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Matéria de Direito de Empresa II

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DIREITO DE EMPRESA II
INTRODUÇÃO:[2: 	 Aula do dia 06/02/2014]
_teoria geral de empresa: código comercial (revogado parcialmente), constituição de empresa (pesquisa de mercado, ramo e local), estabelecimento empresarial (bens corpóreos e incorpóreos), contrato de trespasses, locação, tipo empresário, contrato social, junta comercial. *nome empresarial + títulos de estabelecimento + marca = empresa.
_direito societário: tipos societários: não personificadas (sociedade comum e sociedade em nome coletivo) e sociedades personificadas (de um lado sociedade simples e de outro lado, sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade em comandita por ações, sociedade limitada e sociedade anônima).
_títulos de crédito/contratos empresariais.
_direito falimentar: recuperação de empresa e falência.
TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO:[3: 	 Aula do dia 13/02/2014]
_comércio antes = permuta (troca), escambo – não existia papel-moeda.
_troca direta: um produto pelo outro.
_troca indireta: pedras preciosas, ouro, prata, posteriormente confecção de moedas.
*adquirir o produto sem condições para custear na hora = crédito.
Crédito: confiança recíproca entre credor e devedor. Assumir obrigação de pagar posteriormente, antes existia essa confiança entre as partes contratantes. *relação de confiança entre dois sujeitos. 
Título de crédito: materializar essa obrigação em um documento (antes era o crédito verbal), os primeiros títulos de crédito são a letra de câmbio e a nota promissória. *o título de crédito prova a existência de um crédito entre a parte concedente e a parte beneficiária.
_relações creditícias: relação de crédito entre uma ou mais pessoas.
_facilitação de cobrança em juízo: pois já possui força executiva.
_negociabilidade: possibilidade de negociá-lo, circular.
Quais são os títulos de crédito? (na ordem de sua criação): letra de câmbio, nota promissória, duplicata e cheque (todos são para negociação).
Disciplina legal: 
_Decreto-Lei 57.663/66 (LUG): Lei uniforme de Genebra e regula a letra de câmbio e a nota promissória. Convenção internacional na qual o Brasil adotou.
_Lei 5474/68 (LD): Lei das duplicatas, os tribunais hoje em dia conhecem como boleto bancário.
_Lei 7357/85 (LC): Lei do cheque.
_Código Civil – artigos 887 ao 926: cheque e títulos de crédito.
*OBS.: (confronto com leis especiais): a lei especial prevalece sob a lei geral, só será aplicado o CC na omissão de leis especiais.
Conceito de título de crédito: (mundialmente conhecido) é um documento (1) necessário para o exercício do direito literal (2) e autônomo (3) nele mencionado.
Princípios dos títulos de crédito:
1 – Princípio da cartularidade (cártula): obrigatório materializar, não existe título de crédito verbal, papel, documento, é a obrigatoriedade de materializar a obrigação (crédito) em um documento, cártula, ou seja, papel. *só poderá cobrar aquele que tiver o título de crédito em sua posse.
2 – Princípio da literalidade (teor no título): somente o que está escrito, contido, expresso é que faz efeitos no mundo jurídico (só faz efeito o que nele está contido). Em contrapartida, o que não está escrito não tem validade alguma. Exemplo: nota promissória de R$ 500,00 e o possuidor quer cobrar R$ 800,00. *somente aquilo que está lançado no próprio título de crédito poderá ser exigido.
3 – Princípio da autonomia: é quando o título vale por si só, fazendo com que cada obrigação derivada do título seja autônomas e independentes umas das outras. Exemplo: João compra celular de Bruno por R$ 1000,00, pago a cheque. Bruno por sua vez paga Carlos por uma dívida de 1000,00, pago com o cheque de João. Carlos compra de Gabriela um computador pagando com o cheque de João. *independentemente das obrigações/relações anteriores, sempre vai possuir autonomia perante a anterior (os vícios em um das relações envolvendo um mesmo título não influenciam na outra).
_princípio da abstração: é quando um documento circula de forma abstrata sem ligação com a causa de origem. È a desvinculação da coisa de origem, ou seja, da relação fundamental originária.
_princípio da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé (PEPTBF): diz respeito ao aspecto processual do princípio da autonomia, segundo o qual o devedor não poderá deixar de cumprir sua obrigação alegando suas relações com qualquer coobrigado do título (não pode alegar exceções pessoais). Exceção a esse princípio: no caso de furto, cheque sustado, com boletim de ocorrência e aviso nos jornais de grande circulação da cidade.
CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO:[4: 	 Aula do dia 20/02/2014]
Formalismo: (totalmente formais) o título de crédito é formal, sendo que para sua existência e validade terá que seguir certos requisitos obrigatórios e na falta de um dos requisitos “não será considerado título de crédito”.
_com base em cada lei. Artigo 887 CC = só produz efeito se requisitos em lei.
Executividade ou força executiva: (mesmo poder que uma sentença transitada em julgado – força executiva, pode ser executado direto, não discute conhecimento) o título de crédito tem o mesmo poder que uma sentença transitada em julgado, sendo liquido, certo e exigível, tornando-se sua cobrança mais eficaz e rápida.
_ações de execução.
Solidariedade: todas as obrigações em que circulam um mesmo título de crédito são solidárias, ou seja, todos coobrigados (avalistas e endossantes) são responsáveis pelo valor total da dívida.
_regra: desde que endossado ou avalista: assinou, vinculou, pagou. *senão assinar, não responde solidariamente.
_Brasil = princípio da regressividade: (quem pode cobrar quem – os posteriores só podem cobrar os devedores anteriores) os devedores anteriores respondem perante os posteriores, mas esses não podem ser acionados por aqueles, os posteriores podem regredir contra os anteriores, mas não vice-versa.
Negociabilidade: (todos os títulos podem circular) é representada pela circulação e transferência do título de crédito, possibilitando uma negociação mais fácil pelas partes.
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO:[5: 	 Aula do dia 27/02/2014]
Quanto ao modelo: (papel)
_modelo livre: (desde que preenchido todos os requisitos legais, o emitente poderá dispor a vontade os elementos essenciais do título) são aqueles que para sua formação a lei não estabelece um padrão determinado. *promissória e letra de câmbio.
_modelo vinculado: (desde que possuem um padrão determinado pela lei) são aqueles que a lei estabelece um padrão determinado, ou seja, um modelo para ser elaborado. *cheque e duplicata.
Quanto à emissão: (já foi criado o título de crédito).
_título de crédito causal: (lei determina/autoriza a emissão apenas nessas hipóteses) são aqueles que somente podem ser emitidos nas hipóteses autorizadas por lei, ou seja, somente pode ser emitido quando determinado por lei. *somente será a duplicata, em que só poderá ser emitida por empresários.
_título de crédito não causal: (podem ser criados em qualquer hipótese) a lei não determina causa de emissão, pode ser emitida pela vontade das partes. *cheque e promissória.
_título de crédito limitado: é aquele que não pode ser emitido em alguma hipótese prevista em lei. *letra de câmbio.
Quanto à estrutura: 
_ordem de pagamento: são os títulos dos quais o saque (emissão) dá origem a três situações distintas:
_sacador = é quem dá a ordem de pagamento (determina pagar, emitente).
_sacado = para quem a ordem foi dirigida e irá cumpri lá (destinatário da ordem).
_tomador/beneficiário = é o beneficiário da ordem (a pessoa que se tornará credora, receber o dinheiro).
*duplicata, cheque e letra de câmbio.
Exemplo: “A” (sacador), “Banco do Brasil” (Sacado) e “B” (tomador), no caso do cheque.
_promessa de pagamento: é o título da qual o saque dá origem somente a duas situações distintas:
_promitente = é quem promete pagar, emite e assina a promessa de pagamento.
_beneficiário = é quem vai receber o valor contido na promessa de pagamento.*nota promissória.
Quanto à circulação: (pode circular)
_título de crédito ao portador: (não identificou, não ostenta o nome do credor do título) é aquele que não identifica o credor beneficiário, podendo ser circulado “por mera tradição” (mera entrega do título).
_título de crédito nominativo: são os títulos dos quais identificam um credor beneficiário, sendo pagável a esse credor ou a sua ordem.
_à ordem: são aqueles que identificam o beneficiário e só podem ser transferidos mediante endosso (identificam o titular do crédito e pode transferir por meio de endosso).
_não à ordem: é quando o sacador limita a circulação do título, impedindo o seu endosso, devendo conter a expressão “não à ordem” antes ou depois do nome do beneficiário.
ATOS CAMBIÁRIOS:[6: 	 Aula do dia 13/03/2014]
I – Endosso: é o ato destinado à transferência do título de crédito, vinculando o endossante ao pagamento do título, na qualidade de coobrigado.
OBS.: endossar é transferir com responsabilidade (Desembargador ...)
Efeito do endosso: transferência e o vínculo do endossante ao pagamento do título (coobrigado a pagar o título).
*partes: (nomenclatura técnica)
_endossante: é quem está transferindo o título de crédito e se tornando coobrigado.
_endossatário: é aquele que recebe o título se tornando credor beneficiário.
Exemplo: Adriano (sacador) compra celular de Beto (tomador) com cheque no valor de R$ 1000,00, nominal (até agora mera emissão do título de crédito). Beto (deixa de ser tomador e passa a ser endossante) devendo transfere o cheque de Adriano ao Carlos (se torna endossatário e beneficiário ou tomador).
Carlos (passa a ser meramente endossante) quer comprar um computador e passa o cheque de Adriano a Daniel (endossatário e tomador).
Daniel (desvinculado do título) passa o cheque de Adriano ao Erick (endossatário de Carlos), mas não endossou.
OBS.: Adriano, Beto e Carlos são coobrigados. Daniel como não endossou, não vinculou ao título de crédito pelo princípio da literalidade.
*Espécies de Endosso: 
Em brando: (transfere o título, mas não identifica quem será o endossatário) é quando o endossante não identifica o endossatário.
