.com.br/neuroma.htm
Possuem fibras vegetativas, constituindo a parte craniana periférica do sistema autônomo.

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