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Hipertensão na Gravidez e Síndrome HELLP

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Hipertensão na Gravidez e 
Síndrome HELLP 
Alunos: Milton Lima Fernandes Neto 
Pedro Neto Freitas Cabral 
Priscyla Nayara Calvinho Silva 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
FACULDADE DE MEDICINA 
Belém – PA 
2015
Definição
• A Doença Hipertensiva Específica da Gestação 
(DHEG) é um termo amplo que diz respeito à 
hipertensão desenvolvida na segunda metade 
da gravidez, resultante das alterações 
ocorridas da invasão trofoblástica. 
Epidemiologia 
• A DHEG ocorre em cerca de 3 a 14% das 
gestações, sendo a maior causa de morte 
materna no Brasil (35% dos casos).
• Complica 12 a 22% das gestações.
• As formas leves representam 75% dos casos, e 
10% ocorrem antes da 34ª semana de 
gestação. 
Classificação
Classificação das formas de manifestação da DHEG
Hipertensão Gestacional Hipertensão que se desenvolve no final 
da gestação, sem proteinúria
Pré-eclâmpsia Hipertensão e proteinúria após 20 
semanas de gestação, em gestante 
previamente normotensa
Eclâmpsia Ocorrência de crises convulsivas seguidas 
ou não de coma em uma paciente com 
pré-eclâmpsia , descartando-se outras 
causas 
Hipertensão Arterial Crônica (HAC) Observada antes da gravidez, ou antes de 
20 semanas de gestação, ou 
diagnosticada pela primeira vez durante a 
gravidez e não se resolve até 12 semanas 
após o parto
Pré-eclâmpsia sobreposta HAC acompanhada de proteinúria
(National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Pregnancy. 2000)
Fatores de Risco
Primiparidade Hidropsia Fetal 
Gravidez Múltipla Extremos de vida reprodutiva (> 35 anos 
ou adolescente)
Hipertensão Arterial Crônica Pré-eclâmpsia em gestação anterior
Diabetes Mellitus História familiar de DHEG 
Doença Renal Crônica Raça Negra
Colagenoses Longo intervalo interpartal
Trombofilias Síndrome antifosfolipídeo
Obesidade Troca de parceiro e nova gravidez
Gestação Molar
Fisiopatologia
• Teoria da Placentação 
Anormal 
Fisiopatologia 
• Teoria da Má Adaptação
– Resposta imune materna deficiente a antígenos 
paternos 
• Teoria do Estresse Oxidativo
– Hipoxemia placentária 
• Teoria da Susceptibilidade Genética 
– História familiar, gêmeos e raça negra 
– Genes: Mutação de Leiden, AIG, EPHX
Repercussões Sistêmicas 
• Alterações Cardiovasculares: aumento da RV, hemoconcentração
• Alterações Hematológicas: trombocitopenia, hemólise
• Alterações Renais: endoteliose capilar glomerular 
• Alterações Cerebrais: isquemia, hemorragia e edema cerebral 
• Alterações Hepáticas: hemorragia periportal, depósito de fibrina e 
gordura
• Alterações Uteroplacentárias: ausência da 2ª onda de invasão 
trofoblástica, DPP, isquemia placentária e aumento da atividade 
uterina 
Repercussões Sistêmicas 
• Endoteliose capilar glomerular (Rio et. al., 2004) 
Características Clínicas 
• Hipertensão:
– Pressão Arterial > 140 x 90 mmHg 
– Aumento de 30 mmHg na PAS ou 15 mmHg na 
PAD não é mais utilizado 
– Método: Paciente em repouso por 10 minutos, 
sentada, em duas medidas espaçadas por pelo 
menos 4 horas, não ultrapassando 7 dias. 
