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FILOSOFIA DO DIREITO ALEGORIA DA CAVERNA

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Referência completa – Nome do Aluno:
PLATÃO. A república de Platão. 6ª Ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1990, p. 317 a 327 . – Beatriz Carneiro Moreira
Objetivo do Texto:
Platão, ao escrever o diálogo de Sócrates e Glauco, estava retratando de forma parabólica, o que a vida de muitos é em sua essência. As pessoas estão constantemente recebendo informações de fontes que são duvidosas, mas a zona de conforto é – na visão de muitos – a melhor escolha. Sem questionamentos, tudo o que se vê é o certo, traz a ideia do bem, do inquestionável. Ao ler o Mito da Caverna enxerga-se o mundo, o fogo que representa o Sol, pode ser comparado aos grandes poderes que governam o mundo ou até mesmo aos políticos governantes, que usam da mídia e dos meios de telecomunicação (muro na alegoria), para peneirar aquilo que vai ser transmitido ao público, aos cidadãos, àqueles que estão constantemente recebendo informações e a aceitam como uma espécie de dogma, imutável e inquestionável. Os que têm a oportunidade de enxergar a luz, quando voltam para a escuridão da caverna, têm dificuldade para enxergar, isso demonstra o quão difícil é para aquele que esteve na luz, concordar com o que é aceito por aqueles que não sabem da realidade e vivem de sombras. 
Conceitos Chave:
Instrução – Na minha opinião é o conceito que não se perde com os anos. Somos todos instruídos de alguma forma, e as instruções moldam o nosso caráter, nossa personalidade, nossos valores e crenças. A instrução que recebemos, seja dos pais, de uma instituição de ensino, seja de informações televisivas, ou até mesmo de amigos, nos faz críticos ou simplesmente adeptos a tudo. 
Ignorância – O conceito de ignorância é outro que não sai da moda. Existem pessoas que recebem informações e não peneiram aquilo que vêm e escutam, criando ao seu redor uma nuvem de ignorância por não aceitar algo que seja diferente daquilo que conhecem como premissa, se tornando muitas vezes preconceituosos e donos da verdade, enquanto só conseguem enxergar na escuridão do não conhecimento.
Hábitos – O conceito de hábito, no mito da caverna, vem com um toque especial de aceitação. O mundo é como é porque pessoas estão acostumadas, habituadas a viver assim, de forma que, o diferente, causa estranheza. O homem está habituado a receber tudo “mastigado”, não questionam o velho e acham o novo estranho, antiquado, como anciãos preferem o tradicional. Quando enxergam algo que está além, encontra dificuldade para transmitir, e/ou até mesmo voltar a ver e pensar como antes, servindo de chacota para aqueles que pensam ser mais espertos por permanecerem inertes ao novo, querendo apenas a mesmice.
Argumentação:
Os argumentos utilizados por Platão são a forma de enxergar e aceitar o mundo, o poder do conhecimento para além do que se vê, a forma como o ser humano recebe e lida com as informações, a maneira de enxergar o mundo é diferente para aqueles que estão com vendas nos olhos e daqueles que querem encontrar a razão de tudo. 
Crítica:
Apesar de vivermos em pleno século XXI, ainda existem aqueles alienados que não se dão conta do que acontece ao redor, aceitam e acreditam no que ouvem e vêm aparentemente. Não buscam a realidade, vivendo de uma verdade irreal. Ficam com uma viseira, sem enxergar o que existem em volta. E quando outros apresentam novas experiências, novos conhecimentos, eles simplesmente se fecham e caçoam daqueles que tiveram a oportunidade, ou se colocaram à disposição de enxergar além do que já viam. Concordo que é preciso sair da zona de conforto, de simplesmente aceitar aquilo que lhes é mostrado, não se importando com a vista aparentemente estragada, para ir além e entender o que é real.

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