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CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
1 
Olá, amigo(a) concurseiro(a)! 
 
Gostaram da aula passada? Foi apenas uma pequena demonstração de nosso curso. 
Sejam bem-vindos à nossa 2º aula do Curso de Questões Comentadas de Saúde da 
Mulher. 
Vamos trabalhar os seguintes temas: 
1. Câncer do Colo do Útero e de Mama; 
2. Ciclo Reprodutivo; 
3. Planejamento Familiar. 
As questões utilizadas nessa aula foram colocadas ao final do arquivo, de modo que 
vocês possam, se preferir, tentar resolvê-las antes de ler os comentários a elas referente. 
Antes de começar a aula, vejam abaixo os dados astronômicos do nosso livro: 
Legislação do SUS – 431 Questões Comentadas: 
“Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre 
ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor”. 
Johann Goethe 
Curta: https://www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
2 
Aula 2 - Enfermagem em Saúde da Mulher 
 
1 - Câncer de Mama e do Colo do Útero 
 
1. (Prefeitura de Caruaru-PE/IPAD/2012) Os fatores de risco mais importantes para o 
desenvolvimento do câncer do colo do útero estão apresentados na alternativa. 
a) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), multiparidade, multiplicidade de parceiros 
sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. 
b) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início precoce de vida sexual, 
multiplicidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais. 
c) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano) multiplicidade de parceiros sexuais, higiene 
íntima inadequada; uso prolongado de anticoncepcionais orais. 
d) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início tardio de vida sexual, abortamento, 
multiplicidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. 
e) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início precoce de vida sexual, multiparidade 
de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. 
COMENTÁRIOS: 
Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do câncer do colo do útero 
são os seguintes: 
 Infecção pelo Papiloma Vírus Humano – HPV (sendo esse o principal); 
 Início precoce da atividade sexual; 
 Multiplicidade de parceiros sexuais; 
 Tabagismo, diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados; 
 Baixa condição sócio-econômica; 
 Imunossupressão; 
 Uso prolongado de contraceptivos orais; 
 Higiene íntima inadequada. 
Isto posto, vamos corrigir as assertivas incorretas. 
Não são fatores de risco importantes para o desenvolvimento do câncer do colo do 
útero: 
a) multiparidade; 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
3 
b) uso prolongado de anticoncepcionais; 
d) início tardio de vida sexual, abortamento (o correto seria início precoce de vida 
sexual); 
e) multiparidade de parceiros sexuais. 
Em relação à letra B, é importante destacar que o uso prolongado de anticoncepcionais 
ORAIS é um fator de risco para o câncer do colo do útero, e não qualquer tipo de 
anticoncepcionais. 
A respeito da letra E, é importante registrar que multiplicidade de parceiros sexuais 
também é um fator de risco para o câncer do colo do útero. Ora, não há que se falar em 
multiparidade de parceiros, não é mesmo, meus amigos. 
Nesses termos, a letra “a” é o gabarito da questão. 
 
(TST/CESPE/2008) Acerca do câncer genital feminino, julgue os itens a seguir. 
2. Precocidade de relações sexuais, parceiros de alto risco, tabagismo e infecção por 
papilomavírus são alguns dos fatores de risco importantes para a ocorrência de câncer de colo, 
neoplasia intraepitelial e carcinoma epidermóide. 
COMENTÁRIOS: 
Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do câncer do colo do útero 
são: 
 Infecção pelo Papiloma Vírus Humano – HPV (esse é o principal fator de risco); 
 Início precoce da atividade sexual; 
 Multiplicidade de parceiros sexuais; 
 Tabagismo, diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados; 
 Baixa condição sócio-econômica; 
 Imunossupressão; 
 Uso prolongado de contraceptivos orais; 
 Higiene íntima inadequada. 
Nesses termos, a questão apresenta-se correta. 
 
3. Tumores em estágios iniciais caracterizam-se por sinais e sintomas de dor pélvica e 
alterações urinárias, como a obstrução uretral com hidronefrose, e por alterações intestinais. 
COMENTÁRIOS: 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
4 
O câncer do colo do útero é uma afecção progressiva iniciada com transformações 
intraepiteliais progressivas que podem evoluir para um processo invasor num período que 
varia de 10 a 20 anos. 
O colo do útero é revestido por várias camadas de células epiteliais pavimentosas, 
arranjadas de forma bastante ordenada. Essa desordenação das camadas é acompanhada por 
alterações nas células que vão desde núcleos mais corados até figuras atípicas de divisão 
celular. 
As lesões pré-invasivas (pré-malignas), que levam muitos anos para se desenvolverem, 
são denominadas de neoplasia intraepitelial cervical (NIC). 
 
 Quando as alterações celulares se tornam mais intensas e o grau de desarranjo é tal que 
as células invadem o tecido conjuntivo do colo do útero abaixo do epitélio, temos o 
CARCINOMA INVASOR (tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial). Para 
chegar a câncer invasor, a lesão não tem, obrigatoriamente, que passar por todas essas etapas 
(NIC I até NIC III). 
Caso as lesões pré-invasivas (NIC 2, NIC 3 e o adenocarcinoma in situ) não sejam 
tratadas apresentam alta probabilidade de progredir para o CARCINOMA INVASOR. 
Já a NIC I, por ter maior probabilidade de regressão ou persistência do que de 
progressão, não é considerada uma lesão precursora do câncer do colo do útero. 
• Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do epitélio 
estratificado (1/3 proximal da membrana), estamos diante de uma 
neoplasia intraepitelial cervical grau I (lesões de baixo grau). 
NIC I 
• Se a desordenação avança 2/3 proximais da membrana estamos diante 
de uma neoplasia intraepitelial cervical grau II (lesões de alto grau). NIC II 
• Na neoplasia intraepitelial cervical grau III (lesões de alto grau), o 
desarranjo é observado em todas as camadas, SEM ROMPER a 
membrana basal. 
NIC III 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meus amigos, agora que compreendemos o conceito do câncer do colo 
do útero, vamos visualizar, na tabela abaixo, as manifestações clínicas dessa 
doença. 
 
Manifestações Clínicas do Câncer do Colo do Útero 
• O câncer do colo do útero é uma doença de crescimento lento e silencioso; 
• Existe uma fase pré-clínica, sem sintomas, com transformações intraepiteliais 
progressivas importantes, em que a detecção de possíveis lesões precursoras são por meio da 
realização periódica do exame preventivo do colo do útero; 
• Progride lentamente, por anos, antes de atingir o estágio invasor da doença, quando a 
cura se torna mais difícil, se não impossível. Nessa fase, os principais sintomas são 
sangramento vaginal, corrimento e dor. 
 
Concluímos que o câncer do colo do útero em estágio inicial caracteriza-se por não 
apresentar sinais e sintomas (fase silenciosa). Os sintomas dessa doença surgirão durante o 
estágio invasor da doença, após 10 ou 20 anos. 
Portanto, a fase inicial do câncer do colo do útero, que é silenciosa, não é caracterizada 
por sinais e sintomas de dor pélvica e alterações urinárias como a obstrução uretral com 
hidronefrose, e por alterações intestinais. A questão apresenta-seincorreta. 
 