Em preto: (transfere e identifica o endossatário, virar atrás do título e endossa fulano de tal, ou paga-se a fulano de tal) é quando o endossante identifica o endossatário.
Endosso impróprio: (somente a posse do título e mantém o valor do título como proprietário) é aquele em que o credor transfere somente a posse do título e não o valor contido. Dois tipos de endosso impróprio:
_endosso mandato: (procuração, determinar alguém que faça algo; somente para efetuar a cobrança do título) é aquele em que o endossante transfere o título ao endossatário somente para realizar a cobrança e devolver o valor contido ao real proprietário (propriedade do endossante e posse do endossatário). Exemplo: escrevo atrás do título de crédito “endosso mandato” ou “endosso procuração” ao terceiro para que cobre o titular do título de crédito para resguardar o proprietário do título.
_endosso caução: (posse para mera garantia de uma obrigação) é quando o título é transferido ao endossatário como garantia de alguma obrigação assumida pelo endossante. Exemplo: Adriano está devendo ao Bruno, Adriano tem uma nota promissória de R$ 10.000,00 de Giovana, para que este fique de caução até Adriano pagar a Bruno o devido (escrever atrás da nota promissória endosso caução para fulano de tal).
Endosso parcial: não é admitido de acordo com a LUG e o artigo 912 parágrafo único CC diz que é nulo.
Endosso condicional: (omissão legislativa, aplica-se o código civil de 2002 que trouxe essa possibilidade, pode ser qualquer condição) colocar alguma condição no título de crédito para se tornar coobrigado (apresentar a condição e assinatura). Considera-se não escrito no endosso qualquer condição a que subordine o endossante. Não possui validade em questão da condição, o endosso ainda é válido.
II – Aval: (garantir) é o ato de garantia, onde o avalista garante o pagamento do título em favor do devedor avalizado, podendo ser realizado com a assinatura do avalista no verso ou anverso do título de crédito, identificando se tratar de aval. *nunca entra em propriedade do avalista, apenas ato de garantia.[7: 	 Aula de 20/03/2014]
*partes:
_avalista: é quem assina o pagamento da garantia do título.
_avalizado: devedor que recebeu a garantia.
Exemplo: “A” (sacador, devedor principal), “B” (endossante), “C” (endossante) e “D” (endossatário).
_“A” (sacador e avalizado) compra celular de “B” que pede para “M” (avalista de A) avalizar. “M” no caso de inadimplemento de “A” deve pagar. “B” paga sua dívida com “C” (endossatário, credor beneficiário do título), que pede para “J” (avalista) avalizar em favor de “B” (avalizado de J e endossante de C).
*Espécies de aval:
Aval em branco: (avaliza e não identifica) é quando o avalista avaliza o título de crédito, e não identifica o avalizado.
Aval em preto: é quando o avalista identifica o avalizado, ou seja, identifica para quem está garantindo o título.
Aval sucessivo: (avalista avalia avalizado) é o aval de um outro aval, ocorrendo com alguém avaliza o avalista. Exemplo: “A” (devedor principal, sacador) compra celular de “B”, “B” não determina quem poderá ser avalista. “A” pega o aval de “M” (avalista de A e avalizado de Z). “B” (beneficiário do título de crédito) não aceita a “M” como avalista. “M” pede avalista o “Z” (avalista de M). 
Aval simultâneo: são os avais realizados em torno de um mesmo devedor, quando várias pessoas avalizam para a mesma pessoa, conhecido como “co-avais”. Exemplo: “A” quer comprar um celular de “B” que exige avalista. “M” avalista, mas “B” exige outra pessoa, então “Z” avalista, mas “B” ainda exige outro. “MARIO” avalista e “B” aceita.
_responsabilidade solidaria passiva: (vários avalista em pé de igualdade, para a mesma pessoa, cota parte de cada um) os avalistas assumem responsabilidade solidaria entre si, pois no caso de pagamento do título por um desses avalistas (co-avais), o mesmo poderá cobrar somente a cota parte do outro avalista. Exemplo: “B” cobra “A”, mas este não tem dinheiro. “B” consegue receber de “M”, “M” só poderá cobrar o todo de “A”, enquanto que só poderá cobrar a cota parte de “Z” e de “MARIO”. *Direito de regresso contra “A”.
*súmula 189 STF: avais em branco e superposto consideram-se simultâneos.
Aval Parcial? (é admitido o aval parcial nos títulos de crédito). *avalizo apenas parcialmente, não o valor total. Conflito de normas entre a LUG (artigo 30, é válido) e o CC (artigo 897 parágrafo único e é vedado no país). *artigo 903 CC (salvo disposição em lei especial, os títulos de crédito serão regidos pelo CC).
Outorga uxória? (permissão da esposa para figurar como avalista o marido). *TJSP e STJ = o CC (artigo 1647 III) diz que é obrigatório, entretanto os usos e costumes é o oposto (muito burocrático). Os tribunais pacificaram no sentido de que (enunciado 114 CJF) o aval tem validade, mas a responsabilidade só cairá sobre os bens de quem avalizou, resguardando o direito da família. **aquele que firmou aval sem outorga uxória, fica responsável pelo aval prestado, pois a ausência de outorga, por si só, não nulifica o aval. Porém, o comprometimento patrimonial deste aval fica restrito a meação (direito de família) daquele que assumiu a obrigação cambial. 
Observações:
_Independente do tipo de endosso, se é em branco ou preto, se é simultâneo ou sucessivo, sempre será a responsabilidade solidária.
_Todos os princípios, características, etc. são aplicáveis a todos os títulos de crédito (os quatro).
Aval ≠ Fiança: *precisa da outorga uxória.[8: 	 Aula de 27/03/2014]
QUANTO A RESPONSABILIDADE:
Fiança: O fiador responde apenas se o afiançado não cumprir com sua obrigação, pois a responsabilidade é “subsidiária” admitindo o benefício de ordem. Sabemos que a fiança existe dentro de um contrato (direito civil). No tocante a responsabilidade de fiador, em caso do locatário deixe de pagaros aluguéis, os bens dele, poderão ser bloqueados, porém, poderá alegar o benefício de ordem. Contratará um advogado, para desbloquear os seus bens, e exigir que primeiro esgotem completamente os bens do afiançado, para depois tentar bloquear os seus bens.
Aval: No aval, a responsabilidade é solidária, não admitindo o benefício de ordem.
OBS.: Em um contrato de locação - o contrato principal é referente à locação, e o subcontrato referente ao fiador, será o acessório.
Se o contrato principal foi feito com algum vício, o contrato será nulo ou anulável, sendo a fiança também, nula ou anulável, pois o acessório segue o principal. 
QUANTO A OBRIGAÇÃO:
Fiança: Na fiança, a obrigação do fiador é acessória à obrigação do afiançado, importante frisar que “o acessório segue o principal”.
Aval: No aval, a obrigação é autônoma e independente, pois subsiste a responsabilidade do aval.
Exemplo: Joãozinho quer comprar um videogame, seu pai não concorda, então ele falsifica a assinatura de um cheque do seu pai. O dono da loja ao pegar o cheque, verifica que o cheque está com problemas, e pede ao menino que chame um tio para assinar como avalista, e assim é feito. O cheque volta sem fundos. Se o pai der por falta daquela folha, é só sustar, ou se o banco não percebeu que o cheque teve a assinatura falsificada, o negócio será nulo, porém o avalista responderá por esse pagamento, porque ele sabia o que estava sabendo.
SEMELHANÇA:
Tanto no aval, quanto na fiança, a finalidade é de garantia, exigindo-se a outorga uxória, exceto no casamento em regime de separação absoluta. Art. 1647, III – CC. 
	PROVA 1º BIMESTRE = 03/04/2014
CORREÇÃO DA PROVA = 10/04/2014
CHEQUE:[9: 	 Aula de 17/04/2014 – 2º Bimestre]
*Dispositivo legal: lei nº 7357/85 – Lei do Cheque 
*conceito: é uma ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco (sacado), para que este realize o pagamento de quantia determinada ao beneficiário (credor, tomador), com base na existência de fundos disponíveis em nome do emitente (sacador), em razão de depósito ou se abertura de crédito (limite de crédito disponível). Emite cheque, banco paga se tiver fundos disponíveis ao beneficiário.
*conta-corrente: (necessário para receber um talonário de cheque) o banco somente abrirá uma conta-corrente e fornecerá um talonário de cheques para movimentação, após a realização de sindicância para comprovar a idoneidade do cliente correntista, mediante ficha de proposta com todas as informações pessoais e constatação da veracidade dos documentos apresentados. *fraude, campo aberto para fraude.
_responsabilidade: (banco por não fazer a sindicância) se o banco abriu conta com documentação falsa será responsável pelos danos causados por negligência em abertura de conta-corrente.
*Requisitos essenciais do cheque:
a) a expressão cheque inserida no corpo do título.
b) a ordem incondicionada de pagar quantia determinada.
c) a identificação da instituição bancária em que a ordem é dirigida.
d) lugar do saque (local em que se encontra o sacador emitente, no momento da emissão). *começa a contar prazo de prescrição.
e) data do saque.
f) assinatura do emitente, sacador e sua identificação.
g) (lei de sistema monetário nacional, cheque com valor superior à R$ 100,00) a identificação nos títulos é obrigatória no valor superior à R$ 100,00.
*Cheque pós-datado: (pré-datado) [10: 	 Aula de 24/04/2014]
_vedação: (pela lei é vedado, não pode no Brasil, diferentemente do Uruguai, do Chile e de alguns países europeus) o cheque pós-datado é vedado pela própria lei do cheque, eis que se trata de uma ordem de pagamento à vista, podendo o portador depositar antes do prazo acordado, sem incorrer em nenhuma sanção. Pela lei do cheque pode ser depositado sem problema algum e não gerará sanção para o beneficiário. Para a instituição bancária deverá obrigatoriamente efetuar o depósito, visto que ele segue a lei do cheque (não pode recusar o deposito, não pode julgar o mérito da pós-datação). *pela lei do cheque pode depositar quando quiser.
