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2020 4 ano CTG

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CARDIOTOCOGRAFIA
Silvana Maria Quintana
DGO-FMRP USP
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL
FMRP USP
Título da aula
Nessa aula, serão abordados dois assuntos que se mesclam em muitos aspectos: cardiotocografia anteparto e intraparto.
1
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL
Avaliar bem estar fetal
Detectar  aporte O2 para o feto
Indicar intervenções baseadas em evidências
OBJETIVOS
Diferentes processos fisiopatológicos levam à lesão fetal
Não existe um teste ideal
FMRP USP
Título da aula
A monitorização eletrônica é utilizada ....
Agora, é importante que vocês compreendam que a eficácia de qualquer método para prevenir dano fetal depende do entendimento do processo fisiopatológico que leva a ele. Portanto, é crucial que se entenda que não existe um teste ideal para vigilância fetal, uma vez que, existem diferentes condições fisiopatológicas que resultam em comprometimento fetal.
2
CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO E INTRAPARTO
Método simples, não invasivo, difundido
Custo acessível
 Idade gestacional: maturidade cardíaca fetal (28ª sem): VP
Variação na interpretação
 Diversidade de nomenclatura
Experiência da equipe assistencial
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA (CTG)
CTG ANTEPARTO x CTG INTRAPARTO
Traçados anormais não garantem sofrimento fetal (acidose)
Elevada SENSBILIDADE, 
baixa ESPECIFICIDADE
CTG Repouso (nonstress test): 
20 minutos de traçado, 
Condições maternas
Posição materna
FMRP USP
Título da aula
É um método simples, não invasivo, difundido, sem risco adicional à saúde materna ou fetal, de baixo custo. O valor preditivo para hipóxia é melhor quando o método é utilizado após a 28ª semana, quando há maturidade do sistema nervoso autônomo fetal propiciando a regulação da FCF. Esse método apresenta como principais limitações, além da idade gestacional, as variações na sua interpretação, a diversidade de conceitos e nomenclatura e a potencial inexperiência da equipe que não é capaz de analisar adequadamente traçados em situações especiais. Esses fatores reduzem a especificidade do método, exigindo muitas vezes a complementação da avaliação com outros métodos. Porém, devido a sua alta sensibilidade, é um excelente método de rastreio para hipóxia.
3
1º EXAME COMPLEMENTAR NA AVALIAÇÃO DE VITALIDADE FETAL
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA (CTG)
ANTEPARTO 
Gestações de alto risco
Gestações de baixo risco > 40 sem
Queixa de ↓ MF
Tipos: Basal (repouso) e estimulada
INTRAPARTO
Gestações de alto risco
Alteracões ausculta fetal intermitente
Mecônio espesso
FMRP USP
Título da aula
A cardiotocografia deve ser o 1º exame complementar na avaliação de vitalidade fetal, indicada no período anteparto e intraparto.
4
PAPEL 
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
1 minuto
20bpm
FMRP USP
Título da aula
5
Quais parâmetros da FCF devem ser avaliados?
	Parâmetros avaliados na cardiotocografia	
	Linha de base	110 – 160 bpm
	Variabilidade	Ausente 
Mínima (0-5 bpm)
Normal (6-25 bpm)
Aumentada (> 25 bpm)
Padrão sinusoidal
	Acelerações transitórias	↑ 15 bpm/15 segundos (> 32 sem) ou 
↑ 10 bpm/10 segundos (< 32 sem) 
	Desacelerações	Precoces (reflexo vagal)
Tardias (hipóxia)
Variáveis (compressão funicular)
National Institute of Child Health and Human Development, 2008
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
FMRP USP
Título da aula
A interpretação visual do traçado exige a adoção de critérios bem estabelecidos. O quadro acima contém as definições, estabelecidas pelo National Institute of Child Health and Human Development, adotadas internacionalmente desde 1997 e revisadas em 2008. Essas definições são aplicáveis tanto para a avaliação intraparto como para a anteparto. Vejamos a seguir as definições de cada parâmetro em especial.