4. A sinusorragia pode ser observada em estágios mais avançados de câncer e tem baixo valor 
de predição, devido a pouca especificidade dos dados que se pode obter nesse caso. 
COMENTÁRIOS: 
Figura 1 - Evolução do câncer do colo do útero (Ministério da Saúde, 2006). 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
6 
A sinusorragia (sangramento durante a relação sexual) pode ser observada em estágios 
mais avançados de câncer do colo do útero e tem ALTO valor de predição, devido à 
GRANDE especificidade dos dados que se pode obter nesse caso. Nesse sentido, a questão 
encontra-se incorreta. 
 
5. Medidas de prevenção primária devem ser disseminadas junto à população, em especial às 
mulheres consideradas de risco, uma vez que elas mesmas podem aplicar essas medidas. 
COMENTÁRIOS: 
As principais medidas de prevenção primária
1
 (promoção da saúde e proteção 
específica) em relação ao câncer do colo do útero são: 
 Prevenção das DSTs, especialmente da infecção pelo Papiloma Vírus Humano – 
HPV; 
 Parar de fumar; 
 Adoção de alimentação saudável; 
 Realização de atividade física regular; 
 Evitar ou limitar a ingestão de bebidas alcoólicas; 
 Adoção de hábitos de higiene intima. 
Essas ações devem ser disseminadas junto à população, em especial às mulheres 
consideradas de risco, uma vez que elas mesmas podem aplicá-las. 
 
FIQUE LIGADO! A prevenção primária do câncer do colo do útero está 
relacionada PRINCIPALMENTE à diminuição do risco de contágio pelo 
papilomavírus humano (HPV). 
 
A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via sexual, presumidamente através de 
abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Consequentemente, o uso 
de preservativos (camisinha) durante a relação sexual protege parcialmente do contágio pelo 
HPV. 
Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de 
 
1
 De acordo com o Caderno de Atenção Primária nº 29 “Rastreamento”, do Ministério da Saúde, a PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
é a ação toma da para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou populacional antes do 
desenvolvimento de uma condição clínica. Inclui promoção da saúde e proteção específica (ex.: orientação de atividade 
física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade e imunização). 
 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
7 
colo do útero. Essas vacinas, na verdade, previnem contra a infecção por HPV. Mas o real 
impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. 
Uma delas é a quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, 
presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos 
casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18. 
Notícia Quentinha! 
O Ministério da Saúde 
anunciou, no início de julho de 
2013, que irá incorporar a 
vacina contra HPV ao SUS. 
Meninas de 10 e 11 anos serão 
protegidas contra quatro 
variáveis do vírus, que são 
responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero. A vacina será produzida por meio 
de parceria entre Butantan e Merck 
 População-alvo será: meninas de 10 a 11 anos, com esquema vacinal de 3 doses. 
 As doses só serão aplicadas com autorização dos pais ou responsáveis. 
Vejam o esquema vacinal proposto pelo Ministério da Saúde: 
Esquema vacinal: 3 doses: 
1ª dose 
2ª dose: 2 meses após a 1ª dose 
3ª dose: 6 meses após a 1ª dose 
Intervalo mínimo entre a 2ª e 3ª dose é de 3 meses 
O tipo da vacina será: Quadrivalente (subtipos 6, 11, 16 e 18). 
Indicações: 
 Prevenção contra HPV 16 e 18 (responsável por 70% dos casos de câncer de 
colo do útero) 
 6 e 11 (verrugas genitais - condiloma acuminado) 
 Confere ainda proteção cruzada contra HPV 31, 33,52 e 58 
 Evidências recentes – 56% de redução na prevalência do HPV entre adolescentes 
apesar de apenas 35% de cobertura vacinal nos Estados Unidos. 
Atenção! Vacina é eficaz em quem ainda não iniciou a vida sexual e, portanto, não teve 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
8 
contato com o vírus HPV. 
Para maiores informações sobre a vacina contra HPV ao SUS, leia a seguinte matéria no 
link. 
A adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia, 
Papanicolaou (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do 
problema. Ainda há muitas perguntas sem respostas relativas a essas vacinas. 
Diante do exposto, a questão apresenta-se correta. 
 
6. A radioterapia pode ser uma das modalidades escolhidas para o tratamento do câncer de 
colo de útero. Entretanto, complicações desse tratamento incluem perda da função ovariana, 
disfunções sexual, gastrintestinal ou vesical e fístulas retovaginais e(ou) vesicovaginais. 
COMENTÁRIOS: 
Entre os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero estão a cirurgia e a 
radioterapia. A quimioterapia é outro tratamento de escolha. O tipo de tratamento dependerá 
do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter 
filhos. 
As complicações do tratamento com a radioterapia inclui perda da função ovariana, 
disfunções sexual, gastrintestinal ou vesical e fístulas retovaginais e(ou) vesicovaginais. A 
questão, portanto, está correta. 
 
7. (IABAS/BIO-RIO/2011) O colo do útero é revestido por várias camadas de células 
epiteliais pavimentosas, arranjadas de forma ordenada, mas uma desordenação das camadas é 
acompanhada por alterações nas células que vão desde núcleos mais corados até figuras 
atípicas de divisão celular. Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do 
epitélio estratificado, estamos diante de uma neoplasia intraepitelial cervical. Observe as 
afirmativas a seguir sobre a classificação da neoplasia intraepitelial cervical: 
 
I - Grau I - NIC I – Baixo Grau (anormalidades do epitélio no 1/3 proximal da membrana). 
II - Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau II - NIC II – Alto Grau. Se a desordenação 
avança 2/3 proximais da membrana. 
III - Na Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau III - NIC III – Alto Grau, o desarranjo é 
observado em todas as camadas, sem romper a membrana basal. 
Está correto o que se afirma em: 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
9 
a) I, II e III; 
b) I e II, apenas; 
c) I e III, apenas; 
d) II e III, apenas; 
e) I, apenas. 
COMENTÁRIOS: 
O colo do útero é revestido por várias camadas de células epiteliais pavimentosas, 
arranjadas de forma bastante ordenada. Essa desordenação das camadas é acompanhada por 
alterações nas células que vão desde núcleos mais corados até figuras atípicas de divisão 
celular. 
Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do epitélio estratificado, 
estamos diante de uma neoplasia intraepitelial cervical. 
 