_responsabilidade do depositante? (perdas e danos, não é só danos morais, pelos usos e costumes do comércio e pela quebra de confiança existente entre as partes, má-fé, prejudicar) conforme entendimento jurisprudencial pacífico, os tribunais reconheceram o cabimento de perdas e danos (danos materiais, morais e lucros cessantes) contra quem depositar o cheque antes da data combinada “em virtude da quebra de confiança entre as partes”. No Brasil não temos a disposição do cheque pós-datado, mas aquele que causa dano a alguém, e deve reparar.
_súmula 370 STJ: caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque pré-datado (existem dois equívocos na súmula, a primeira é sobre o dano moral que na verdade caberiam perdas e danos, tanto é que os tribunais têm condenado em perdas e danos e não somente em danos morais, e a segunda é que nem sempre a apresentação do cheque pré-datado não gera danos morais, deve ser comprovado). Exemplos de danos materiais = taxas bancárias, lucros do cheque especial. Exemplos de danos morais = perdeu a compra, inscrição do nome nos órgãos de proteção ao crédito.
*mero aborrecimento não gera danos morais.
*Prazo de apresentação: na instituição bancária (deposito), trás também consequências para quem não apresentar. Para definir a ação depende da praça.
_mesma praça: a lei diz 30 dias. O portador tem um prazo de 30 dias, contados de sua emissão, para apresentá-lo ao banco (instituição financeira) quando for na mesma praça (local de emissão é o mesmo local da instituição bancária).
_praças diferentes: prazo é de 60 dias quando as praças forem diferentes, neste caso o local de emissão não é o mesmo da instituição bancária.
_se for pós-datado? (o tribunal concorda e prorroga o prazo de emissão que será considerado da data pós-datada) o prazo de apresentação deverá contar a partir da data lançada do título, prorrogando o prazo de apresentação e, consequentemente o prazo prescricional. O prazo para o banco pagar é outro, e o prazo é curto por causa de duas consequências.
_perda do prazo e consequências?
Perderá o direito de executar os coobrigados do cheque (endossantes e avalistas), conservando o direito de executar o emitente e seus avalistas.
Perderá o direito de execução contra o emitente, se havia fundos no prazo de apresentação e deixou de existir por culpa não imputável a ele. Exemplo: governo Collor que segurou o dinheiro de todos os clientes bancários.
*Modalidades de Cheques:[11: 	 Aula de 08/05/2014]
a) Cheque Cruzado: (dois traços no anverso, só pode depositar) é aquele que apresenta dois traços transversais e paralelos no anverso do cheque, podendo ser realizado pelo emitente ou portador, razão pela qual o mesmo só poderá ser depositado.
_em branco: é aquele que não consta nenhuma indicação no interior do cruzamento, podendo ser depositado em qualquer agência bancária.
_em preto: é aquele que indica uma instituição bancária no interior do cruzamento, devendo ser depositado somente nesta instituição.
b) Cheque visado: é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente, ou do portador, lança e assina no verso do cheque uma declaração de suficiência de fundos com a finalidade de reservar a quantia exposta no título (visado e declarado pelo banco). Exemplo: dependendo do valor a agência bancária não consegue pagar no saque, portanto a agência bancária deve resguardar ao beneficiário esse valor uns dias antes.
c) Cheque administrativo: é aquele emitido pelo banco sacado contra uma de suas agências em favor de terceiros, devendo ser nominativo. Exemplo: compra e venda de imóvel, com pagamento por meio de cheque administrativo (quem paga é o banco em favor do tomador).
d) Cheque para ser levado em conta: é aquele que o emitente ou portador proíbe a transferência do título, podendo somente ser depositado na conta do beneficiário que deve estar expressa no interior do cruzamento.
*Sustação: furto/roubo, desacordo comercial.
Revogação ou contraordem:é aquele que só pode ser praticado pelo emitente, expondo as razões motivadas, podendo ser realizado por via extrajudicial, ou judicial, produzindo efeitos depois de expirado o prazo de apresentação. Exemplo: motivo = o mais comum é o desacordo comercial.
Oposição: é aquele que pode ser praticado pelo emitente ou portador, mediante aviso escrito, fundado em relevante razão de direito, produzindo efeito durante o prazo de apresentação. Exemplo: portador que foi furtado, tanto pelo emitente, quanto o portador pode legar (desde que apresentado o boletim de ocorrência, podendo ser furto, roubo, estelionato entre outros crimes do gênero).
*Prescrição: (dizem que é 6 meses, mas não é suficiente) conta da expiração do prazo de apresentação. O prazo prescricional é de seis meses contados da expiração do prazo de apresentação. Exemplo: cheque de mesma praça, 30 dias para apresentação + 6 meses. *no caso de ser pós-datado não está pacificado, mas a doutrina majoritária diz que se estende.
*Ação Cambial? Senão estiver prescrito o título de crédito, a ação correta será a de execução, pois possui a característica de força executiva. Se estiver prescrito, será ação de conhecimento e de cobrança.
A lei do Cheque prevê a propositura da “ação de enriquecimento indevido”, prescrevendo no prazo de 2 anos, a contar do término do prazo prescricional (30/60 dias + 6 meses + 2 anos).
No CPC prevê a propositura da “ação de cobrança” (ação de conhecimento), prescrevendo no prazo de 5 anos.
Ação monitória, ação especial para cobrar devedores, desde que tenha prova escrita, prescrevendo no prazo de 5 anos.
TRABALHO PARA 22/05 = AÇÃO CABÍVEL + PROCURAÇÃO + TÍTULO DE CRÉDITO + CUSTAS PROCESSUAIS.
DUPLICATA MERCANTIL:[12: 	 Aula de 15/05/2014]
Dada a dificuldade do dia a dia, o empresário para facilitar a vida e não perder o cliente para a concorrência, cria regras, que nem sempre a lei acompanha.
Disciplina Legal: Lei n. 5.474/68 – Lei das Duplicatas
CONCEITO: É um título causal em que sua emissão somente pode ocorrer na hipótese autorizada por lei, ou seja, através de fatura representativa de compra e venda mercantil ou de prestação de serviço.
Se a empresa está faturando ele pode fazer a emissão de uma duplicata. Se a empresa está prestando serviços, ela poderá fazer a emissão de uma duplicada.
Ao empresário é obrigatória a emissão de Nota Fiscal-Fatura?
R. Sim, por meio de uma nova Fiscal, que pode ser exigida pelo cliente.
Mas qual a forma de será paga essa nota fiscal-fatura = duplicata.
FATURA: (nota fiscal-fatura) é o documento que descrimina as mercadorias vendidas ou serviços prestados, informando quantidade, preço unitário e o valor total.
Toda nota fiscal tem uma sequência de números.
Ex.
EMPRESA XXXXXX NOTA-FISCAL Nº XXXXX
 Quantidade 	Descrição de itens		 valor 
01 		 terno	 		R$ 300,00
02		 calças			R$ 200,00
01		 camisa			R$ 100,00
01 		 sapato			R$ 200,00
Total						R$ 800,00
Agora o empresário pergunta: Qual a forma de pagamento?
R. Por meio de Duplicata – Ex. 04 parcelas de R$ 200,00, sendo a primeira para 15 dias, 30 dias, 45 dias e 60 dias.
A fatura é obrigatória, enquanto a duplicata é facultativa! – Art. 172 – C.P. – Duplicata/Fria).
Pode o empresário emitir uma duplicata para várias compras, notas?
R. Não, nunca, jamais!
Pode emitir uma nova duplicata sem uma nota duplicata (sem ter uma prestação ou venda)?
R. Não, pois é crime, considerada como duplicata fria.
Na prática, tem acontecido isso. O empresário para se salvar está usando deste recurso ilegal.
As empresas de factoring compram o faturamento de uma empresa, cheques e notas com datas de pagamentos futuros. Então, o empresário para conseguir dinheiro rápido e pagar suas dívidas urgentes, faz emissão de 05 duplicatas em nome de clientes, sem a autorização destes, e faz à troca por dinheiro, descontada a porcentagem da empresa factoring. Isto significa dinheiro rápido e fácil, não tendo que fazer empréstimos bancários, etc. Passados 30 dias, o empresário faz o pagamento, e assim por diante.
O problema é que o empresário está “gostando” deste recurso ilegal, e agora já está pensando em trocar o carro dele. Faz a emissão de 10 duplicatas, consegue pagar 05 e acontece um imprevisto, deixando 05 sem fazer o pagamento. Então a empresa de factoring tem 05 duplicatas em nome do cliente, que nem sabe o que está acontecendo.
FORMALIDADE
REQUISITOS OBRIGATÓRIOS DA DUPLICATA: 
São duplicatas em razão da mesma fatura, mesma compra. 
1- A denominação duplicata;
2- Data de sua emissão (igual da fatura);
3- O número da fatura/duplicata e o número de ordem;
4- Data do vencimento ou cláusula à vista;
5- Nome domicílio do sacador (vendedor);
6- Nome, domicílio e identificação do sacado (comprador);
7- Importância a pagar em algarismo e por extenso;
8- Praça de pagamento (local de pagamento);
9- A declaração de reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, com o aceite cambial e a cláusula à ordem.
LIVRO DE REGISTO DE DUPLICATAS: A lei impõe que ao empresário que optar pelo saque da duplicata terá que escriturar um livro obrigatório chamado de livro de registro de duplicata. Exceção: Quando se tratar de duplicata dê conta de serviços, que são aquelas emitidas por profissionais liberais.
O empresário é obrigado a ter o sistema de emissão de duplicatas?
R. Não! Porém, isso nos dá um sinal: de que se o empresário não optar pelo sistema de emissão de duplicata, também não será obrigado a apresentar o livro fiscal diário para a contabilidade.