6
Valor médio da FCF
Relação inversa com IG
Macones et al., 2008
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
LINHA DE BASE: 110 a 160bpm
FMRP USP
Título da aula
Linha de base é o valor médio da FCF, em porções do traçado (de no mínimo 2 minutos) sem MF, contrações, desacelerações ou variabilidade maior que 25 batimentos por minuto (bpm). Quanto maior a idade gestacional menor a linha de base, devido a maturação do sistema nervoso autônomo, com predomínio do parassimpático sobre o simpático. 
7
Jejum
Pós–datismo (IG>40s)
Hipotensão materna
Drogas β – bloqueadoras
Bradiarritmias fetais
Hipóxia
Macones et al., 2008
Excesso de MF
Hipertermia materna 
Corioamnionite
Drogas β–miméticas
Taquiarritmias fetais
Hipóxia
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
LINHA DE BASE: <110 ou >160bpm
Bradicardia: <110bpm
Taquicardia: >160bpm
FMRP USP
Título da aula
Pós-datismo (idade superior a 40 semanas), ...bradiarritmias fetais (geralmente FCF abaixo de 60 bpm) ...
... hipertermia materna (cada 1ºC eleva a FCF em 10 bpm), ... taquiarritmias fetais (geralmente FCF acima de 200 bpm), uso de drogas β–miméticas (uso frequente na inibição do trabalho de parto) ...
8
Oscilação da FCF em torno da linha de base
Interação dos SNA simpático e parassimpático
Macones et al., 2008
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
VARIABILIDADE: 6 a 25
MF
MF
MF
MF
FMRP USP
Título da aula
Definida como oscilação da FCF em torno da linha de base, a variabilidade é determinada pela interação entre o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático. 
9
Sono fetal
 Jejum
 Drogas depressoras SNC
 Prematuridade
 Hipóxia
Macones et al., 2008
Mobilidade fetal excessiva
Compressão funicular
 Hipóxia
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
VARIABILIDADE REDUZIDA: ≤5
VARIABILIDADE AUMENTADA: >25
FMRP USP
Título da aula
...uso de drogas depressoras do sistema nervoso central (barbitúricos, opiáceos e benzodiazepínicos), prematuridade (devido a imaturidade do parassimpático) e ...
Variabilidade reduzida: parâmetro que mais se associa à acidose fetal
….
10
Macones et al., 2008
Ondas em forma de sino (5 a 15 bpm)
 Ritmo fixo e regular
 Não se altera com ES
 Persiste por > 20 minutos
 Fetos anêmicos
 Anestésicos
 Hipóxia grave
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
VARIABILIDADE: PADRÃO SINUSOIDAL
FMRP USP
Título da aula
O padrão sinusoidal é uma forma de alteração da variabilidade caracterizada por ondas em forma de sino, com amplitude de 5 a 15 bpm, com ritmo fixo e regular (monótono), que não se altera após estímulo sonoro e persiste por 20 minutos ou mais. É comum em fetos anêmicos (hidrópicos), após analgesia de parto e na hipóxia grave.
11
Aumento da FCF (≥15 bpm) em relação à linha de base
Duração: 15 segundos a 2 minutos
Duração > 10 minutos: Mudança da linha de base
Número de AT x MF: ≥60%
Macones et al., 2008
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
ACELERAÇÕES TRANSITÓRIAS
 Sono fetal
 Jejum
 Hipotensão materna
 Sedativos, relaxantes
 Corticóide
 Sulfato de magnésio
 Corioamnionite
 Hipóxia
FATORES REDUÇÃO MF
Movimento fetal (MF)
4MF
4 AT
= 100%
FMRP USP
Título da aula
Acelerações transitórias são definidas como aumentos abruptos da FCF em relação a linha de base, com duração mínima de 15 segundos e máxima de 2 minutos. A presença de acelerações transitórias da FCF (duas durante 20 minutos), na CTG anteparto indica bem-estar fetal. Por outro lado, sua ausência na CTG intraparto não significa comprometimento fetal.