Características Clínicas 
• Proteinúria:
– Proteinúria de 24h: presença de 300 mg ou mais 
– Proteinúria em fita: 1+ ou 2+ em duas amostras 
quaisquer, com intervalo mínimo de 4 horas 
– Dosagem em amostra isolada: 30 mg/dL ou mais 
– Relação proteína/creatinina urinária: valores > 0,3 se 
associam significativamente com proteinúria > 300 mg 
Características Clínicas 
• Edema:
– O edema (mãos, face e abdome) não é mais 
considerado como integrante das manifestações 
clínicas
– Pode ser notado antes da elevação dos níveis 
tensionais, como aumento excessivo de peso
Formas Clínicas 
• Pré-eclâmpsia Leve
– Ganho ponderal súbito: aumento maior que 1Kg 
em 1 semana ou 3Kg em 1 mês
– Retenção hídrica e edema 
– Geralmente seguido de hipertensão arterial 
Formas Clínicas 
• Pré-eclâmpsia Grave
Pressão Arterial PA > 160 x 100 (persistente por 30 minutos em 
repouso e DLE) 
Proteinúria > 2 g/24h ou 3+ (melhor parâmetro) 
Oligúria < 25 ml/hora ou 500 ml/dia
Elevação da Creatinina > 1,3 mg/dL
Complicações 
Respiratórias 
Edema agudo de pulmão e cianose 
Síndrome HELLP Hemólise, Elevação de enzimas hepáticas e 
trombocitopenia 
Repercussões Fetais CIUR
Complicações 
Neurológicas
Acidente Vascular Cerebral 
Iminência de Eclâmpsia Sinais indicativos de episódio convulsivo 
Formas Clínicas 
• Eclâmpsia
– Convulsões tônico-clônicas, em geral com 
duração menor que 60-75 segundos
– Pode ocorrer durante a gravidez (50%), durante o 
trabalho de parto (25%) ou no puerpério (25%)
– Iminência de Eclâmpsia
• Distúrbios cerebrais: cefaleia, torpor 
• Distúrbios visuais: visão turva, diplopia, escotomas
• Dor epigástrica: dor em barra de Chausier
• Hiperreflexia tendinosa profunda 
Formas Clínicas 
• Eclâmpsia
– Classificação 
• Não complicada: quadro convulsivo sem outras 
intercorrências 
• Complicada: coagulopatia, insuficiência 
respiratória/cardíaca, icterícia, temperatura > 38° C, IRA 
ou PAD > 115 mmHg
• Descompensada: choque, coma, hemorragia cerebral 
ou necessidade de assistência ventilatória
Predição da DHEG
• Dopplerfluxometria
(A) Artéria Uterina (B) Artéria Umbilical
Fonte: Moussa, H.N.;Arian, S.E.; Sibai, S.M. Management of hypertensive disorders in pregnancy. Women’s Health 10(4). 2014
Predição da DHEG
• Teste da Hipotensão Supina (Teste de Gant)
– Elevação da PAD em 20 mmHg após mudança de 
decúbito lateral para dorsal (entre 28 e 32 semanas de 
gestação)
• Fundo de Olho
– Pré-eclâmpsia: edema retiniano, espasmo arteriolar 
– HAC: estreitamento arteriolar, cruzamento AV 
patológico, hemorragias/exsudatos, papiledema
• Teste da Angiotensina II
– Elevação da PAD em 20 mmHg após infusão de até 
8mg/Kg/min de Angiotensina II
Diagnóstico Diferencial
• Se baseiam na classificação. Em algumas situações,
outras investigações devem ser realizadas para um
maior esclarecimento.
 Gestantes de alto risco que apresentam PA normal:
• História de aumento da pressão antes da concepção
ou em gestação prévia, especialmente antes de 34
semanas;
• Diabetes, doença do colágeno ou doença renal
vascular ou parenquimatosa;
• Mulheres com gestação múltipla.
Diagnóstico Diferencial
• Realizar precocemente na gravidez para comparação
posterior: hematócrito, hemoglobina, contagem de
plaquetas, creatinina, ácido úrico.