A regra é: optou, fica obrigado – *exceção ao profissional liberal (que muitas vezes nem sabe que pode fazer a emissão de duplicata).
Não optou: não está obrigado.
A duplicata nasce da respectiva nota.
O boleto é a transformação da duplicata (jurisprudência pacífica desde 2010).
REMESSA E DEVOLUÇÃO DA DUPLICADA: Emitida a duplicata, o sacador (vendedor) deverá remeter a duplicata ao sacado (comprador) no prazo de 30 dias seguintes a emissão. Se for à vista o comprador deve realizar o pagamento, se, a prazo, deverá assinar, aceitar a duplicata e restituí-la ao sacador em 10 dias, contados da data de sua apresentação.
 Se for a opção de pagamento a emissão de duplicatas, exemplo em 04 x R$ 200,00, o empresário que já tem o cadastro do cliente faz a emissão. O cliente que não pagando nada, vai embora com a mercadoria. 
O que o empregado é obrigado a fazer na hora da compra? 
R. Fazer a emissão da nota fiscal (e deveria naquela hora, já colher a assinatura do cliente na nota fiscal, para o reconhecimento da dívida, evitando futuros aborrecimentos).
Recebendo as duplicatas em casa, o cliente tem que assiná-las, aceitando-as, tendo o prazo de 10 dias para devolver ao empresário - totalmente fora de uso.
ACEITE: O aceite na duplicata é compulsório, obrigatório, sendo que somente poderá deixar de aceitar por motivos relevantes, eis que o sacado encontra-se vinculado ao pagamento do título.
Só não assinará, se houver motivos de recusa do aceite.
Mas o que é aceite?
R. Nada mais é que a assinatura do cliente, dando a entender que está de acordo com as duplicatas.
MOTIVOS DA RECUSA DO ACEITE:
Avaria ou não recebimento das mercadorias.
Vou até as Casas Bahia e compro uma geladeira que será entregue no dia seguinte.
Quando da entrega, a empregada da casa recebe a mercadoria, porém, esta veio com avarias, amassada, etc. - Você assinará as duplicatas? Logicamente que não!
Vício, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias.
Recebida, depois de 03 dias, a geladeira parou de funcionar. Neste caso, também não assinarei as duplicatas que chegarão pelo correio.
3- Divergência nos prazos ou preços combinados.
Compro 30 celulares para a revenda da minha loja. Quando a mercadoria chega, ao invés dos 30 aparelhos, há somente 20, não gerando a obrigação de aceitaras duplicatas.
Ou se na compra de uma televisão da marca Samsung, chega uma da marca CCE, o cliente poderá não assinar a duplicata, mas se fosse ao contrário, você assinaria o “aceite”? 
MODALIDADES DE ACEITE E VINCULAÇÃO DO SACADO:
1) – ACEITA ORDINÁRIO: é aquele assinado pelo comprador-sacado na própria duplicata formalizando o aceite.
2) – ACEITE POR PRESUNÇÃO (Presumido): Decorre do recebimento da mercadoria pelo sacado (comprador), inexistindo recusa formal.
Quando recebeu, nunca foi reclamar, presume-se que a mercadoria foi entregue e mesmo retendo a duplicata, presume-se o aceite, pois se houvesse algum problema, com certeza ele reclamaria.
3) – ACEITE POR COMUNICAÇÃO: É quando o sacado não devolve a duplicata, enviando uma correspondência ao sacador informando que aceita.
A duplicata está retida, ex. que perdeu a duplicata, mas como deve devolvê-las assinadas, manda um comunicado por escrito, (todos os meios, quais sejam, fax, e-mail, telegrama, carta, etc). 
PROTESTO DA DUPLICATA: A duplicata é protestável por falta de aceite, devolução ou pagamento.
Obs.: São as circunstâncias em que o cartório é apresentado em cartório que define a natureza do protesto.
Falta de aceita: Estiver ao cartório sem assinatura do devedor e antes do vencimento, o protesto será por falta de aceite.
Por falta de devolução: Se encaminhar para protesto um documento com as indicações da duplicata, antes do vencimento, informando que foi retida pelo devedor o protesto será por falta de devolução.
Por falta de pagamento: Se encaminhada à duplicata assinada ou não, após o vencimento, será por falta de pagamento (pela lógica, após o vencimento, pela falta de pagamento).
LOCAL E PRAZO DO PROTESTO: O protesto deverá será realizado na praça de pagamentos constantes no título e no prazo de 30 dias contados da data do seu vencimento, sob pena de perder o direito creditício contra os codevedores.
 
A própria lei traz os prazos, mas não sem propósito. 
Ex. 
Empresa X ------- Y cliente. Se com aceite do cliente Y, o título poderá ser transferido. A empresa X endossa e transfere para a Empresa W, que endossa e transfere à Empresa Z, que se tornará beneficiária, portadora do título.
A Empresa Z, portadora de boa fé, terá o prazo de 30 dias, após o vencimento da mesma, para cobrar todos, tanto o emitente, cliente Y, quanto os seus endossantes, X e W. Se perder este prazo de 30 dias, não poderá mais cobrar dos endossantes, e sim somente ao devedor principal, emissor Y.
DUPLICATA VIRTUAL ou EM MEIO MAGNÉTICO[13: 	 Aula de 22/05/2014]
STJ: A praxe mercantil aliou-se ao desenvolvimento da tecnologia e desmaterializou a duplicata, transformando-a em registro eletromagnético, transmitido por computador pelo empresário ao banco, o qual faz a cobrança mediante “boleto bancário”, podendo o devedor efetuar o pagamento por meio eletrônico, via internet, tornando-se desnecessário o deslocamento do devedor até a agência bancária. *desmaterialização dos títulos de crédito.
Previsão Legal: Pela Lei das Duplicatas, art. 6º e com o art. 889, § 3, do atual código Civil, ficou claro que é possível a sua emissão por meio eletrônico.
Procedimento: O vendedor saca (emitir) uma duplicata virtual contra o comprador/devedor e registra os dados no computador, enviando a informação através da Internet para a instituição financeira, que credita o valor da dívida na sua conta. Se o devedor também tiver seu computador interligado ao sistema, a informação é enviada para ele também pela Internet e ele deverá efetuar o pagamento através de transferência bancária eletrônica. Se não tiver, a guia de compensação bancária é enviada para ele pelos correios e ele poderá pagar em qualquer agência de qualquer banco do país.
_a doutrina entende que boleto bancário não é título de crédito.
_assinar a NF ou o recibo de entrega da mercadoria.
PROTESTO POR INDICAÇÃO: Duplicata mercantil pode ser protestada por indicação mediante apresentação do boleto bancário que constitui meio magnético ou de gravação eletrônica de dados recepcionada pelo Tabelionato de Protesto. *passível de protesto, passível de ação de execução.
PROTESTO DE DUPLICATA POR INDICAÇÃO. BOLETO BANCÁRIO. POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DE ART. 8º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 9.492/97. TUTELA ANTECIPADA. AUSÊNCIA DE VEROSSIMILHANÇA. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1-Duplicata mercantil pode ser protestada por indicação mediante apresentação do boleto bancário que constitui meio magnético ou de gravação eletrônica de dados recepcionado pelo Tabelionato de Protesto, nos termos do art. 8º. Parágrafo único, da Lei nº 9.492/97. – TJ/SP.
AÇÃO JUDICIAL CABÍVEL: (depende da modalidade do aceite)
A cobrança judicial da duplicata ou triplicata, através da ação de execução, será efetuado em conformidade com os títulos executivos extrajudiciais, quando se tratar:
De duplicata ou triplicata (extravio de duplicata, o empresário pode emitir outra via que é conhecida como triplicata) aceita, protestada ou não. (aceite ordinário). Exemplo: Felipe compra um televisor, a empresa manda 5 duplicatas, sendo que ele aceita e manda de volta.
De duplicata ou triplicata não aceita, desde que esteja protestada e acompanhada do comprovante da entrega da mercadoria. *Não cabe ação de execução, mas cabe ação de conhecimento, monitoria e cobrança.
 
PRESCRIÇÃO DA DUPLICATA PARA EXECUTÁ-LA:
*Em 03 (três) anos, a contar do vencimento, contra o sacado (comprador) e seu avalista.
*Em 01 (um) ano, contado do protesto, contra os endossantes e seus avalistas.
*Em 01 (um) ano, a contar do pagamento, para o exercício do direito de regresso contra codevedores.
Exemplo: Felipe (avalista Giovana) _ Empresa X _ Yago _ Beto (Xande avalista) _ Carlos (portador de boa fé do título de crédito). *protestado dentro dos 30 dias.
_3 anos para executar Felipe e seu avalista a contar do dia do vencimento.
_1 ano para executar a Empresa X, Yago, Beto e Xande, dentro dos 30 dias do protesto.
_Beto pagou, tem 1 ano a contar do pagamento para executar os coobrigados, ou cobrar Felipe e seu avalista no prazo de 3 anos.
*vendeu, têm 30 dias para protestar.
Duplicata Comum: 
_disciplina legal: lei da duplicata.
_procedimento? Procedimento próprio, corpo de texto legal. Remeter/enviar as duplicatas ao comprador (sacado), que deve assinar as duplicatas (obrigatório) e devolver a empresa. Para pagar, deve o sacado ir até a empresa, efetuar o pagamento e devolver a duplicata mediante pagamento. *o empresário tem as duplicatas em razão da Nota Fiscal emitida.
_ação judicial e documentos? Reter a duplicata, falta de aceite e o protesto for falta de pagamento.
LETRA DE CÂMBIO:
Disciplina Legal: Lei nº 57.663/66 – Lei Uniforme de Genebra
Antigamente usava-se muito a letra de câmbio, pois como não havia moeda, tudo era à base de troca.
A Letra de Câmbio sempre tem duas obrigações materializadas num mesmo título.