12
↓ abrupta da FCF (> 15 bpm) em relação à LB
Duração: 15”, > 2’ (prolongada)
 Duração > 10 minutos: mudança da linha de base
Intraparto: Desacelerações recorrentes (> 50% contrações)
Macones et al., 2008
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
DESACELERAÇÕES
PRECOCE
TARDIA
VARIÁVEL
FMRP USP
Título da aula
Desacelerações são definidas como quedas abruptas da FCF em relação a linha de base. Quando sua amplitude for de 15 bpm ou mais e durar entre 2 a 10 minutos, a desaceleração pode ser considerada prolongada. As desacelerações, segundo sua fisiopatologia, podem ser consideradas de3 tipos: precoces, tardias ou variáveis. Quando sua duração for superior a 10 minutos, deve-se considerar mudança da linha de base. Não se deve mais chamá-las por DIPs. Na avaliação intraparto há um nome conceito: desacelerações recorrentes (> 50% contrações).
13
Resposta fetal parassimpática à compressão cefálica
Pico da desaceleração coincide com pico contração uterina
Rara no período anteparto
Macones et al., 2008
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
DESACELERAÇÃO
PRECOCE
FMRP USP
Título da aula
As desacelerações precoces não são comuns no período anteparto. Elas são coincidentes com a contração uterina. Geralmente, o início, o máximo da desaceleração e sua recuperação são coincidentes com o início, pico e término da contração, respectivamente. Esse tipo de desaceleração representa uma resposta fetal à compressão cefálica e redução do fluxo sanguíneo local, com estimulação do centro vagal no 4º ventrículo cerebral e consequente bradicardia. Geralmente, as desacelerações precoces são benignas, quando não estão associadas à taquicardia e/ou redução da variabilidade da FCF.
14
↓ fluxo uteroplacentário na contração
 Hipóxia → acidose → depressão miocárdica
 Nadir > 30 segundos do máximo da contração
Macones et al., 2008
∆T
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
DESACELERAÇÃO
TARDIA
FMRP USP
Título da aula
As desacelerações tardias são causadas por redução do fluxo sanguíneo uteroplacentário durante a contração uterina. Esse hipofluxo placentário, em fetos com baixa reserva de oxigênio, resultará em hipoxemia, acidose e depressão miocárdica. Geralmente, o início, o máximo da desaceleração e sua recuperação NÃO são coincidentes com o início, pico e término da contração, respectivamente. O máximo dessas desacelerações ocorre 20 segundos ou mais após o máximo da contração uterina. Essas desacelerações associam-se a elevada morbimortalidade perinatal. Quando acompanhadas por redução da variabilidade apresentam associação direta com acidose no nascimento.
15
Macones et al., 2008
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
DESACELERAÇÃO
VARIÁVEIS
Coincidem ou não com contração uterina
 Compressão de cordão
 Início e término abruptos
Sinais de benignidade
Recuperação rápida
 Variabilidade normal
 Acelerações no início e 
 término (“ombros”)
FMRP USP
Título da aula
As desacelerações variáveis podem não ter relação temporal com as contrações uterinas. Elas são resultado da compressão do cordão umbilical e, por isso, são mais frequentes nos casos de redução do liquido amniótico. Seu início e término são abruptos, podendo ser precedidas e/ou seguidas por acelerações da FCF, denominadas “ombros”. São sinais de benignidade das desacelerações variáveis: desaceleração aguda e de recuperação rápida, traçado com variabilidade normal e presença de acelerações no início e término da desaceleração (“ombros”). Desacelerações variáveis prolongadas, recorrentes e sem os sinais citados podem estar relacionadas à hipoxemia e acidose fetal.