 Quando as alterações celulares se tornam mais intensas e o grau de desarranjo é tal que 
as células invadem o tecido conjuntivo do colo do útero abaixo do epitélio, temos o 
CARCINOMA INVASOR (tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial). Para 
chegar a câncer invasor, a lesão não tem, obrigatoriamente, que passar por todas essas etapas. 
Caso as lesões pré-invasivas (NIC 2, NIC 3 e o adenocarcinoma in situ) não sejam 
tratadas apresentam alta probabilidade de progredir para o CARCINOMA INVASOR. 
Já a NIC I, por ter maior probabilidade de regressão ou persistência do que de 
progressão, não é considerada uma lesão precursora do câncer do colo do útero.• Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do epitélio 
estratificado (1/3 proximal da membrana), estamos diante de uma 
neoplasia intraepitelial cervical grau I (lesões de baixo grau). 
NIC I 
• Se a desordenação avança 2/3 proximais da membrana estamos diante 
de uma neoplasia intraepitelial cervical grau II (lesões de alto grau). NIC II 
• Na neoplasia intraepitelial cervical grau III (lesões de alto grau), o 
desarranjo é observado em todas as camadas, SEM ROMPER a 
membrana basal. 
NIC III 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
10 
Vejamos, no esquema abaixo, o prognóstico desses achados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A letra “a” é o gabarito da questão, pois todos os itens estão corretos. 
 
8. (STM/CESPE/2011) A transmissão do papiloma vírus humano (HPV) dá-se por contato 
direto com a pele infectada. Os HPVs genitais são transmitidos por meio das relações 
sexuais, podendo causar lesões na vagina, no colo do útero e no ânus. A vacina quadrivalente 
liberada para comercialização previne contra todos os tipos de HPV. 
COMENTÁRIOS: 
A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredido espontaneamente na 
maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e, 
especialmente, é causada por um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer), 
pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas e 
tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na 
vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca. 
Existem tipos de HPV associados às infecções benignas do trato genital como o 
condiloma acuminado ou plano e lesões intraepiteliais de baixo grau (6, 11, 42, 43 e 44). 
Esses tipos de HPV (não oncongênicos) estão presentes na maioria das infecções 
clinicamente aparentes, verrugas genitais visíveis, e podem aparecer na vulva, no colo 
uterino, na vagina, no pênis, no escroto, na uretra e no ânus. Dentre eles, destacam-se os HPV 
6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos. 
Pelo menos 14 tipos de HPV são considerados oncogênicos (16, 18, 31, 33, 35, 39, 
45, 46, 51, 52, 56, 58, 59 e 68), apresentando maior risco ou probabilidade de provocar 
Figura 2 - Evolução do câncer do colo do útero (Ministério da Saúde, 2006). 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
11 
infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco 
oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. 
A vacina contra o HPV quadrivalente previne contra QUATRO tipos de HPV: o 16 e 
18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos 
casos de verrugas genitais. A outra vacina (bivalente) é específica para os subtipos de HPV 16 
e 18. 
A questão encontra-se incorreta, pois a vacina quadrivalente liberada para 
comercialização previne contra quatro, e não todos os tipos de HPV. 
 
9. (Prefeitura de Juazeiro-BA/AOCP/2012-Adaptada) Em relação ao câncer do colo do 
útero, julgue os itens seguintes. 
1. O exame citopatológico deve ser realizado preferencialmente em mulheres de 15 a 49 anos 
de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada dois 
anos. 
COMENTÁRIOS: 
O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras é o 
exame citopatológico. 
O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram 
atividade sexual. 
Os exames devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa 
idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco 
anos. O intervalo entre os exames deve ser de três anos, após dois exames negativos, com 
intervalo anual. 
 
 
 
 
A dona Joana, 25 anos, que já teve atividade sexual, fez o exame citopatológico nos 
anos de 2012 e 2013, com o resultado negativo. Nesse caso, deverá repetir o exame somente 
em 2016, 2019 e assim sucessivamente, caso continue negativo. 
 
2012 2013 2016 2019 2022 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
12 
 
Para mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame citopatológico, 
deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos forem negativos, 
essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais. 
A questão apresenta-se errada, pois o EXAME CITOPATOLÓGICO deve ser 
realizado preferencialmente em mulheres de 25 a 64 anos de idade, uma vez por ano e, após 
dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos. 
 
10. (TRT 6ª Região/FCC/2012) Para o rastreamento do câncer de colo de útero em mulheres 
saudáveis com vida sexual ativa, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) recomenda 
a) estrogenização prévia na adolescência para posterior coleta de Papanicolau, a partir dos 18 
anos até a menopausa. 
b) ultrassom endovaginal, anualmente, a partir de 25 anos até 64 anos de idade. 
c) coleta do Papanicolau, anualmente, a partir dos 15 anos de idade até 64 anos. 
d) coleta anual de citologia cervical, a partir de 2 exames negativos semestrais. 
e) citopatológico do colo de útero com intervalo anual, a partir dos 25 anos de idade e a cada 
três anos, após dois exames consecutivos com resultados negativos. 
COMENTÁRIOS: 
O EXAME CITOPATOLÓGICO deve ser realizado preferencialmente em mulheres 
de 25 a 64 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos 
negativos, a cada três anos. Logo, o gabarito da questão é a letra “e”. As demais alternativas 
apresentam recomendações descabidas. 
 
11. (Prefeitura de Goiania-GO/UFG/2012) Para o exame de colpocitologia oncótica em 
gestante, o enfermeiro deve considerar que, 
a) no primeiro trimestre, o material deve ser colhido na endocérvice. 
b) a partir da 20ª semana, a coleta de material é contraindicada. 
c) no primeiro trimestre, o material deve ser colhido na ectocérvice. 
d) na 38ª semana, a coleta de material é necessária. 
COMENTÁRIOS: 
O exame ginecológico inclui a inspeção vulvar, o exame especular e o toque vaginal. 
Não se deve perder a oportunidade para a realização do rastreamento do câncer do colo do 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
13 
útero nas gestantes. Não está contraindicada a realização deste exame em mulheres grávidas, 
podendo ser feito em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º mês. 
Exame ginecológico: 
• Inspeção e palpação dos genitais externos: avalie a vulva, o períneo, o introito vaginal, 
a região anal; 
• Palpação da região inguinal à procura de linfonodomegalia; 
• Exame especular: introduza o espéculo e analise a mucosa e o conteúdo vaginal, o 
colo uterino e o aspecto do muco cervical. Pesquise a presença de lesões, sinais de infecção, 
distopias e incompetência istmo-cervical. Avalie a necessidade de coletar material para 
bacterioscopia; 
• Coleta de material para exame colpocitopatológico; 
• Realize o teste das aminas, quando necessário (KOH a 10%); 
• Toque bimanual: avalie as condições do colo uterino (permeabilidade), o volume 
uterino (regularidade e compatibilidade com a amenorreia), a sensibilidade à mobilização do 
útero e as alterações anexiais. 
Coleta do material para exame colpocitopatológico: 
A coleta do material do colo do útero para 
exame colpocitopatológico deve ser realizada a 
partir de uma amostra da parte externa, a 
ectocérvice. A coleta da parte interna, a 
endocérvice, não deve ser realizada nas 
gestantes. Para a coleta do material, é 
introduzido um especulo vaginal e procede-se à 
escamaçãoou esfoliação da superfície externa 
do colo por meio de uma espátula de madeira (espátula de Ayre). 
Em relação às assertivas da questão, podemos afirmar que: 
a) A coleta da parte interna, a endocérvice, não deve ser realizada nas 
gestantes. 
b) A realização da coleta do material para exame colpocitopatológico em mulheres 
grávidas pode ser feita em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º 
mês. 
Figura 3 - Colo do Útero (endocérvice e ectocévice). 
Ectocérvice 
Endocérvice 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
14 
c) Durante a gestação, o material do exame colpocitopatológico deve ser colhido na 
ectocérvice. 
d) A realização da coleta do material para exame colpocitopatológico em mulheres 
grávidas pode ser feita em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º 
mês. Dessa forma, não é necessária na 38ª semana. 
Nessa tela, o gabarito da questão é a letra “c”. 
 