Ex.
R$ 1.000,00
A_____B (beneficiário)
(sacador)
R$ 1.000,00	C (sacado)
A é credor de C e devedor de B. A emite(saca) uma Letra de Câmbio, dando ordem à C, que ao invés de lhe pagar, que este pague diretamente B (beneficiário), seu credor. Serão 02 obrigações cumpridas com um só título. Porém o “aceite” de C é facultativo, pois ele deveria assinar a Letra de Câmbio para que este título de crédito tenha valor. Caso não aceite, não assine, não estará vinculado à essa obrigação (de pagar diretamente a B). Assinando, se vinculando, tornar-se-á, principal devedor.
Conceito: É uma ordem de pagamento que o sacador dirige ao sacado para que esse pague a importância consignada a um terceiro denominado tomador ou beneficiário.
Sacador: é a pessoa que dá a ordem de pagamento
Sacado: para quem a ordem foi dirigida e que irá cumpri-la, ou seja, destinatário da ordem.
Tomador: que é o beneficiário da ordem, a pessoa que vai receber o dinheiro.
*Requisitos Obrigatórios da Letra de Câmbio:
A expressão letra de câmbio.
Ordem incondicional de pagar quantiadeterminada;
Valor;
Nome do sacado e sua identificação civil,
Identificação do tomador;
Nome e assinatura do sacador;
Local e data do saque; e
Lugar do pagamento
*Aceite: é o ato por meio do qual o sacado se compromete a cumprir a ordem dada pelo sacador. (opondo sua assinatura do título, assumi o pagamento e tornando-se devedor principal).
Obs.: Na letra de câmbio o aceite é facultativo, sendo que o sacado não é obrigado a aceitar o título. (o aceite poderá ser no verso ou no anverso do documento).
*Recusa do Aceite:
Recusa TOTAL: é quando o sacado recusa aceitar, totalmente, a letra de câmbio.
Sendo a recusa total, poderá o beneficiário ir diretamente ao sacador, antecipando o vencimento da Letra de Câmbio.
Recusa PARCIAL: qualquer caso de recusa do aceite (total ou parcial), opera-se o vencimento antecipado do título, podendo o beneficiário (tomador) cobrar, de imediato, o sacador pela totalidade da dívida.
São 02 opções ao beneficiário: aguardar o pagamento parcial do sacador e o restante do sacado, ou ainda, poderá cobrar diretamente o sacador, antecipando o vencimento da Letra de Câmbio.
Ex. Se C aceita somente R$ 500,00 por ser essa a quantia que ele deve para A, escreverá no verso da Letra de Câmbio: “Aceito a importância de R$ 500,00......”
+ P R O T E S T O da Letra de Câmbio e Nota Promissória
Protesto é um meio de prova da inadimplência.
O cartório emite uma intimação para que o devedor pague em 03 (três) dias. Não sendo cumprido este prazo, terá uma prova do inadimplemento. 
CONCEITO: é um ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em um título. (Lei 9.492/97 – art. 1º) Comprova que o devedor não cumpriu com sua obrigação.
Prazo: O art. 44 da L.U.G., nos traz que o protesto tem que ser efetuado num dos 02 (dois) dias úteis seguintes em que a Letra de Câmbio ou a Nota Promissória é pagável. Ou seja, nos dois dias úteis seguintes ao vencimento.
Após esse período de 02 dias, perderá o direito de regresso contra os coobrigados. (igual aos demais títulos).
Ex.
R$ 1.000,00
A_____B (endossante)_______C________D________E
(sacador)	 endossante endossante		(beneficiário)											
R$ 1.000,00	C (sacado)
E vai até D. Este diz que está sem condições de cumprir com a obrigação. Então, vai até C, devedor principal, que também diz não ter condições. Neste caso, E, terá o prazo de 02 dias para protestar a letra de Câmbio, podendo cobrar de todos os coobrigados. Perdendo este prazo, poderá cobrar somente C, devedor principal.
A lei da duplicata tem prazo de 30 dias para o protesto.
	A Letra de Câmbio e Nota Promissória o prazo é de 02 dias.
A única mudança para o direito de regresso é o prazo de 06 meses, que tem a Letra de Câmbio e Nota Promissória, enquanto que na Duplicata é de 01 ano.
X	 Concessionária Y
A_________B__________C_________D_________E
		 01 ano
	 03 anos
A compra a moto de B e emite uma nota promissória (ou letra de câmbio) com vencimento para 30 dias, tendo X como seu avalista. A vai até X para que este assine como avalista, e entrega o título a B. B compra um carro na Concessionária C, passando para esta, o título. A empresa C, transfere este título como parte de um benefício à funcionária D, que ao comprar um computador, transfere para E, porém este, pede a D que arrume um avalista para sua maior segurança.
Caso o título não seja pago na data prevista, terá E (beneficiário) 02 dias para protestar o título, adquirindo o direito de entrar com ação de execução contra todos, devedor principal e seu avalista, pelo prazo de 03 anos, a contar da data de vencimento do título. Contra os codevedores., 01 ano, a contar da data do protesto. Caso algum dos coobrigados pague o título, terá este, o prazo de 06 meses para ação de regresso contra os outros codevedores. – (observando o princípio da regressividade). 
+ A Ç Ã O C A M B I Á R I A (ação de execução)
Se não estiver prescrito (nota promissória e letra de câmbio)
Frustrados todos os caminhos de recebimento da Letra de Câmbio e da Nota Promissária, somente restará ao credor por meios judiciais através da Ação de Execução.
Prazos Prescricionais (Letra de Câmbio e Nota Promissória):
*03 anos, contados do vencimento, em face do devedor principal e 0seu avalista;
*01 ano, contado do protesto, em face dos coobrigados;
*06 meses, contados do pagamento, para o exercício do direito de regresso pelos coobrigados.
NOTA PROMISSÓRIA:
Disciplina Legal: Art. 75 a 78 da Lei 57.663/66 – L.U.G.
Somente 04 artigos.
CONCEITO: é uma promessa direita de pagamento do devedor ao credor, constituindo um compromisso escrito, pelo qual alguém se obriga a pagar a outrem certa soma em dinheiro. (Rubens Requião).
PARTES:
Promitente (emitente): é o subscritor da promessa de pagamento, devedor do crédito.
Beneficiário: é a quem deve o crédito, o credor da promessa de pagamento.
REQUISITOS ESSENCIAIS (formalidades – art 75 da L.U.G.):
A expressão Nota Promissória no título;
A promessa incondicional, pura e simples de pagar a quantia determinada;
O nome da pessoa à quem dever ser paga (beneficiário);
Indicação do local da emissão;
A indicação da data em que a nota está sendo emitida (data da emissão);
Nome e assinatura do promitente (emitente);
A indicação do lugar em que deva efetuar o pagamento. (local de pagamento); e
A época do pagamento (vencimento).
Faltando 01 dos 08 requisitos, não terá validade.
INFORMAÇÕES JURISPRUDENCIAIS:
A nota promissória sem requisito essencial não tem força executiva, mas serve como indício de prova escrita sem eficácia de título executivo.
Caberá somente ação de conhecimento (monitória ou cobrança), servindo como prova.
Na execução, a ausência de data de emissão nulifica o título.
É um absurdo que pela falta de data, torna-se nula a Nota Promissória, podendo “tentar” ação de conhecimento, comprovando que houve a dívida (podendo alegar enriquecimento ilícito).
Regime Jurídico (art. 77): Aplicam-se às Notas Promissórias todas as regras aplicáveis às Letras de Câmbio, exceto o que for incompatível com a sua natureza de promessa de pagamento.
Pois é uma promessa de pagamento. O restante, todo o regime jurídico é aplicado à letra de câmbio e a nota promissória.
Letra de Câmbio
			Tudo igual, exceto o “aceite” por se tratar de uma promessa.
Nota Promissória
Súmula ____. O credor pode sanar o vício antes da propositura da ação, preenchendo a data na Nota Promissória, mas se ajuizar ação sem preencher, esta será considerada nula.
DIREITO FALIMENTAR: EMPRESA EM CRISE:[14: 	 3º Bimestre = Aula de 05 de Agosto de 2014.]
Existem três formas de constituir uma empresa (teoria geral do direito empresarial): empresário individual, empresário individual de responsabilidade limitada e sociedade. Base do direito de empresa. *atividade profissional não é considerada empresa. Exemplo: dois médicos. + estabelecimento e bens integrantes.
_sociedades empresárias: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade em comandita por ações, sociedade limitada e sociedade anônima.
_títulos de crédito.
A nomenclatura correta para a crise dentro da empresa é direito falimentar (falência ou quebra). O direito falimentar estuda a empresa em crise no mercado econômico. Exemplo: inadimplência para tributos, quirografários, trabalhistas e previdenciários.
O direito falimentar é composto de três institutos: falência, recuperação judicial e recuperação extrajudicial.
*Disciplina Legal:
Decreto-lei n. 7.661/45: antiga lei de falência e concordata (só pensava em beneficiar o empresário). *vigorou por aproximadamente 60 anos. 
Lei n. 11.101/05: nova lei de recuperação judicial, extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária (social, a nova lei se preocupa também nos credores/empregados). *ficou paradano Congresso Nacional por 11 anos.
_a principal diferença entre as legislações, é que p decreto-lei visava somente o empresário, e a lei diz respeito mais ao caráter social, função social.
*Função social da empresa: ao contrário do antigo decreto-lei, a nova lei falimentar e de recuperação de empresa vê a empresa como geradora de empregos, riqueza, e com responsabilidades sociais perante os empregados, fornecedores, órgãos públicos, consumidores, credores, e meio ambiente.
Exemplo: determinada empresa em atividade = gera reflexos sociais de forma direta e indireta. A nova lei pretende manter a empresa em atividade para se evitar uma crise regional. Em caso negativo teremos reflexos nos trabalhadores e suas famílias, órgãos públicos, credores, consumidores e consequentemente na economia direta.