16
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
COMO ANALISAR UMA CTG ANTEPARTO DE REPOUSO (BASAL)??
Índice Cardiotocométrico 
(Zugaib & Behle, 1981)
	Parâmetro	 Normal	Pontuação
	Linha de base	 110 – 160	1
	Variabilidade	 6 – 25	1
	Acelerações (MF)	 60 %	2
	Desacelerações	 ausentes	1
Ativo (normal): 4 – 5 
Hipoativo (suspeito): 2 – 3
Inativo (alterado): 0 – 1
FMRP USP
Título da aula
Conhecendo essas definições relacionadas aos parâmetros a FCF, como analisar uma CTG no período anteparto?
Em nosso meio, habitualmente é utilizado o Índice Cardiotocométrico de Zugaib & Behle (1981) para interpretação das CTG anteparto. Esta forma de interpretação é didática ao impor disciplina na análise de todos os parâmetros da FCF. Quando normal, cada parâmetro recebe a seguinte pontuação: linha de base (1 ponto); variabilidade (1 ponto); presença de pelo menos duas acelerações transitórias (2 pontos) e ausência de desacelerações (1 ponto). O índice é constituído pela somatória dos pontos obtidos, classificando o feto em: Ativo, Hipoativo ou Inativo. Se o resultado da CTG for feto ativo, a pesquisa de hipoxemia aguda está encerrada. Caso o resultado seja feto hipoativo ou inativo, existe a necessidade de se complementar essa avaliação com outros métodos.
17
MF
MF
MF
Se o resultado for FETO ATIVO, a pesquisa de hipoxemia aguda está encerrada
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
CTG ANTEPARTO REPOUSO
MF
MF
Linha de Base: 140 = 1 ponto
Variabilidade: 6-25 = 1 ponto
AT/MF: 5/5 = 100% = 2 pontos
Desaceleração: Ausente = 1 ponto
Total: 5 pontos (feto ativo) 
FMRP USP
Título da aula
Em nosso meio, habitualmente é utilizado o Índice Cardiotocométrico de Zugaib & Behle (1981) para interpretação das CTG anteparto. Esta forma de interpretação é didática ao impor disciplina na análise de todos os parâmetros da FCF. Quando normal, cada parâmetro recebe a seguinte pontuação: linha de base (1 ponto); variabilidade (1 ponto); presença de pelo menos duas acelerações transitórias (2 pontos) e ausência de desacelerações (1 ponto). O índice é constituído pela somatória dos pontos obtidos, classificando o feto em: Ativo, Hipoativo ou Inativo. Se o resultado da CTG for feto ativo, a pesquisa de hipoxemia aguda está encerrada. 
18
FETO HIPOATIVO OU INATIVO CARECEM COMPLEMENTAÇÃO DIAGNÓSTICA: CTG ESTIMULADA (ESTÍMULO SONORO)
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
CTG ANTEPARTO DE REPOUSO
LB: 130 = 1 ponto
Variabilidade: 6-25 = 1 ponto
AT/MF: 0/0 = 0
Desaceleração: Ausente = 1 ponto
Total: 3 pontos (feto hipoativo) 
LB: 140 = 1 ponto
Variabilidade: 0-5 = 0 
AT/MF: 0/0 = 0
Desaceleração: presente = 0 ponto
Total: 1 pontos (feto inativo) 
FMRP USP
Título da aula
Caso o resultado seja feto hipoativo ou inativo, existe a necessidade de se complementar essa avaliação com outros métodos.
