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Saiba Mais Aula 07 – Empresa e Relação com Consumidor 
 
 
Contratos nas Relações de Consumo 
 
Em regra, os pactos estão consubstanciados num contrato escrito, mas a rotina do dia-a-
dia, por vezes, banaliza contratos realizados entre os consumidores e fornecedores sem a 
devida formalização, como por exemplo, a compra de um pão na padaria pela manhã, ou 
então, a locação de um vídeo na locadora do bairro, são da mesma forma que ou contratos 
escritos, protegidos pelas leis consumeristas. 
O grande vilão, no entanto, desses instrumentos de acordo, chama-se clausula abusiva, 
onde pelo poderio econômico, financeiro e jurídico de muitos fornecedores, os contratos 
incluem nos seus textos cláusulas que violam a igualdade de tratamento entre as partes, 
causando com isso, um desequilíbrio econômico a ponto de causar um dano patrimonial ao 
bolso do consumidor. 
Já se foi a época de que o jargão “contrato é lei entre as partes” era absoluto e sinônimo 
da assinatura da sentença de morte de um dos contratantes, a figura da função social dos 
contratos , operante no século XIX, nos traz a possibilidade da sua revisão quando um fato 
inesperado , irreversível e imprevisível causar onerosidade extrema a uma das partes. É a 
conhecida teoria da imprevisão aplicada nas relações contratuais. 
O Código do Consumidor prevê no art. 6, IV, como direito básico do consumidor, a 
proteção contra cláusulas contratuais abusivas, assegurando assim o equilíbrio entre as 
partes num determinado contrato de consumo. 
Verifica-se assim, a necessidade de tutelar a parte mais fraca na relação de consumo, em 
decorrência dos inúmeros abusos praticados em detrimento do consumidor. 
 
Dentro do contexto de sempre clarear as convenções entre o consumidor e o fornecedor, 
recentemente o Código de Defesa do Consumidor foi alterado pela lei 11.785 de 20 de 
setembro de 2008, do sentido de conferir o tamanho 12, no mínimo, das letras digitadas 
nos contratos escritos. 
 
Outra novidade , fica por conta a nova lei que disciplina os serviços de call centers, em 
vigor desde 1º de Dezembro de 2008 o Decreto de nº 6.523/08, que regulamenta a Nova 
Lei dos call centers, que dentre outras mudanças disciplina que as empresas de telefonia, 
planos de saúde e até as televisões por assinatura terão - no máximo - 1 minuto para 
 
atender um cliente. As instituições bancárias, porém, terão limite de 45 segundos de 
espera. 
 
Contrato de Adesão 
 
Verificamos no conceito de contrato de adesão, que o consumidor não possui o direito de 
liberdade de escolha das cláusulas contratuais, sendo estas pré-redigidas e impostas pelo 
fornecedor de produtos ou serviços. Nessa linha de entendimento é correta a premissa que 
nos contratos de adesão há a liberdade de contratar, todavia inexiste a liberdade 
contratual, razão da tutela da norma consumerista, buscando mitigar cláusulas abusivas. 
 
O Direito do Consumidor de Proteção contra Cláusulas Abusivas 
 
Na relação de consumo, limitações vão surgir no tocante ao contrato firmado entre as 
partes. Obrigatoriamente deverão observar, sob pena de nulidade da cláusula, os 
princípios mencionados e, principalmente, o da transparência que permite ao consumidor, 
inclusive, amplo e pleno conhecimento das condições reguladoras do negócio. 
 
Diante dos conflitos de consumo, que surgem a cada dia entre o fornecedor e o 
consumidor, verifica-se o desequilíbrio entre as partes, em face da submissão, por 
exemplo, a uma cláusula abusiva (dado o princípio da imutabilidade do contrato); ou 
mesmo a uma prática comercial abusiva ditada pela parte mais forte, demonstrando a 
manifesta vantagem excessiva. Surge assim a necessidade do intervencionismo estatal, 
permitindo inclusive a revisão das cláusulas contratuais pactuadas em razão do abuso, que 
implica lesão ao direito do consumidor. 
 
Os contratos de adesão são muitas vezes contratos de consumo, nos quais os 
fornecedores impõem cláusulas abusivas aos consumidores.

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