(STM/CESPE/2011) Em relação à saúde da mulher, julgue os itens seguintes. 
12. O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum 
entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos nesse grupo. Trata-se da maior 
causa de morte entre as mulheres brasileiras, principalmente na faixa entre os 40 e os 69 anos 
de idade, com mais de 11 mil mortes/ano (2007), razões por que não possui bom prognóstico. 
COMENTÁRIOS: 
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta 
frequência e, sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da 
sexualidade e a própria imagem pessoal. 
Desde o início da formação do câncer até a fase em que ele pode ser descoberto pelo 
exame físico (tumor subclínico) isto é, a partir de 1 cm de diâmetro, passam-se, em média,10 
anos. 
Quando instalada a doença, estima-se que o tumor de mama duplique de tamanho a cada 
período de 3 a 4 meses. No início da fase subclínica (impalpável), tem-se a impressão de 
crescimento lento, porque as dimensões das células são mínimas. Porém, depois que o tumor 
se torna palpável, a duplicação é facilmente perceptível. Se não for tratado, o tumor 
desenvolve metástases (focos de tumor em outros órgãos), mais comumente para os ossos, 
pulmões e fígado. Em 3 a 4 anos do descobrimento do tumor pela palpação, pode ocorrer o 
óbito. 
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais 
comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos nesse grupo. 
Embora seja considerado um câncer de bom prognóstico, trata-se da maior causa 
de morte entre as mulheres brasileiras, principalmente entre 40 e 69 anos, com mais de 11 
mil mortes/ano (2007). Isso porque na maioria dos casos a doença é diagnosticada 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
15 
tardiamente2. 
 
FIQUE LIGADO! Apesar de ser considerado um CÂNCER de 
RELATIVAMENTE BOM PROGNÓSTICO, quando diagnosticado e 
tratado oportunamente, as taxas de mortalidade por câncer de mama 
continuam elevadas no Brasil, muito provavelmente porque a doença 
ainda seja diagnosticada em estágios avançados. 
 
Em 2012, esperam-se, para o Brasil, 52.680 casos novos de câncer da mama. Sem 
considerar os tumores da pele não melanoma, esse tipo de câncer também é o mais frequente 
nas mulheres das regiões Sudeste (69/100 mil), Sul (65/100 mil), Centro-Oeste (48/100 mil) e 
Nordeste (32/100 mil). Na região Norte é o segundo tumor mais incidente (19/100 mil). 
Diante do exposto, a questão está incorreta. 
 
13. Os diagnósticos mais comuns da doença proliferativa benigna da mama encontradas na 
biópsia que estão associados ao aumento do risco de câncer de mama na mulher são: a 
hiperplasia atípica, que apresenta um aumento anormal nas células ductais ou lobulares; e 
carcinoma lobular in situ, que corresponde à proliferação das células dentro dos lóbulos da 
mama. 
COMENTÁRIOS: 
Os dois diagnósticos mais comuns da DOENÇA PROLIFERATIVA BENIGNA DA 
MAMA encontrados na biópsia são a hiperplasia atípica e carcinoma lobular in situ. 
Ambos os diagnósticos aumentam o risco de desenvolvimento de câncer de mama pela 
mulher. 
A hiperplasia atípica é um aumento anormal nas células ductais ou lobulares na 
mama e é em geral encontrada por acaso nas anormalidades mamográficas. O carcinoma 
lobular in situ é, em geral, um achado acidental no tecido mamário, porque não pode ser 
observado na mamografia e não forma nódulo palpável 
Por sua vez, o CÂNCER de MAMA é um grupo heterogêneo de doenças, com 
comportamentos distintos. A heterogeneidade deste câncer pode ser observada pelas variadas 
manifestações clínicas e morfológicas, diferentes assinaturas genéticas e consequentes 
diferenças nas respostas terapêuticas. 
 
2
 INCA 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
16 
O espectro de anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama inclui: 
 Hiperplasia; 
 Hiperplasia atípica; 
 Carcinoma in situ; 
 Carcinoma invasivo. 
O carcinoma ductal infiltrante é o tipo histológico mais comum e compreende entre 80 e 
90% do total de casos. 
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente 
indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem 
definidos. Outros sinais de câncer de mama são: 
 Edema cutâneo semelhante à casca de laranja; 
 Retração cutânea; 
 Dor; 
 Inversão do mamilo; 
 Hiperemia; 
 Descamação ou ulceração do mamilo; e 
 Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. 
A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou 
avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos 
palpáveis na axila. 
Na medida em que as ações de rastreamento do câncer de mama forem expandidas na 
população-alvo, espera-se que a apresentação da doença seja cada vez mais por imagem e 
menos por sintoma, ampliando-se as possibilidades de intervenção conservadora e 
prognóstico favorável. Destaca-se, no entanto, que mesmo nos países com rastreamento bem 
organizado e boa cobertura, aproximadamente metade dos casos são detectados em fase 
sintomática, o que aponta a necessidade de valorização do diagnóstico precoce. 
A partir do exposto, verificamos que a questão está correta. 
 
14. (Prefeitura de Goiania-GO/UFG/2012) A.M.B. 42 anos, costureira, ensino médio 
completo, menarca aos 12 anos, ciclo menstrual regular, faz uso de contraceptivo injetável. 
Compareceu à unidade de saúde, referindo dispaurenia, libido diminuída e presença de caroço 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
17 
na mama direita ao autoexame, confirmado pelo enfermeiro durante o exame físico. Nesse 
caso, que fatores de risco para o câncer de mama o enfermeiro deve investigar na consulta? 
a) história familiar de câncer de mama, primeira gestação tardia, menarca precoce. 
b) menopausa precoce, tabagismo, uso de anticoncepcionais e vida sexual. 
c) exposição à radiação, menopausa tardia, menarca tardia e vida social. 
d) história familiar de câncer de mama pós-menopausa, nuliparidade, antecedente de 
hiperplasia. 
COMENTÁRIOS: 
Os principais fatores de risco do câncer de mama são: 
• História familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama, 
especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes 
dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a 
aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama; 
• A idade constitui um outro importante fator de risco, havendoum aumento rápido da 
incidência com o aumento da idade; 
• A menarca precoce (idade da primeira menstruação); 
• A menopausa tardia (instalada após os 50 anos de idade); 
• A ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos; 
• A nuliparidade; 
• A associação do uso de contraceptivos orais. 
A partir do exposto, vamos identificar os erros das assertivas da questão. 
Os fatores de risco para o câncer de mama que o enfermeiro não precisa investigar na 
consulta são: 
b) menopausa precoce (o correto seria menopausa tardia). 
c) menarca tardia (o correto seria menarca precoce). 
d) história familiar de câncer de mama pós-menopausa (o correto seria história 
familiar de câncer de mama antes da menopausa). 
O gabarito da questão, portanto, é a letra “a”. 
 