19
Indicação: CTG repouso com feto hipoativo ou inativo
Altera o estado de sono
↓ 40% os falsos (+) da CTG de repouso
Melhora a especificidade
Estímulo vibroacústico ou mecânico
Buzina
Pólo cefálico
Tan et al., 2001; Miller, 2002
5 segundos
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
CTG ANTEPARTO ESTIMULADA
FMRP USP
Título da aula
A CTG estimulada é o método complementar quando a CTG de repouso apresenta resultado suspeito. É um método de fácil aplicação e baixo custo e objetiva modificar o estado de sono fetal para o de vigília, reduzindo assim os exames falso-positivos em quase 40%. Portanto, é um exame que aumenta a especificidade da CTG. A estimulação fetal pode ser vibroacústica, com estímulo sonoro na região correspondente ao polo cefálico ou mecânica, com movimentação do polo cefálico, por 5 segundos. São verificados dois tipos de respostas: a motora e a cardíaca, ou seja, o feto se movimenta e tem sua FC aumentada por ação das catecolaminas. 
20
Feto com status ácido base normal, independentemente do resultado da CTG de repouso
ES
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
CTG ANTEPARTO ESTIMULADA: ESTÍMULO SONORO
FETO REATIVO
AUMENTO DE 20 BATIMENTOS
DURAÇÃO DE 3 MINUTOS
FMRP USP
Título da aula
Independentemente do resultado da CTG de repouso, um feto será considerado normal, ou seja, reativo quando após o estímulo houver uma resposta cardíaca com aumento da FC em pelo menos 20 bpm (em relação à linha de base), com duração de pelo menos três minutos. Também será reativo quando apresentar resposta bifásica, ou seja, após o estímulo voltar a exibir acelerações transitórias às movimentações. Um feto com uma dessas duas respostas tem status ácido base normal.
21
ES
ES
CARECEM COMPLEMENTAÇÃO DIAGNÓSTICA: PBF E DVC
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
CTG ANTEPARTO ESTIMULADA: FETO HIPORREATIVO OU NÃO REATIVO
FETO HIPORREATIVO
FETO NÃO REATIVO
FMRP USP
Título da aula
Já um feto com qualquer um desses dois outros resultados pode estarcomprometido. Como a suspeita continua, existe a necessidade de se complementar essa avaliação com outros métodos, pois ainda existem resultados falsos positivos. O método sequencial de escolha é o PBF, que também avalia o estado metabólico fetal com maior especificidade, uma vez que investiga a presença de atividades fetais que se alteram em condições mais graves de hipoxemia/acidose. 
22
PBF
Reatividade anormal:
Hiporreativo ou não reativo
Feto ativo
Avaliação
vitalidade 
encerrada
Estímulo fetal (sonoro)
Feto hipoativo
ou
inativo
Feto reativo
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO (CTG)
CTG
CTG ANTEPARTO
CTG INTRAPARTO
ESTIMULADA
Avaliação
vitalidade 
encerrada
REPOUSO (BASAL)
FMRP USP
Título da aula
23
FMRP USP
Título da aula
Como analisar uma CTG no período intraparto?
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO (CTG)
FMRP USP
Título da aula
Conhecendo essas definições relacionadas aos parâmetros a FCF, como analisar uma CTG no período intraparto?
25
CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO
40% dos traçados: alterações FCF
2% RN: acidose (pH < 7.1)
Estudos retrospectivos ou
prospectivos com falhas
Taquicardia
Bradicardia
Desacelerações tardias recorrentes
Desacelerações variáveis recorrentes
Padrão sinusoidal
Variabilidade ausente
Variabilidade mínima 
ou ausente
(King & Parer, 2000; Doret et al., 2010)
SITUAÇÕES EM QUE O RISCO DE ACIDEMIA FETAL É MAIOR
FMRP USP
Título da aula
Porém, são esses os estudos disponíveis e dos quais extraímos os dados que norteiam nossa assistência.
Com base nos achados desses estudos, podemos focar nossa atenção para cinco situações em que o risco de acidemia no RN é maior:
A perda da variabilidade é o parâmetro isolado da FCF que mais se associa à acidemia fetal.