• A presença de proteinúria 1+ ou mais em amostra
única de urina deve ser seguida de uma determinação
da proteinúria de 24 horas e cálculo do clearance de
creatinina. Nestas gestantes também deve ser realizada
uma datação acurada da idade gestacional, de
preferência com ultrassonografia precoce.
• Deve-se realizar ainda um exame de ultrassonografia
adicional com 25 – 28 semanas para avaliação do
crescimento fetal.
Diagnóstico Diferencial
 Gestantes que apresentam hipertensão antes das
20 semanas de gestação:
• A maioria destas gestantes tem ou irá desenvolver
hipertensão essencial.
• Mulheres jovens com hipertensão preexistente ou
gestacional precoce devem ser submetidas à
avaliação de hipertensão secundária (doença renal,
hipertensão renovascular, aldosteronismo primário,
síndrome de Cushing e feocromocitoma).
• Deve-se realizar os mesmos exames citados
anteriormente.
Diagnóstico Diferencial
 Gestantes que apresentam hipertensão após a
segunda metade da gravidez ou que apresentam
agravamento de hipertensão prévia:
• São realizados os exames laboratoriais de duas em
duas semanas, ou mais frequentemente, se as
circunstâncias clínicaslevam à hospitalização da
gestante. Servem para distinguir a pré-eclâmpsia da
hipertensão crônica, assim como para avaliar o
progresso e a gravidade da doença.
• Em mulheres com pré-eclâmpsia, uma ou mais
anormalidades podem estar presentes mesmo
quando a elevação da pressão arterial for mínima.
Conduta nas Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez
Pré-Eclâmpsia/Eclâmpsia:
• A presença de aumento rápido de peso, edema
facial ou outros sintomas sugestivos da doença
requerem uma monitoração mais rigorosa da
pressão arterial e a detecção de proteinúria.
• Se a pressão começar a aumentar, a gestante
deve ser reavaliada dentro de 1 a 3 dias.
• Assim que se tiver o diagnóstico, a conduta
dependerá da gravidade e da idade gestacional.
Conduta nas Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez
 Pré-eclâmpsia leve:
• As gestantes com pré-eclâmpsia
leve, de preferência, devem ser
hospitalizadas para avaliação
diagnóstica inicial e mantidas com
dieta normossódica e repouso
relativo.
 Na avaliação das condições 
maternas deve constar:
• PA de 4/4h durante o dia;
• Pesagem diária;
• Pesquisa de sintomas de iminência 
de eclâmpsia:
 Cefaleia frontal ou occipital 
persistente;
 Distúrbios visuais (escotomas, 
diplopia, amaurose);
 Dor epigástrica ou no hipocôndrio 
direito, acompanhada ou não de 
náuseas e vômitos;
 Hiper-reflexia;
 Proteinúria na fita ou proteinúria de 
24 horas;
 Hematócrito e plaquetas;
 Provas de função renal e hepática.
• Não há necessidade de tratamento 
medicamentoso
Conduta nas Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez
 Avaliação das condições fetais:
• Contagem de movimentos fetais
diariamente;
• Avaliação do crescimento fetal e do líquido
amniótico. Se os resultados estiverem
normais, repetir o teste a cada três semanas;
• Cardiotocografia basal (CTB), se disponível.
Se a CTB for reativa, repetir semanalmente;
• A reavaliação materna e fetal deve ser
imediata se ocorrerem mudanças abruptas
nas condições maternas, redirecionando a
conduta.
• Nas gestações pré-termo, o controle
ambulatorial pode ser iniciado após a
hospitalização se confirmadas condições
materno-fetais estáveis, com as seguintes
recomendações:
 Consultas semanais;
 Repouso relativo (evitar grandes esforços);
 Pesar diariamente pela manhã;
 Proteinúria na fita semanalmente pela
manhã;
 Medir a pressão arterial pelo menos uma vez
ao dia.