_é mais vantajoso manter a empresa funcionando do que mantê-la fechada.
*Revogação: a nova lei falimentar (11.101/05), após tramitar pelo Congresso Nacional por mais de 11 anos, revogou o antigo decreto-lei de 1945.
_exceção: (ainda continua em vigor em algumas hipóteses) esta lei não se aplica aos processos já em andamentos propostos antes de sua vigência, os quais deveram ser concluídos pelo antigo decreto-lei.
_ressalvados os processos em andamento antes de 2005, dos quais foram decretados antes da vigência da nova lei. O antigo decreto-lei demora de 10 a 20 anos (ou até 30 anos).
_sindico substituído para administrador judicial.
*Objetivos da Nova Lei de Falência (NLF): a doutrina (Rubens Ezequião) trás dois objetos:
a) facilitar a recuperação da empresa com a consequente manutenção de empregos e da atividade produtiva (uma empresa em crise, e o futuro dela é incerto, a nova lei pretende recuperar, manter a empresa em atividade).
b) dar facilidades aos credores para reaver seus bens e direitos (para que cada um receba o que é seu de direito).
*OBS.: câmara especial de falência (apenas no TJ SP) : em quaisquer umas das câmaras de direito privado, demora em torno de 3 à 5 anos para ser julgado. No caso dessa câmara especial de falência (súmulas do TJSP, que repercutiu em outros estados, bem como no STJ) é bem mais rápido.[15: 	 Aula de 12 de Agosto de 2014.]
Essa lei de falência e recuperação judicial foi criada no direito norte-americano, que refletiu para quase todos os países.
*princípio da preservação da empresa (sempre vai prevalecer).
APENAS A TÍTULO DE CURIOSIDADE: Lei complementar 147/14 = amplia o simples nacional e altera a lei complementar 123/06. Agora, com a nova lei, escritórios de advocacia pagaram 4,5% de tributação (por oito tributos, agora será tudo unificado). A atividade não importa mais, tanto atividade empresarial, quanto profissional pode ser considerado como sociedade (hoje acrescentou de 140 atividades, exemplo: advocacia, jornalismo, arquitetura).
_para ser do simples a empresa deve ser vista pelo porte, independente da natureza da atividade.
_unificou a abertura da empresa, sendo em um único momento, cadastro único na junta comercial.
_liquidar a empresa: poderá ser baixada a empresa mesmo tendo débitos tributários a qualquer tempo. O pedido de baixa importa responsabilidade solidaria dos sócios, administradores da época.
*Crise Empresarial: criado pelos doutrinadores, que distinguem a crise empresarial em:
_crise econômica: se dá quando os consumidores não mais adquirem igual quantidade de produtos ou serviços, estando diante das quedas nas vendas, fazendo que o empresário sofra diminuição em seu faturamento. *perda de vendas, atraso na tecnologia (não se adéqua ao mercado), concorrência (preços mais baixos).
Exemplo: postos de gasolina (lojas de conveniência).
_crise financeira: se dá quando a empresa não tem caixa para honrar seus compromissos, as vendas podem estar crescendo, e o faturamento satisfatório, mas os empresários têm dificuldades de cumprir com suas obrigações. *má administração.
Exemplo: mau investimento do empresário, empresas familiares (desfalque da diretoria pelos sócios), e inadimplência (vende para qualquer pessoa, sem fazer uma consulta prévia).
_crise patrimonial: é a insuficiência de bens do ativo para atender a satisfação do passivo, ou seja, a empresa tem menos bens em seu patrimônio, do que a totalidade de suas dívidas. *as obrigações são maiores do que a soma de todos os bens de direito.
*dependendo da recuperação judicial, deve observar qual é o tipo de crise. No caso de falência pouco importa o tipo da crise.
*Aplicação da Nova Lei Falimentar e de Recuperação: a lei de 2005. Quem pode se valer na aplicação dessa lei. OBRIGATORIAMENTE CAIRÁ NA PROVA.
Aplica: a nova lei de falência e recuperação disciplina a recuperação judicial, extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, como devedores (artigo 1º da lei 11.101/05). Artigo 44, inciso VI CC:
Empresário individual e Eireli: (responsabilidade de forma ilimitada e limitada – Eireli) em qualquer uma das duas hipóteses,.
*a Eireli tem o intuito de blindar o patrimônio.
Sociedades empresárias: quaisquer sociedades empresárias personificadas (sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade em comandita por ações, sociedade limitada e sociedade anônima).
_sociedade simples: não têm direito. Afinal onde está o caráter social da nova lei.
Não se aplica: (artigo 2º da lei 11.101/05).
_exclusão absoluta: empresas públicas e sociedade de economia mista. OBS.: as duas estão totalmente excluídas do processo falimentar, pois são pessoas jurídicas controladas direta ou indiretamente por pessoas jurídicas de direito público.
_exclusão relativa: instituições financeiras, cooperativas de crédito, consórcio, sociedade operadora de assistência à saúde, seguradoras, e demais equiparadas. OBS.: essas empresas, em via de regra, não estão sujeitas a nova lei falimentar, eis que possuem procedimentos específicos e liquidações próprias (não esta na lei).
*Competência Processual Falimentar: competência absoluta.[16: 	 Aula de 19 de Agosto de 2014.]
_foro/juízo? É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do “local do principal estabelecimento do devedor”. *local em que estiver a administração da empresa.
Carvalho de Mendonça: onde o empresário centraliza.
Rubens Ezequião: contabilidade geral.
Fábio Ulhoa: maior volume de negócios da empresa.
STJ: é o centro vital das maiores atividades do devedor.
_filial com sede no exterior: (filial no Brasil) não posso pedir na sede fora do país. Somente se pede na filial situada no Brasil. No caso de empresas filiais situadas no Brasil com sede no exterior, o juízo competente será do estabelecimento da filial no Brasil e jamais na sede do exterior.
RECUPERAÇÃO DE EMPRESA:
Recuperação judicial: princípio da função social da empresa (artigo 70 CF) e princípio da preservação da empresa (criado com base no princípio da função social da empresa).
_objetivo: o instituto da recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação (superar a crise, reestruturar) da situação de crise econômica, financeira, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora (economia girando, mantendo a empresa em ativa), do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo assim a preservação da empresa e sua função social (artigo 47). *manter a empresa em atividade, economia girando.
_requisitos legais: 
No momento do pedido, o empresário tem que exercer a atividade empresarial, regularmente (devidamente regularizada, com o contrato social registrado na junta comercial), há mais de dois anos (obrigatoriamente, exercendo há mais de dois anos, se for menos de dois anos, essa empresa não é viável). *requisito formal.
Não for falida (não ter sido decretado falência). *a partir do momento em que foi decretada a falência, não caberá recuperação judicial.
Não ter, a menos de cinco anos obtido concessão de recuperação judicial. *se menos de cinco anos não posso requerer nova recuperação judicial (acontar da data de deferimento da recuperação judicial).
Não ter, a menos de cinco anos obtido concessão de recuperação judicial, com base no plano especial para microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP). *depende do faturamento.
Não ter sigo condenado, ou não ter como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por crime falimentar. *empresário individual condenado por crime falimentar.
_quem tem legitimidade?
O empresário individual, a sociedade empresária ou a Eireli.
O cônjuge sobrevivente: apenas para o caso de empresário individual.
Herdeiros do devedor ou inventariante (em caso de falecimento do empresário). *apenas para o caso de empresário individual.
Sócio remanescente: sociedade empresária (dentro do período de 180 dias, em que só exista um sócio na empresa, visto que o outro pediu direito de retirada).
Procedimento da Recuperação Judicial: tudo está presente na nova lei de falência e recuperação judicial.[17: 	 Aula de 26 de Agosto de 2014.]
Fase Postulatória: começa com a petição inicial de recuperação judicial e encera-se com o despacho judicial mandando processar o pedido. *postular/requerer/pedir por meio de uma petição inicial. **o juiz vai analisar se vai proceder a recuperação.
Fase Deliberativa: é a fase em que é discutido e aprovado o plano de recuperação. *discutir se compensa ou não ser aprovado (não é o juiz, e sim os credores).
Fase de Execução: é a fase em que efetivamente passa a aplicar e executar o plano de recuperação. *executar o plano de recuperação.
Fase Postulatória:
*Petição inicial: (sempre será através de uma petição inicial com todos os documentos necessários) ao apresentar o pedido de recuperação judicial, através de uma petição inicial, o empresário deverá apresentar certos documentos (existem documentos obrigatórios e necessários) e a exposição das causas concretas da situação patrimonial e das razões da crise econômica (crise de mercado, não venda de produtos) e/ou financeira (má administração, grande venda, mas não tem dinheiro em caixa).*deverá expor na petição a real necessidade do empresário = patrimonial (ativo) e débitos (passivo).
_o nome da ação deverá ser sempre a pretensão. É rara a lei que traz a nomenclatura da ação. *ação de recuperação judicial.
*Documentos Necessários? É obrigatório juntar esses documentos, mera formalidade, deve seguir basicamente a lei (se presentes todos os requisitos o juiz deferirá o pedido): *natureza contratual (será decidido apenas entre os credores e o devedor):
Demonstração contábil dos últimos três anos.
A relação dos credores com os dados completos e o valor atualizado do crédito: contratos de empréstimo, relações de cheques sem fundos.
A relação integral dos empregados, suas funções, salários, indenizações e demais parcelas que têm direitos.
Extratos de contas bancárias e aplicações financeiras: não pode o empregador omitir informações.
Certidões dos cartórios de protesto: por falta de pagamento. *a título de curiosidade, em Marília temos cinco cartórios de protesto.
_certidão negativa: não tem nenhum protesto contra a empresa.
_certidão positiva: constam os títulos protestados.
Certidão de regularidade do empresário no registro público de empresas (Junta Comercial).