Bradicardias de qualquer natureza, quando mantidas por muito tempo e recorrentes aumentam o risco de hipoxemia/acidose, por interferir com trocas gasosas em nível placentário. Geralmente, indícios de que o feto não está sofrendo lesões é a manutenção de uma linha de base superior a 80 bpm e variabilidade normal.
26
CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO
Ausculta contínua
X
Ausculta intermitente
FMRP USP
Título da aula
No período intraparto, a ausculta deve ser contínua ou intermitente?
27
CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO
13 trials (2 boa qualidade), 37.000 gestantes
Ausculta contínua X ausculta intermitente 
 crises convulsivas perinatais (RR 0,50; IC95 0,31- 0,80)
 partos instrumentados (RR 1,15; IC95 1,01-1,33)
 cesáreas (RR 1,63; IC95 1,29 - 2,07) 
Não houve diferenças:
prevalência de paralisia cerebral
taxas de morte perinatal
Alfirevic et al., 2013
FMRP USP
Título da aula
Portanto, a ausculta intermitente é a preconizada.
28
CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO
Fase ativa da dilatação
30 ou 15 minutos
Período expulsivo
15 a 5 minutos
60 seg
60 seg
ACOG, 2009
Ausculta intermitente
FMRP USP
Título da aula
De quanto em quanto tempo? Segundo guidelines do Colégio Americano, ….
29
CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO
FMRP USP
Título da aula
A partir de 2008, os traçados de FCF intraparto passaram a ser classificados em categorias. Agora, uma CTG intraparto deve ser classificada em uma das 3 categorias possíveis: normal, indeterminada e anormal. Sempre que houver suspeitas de anormalidades na ausculta fetal intermitente, um traçado contínuo deve ser realizado e um diagnóstico deve ser aventado após 10 minutos. Toda essa avaliação deve estar documentada em prontuário, assim como as condutas tomadas após sua análise.
Querem uma dica para facilitar a assistência no dia a dia? Guardem as características das categorias I e III, que são mais fáceis. O traçado que não se encaixa em qualquer delas será categoria II.
30
Categoria I
Linha de base: 110 – 160 bpm E
Taquicardia OU
Categoria III
Categoria II
Padrão sinusoidal OU
Variabilidade moderada: 6 – 25 bpm (normal) E
Acelerações presentes ou não E
Variabilidade ausente/mínima/aumentada isolada OU
Desacelerações variáveis recorrentes com variabilidade mínima/moderada OU
Desacelerações tardias recorrentes com variabilidade moderada OU
Desacelerações variáveis com acelerações no início e final (“ombros”), retorno lento ou profundas OU
Desaceleração > 2 minutos, porém < 10 minutos OU
Ausência de aceleração após ES ou estímulo do couro cabeludo
Variabilidade ausente E
Desacelerações tardias em > 50% contrações OU
Bradicardia
Desacelerações precoces presentes ou não E
Desacelerações variáveis em > 50% contrações OU
Ausência de desacelerações variáveis e tardias
CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO
Categoria I
Estado ácido – base fetal normal
Não requer outras formas de avaliação
Manter assistência obstétrica de rotina
FMRP USP
Título da aula
Manter assistência obstétrica de rotina
Com ausculta intermitente
31
CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO
Categoria I
FMRP USP
Título da aula
Categoria I
32
CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO
Categoria III
Forte suspeita de acidose fetal
Alguns fetos normais
Manobras de reanimação fetal, considerando parto
FMRP USP
Título da aula
33
CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO
Categoria II
Suspeita de acidose fetal
Contingente significativo de fetos normais
Métodos auxiliares de avaliação e manobras de reanimação fetal
FMRP USP
Título da aula
34
CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO
Categoria II
FMRP USP
Título da aula
35
Abordagem ABCD
Ausculta contínua
Exame vaginal
Exame materno
permeabilidade de vias aéreas, FR
FC, ritmo, PA
atividade e tônus uterino
excluir causas de hemorragia anteparto
A: Avaliar problemas na fonte de oxigênio
ACOG 2009 e 2010; Miller & Miller, 2012
Vitalidade fetal intraparto
AUSCULTA INTERMITENTE: DETECTA ALTERAÇÃO
AUSCULTA CONTÍNUA
CATEGORIA II OU III
FMRP USP
Título da aula
Vale lembrar que, diante da dúvida com relação à vitalidade fetal, a ausculta passa a ser contínua.