 A presença dos seguintes sinais e sintomas
demanda retorno imediato ao hospital:
• PA > 150/100mmHg;
• Proteinúria na fita ++ ou mais;
• Aumento exagerado de peso;
• Cefaleia grave e persistente.
• Dor abdominal persistente, principalmente
na região epigástrica e hipocôndrio direito;
• Sangramento vaginal;
• Presença de contrações uterinas regulares;
• Presença de distúrbios visuais como diplopia,
fotofobia, escotomas etc.;
• Náusea ou vômitos persistentes;
• Diminuição dos movimentos fetais.
Conduta nas Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez
 Indicações para o parto:
• A antecipação do parto é o único tratamento definitivo para a 
pré-eclâmpsia e as indicações estão no quadro abaixo:
Conduta nas Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez
 Pré-eclâmpsia grave:
• As gestantes com diagnóstico de pré-eclâmpsia grave deverão ser
internadas, solicitados os exames de rotina e avaliadas as condições
maternas e fetais.
• Avaliar necessidade de transferência para unidade de referência, após
a estabilização materna inicial.
• Se a idade gestacional for maior ou igual a 34 semanas de gestação,
devem ser preparadas para interrupção da gestação.
• A conduta conservadora pode ser adotada em mulheres com pré-
eclâmpsia grave com idade gestacional entre 24 e 33:6 semanas,
através de monitoração materno-fetal rigorosa, uso de sulfato de
magnésio e agentes anti-hipertensivos.
• As gestantes nessas condições devem ser admitidas e observadas por
24 horas para determinar a elegibilidade para a conduta e nesse
período serão manejadas como se segue:
Conduta nas Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez
• Administração de sulfato de magnésio;
• Uso de corticoide (betametasona 12mg, a
cada 24 horas, 2 aplicações IM);
• Administração de anti-hipertensivos de ação
rápida (Hidralazina ou Nifedipina);
• Infusão de solução de Ringer lactato a 100-
125ml/h;
• Exames laboratoriais: hemograma completo
com plaquetas, creatinina sérica, ácido úrico,
AST/TGO, ALT/TGP, desidrogenase lática,
proteinúria de 24 horas;
• Dieta suspensa (permitir pequenas ingestões
de líquidos claros e medicação oral).
 Após o período inicial de observação,
confirmando-se a elegibilidade materno-fetal
para a conduta expectante, adota-se o
seguinte:
• Interrupção do sulfato de magnésio;
• Determinação da PA a cada 4-6 horas;
• Contagem de plaquetas diariamente;
• TGO/ AST, ALT/TGP, creatinina e bilirrubina de
2 em 2 dias;
• Repetir a proteinúria de 24 horas
semanalmente;
• Uso de medicação anti-hipertensiva para
manter a pressão entre 140/90 e
150/100mmHg (Alfametildopa até 2g,
associada a Nifedipina, ou Betabloqueador,
ou Hidralazina);
• Se as condições maternas estão estáveis,
realizar CTB diariamente e PBF duas vezes
por semana;
• Avaliação do crescimento fetal por
ultrassonografia a cada duas semanas;
• Dopplerfluxometria fetal semanalmente.
Conduta nas Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez
• Nas gestantes em manejo conservador, o parto deve ser realizado pela 
via apropriada de acordo com os critérios delineados.
Conduta nas Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez
Conduta nas Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez
 Eclâmpsia:
• A ocorrência de convulsões em mulheres com pré-eclâmpsia caracteriza o 
quadro de eclâmpsia. A conduta clínica visa ao tratamento das convulsões, da 
hipertensão e dos distúrbios metabólicos, além de cuidados e controles gerais.
 Cuidados Gerais:
• Manter o ambiente tranquilo, o mais silencioso possível;
• Decúbito elevado a 30° e face lateralizada;
• Cateter nasal com oxigênio (5l/min);
• Punção de veia central ou periférica calibrosa;
• Cateter vesical contínuo.