15. (Prefeitura de Juazeiro-BA/AOCP/2012) Para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos a 
rotina de rastreamento para Câncer de Mama recomendada é realização 
a) semestral do exame clínico das mamas e da mamografia anual. 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
18 
b) bianual do exame clínico das mamas e da mamografia anual. 
c) anual do exame clínico das mamas e da mamografia a cada dois anos. 
d) trimestral do exame clínico das mamas e da mamografia a cada três anos. 
e) anual do exame clínico das mamas e da mamografia a cada quatro anos. 
COMENTÁRIOS: 
São métodos diagnósticos do câncer de mama são: exame clínico das mamas, 
mamografia e autoexame das mamas. 
Métodos Diagnósticos do Câncer de Mama 
Exame Clínico 
das Mamas 
(ECM) 
 
 É um procedimento realizado por um médico ou enfermeiro treinado para 
esta ação. No exame podem ser identificadas alterações na mama e, se for 
indicado, serão realizados exames complementares; 
 É realizado com a finalidade de detectar anormalidades na mama ou 
avaliar sintomas referidos por pacientes e assim encontrar cânceres da 
mama palpáveis num estágio precoce de evolução. 
Mamografia 
 É a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por 
ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de 
milímetros); 
 É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. 
Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, 
portanto, melhor capacidade de diagnóstico. 
Auto-Exame das 
Mamas (AEM) 
 Não vem se mostrando efetivo em diminuir a mortalidade nos 
programas de detecção precoce quando utilizado isoladamente; 
 Este exame, entretanto, ajuda a mulher a conhecer melhor o seu próprio 
corpo. Uma vez observada alguma alteração, a mulher deverá procurar o 
serviço de saúde mais próximo de sua residência para ser avaliada por um 
profissional de saúde; 
 Recomenda-se a efetividade potencial do estímulo à prática desse 
exame como estratégia complementar. 
 
 
As recomendações para o rastreamento de mulheres assintomáticas são: 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
19 
 
É relevante destacar que o exame clínico das mamas seja também compreendido como 
parte do atendimento integral à saúde da mulher, devendo ser realizado em todas as consultas 
clínicas, independente da faixa etária. 
São definidos como grupos populacionais com risco elevado para o desenvolvimento 
do câncer de mama: 
 Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau 
(mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de 
idade; 
 Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau 
(mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de 
ovário, em qualquer faixa etária; 
 Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino; 
 Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com 
atipia ou neoplasia lobular in situ. 
Diante do exposto, a alternativa correta é a letra “c”. 
 
16. (SES-AP/UNIVERSA/2012) Uma enfermeira que trabalha no posto de saúde de um 
município realiza consultas de enfermagem com mulheres da comunidade local e enfatiza a 
necessidade de prevenção do câncer de mama, dando orientações de prevenção, controle e 
• Para todas as mulheres a partir dos 40 anos de 
idade, com periodicidade anual. Exame Clínico 
das Mamas 
• Para mulheres com idade entre 50 a 69 anos de 
idade, com intervalo máximo de 2 anos entre os 
exames. 
Mamografia 
• Anualmente, para mulheres a partir de 35 anos de 
idade, pertencentes a grupos populacionais com 
risco elevado de desenvolver câncer de mama. 
Exame Clínico 
das Mamas e 
Mamografia 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
20 
exame clínico das mamas. Com base nessa situação hipotética e considerando a consulta de 
enfermagem, é correto afirmar que a enfermeira deve 
a) reforçar a importância do exame clínico das mamas, a cada dois anos, para as mulheres 
acima de cinquenta anos de idade com risco elevado de câncer. 
b) reforçar a importância da realização de mamografia, para as mulheres em qualquer faixa 
etária, com intervalo de cinco anos. 
c) esclarecer que o autoexame das mamas é suficiente para a detecção de alterações, 
dispensando o exame clínico feito por profissionais até a idade de cinquenta anos. 
d) reforçar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, visto que uma alimentação rica em 
gordura saturada e pobre em frutas, legumes e verduras aumenta o risco dos cânceres de 
mama. 
e) esclarecer que aspectos da vida reprodutiva da mulher, como menarca precoce ou o fato de 
não ter tido filhos, não têm relação com o desenvolvimento do câncer de mama. 
COMENTÁRIOS: 
No caso apresentado pela questão, a enfermeira deve 
a) reforçar a importância do exame clínico das mamas, anualmente, para as mulheres 
acima de quarenta anos de idade com risco elevado de câncer. 
b) reforçar a importância da realização de mamografia, para as mulheres entre 50 a 69 
anos, com intervalo de dois anos. 
c) esclarecer que o autoexame das mamas não é suficiente para a detecção de 
alterações, sendo necessária a realização do exame clínico feito por profissionais a partir 
dos quarenta anos e da mamografia entre 50 a 69 anos, com intervalo de dois anos. 
d) reforçar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, visto que uma alimentação rica 
em gordura saturada e pobre em frutas, legumes e verduras aumenta o risco dos cânceres de 
mama. 
e) esclarecer que aspectos da vida reprodutiva da mulher, como menarca precoce ou o 
fato de não ter tido filhos, têm relação com o desenvolvimento do câncer de mama. 
Concluímos que a única alternativa correta é a letra “d”, sendo o gabarito da questão. 
 