Para facilitar, podemos abordar os casos de categoria II e III usando o processo mnemônico ABCD.
Onde A significa
36
Administração de oxigênio (5 a 10l/min-máscara)
Mudança de decúbito: descompressão Aorta/Cava e CU
Infusão rápida de fluidos EV: 1 litro RL ou SF 0.9%
Correção hipovolemia (analgesia): drogas vasoativas (efedrina)
Suspender agentes ocitócicos
B: Buscar manobras corretivas
Nivel evidência B
ACOG 2009 e 2010; Miller & Miller, 2012
Vitalidade fetal intraparto
Abordagem ABCD
AUSCULTA INTERMITENTE: DETECTA ALTERAÇÃO
AUSCULTA CONTÍNUA
CATEGORIA II OU III
FMRP USP
Título da aula
Manobras de reanimação fetal
O2: 5 – 10 litros/min
Decúbito: melhora retorno venoso, melhora fluxo uteroplacentário
CU: pode ser DLD
Correção hipovolemia: especialmente em mulheres submetidas à analgesia locorregional
Drogas vasoativas: efedrina
37
Tocólise na taquissistolia
Terbutalina 0.5 mg (1 ampola) SC
Avaliar status acidobásico fetal
ES e/ou do couro cabeludo fetal
se aceleração da FCF: pH > 7.20
Amnioinfusão
desacelerações variáveis recorrentes e amniorrexe
500 ml ataque  50 ml/hora
Efeitos colaterais
B: Buscar manobras corretivas
Nivel evidência B
ACOG 2009 e 2010; Miller & Miller, 2012
Nivel evidência A
Vitalidade fetal intraparto
Abordagem ABCD
AUSCULTA INTERMITENTE: DETECTA ALTERAÇÃO
AUSCULTA CONTÍNUA
CATEGORIA II OU III
FMRP USP
Título da aula
38
Abordagem ABCD
Disponibilidade de CC, equipamentos e equipe multiprofissional
Número de fetos, IG, PFE, variedade de posição fetal, MF
Condições de monitoragem
C: Considerar dificuldades para resolução
ACOG 2009 e 2010; Miller & Miller, 2012
Resposta às manobras e previsão de resolução via vaginal
Experiência da equipe
Doenças maternas, obstáculos cirúrgicos/anestésicos
Decisão – nascimento: 30 minutos.
D: Determinar momento do parto
Vitalidade fetal intraparto
FMRP USP
Título da aula
39
Manobras de reanimação
Miller & Miller, 2012
Vitalidade fetal intraparto
FMRP USP
Título da aula
40
Conclusões
Parâmetros da FCF refletem o estado ácido – base do feto
A auscultafetal intraparto deve ser intermitente
Ausculta suspeita: traçado contínuo, interpretação de todos os parâmetros da FCF e diagnóstico em categorias
Categoria I: manejo obstétrico habitual
Categorias II ou III: abordagem ABCD
Instituição rápida das manobras de reanimação fetal
Reavaliação criteriosa, adaptada para realidade do serviço
Tempo entre decisão de parto e nascimento: 30 minutos
Vitalidade fetal intraparto
FMRP USP
Título da aula
30/30 minutos ou 15/15 minutos
15/15 minutos ou 5/5 minutos
41
Profa. Dra. Silvana Maria Quintana
quintana@fmrp.usp.br
Professora Associada do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
Muito obrigada pela atenção!
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 
Universidade de São Paulo
FMRP USP
Título da aula
42

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