• A conduta obstétrica visa à estabilização do quadro materno, à avaliação das 
condições de bem-estar fetal e a antecipação do parto, em qualquer idade 
gestacional.
• Após a estabilização do quadro, iniciar os preparativos para interrupção da 
gestação.
Conduta nas Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez
 Terapia anticonvulsivante:
• A terapia anticonvulsivante é indicada para prevenir convulsões recorrentes em 
mulheres com eclâmpsia, assim como o aparecimento de convulsões naquelas 
com pré-eclâmpsia. O sulfato de magnésio é a droga de eleição para tal. Deve 
ser utilizado nas seguintes situações:
• Gestantes com eclâmpsia
• Gestantes com pré-eclâmpsia grave admitidas para conduta expectante nas 
primeiras 24 horas
• Gestantes com pré-eclâmpsia grave nas quais se considera a interrupção da 
gestação
• Gestantes com pré-eclâmpsia nas quais se indica a interrupção da gestação e 
existe dúvida se a terapia anticonvulsivante deve ser utilizada (a critério do 
médico assistente)
• O sulfato de magnésio pode ser utilizado durante o trabalho de parto, parto e 
puerpério, devendo ser mantido por 24 horas após o parto se iniciado antes do 
mesmo.
• Quando iniciado no puerpério, deve ser mantido por 24 horas após a primeira 
dose.
Conduta nas Síndromes Hipertensivas da 
Gravidez
 Dose do sulfato de magnésio:
• Dose de ataque – 4,0g (8,0ml de sulfato de
magnésio a 50% com 12,0ml de água bidestilada)
em infusão endovenosa lenta (aproximadamente 15
minutos) ou 5,0g (10ml de sulfato de magnésio a
50%) intramuscular em cada nádega.
• Dose de manutenção – 1,0g/hora (10ml de sulfato
de magnésio a 50% com 490ml de solução glicosada
a 5% a 100ml/hora em bomba de infusão) ou
2,0g/hora (20ml desulfato de magnésio a 50% com
480ml de solução glicosada a 5% a 100ml/hora em
bomba de infusão) ou 5,0g (10ml de sulfato de
magnésio a 50%) intramuscular de 4 em 4 horas.
 Cuidados com o uso do sulfato de magnésio:
• A administração da dose de manutenção deverá ser
suspensa caso a frequência respiratória tenha
menos de 16 incursões por minuto, os reflexos
patelares estejam completamente abolidos ou a
diurese seja inferior a 100ml durante as 4 horas
precedentes.
• Deve-se utilizar agulha longa e técnica em zigue-
zague para a administração intramuscular.
• O gluconato de cálcio a 10% atua como antídoto. É
indispensável manter sempre à mão uma ampola
de 10ml, para aplicação imediata no caso de
eventual parada respiratória, apesar desta
raramente ocorrer quando são devidamente
observadas as normas de aplicação e vigilância do
sulfato de magnésio.
• Na recorrência de convulsões, utiliza-se mais 2g IV e
aumenta-se a velocidade de infusão do sulfato de
magnésio. Na persistência delas, com crises
subentrantes, pode-se optar pela fenil-hidantoína,
segundo o esquema:
• Dose de ataque: 250mg + SG 5% 250ml IV em
gotejamento até completar a dose total de 750mg.
• Dose de manutenção: 100mg 8/8h IV e, a seguir,
100mg 8/8 h VO, até a alta.
Tratamento da Hipertensão Aguda
• A terapia anti-hipertensiva deve ser adotada para níveis de pressão
diastólica persistentemente acima de 105 ou 110mmHg. Em gestantes
adolescentes cujos níveis anteriores estavam abaixo de 75mmHg deve-se
considerar o tratamento para níveis acima de 100mmHg.
Conduta nas Síndromes Hipertensivas na 
Gravidez
 Via de parto:
• O parto vaginal é preferível à cesariana para mulheres com pré-eclâmpsia/eclâmpsia, desse
modo evitando o estresse adicional de uma cirurgia em uma situação de alterações fisiológicas
múltiplas.