17. (Prefeitura de Maceio-AL/UFAL/2012) Para combater os elevados índices de incidência 
e mortalidade por câncer do colo do útero e da mama no Brasil, o Ministério da Saúde 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
21 
implantou o Caderno de Atenção Básica “Controle dos Cânceres do Colo do Útero e da 
Mama”, destinado a subsidiar tecnicamente os profissionais da Atenção Básica no campo da 
saúde da mulher. Dadas as proposições seguintes sobre a atuação do enfermeiro no combate 
ao câncer do colo do útero e de mama, 
I. Realizar atenção integral às mulheres e assistência domiciliar quando necessário. 
II. Realizar consulta de enfermagem, coleta de exame preventivo e exame clínico das mamas; 
solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos ou outras 
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais da 
profissão. 
III. Avaliar quadro clínico, emitindo diagnóstico patológico. 
IV. Supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS e da equipe deenfermagem; realizar 
atividades de educação permanente junto aos demais profissionais da equipe. 
V. Encaminhar, quando necessário, as usuárias a serviços de referências de média e alta 
complexidade respeitando fluxos de referência e contrarreferência locais e mantendo sua 
responsabilização pelo acompanhamento dessa usuária. 
Verifica-se que são corretas 
a) apenas I, II e IV. 
b) apenas II, III e IV. 
c) apenas I, II, III e V. 
d) apenas I, IV e V. 
e) I, II, III, IV e V. 
COMENTÁRIOS: 
O Caderno de Atenção Básica “Controle dos Cânceres do Colo do Útero e da Mama” 
(2006), define as atribuição dos profissionais da atenção básica no controle dos cânceres do 
colo do útero e da mama. 
Para impactar sobre os múltiplos fatores que interferem nas ações de controle dos 
cânceres do colo do útero e da mama, é importante que a atenção às mulheres esteja pautada 
em uma equipe multiprofissional e com prática interdisciplinar. A interdiscipliplinaridade 
pressupõe, além das interfaces disciplinares tradicionais, a possibilidade da prática de um 
profissional se reconstruir na prática do outro. 
Vejamos: 
São Atribuições Comuns a todos os Profissionais da Equipe da Atenção Básica: 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
22 
a) Conhecer as ações de controle dos cânceres do colo do útero e da mama; 
b) Planejar e programar as ações de controle dos cânceres do colo do útero e da mama, 
com priorização das ações segundo critérios de risco, vulnerabilidade e desigualdade; 
c) Realizar ações de controle dos cânceres do colo do útero e da mama: promoção, 
prevenção, rastreamento/detecção precoce, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados 
paliativos; 
d) Alimentar e analisar dados dos Sistemas de Informação em Saúde (Sistema de 
Informação da Atenção Básica - SIAB, Siscolo e outros), para planejar, programar e avaliar as 
ações de controle dos cânceres do colo do útero e mama; 
e) Conhecer os hábitos de vida, valores culturais, éticos e religiosos das famílias 
assistidas e da comunidade; 
f) Acolher as usuárias de forma humanizada; 
g) Valorizar os diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e 
resolutiva, possibilitando a criação de vínculos com ética, compromisso e respeito; 
h) Trabalhar em equipe integrando áreas de conhecimento e profissionais de diferentes 
formações; 
i) Prestar atenção integral e contínua às necessidades de saúde da mulher, articulada 
com os demais níveis de atenção, com vistas ao cuidado longitudinal (ao longo do tempo); 
j) Identificar usuárias que necessitem de assistência ou internação domiciliar (onde 
houver disponibilidade desse serviço) e co-responsabilizar-se, comunicando os demais 
componentes da equipe; 
k) Realizar e participar das atividades de educação permanente relativas à saúde da 
mulher, controle dos cânceres do colo do útero e da mama, DST, entre outras; 
l) Desenvolver atividades educativas, individuais ou coletivas; 
 
São Atribuições do Médico: 
a) Realizar atenção integral às mulheres; 
b) Realizar consulta, coleta de Papanicolau e exame clínico das mamas; 
c) Avaliar quadro clínico, emitindo diagnóstico; 
d) Emitir prescrição do tratamento medicamentoso, quando necessário; 
e) Solicitar exames complementares, quando necessário; 
f) Realizar atenção domiciliar, quando necessário; 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
23 
g) Encaminhar, quando necessário, as usuárias a serviços de referências de média e alta 
complexidade respeitando fluxos de referência e contra-referência locais e mantendo sua 
responsabilização pelo acompanhamento dessa usuária; 
h) Indicar a necessidade de internação junto a UNACON/CACON, mantendo a 
responsabilização pelo acompanhamento da usuária; 
i) Realizar atividades de educação permanente junto aos demais profissionais da equipe. 
 
São Atribuições do Enfermeiro: 
a) Realizar atenção integral às mulheres; 
b) Realizar consulta de enfermagem, coleta de exame preventivo e exame clínico das 
mamas, solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos ou 
outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições 
legais da profissão; 
c) Realizar atenção domiciliar, quando necessário; 
d) Supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS e da equipe de enfermagem; 
e) Manter a disponibilidade de suprimentos dos insumos e materiais necessários para as 
ações propostas pelo Caderno; 
f) Realizar atividades de educação permanente junto aos demais profissionais da equipe. 
Nesses termos, os itens I, II e IV descrevem atribuições do enfermeiro, enquanto que os 
itens III e V apresentam atribuições do médico. Logo, o gabarito da questão é a letra “a”. 
Bravos guerreiros, antes de passar para o próximo assunto, recomendo a visualização do 
seguinte vídeo. 
 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
24 
2 - Ciclo Reprodutivo 
 
(Residência Multiprofissional/SES-DF/CESPE/2010) Com referência ao ciclo reprodutivo, 
julgue os itens que se seguem. 
18. A duração de uma gestação de termo é aquela compreendida entre 37 semanas completas e 
42 semanas incompletas, contadas a partir do primeiro dia da última menstruação. 
COMENTÁRIOS: 
A gestação pode ter uma duração pré-termo (abaixo de 37 semanas), a termo (entre 37 
semanas completas e 42 semanas incompletas) ou pós-termo (ultrapassa 42 semanas). 
 
A questão, portanto, apresenta-se correta. Para maiores informações, acessem esse link: 
como as mulheres engravidam. 
 
19. O ciclo menstrual compreende a fase proliferativa, a secretora, a isquêmica e a menstrual. 
COMENTÁRIOS: 
As alterações cíclicas que ocorrem no endométrio constituem o ciclo uterino, 
comumente referido como ciclo menstrual, porque é a menstruação o fenômeno mais 
importante. 
As fases do ciclo menstrual são: menstrual, proliferativa ou folicular, secretória ou 
progestacional e isquêmica ou pré-menstrual. 
 
 
 
• abaixo de 37 
semanas 
pré-termo 
(prematura) 
• entre 37 semanas 
completas e 42 
semanas 
incompletas 
a termo 
(normal) 
 
• ultrapassa 42 
semanas 
pós-termo 
(prolongada) 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
25 
Ciclo Menstrual 
Fase Menstrual 
O 1º dia da menstruação é contado como o início do ciclo. A 
camada funcional do endométrio descama-se e é expulsa durante 
o sangramento, que normalmente ocorre a cada 28 dias e dura de 3 
a 5 dias. 
Fase Proliferativa ou 
Folicular 
Os estrogênios determinam a recuperação do endométrio, o 
crescimento glandular e a multiplicação das células do estroma. 
Fase Secretória ou 
Progestacional 
A progesterona induz o entortilhamento das glândulas, que 
passam a segregar em abundância, e o edema do estroma. 
Fase Isquêmica ou 
Pré-menstrual 
Se o óvulo não é fertilizado, o corpo lúteo degenera, os efeitos 
progestacionais declinam e surgem alterações vasculares 
acentuadas que ocasionam a isquemia da camada funcional. 
 