Relação, subscrita pelo devedor empresário, de todas as ações judiciais que figure como parte (a empresa é parte nas ações).
*Deferimento do pedido: (se tiver preenchido todos os requisitos, é obrigatório o deferimento do pedido) o juiz considerando que estão em ordem todos os documentos apresentados, deferirá o processamento da recuperação judicial, nomeará o administrador judicial, ordenara a suspensão de todas as ações contra o devedor e determinará que o empresário apresente suas contas demonstrativas mensais. *defiro o processamento da recuperação judicial. **o único meio de o juiz indeferir, será por falta de documentos necessários. ***todas as ações, penhoras, buscas e apreensões dos bancos estão suspensas. ****telefone/água/luz cortada: tudo é religado, mesmo que esteja devendo há meses (em qualquer tipo de empresa). *****Princípio da função social da empresa.
_administrador judicial: ele que ira conduzir a recuperação judicial.
_quem? Deverá ser um profissional de confiança do juiz, habilitado à administração de empresas, preferencialmente, advogado, administrador de empresas, economista, contador, ou pessoa jurídica especializada. *alguém que conheça a administração da empresa, alguém hábil para recuperar a empresa.
_função? O administrador na recuperação judicial possui semelhança a um fiscal, encarregado de acompanhar e fiscalizar o processo de recuperação judicial e o comportamento da empresa em recuperação e daqueles que a dirigem. Não pode se envolver na administração da empresa.
_suspensão das ações: (nem todas as ações são suspensas) suspende apenas as ações líquidas, certas e exigíveis.
*existem dois tipos de ações: ações líquidas, exigíveis e certas (exemplo: execução de cheque sem fundos, execução trabalhista); e ilíquidas (exemplo: RÁ sem transitar em julgado, não tem valor certo, ação de dano moral). *leasing: o veículo é seu, mas a propriedade é da financeira (via de regra não é suspenso, contudo a jurisprudência pacificada do STJ e do TJSP é no sentido de que se o bem for essencial para a atividade deverá a ação ser suspensa).
_recuperar, reestruturar uma empresa em crise: manter empregos e mercado financeiro.
*Elaboração e apresentação do plano de recuperação: (prazo de 60 dias) após o deferimento do processamento da recuperação judicial, o juiz determinará a apresentação em juízo do plano de recuperação no prazo de 60 dias, contados da data de publicação da decisão que deferiu o processamento da recuperação, sob pena de convolação (conversão) em falência. *prazo improrrogável. Intempestivo será se após o prazo. Contudo, existem casos em que pela complexidade da recuperação o judiciário tem aceitado após o prazo, sem que convertesse em falência (analisar cada caso concreto). Na teoria sempre deverá ser com prazo de 60 dias (na prova).[18: 	 Aula de 02 de Setembro de 2014.]
*Créditos excluídos? Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos (exemplo: empresa compra um computador antes da recuperação e parcela em 10 vezes, que não estão vencidas na data da recuperação; entra sim na recuperação), exceto: 
Crédito tributário: não tem necessidade, pois o crédito tributário tem parcelamento próprio.
Crédito do titular da posição de proprietário fiduciário (ação de busca e apreensão), de arrendamento mercantil (também chamado de leasing – ação de reintegração de posse), de proprietário ou promitente-vendedor de bens com cláusula de reserva de domínio: preservar o direito de propriedade, constitucionalmente previsto não entra no plano de recuperação. As parcelas não entram na recuperação. Estima-se um prazo mínimo de 180 dias, onde o proprietário não poderá requerer o bem.
*mera tradição para bens móveis (contrato de compra e venda). Exemplo: compra e venda de um aparelho celular (ação de execução).
*cláusula com reserva de domínio? No próprio contrato de compra e venda, onde o comprador somente se tornará proprietário depois de efetuado o pagamento de todas as parcelas (ação de reintegração de posse).
Os decorrentes de adiantamento de contrato de câmbio, destinados à exportação: empresas que exportam para outros países, a empresa não possui dinheiro para exportar, o banco lhe fornece recursos e quando receber o valor da exportação será pago imediatamente sem fazer parte da recuperação judicial.
_OBS.: coobrigados: (exemplo: emissão de cheque com avalistas e endossantes) quem está em crise, a pessoa jurídica ou seus avalistas/fiadores? Os credores podem executar os coobrigados? A finalidade do aval e da fiança é garantia, razão pela qual a doutrina e jurisprudência entendem que a execução contínua a correr da mesma forma. Não será suspenso contra os coobrigados. *os credores reservam seus direitoscontra os coobrigados e fiadores.
_garantias reais: entra normalmente na recuperação judicial (hipoteca e penhor). Esses empréstimos entram sim (são os chamados de empréstimos com garantias reais).
_cheques sem fundo: pode a empresa requerer normalmente.
*Limitação do Plano? Apenas no caso dos créditos trabalhistas:
O plano de recuperação não poderá prever prazo superior a um ano para pagamento dos débitos trabalhistas ou de acidente de trabalho, vencidos até a data do pedido de recuperação. *prazo máximo para pagamento de créditos trabalhistas será de até 12 vezes (ou seja, em até um ano).
Não poderá ainda prever prazo superior a 30 dias para o pagamento dos créditos de natureza salarial, vencidos nos 03 últimos meses anteriores ao pedido, até o limite de 5 salários-mínimos por trabalhador. *no plano esses três últimos meses anteriores ao pedido deveram ser pagos em até 30 dias (o que passar de cinco salários-mínimos deve ser pagos no período de um ano). Caso existam débitos de meses antecessores, deveram ser pagos em até um ano.
*Meios para recuperação: no artigo 50 estão elencados vários meios para recuperação da empresa, porém, são meios meramente “exemplificativos”, ou seja, o empresário juntamente com o seu advogado e contador escolhera o meio mais viável para reestruturação da empresa em crise. *é de livre e espontânea vontade escolher um deles ou mais de um. Exemplos: venda do estabelecimento de filiais, alterar a administração, parcelamento dos débitos, baixar o salário dos funcionários (por prazo determinado).
*Petição Inicial + Documentos + Deferimento: através de uma petição inicial, onde deve obrigatoriamente estar presentes os documentos necessários, e na falta de um desses documentos será indeferido o processamento (se deferido o processamento, o juiz nomeará um administrador, suspender as ações e abri prazo de 60 dias para elaborar o plano, contados da publicação do deferimento).[19: 	 Aula de 12 de Setembro de 2014.]
*Elaboração e Apresentação do Plano: 
_ prazo de 60 dias? É o prazo suficiente de apresentar/elaborar um plano de recuperação (prevê o pagamento e parcelamento de débitos).
_convolação em falência senão apresentar no prazo de 60 dias.
*Publicação do Plano: o juiz ordenará a publicação de edital, contendo aviso aos credores sobre o recebimento do plano e fixação do prazo para apresentar objeções. Na verdade, os credores não têm conhecimento do plano, tendo em vista que se encontra com o juiz (portanto, devesse publicar o plano para que todos tomem ciência e apresentem objeções).
*Prazo para Objeção: (ninguém é obrigado a aceitar o elaborado no plano). Exemplo: adequação do valor correto ou não concorda com o prazo para o pagamento. O prazo é de 30 dias, contados desde a publicação do plano. Pode acontecer de não houver objeção ou apresentar objeções (dentro do prazo de 30 dias).
_se nenhum credor apresentar objeções: presume-se que todos os credores aceitaram o plano (presunção de aceitação), o juiz homologará o plano.
_natureza contratual (recuperação judicial): as partes que devem questionar. 
*Caso de Objeção: objeção de qualquer credor. Deverá ser convocada assembleia geral dos credores (independente do número de credores que apresentam objeção, convoca-se todos os credores) para deliberar sobre o plano, podendo: (na prática a assembleia será dividida de acordo com as classes).
Aprovação do Plano como foi apresentado: no final da assembleia.
Aprovação do Plano com ressalvas: desde que, pelo menos, aprovação de mais da metade. Os que não concordam serão obrigados a aceitar.
Rejeição do plano: todos os credores não veem possibilidade de reestruturação (mais da metade dos credores), portanto eles rejeitam o plano de recuperação e o juiz será obrigado (deve) a decretar a falência.
_no primeiro e segundo caso o plano foi aceito pelos credores.
*Concessão do plano: (artigo 57 Lei 11.101/05 e artigo 191-A CTN) após a aprovação do plano (primeira e segunda hipótese) o empresário deverá apresentar certidões negativas de débitos tributários (CND), sob pena de ser decretada a falência.
_ou certidão positiva com efeito de negativa: com débitos, mas parcelados.
_artigo 191-A CTN: depende da certidão negativa.
Exemplos: Calçados Sândalo S/A, o juiz concedeu o plano sem requerer a CND. União recorreu como terceiro interessado. Antinomia jurídica, pois o juiz foi contra a lei, considerando o princípio da função social da empresa.
*Expressão: depois de concedida a recuperação judicial, o empresário deverá acrescentar a expressão “Em recuperação Judicial” nos documentos emitidos por ela.
*Obrigação e encerramento: após a concessão da recuperação judicial, o plano será homologado e deverá ser devidamente cumprido, sob fiscalização do administrador judicial, no prazo máximo de 2 anos, sendo que expirado este prazo, o juiz deverá encerrar o processo de recuperação judicial (fique sob fiscalização do judiciário).
_descumprimento dentro dos 2 anos: o juiz é obrigado a decretar a falência.
_após os 2 anos, o juiz deve encerrar o processo. OBS.: descumprimento fora do prazo de 2 anos? Fora do judiciário, é considerado um título executivo extrajudicial. *o credor pode executar o título.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL ESPECIAL PARA ME E EPP:[20: 	 Aula de 16 de Setembro de 2014.]
Mesmo procedimento da recuperação judicial comum. Pequenos empresários (Estatuto do Micro Empresário: lei complementar 123/06 e 147/14 – acrescenta artigos no Estatuto da ME e EPP).