• Medidas paliativas por várias horas não aumentam o risco materno se realizadas de forma
apropriada.
• A indução do parto deve ser realizada de forma intensiva assim que a decisão para a
interrupção for tomada. Em gestações longe do termo nas quais o parto é indicado e com
condições maternas estáveis o suficiente para permitir que a gravidez possa ser prolongada por
48 horas, os corticoides devem ser administrados para acelerar a maturidade pulmonar fetal.
• A abordagem intensiva para a indução inclui um ponto final claro para o parto, de cerca de 24
horas após o início do processo. Em gestações >34 semanas com colo imaturo, recomenda-se
realizar amadurecimento cervical sob monitoração intensiva. Se o parto vaginal não puder ser
efetuado dentro de um período razoável de tempo, deve-se realizar a cesariana.
• A anestesia neuraxial (epidural, espinhal ou combinadas) deve ser a técnica de eleição para o
parto (vaginal ou cesárea), devendo-se evitar bloqueio motor no caso do parto vaginal.
• Na cesariana deve-se evitar a hipotensão por meio de técnica adequada e uso cuidadoso de
expansão de volume. Deve-se discutir com o anestesiologista a melhor técnica de acordo com
o estado da gestante.
• Nos casos de Síndrome Hellp, adotar anestesia geral.
Seguimento pós-parto
• Mulheres que desenvolvem hipertensão na gravidez
devem ser cuidadosamente avaliadas nos meses
imediatamente após o parto e aconselhadas a respeito
de futuras gestações e risco cardiovascular.
• Qualquer anormalidade laboratorial ou achado físico que
não retorne ao normal antes da alta deve ser reavaliado
na consulta de puerpério. A expectativa é que a
hipertensão e outros sinais e sintomas ou disfunção
orgânica associados à pré-eclâmpsia terão remissão seis
semanas após o parto.
• Se as anormalidades persistirem, as gestantes deverão
ser reexaminadas após seis semanas e, se a patologia
mantiver, provavelmente tornou-se crônica.
Síndrome HELLP
Síndrome HELLP
• “H: Hemolysis, EL: Elevated Liver Enzymes, LP: Low
platelets”
• É considerada um agravamento do quadro de pré-
eclâmpsia
• A associação destes parâmetros com a eclâmpsia foi
relatada na década de 1950. Em 1982, Weinstein reuniu
essas alterações sob o acrônimo de ‘HELLP’
Síndrome HELLP - Epidemiologia
• Incidência varia de 2 a 12% do total de mulheres com
diagnóstico de pré-eclâmpsia
• Em nosso meio, Parpinelli et al. relatam incidência de
2,13% do total de mulheres com síndrome
hipertensiva
• Nos casos de apresentação anteparto 10% ocorrem
antes de 27 semanas , 20% após 37 semanas e 70%
entre 27 e 37 semanas
• Pode afetar multíparas em igual ou maior proporção
que primigestas
Síndrome HELLP - Fisiopatologia
• Anemia hemolítica microangiopática: marco da
síndrome HELLP
– atribuída à deformidade (esquizócitos) e
destruição das hemácias na microcirculação,
secundárias ao dano endotelial, com subsequente
vasoespasmo e deposição de fibrina nas paredes
vasculares, que também conduzem à ativação,
agregação e ao maior consumo periférico das
plaquetas (plaquetopenia)
*Essas alterações são comuns à fisiopatologia da
pré-eclâmpsia
Síndrome HELLP - Fisiopatologia
• A lesão hepática clássica é a necrose
parenquimatosa focal ou periportal, com depósitos
de material hialino nos sinusoides hepáticos.