À menstruação, segue-se novo ciclo uterino. Antes de completar-se a fase menstrual, o 
FSH induz o desenvolvimento de outro grupo de fólicos, iniciando mais um ciclo ovariano, 
com o estrogênio recomeçando a exercer os seus efeitos no endométrio. 
Caso ocorra a gravidez, o ciclo menstrual não se completa, mas se continua com o ciclo 
gravídico. Com o fim da gestação, ocorrido o parto e completado a involução puerperal, os 
ciclos ovariano e uterino ressurgem, após intervalo variável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS26 
Meus amigos, vejam na figura abaixo o esquema do ciclo menstrual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conforme comentários, a questão apresenta-se correta. 
 
20. O ciclo menstrual dura, em geral, 31 dias. 
COMENTÁRIOS: 
O ciclo menstrual normal tem a duração média de 28 dias. Logo, a questão está errada. 
 
 
Figura 4 - Ciclo Menstrual (Rezende, 2012) 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
27 
21. A fertilização do óvulo pelo espermatozóide ocorre normalmente na porção proximal da 
trompa uterina 
COMENTÁRIOS: 
A fertilização (fecundação ou concepção) do óvulo pelo espermatozoide ocorre 
geralmente da ampola, e não na parte próxima da tuba uterina, formando o zigoto. Após essa 
etapa, ocorrem sucessivas divisões celulares e o ovo (precursor do embrião) se dirige ao útero 
para haver a implantação, com a formação da placenta e inicio da gestação. 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 - Sistema Reprodutor Feminino (Rezende, 2012) 
Porção proximal 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
28 
 
Saiba mais, assistindo a reprodução humana. Veja também o sistema reprodutor 
masculino. 
A questão, portanto, está incorreta. 
 
(Residência Multiprofissional/SES-DF/CESPE/2010) A gravidez modifica anatômica e 
fisiologicamente os sistemas orgânicos, e muitas alterações são percebidas pela mulher no 
decorrer da gestação. Com relação a essas modificações, julgue os próximos itens. 
22. Durante a gestação, o coração da paciente dilata-se discretamente, o volume sanguíneo e o 
débito cardíaco aumentam, e o diafragma eleva-se cerca de 4 cm, aumentando o volume 
corrente de ar na gravidez. 
COMENTÁRIOS: 
O coração tem seu tamanho elevado em decorrência de seu volume sanguíneo 
aumentado (débito cardíaco aumentado) na gestação. A frequência cardíaca é aumentada 
a partir do 2º trimestre entre 10 a 15 batimentos por minuto. 
De modo geral, no primeiro trimestre da gravidez, a pressão aterial permanece nos 
parâmetros anteriores à gestação. Somente durante o segundo trimestre, há uma redução de 
aproximadamente 5 a 10 mmHg, em sístole e diástole. A redução é justificada pela 
vasodilatação periférica causada por alterações hormonais. No terceiro trimestre, a pressão 
arterial retorna aos níveis que se encontrava no início da gravidez. 
Figura 6 - Fertilização (Rezende, 2012) 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
29 
Para evitar quedas acentuadas da pressão arterial, recomenda-se que a gestante deite na 
posição de decúbito lateral esquerdo, e não em decúbito dorsal. 
No sistema respiratório, há um aumento da exigência de oxigênio materno em resposta à 
aceleração do metabolismo e à hipertrofia dos tecidos uterinos e mamários, uma vez que o feto 
necessita receber oxigênio e eliminar gás carbônico através da mãe. O diafragma desloca-
se em até 4 cm durante a gravidez provocando uma redução na extensão dos pulmões. 
Diante do exposto, a questão encontra-se correta. 
 
23. A gestação afeta as demandas e a absorção de ferro bem como os níveis de eritrócitos, 
leucócitos e fibrinogênio, e o débito urinário aumenta gradualmente em 60% a 80% mais que 
o débito pré-gravidez. 
COMENTÁRIOS: 
As mudanças na estrutura renal durante a gravidez são resultantes da atividade hormonal 
(estrógeno e progesterona), da pressão do útero e do aumento do volume sanguíneo. A função 
renal sofre influência do aumento da volemia materna e da redução da resistência vascular, 
ocasionando um aumento de até 50% na taxa de filtração glomerular e no fluxo plasmático 
renal. 
As células sanguíneas sofrem alterações variadas no período gestacional. A produção 
de eritrócitos (hemácias) é aumentada, mas ofuscada pelo aumento do volume 
plasmático. Assim, os índices hematológicos que dependem do volume plasmático tendem 
a cair: contagem de hemácias, hematócrito, concentração de hemoglobina. 
Os glóbulos brancos (leucócitos) tem sua quantidade majorada na gestação. A 
concentração de plaquetas exibe, por outro lado, pequeno decréscimo. 
A questão encontra-se, portanto, correta. 
 
24. Progesterona e estrogênio atuam nas modificações gravídicas que ajudam a suportar o 
crescimento fetal e manter as funções orgânicas. 
COMENTÁRIOS: 
Didaticamente, costuma-se dividir a endocrinologia da gravidez em duas fases: 
1 - Ovariana, corresponde às primeiras 8-9 semanas da prenhez, quando o corpo 
amarelo gravídico, estimulado pela gonadotrofina coriônica humana (hCG), é o principal 
responsável pela secreção esteróidea (estrógeno e progesterona). 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
30 
2 - Placentária, a partir de 8-9 semanas, quando a placenta se incube da produção de 
esteróides (estrógeno e progesterona), em quantidade crescentes. 
 O ovário também elabora a relaxina, peptídeo cuja principal função é, juntamente 
com a progesterona, inibir a contratilidade espontânea do útero, o que é útil para a 
manutenção inicial da gravidez. 
A placenta humana produz grande quantidade de esteroides (progesterona e 
estrógeno). 
A PROGESTERONA é indispensável para implantação embrião no útero e pela 
manutenção da gravidez, a partir do relaxamento da musculatura do miométrio (camada 
muscular do útero). 
Os ESTROGÊNIOS da gravidez determinam a proliferação do sistema ductal 
mamário e em conjunto com a progesterona promovem o desenvolvimento do tecido 
glandular. Após o parto, a súbita cessação do estímulo estrogênio-progesterona possibilita o 
estabelecimento da lactação. 
O ESTROGÊNIO parece também promover o crescimento uterino e o aumento do 
fluxo sanguíneo uteroplacentário. 
Nesses termos, a questão apresenta-se correta. 
 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
31 
3 - Planejamento familiar 
 