_primeiro identificar o tipo da empresa. Obrigatoriamente para empresas ME e EPP.
*Petição Inicial: a ME e a EPP poderão requerer a recuperação judicial especial, através de uma petição inicial identificando se tratar de um plano especial, demonstrando as razões da crise e juntando os documentos pertinentes (não convoca os credores) + documentos necessários (idem ao procedimento de recuperação comum). *na petição inicial é obrigatório identificar que se trata de recuperação especial (sob pena de o juiz considerar como recuperação judicial comum).
*Apresentação do Plano: o plano deverá ser apresentado no prazo de 60 dias, contados desde a publicação do despacho que deferir o processamento da recuperação judicial especial, limitando-se as seguintes condições:
*Condições do Plano: plano preestabelecido pela lei. *trabalhista, tributários e garantia real não entram na recuperação judicial especial.
Abranger exclusivamente os créditos quirografários: comuns, cheques sem fundos (restante dos credores). OBS.: com a redação dada pela lei complementar 147/14 o plano de recuperação judicial especial “abrangera todos os credores existentes na data do pedido, ainda que não vencidos, exceto os mesmos credores excluídos da recuperação judicial comum” (assim será a partir de 2015). **na prova será apenas válido para os quirografários.
Deve prever parcelamento em até 36 parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% ao ano. “LC 147/14: alterou para correção e juros equivalentes à taxa Selic”.
Poderá prever o pagamento da primeira parcela no prazo máximo de 180 dias contados do pedido da recuperação judicial.
Necessitará de autorização do juiz para aumentar despesas ou contratar empregados.
_apenas créditos quirografários, com parcelamentos em 36 vezes com prazo de 180 dias para pagar a primeira parcela. Caso concreto: grande número de trabalhistas e instituições financeiras, a melhor opção é recuperação judicial comum (o advogado analisará).
*Decisão do Juiz: após a publicação do plano, não será convocada assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano, pois o juiz concederá a recuperação judicial (presentes os requisitos formais, mesmo que credores apresentem objeções) ou julgará improcedente o pedido de recuperação e decretará a falência se houver objeções de credores de mais da metade dos créditos.
*Suspensão das ações: homologado o plano especial, ocorrerá à suspensão somente das ações previstas no plano, não gerandoa suspensão das ações dos demais créditos (trabalhista e tributário). *bem como aqueles credores quirografários que não estiverem no plano.
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL:
*Procedimento: a recuperação pode ser analisada extrajudicialmente, na medida em que o empresário convoca os credores e apresenta um plano para renegociação e recuperação da empresa em crise. *não tem limite para negociação.
_na prática: convoca os credores para elaborar um plano extrajudicial.
_não é obrigado a aceitar.
*Se já tiver outro plano? Em andamento e cumprindo normalmente. O devedor não poderá requerer a homologação do plano extrajudicial, se tiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação extrajudicial nos últimos dois anos.
Não posso pedir (homologar: pendente recuperação judicial (em andamento) ou obtido a homologação extrajudicial no período inferior a dois anos.
*Créditos não sujeitos: estão excluídos da recuperação extrajudicial todos os créditos já excluídos na recuperação judicial comum e os “créditos trabalhistas”.
*Homologações: criado pelo Fábio Ulhoa.
_facultativa: quando todos os credores aderem ao plano. O empresário devedor poderá requerer a homologação em juízo do plano de recuperação extrajudicial, juntando sua justificativa e o documento que contenha seus termos e condições com a assinatura de todos os credores.
_obrigatório: uma parte dos credores não adere ao plano. Se, pelo menos, aprovado por 3/5 dos credores, todos serão obrigados a aceitar o plano. *o devedor poderá requerer a homologação do plano que obrigará a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representam 3/5 de todos os créditos de cada espécie de classe por ele abrangido (os demais serão obrigados a aceitar o plano).
FALÊNCIA:[21: 	 Aula de 07 de outubro de 2014.]
*Conceito: vem de falere (parar, faltar ou encerrar). Conceito comum: é o termo comumente associado ao ato de “decretar o fim da atividade” de algo: o fim de uma empresa, o fim de uma sociedade, o fim de um império, o fim dos órgãos do corpo humano.
Exemplo: uma determinada empresa que está em crise (não é mais possível mais manter a empresa funcionando).
*Conceito Jurídico (Ricardo Negrão): para a ciência do direito o vocábulo compreende o processo judicial de arrecadação de bens do falido (empresa devedora) e a verificação do passivo deixado pela empresa com a finalidade de alienar e pagar a universalidade de credores, de forma completa ou parcial, bem como apurar eventuais crimes falimentares.
_não existe falência sem ser por processo judicial (obrigatoriamente, apenas um juiz por meio de sentença), nesse mesmo processo o juiz arrecada os bens da empresa e líquida conforme o possível os bens (de forma total ou parcial conforme o patrimônio).
_crimes: emissão de notas fiscais, boletos frios.
*Pressupostos da Falência: para ser caracterizada a falência, a legislação falimentar exige a existência concomitante (juntos, ao mesmo tempo e na falta de um deles não terá a falência) de três pressupostos:
A qualidade de empresário do devedor: atividade empresarial que pode ser exercido por empresário individual ou sociedade empresária. *atividade intelectual não pode ter a falência decretada. Exemplo: ME, Eirilli, sociedade em nome coletivo, em comandita simples, em comandita por ações, limitada e anônima.
Tem que demonstrar a insolvência jurídica e não a insolvência econômica:
Ser decretada a falência por sentença: apenas por meio de um processo judicial com sentença procedente pelo juiz.
*Insolvência Jurídica: após 2005 é obrigatória a comprovação da insolvência jurídica. *obrigatoriamente tem que provar uma das três causas de insolvência jurídica. **insolvência econômica: idem a crise patrimonial = maior passivo do que o ativo. OBS.: a instauração do processo de falência exige a comprovação da insolvência jurídica caracterizada pela impontualidade injustificada, execução frustrada “ou” prática de ato de falência, pois são as únicas causas que ensejam o pedido de falência. ***pelo menos uma das três causas.
Impontualidade injustificada: não cumprir algo sem justo motivo. Obrigatoriamente deve estar presente esses requisitos: OBS.: a impontualidade ocorre quando o devedor empresário não paga, no vencimento obrigação liquida, materializada em título executivo, devidamente protestado, cujo valor ultrapasse o equivalente a quarenta salários-mínimos (40 sm). *título líquido, certo e exigível (vencido e não pago) + executivo extrajudicial (são os elencados no artigo 585 CPC = letra de câmbio, nota promissória, cheque e duplicata, entre outros) ou judicial (sentença transitada em julgado, exemplo: ação de danos morais com sentença/acórdão transitada em julgado + depois de passado o prazo para pagamento, ou seja, intimado para que pague o valor). **o título obrigatoriamente deve estar protestado. ***título executivo + protesto + valor.
Protesto: súmula 41 (protesto comum dispensa o especial para requerimento de falência) e 52 TJSP. Do TJSP porque possui uma câmara especial de falência, recuperação judicial e extrajudicial. Com o protesto, o empresário/empresa é intimada para pagar sob pena de ser protestado. Não efetuando o pagamento, o credor requer uma certidão de protesto para propor a ação. Existem dois tipos de protesto: comum e especial para fins de falência (sob pena de propor uma ação de falência). *a sentença transitada em julgado também deve ser protestada.
Valor: acima de quarenta salários-mínimos (não pode entrar com pedido de falência com pedido inferior). *até 2005 poderia qualquer valor. **função social da empresa. **não necessariamente um único título, pode acontecer de um mesmo credor possuir diversos títulos, contudo deve respeitar o valor mínimo.
União de Credores? Pode unir dois títulos com duas pessoas distintas em litisconsórcio ativo? Sim. Os credores poderão se reunir em litisconsórcio ativo para somar os seus créditos e alcançar o patamar de quarenta salários-mínimos.
Execução Frustrada: valor inferior a quarenta salários-mínimos. Se da quando o empresário é devidamente executado por qualquer quantia líquida, certa e exigível, e “não paga, não deposita e não nomeia bens a penhora”, com isso está diante da execução frustrada, possibilitando o pedido de falência. Artigo 94, inciso II da Lei n. 11.101/05. *não posso pedir a falência nos mesmos autos, pois ela é uma ação autônoma.
Certidão de objeto e pé: mostrará o andamento do processo. Súmula 39 TJSP (não necessita estar protestado e nem valor superior a quarenta salários mínimo).
Prática de Ato de Falência: quase nunca utilizado, pois é complicado provar.[22: 	 Aula de 14 de outubro de 2014.]
OBS.: são os comportamentos praticados pelos empresários, os quais a legislação falimentar pressupõe a possibilidade de prejuízo aos credores. *pressupõe fraude aos credores. **a lei traz alguns casos:
Liquidação precipitada de ativos: o patrimônio garante a dívida dos credores, nesta hipótese o devedor começa a dilapidar o seu patrimônio para prejudicar os credores. *deve possuir prova cabal de demonstrar.
Realizar negócio simulado para fraudar credores: vícios do negócio jurídico. Negócios simulados são aqueles negócios forjados/falsos/maquiar uma falsa venda. Exemplo: para fraude, “transfiro” um bem, a título de compra e venda, sendo que o dinheiro não entra no patrimônio do devedor.
Alienação (contrato de trespasse) do estabelecimento empresarial sem anuência dos credores ou sem reservar bens suficientes para pagamento da dívida: (importantíssimo para a prova) é legal, mas desde que os credores concordem ou reservo bens suficientes para pagar as dívidas.
Deixar de cumprir, no prazo estabelecido obrigação assumida no plano de recuperação judicial: é considerado prática de ato de falência. Exemplo: durante os dois anos após a homologação do plano de recuperação judicial, não cumpre com as obrigações.
Insolvência jurídica: são as únicas causas para se pedir a falência no Brasil, senão na há que se falar

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