-Essas alterações podem ser
responsáveis pela elevação de
enzimas hepáticas e pela dor em
quadrante superior direito do
abdome;
- Pode ocorrer hemorragia intra-
hepática com formação de
hematoma subcapsular (raro)
Síndrome HELLP - Laboratório
• Hemólise
– Anemia
– DHL > 600 UI/L
– Bilirrubina Total > 1,2mg%
– Esquizócitos em grande quantidade no sangue periférico
• ELevação das enzimas hepáticas
– AST e/ou ALT > 70 UI/L
– DHL > 600UI/L
• Plaquetopenia
– Contagem plaquetária < 100.000/mm³
Sibai, 1991
Síndrome HELLP - Classificação
• Completa:
– <100.000 plaquetas/ml
– DHL 600UI/L e/ou BILIRRUBINA >1,2mg/dL e/ou esquizócitos
– TGO 70UI/L
• Incompleta:
– Apenas um ou dois acima presentes
Síndrome HELLP - Clínica
• Manifestações imprecisas, sendo comuns:
– dor epigástrica, mal estar geral, náuseas, vômitos,
cefaleia, dor na parte superior do abdômen
– sintomas semelhantes a uma síndrome viral
inespecífica
• O diagnóstico precoce é, iminentemente,
laboratorial e deve ser pesquisado de maneira
sistemática nas mulheres com pré-
eclâmpsia/eclâmpsia e/ou dor no quadrante
superior direito do abdômen
Síndrome HELLP – Diagnóstico 
Diferencial 
• História clínica: pielonefrite com septicemia,
colecistopatias, pancreatopatias, intoxicação por
cocaína
• Comportamento das alterações laboratoriais:
hepatites virais, CIV
• Particularmente difícil em: púrpura
trombocitopênica trombótica (PTT), síndrome
hemolítico-urêmica (SHU), fígado gorduroso
agudo da gravidez (FGAG) e exacerbação do LES
Síndrome HELLP – Diagnóstico 
Diferencial
• PTT e SHU:
– anemia hemolítica microangiopática, plaquetopenia de
consumo e formação de trombose intravascular (trombos
de plaquetas/fibrina)
– fatores de risco: gravidez, algumas drogas (ciclosporina,
sinvastatina), infecções por agentes produtores de
endotoxina ou citotoxina, além do HIV
– PTT: principalmente após a 24ª semana
predominância de envolvimento do sistema nervoso
central e febre
– SHU: majoritariamente no puerpério
manifestação principal é a rápida e progressiva
insuficiência renal
Síndrome HELLP - Condutas
• Antecipação do diagnóstico
– Hemograma, plaquetas, urinálise, creatinina sérica,
DHL, ácido úrico, bilirrubinas e transaminases
– DHL >1.400UI/L, TGO >150UI/L, TGP >100UI/L e ácido
úrico >7,8 mg/dL, presença de náuseas, vômitos e/ou
dor epigástrica são fatores de risco significativo de
morbidade materna
Síndrome HELLP - Condutas
• Avaliar condições materno-fetais
– Solicitar demais exames, se necessário (dx diferencial)
– Avaliar bem-estar fetal: monitorização fetal eletrônica,
ultrassonografia com doppler
– TODAS com síndromeHELLP devem ser preparadas para
parto por via vaginal ou abdominal em 24 horas
– Caso IG< 34 semanas, fazer uso de corticóide, mesmo se o
parto não puder ser adiado pelo período ideal de 24-48
horas
Síndrome HELLP - Condutas
• Controle da PA:
– Tratar se PAS ≥ 150 mmHg e manter PAD entre 80-90 
mmHg
• “Resgate de dexametasona” anteparto
– 10mg IV, de 12 em 12 horas
– Sempre que plaquetas ≤50.000
• Prevenção das convulsões com sulfato de magnésio
– Dose de ataque de 4-6g por via intravenosa seguida de
dose de manutenção de 1,5-4g/hora individualizada de
acordo com a gestante
Síndrome HELLP - Condutas
• Manejo de fluidos e eletrólitos
– Alternar [glicose a 5% com solução salina meio a 
meio] e solução de Ringer lactato a 100ml/hora
– Manter débito urinário de 30-40ml/hora
• Uso criterioso de sangue e hemoderivados
– Transfusão de plaquetas se contagem < 50.000
– Em caso de parto via abdominal, transfundir 6
unidades de plaquetas
Síndrome HELLP - Condutas
• Tratar a gestante intensivamente no pós-parto
– UCI até que:
• contagem de plaquetas demonstre tendência consistente de
elevação e a DHL uma tendência consistente de diminuição;
• diurese >100ml/hora por duas horas consecutivas sem infusão
adicional rápida de fluidos ou sem diuréticos;
• hipertensão esteja bem controlada, com a PAS em torno de
150mmHg e a PAD <100mmHg; e
• melhora clínica óbvia e não haja complicações significativas
– Uso continuado de dexametasona no pós-parto, na
mesma dose do resgate, até que:
• plaquetas >100.000/μL, a DHL diminua, débito urinário
>100ml/hora e a gestante esteja clinicamente estável;
• depois, mais duas doses de 5mg de 12 em 12 horas
Síndrome HELLP - Condutas
• Aconselhamento sobre gestações futuras
– O risco de recorrência da síndrome HELLP pode variar 
de 19 a 27%
– Se gestação anterior interrompida com <32 semanas, 
o risco aumenta para 61%
Referências 
• Ministério da Saúde. Gestação de Alto Risco: Manual Técnico. Ações 
Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília. Editora do Ministério da 
Saúde, 2012.
• FEBRASGO. Manual de Gestação de Alto Risco. Manual de Orientação. 
2011.
• Rio SMP et al . Alterações ultra-estruturais do glomérulo na pré-eclâmpsia. 
Rev. Bras. Ginecol. Obstet. Rio de Janeiro , v. 26, n. 3, p. 185-
192, Apr. 2004
• Moussa HN, Arian SE, Sibai SM. Management of hypertensive disorders in 
pregnancy. Women’s Health 10(4). 2014.
• Roberts JM, August PA, Bakris G et al. Hypertension in pregnancy report of 
the American College of Obstetricians and Gynecologists’ Task Force on 
hypertension in pregnancy. Obstet. Gynecol. 122(5), 1122–1131. 2013. 
• Williams D. Long-term complications of pre-eclampsia. Semin. Nephrol. 
31(1), 111–122. 2011. 
	Hipertensão na Gravidez e Síndrome HELLP 
	Definição
	Epidemiologia 
	Classificação
	Fatores de Risco
	Fisiopatologia
	Fisiopatologia 
	Repercussões Sistêmicas 
	Repercussões Sistêmicas 
	Características Clínicas 
	Características Clínicas 
	Características Clínicas 
	Formas Clínicas 
	Formas Clínicas 
	Formas Clínicas 
	Formas Clínicas 
	Predição da DHEG
	Predição da DHEG
	Diagnóstico Diferencial
	Diagnóstico Diferencial
	Diagnóstico Diferencial
	Diagnóstico Diferencial
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas da Gravidez
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas da Gravidez
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas da Gravidez
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas da Gravidez
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas da Gravidez
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas da Gravidez
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas da Gravidez
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas da Gravidez
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas da Gravidez
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas da Gravidez
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas da Gravidez
	Tratamento da Hipertensão Aguda
	Conduta nas Síndromes Hipertensivas na Gravidez
	Seguimento pós-parto
	Síndrome HELLP
	Síndrome HELLP
	Síndrome HELLP - Epidemiologia
	Síndrome HELLP - Fisiopatologia
	Síndrome HELLP - Fisiopatologia
	Síndrome HELLP - Laboratório
	Síndrome HELLP - Classificação
	Síndrome HELLP - Clínica
	Síndrome HELLP – Diagnóstico Diferencial 
	Síndrome HELLP – Diagnóstico Diferencial
	Síndrome HELLP - Condutas
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	Referências

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