25. (SES-SE/CESPE/2009) Entre as consequências de ordem sanitária (biológica, 
psicológica), social e demográfica da gravidez e da maternidade na adolescência, destacam-
se as crises no relacionamento familiar; a necessidade de reestruturação e reajustamento 
familiar; os problemas advindos de gravidez indesejada; o risco em contrair doenças 
sexualmente transmissíveis. 
COMENTÁRIOS: 
Não existe um único motivo para a GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA. As causas 
são múltiplas e estão relacionadas aos aspectos sociais, econômicos, pessoais, às condições 
materiais de vida, ao exercício da sexualidade, ao desejo da maternidade e às múltiplas 
relações de desigualdade que constituem a vida social e cultural em nosso País. 
Além disso, a falta ou a inadequação das informações quanto à sexualidade e aos 
métodos contraceptivos referentes às especificidades da adolescência, o baixo acesso aos 
serviços de saúde e a falta de comunicação com os pais são outros aspectos no contexto da 
gravidez. 
O início cada vez mais precoce da puberdade e o decréscimo da idade da primeira 
menstruação são fatores que estão favorecendo o começo prematuro da idade reprodutiva de 
adolescentes. Aliadas a estes fatoresestão também a facilidade das informações sobre 
assuntos relacionados à sexualidade na internet e na mídia, assim como a erotização precoce, 
favorecida pelos meios de comunicação. 
Segundo Heilborn (1998 apud Ministério da Saúde, 2012), as mudanças na sociedade 
brasileira diminuíram o valor moral que era dado à virgindade, sendo que a gravidez se 
tornou, então, uma forma de constituir família, de mudar de status social, uma vez que a 
maternidade é valorizada socialmente e vista como elemento formador da identidade, por 
meio da constituição de nova família. 
Embora na última década o Brasil tenha conseguido reduzir em 30% o número de partos 
em adolescentes na faixa etária de 15 a 19 anos, a faixa etária de 10 a 15 anos permanece 
inalterada, apresentando o número de 27 mil partos a cada ano, o que representa 1% do total 
de partos no Brasil. Neste sentido, os serviços de saúde devem encorajar e promover um 
comportamento sexual e reprodutivo responsável e saudável para adolescentes, objetivando o 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
32 
seu bem-estar, a sua qualidade de vida e a elaboração e execução de seus projetos pessoais e 
profissionais. 
Diante do exposto, a questão apresenta-se correta. 
 
26. (TJ-AL/CESPE/2012) Assinale a opção correta acerca da saúde reprodutiva e sexual 
humana. 
a) Os locais mais adequados para um homem portar uma camisinha masculina são a carteira 
ou o bolso. 
b) O diafragma pode ser retirado transcorridas cinco horas da última relação sexual mantida 
pela mulher, tempo necessário para que os espermatozóides que tinham permanecido na 
vagina morram. 
c) A ligadura de trompas e a vasectomia voluntárias podem ser feitas, respectivamente, em 
mulheres e homens acima de trinta e cinco anos de idade, com capacidade civil plena e, pelo 
menos, um filho vivo, desde que obedecido prazo mínimo de quarenta dias contados desde a 
manifestação da vontade do(a) paciente. 
d) As pílulas combinadas podem ser utilizadas no período de amamentação. 
e) O conceito de saúde reprodutiva envolve a capacidade de a pessoa desfrutar da vida sexual 
saudável e a liberdade de ter ou não filhos, quantos e quando quiser. 
COMENTÁRIOS: 
Meus amigos, para facilitar o aprendizado, vamos analisar cada alternativa. 
Item A. Os preservativos feminino e masculino são os métodos mais seguros, já que 
além de evitar a gravidez, também protegem contra as doenças sexualmente transmissíveis, 
como a Aids. Preservativos que estejam há muito tempo guardados em locais abafados, como 
bolsos de calça, carteiras ou porta-luvas de carro não devem ser utilizados, pois ficam mais 
sujeitos ao rompimento. 
Item B. O DIAFRAGMA é um método anticoncepcional de uso feminino que consiste 
num anel flexível, coberto no centro com uma delgada membrana de látex ou silicone em 
forma de cúpula que se coloca na vagina cobrindo completamente o colo uterino e a parte 
superior da vagina, impedindo a penetração dos espermatozoides no útero e trompas. 
Para maior eficácia do método, antes da introdução, colocar, na parte côncava, creme 
espermaticida. Entretanto, essa associação limita-se às mulheres com baixo risco para o HIV e 
outras DST. 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
33 
O diafragma pode ser colocado antes da relação sexual (minutos ou horas) ou utilizado 
de forma contínua. Nesta última modalidade, é aconselhável retirar o diafragma uma vez ao 
dia, lavá-lo (preferencialmente durante o banho, desde que este ocorra pelo menos 6 horas 
após o coito) e imediatamente recolocá-lo. Durante a menstruação, o diafragma deve ser 
retirado, evitando, assim, a possibilidade de acúmulo de sangue na vagina/útero reduzindo o 
risco de infecção genital. 
Logo, o diafragma pode ser retirado transcorridas pelo menos SEIS horas da última 
relação sexual mantida pela mulher, tempo necessário para que os espermatozoides que 
tinham permanecido na vagina morram. 
Item C. Segundo a Lei do Planejamento Familiar (Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 
1996), pessoas com mais de 25 anos e pelo menos dois filhos vivos, ou naqueles 
casos em que há risco de vida para a mulher ou para o futuro bebê, podem usar os 
métodos contraceptivos definitivos, como a ligadura das trompas de falópio para as 
mulheres, ou a vasectomia nos homens. Os dois procedimentos impedem que os 
espermatozóides atinjam o óvulo. É necessário aguardar 60 dias entre a manifestação da 
vontade de fazer a cirurgia e sua execução. Por serem métodos de difícil reversão são 
chamados de definitivos. 
Em resumo, quem pode usar os métodos contraceptivos definitivos, como a 
ligadura das trompas de falópio para as mulheres, ou a vasectomia nos 
homens? 
 
Item D. Os anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de pílulas 
anticoncepcionais são esteroides utilizados isoladamente ou em associação com a finalidade 
básica de impedir a concepção. Os tipos de pílula classificam-se em: combinadas e com 
progestogênio ou minipílulas. 
 
 
 
 
pessoas com mais de 25 anos e pelo 
menos dois filhos vivos; OU 
naqueles casos em que há risco de 
vida para a mulher ou para o futuro 
bebê; 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
34 
Anticoncepcionais Hormonais Orais 
Combinadas 
 Compõem-se de um estrogênio associado a um progestogênio 
(geralmente em caixas de 21, 22 ou 28 comprimidos); 
 No primeiro mês de uso, ingerir o 1° comprimido no 1° dia do ciclo 
menstrual ou, no máximo, até o 5° dia; 
 Ao final da cartela (21 dias), fazer pausa de 7 dias e iniciar nova 
cartela, independentemente, do dia de início do fluxo menstrual; 
 Se a cartela tem 22 pílulas, descansar só 6 dias. Alguns tipos já 
possuem 7 dias de placebo, quando deve ocorrer o sangramento, não 
sendo necessário haver interrupção. 
Com 
progestogênio ou 
Minipílulas 
 Constituída por progestogênio isolado (geralmente em caixas com 
28 ou 35 comprimidos); 
 Nas lactantes, o uso deve ser iniciado após 6 semanas do parto e nas 
não-lactantes, seu uso é contínuo após o término da cartela (35 
comprimidos). Portanto, não deve haver interrupção entre uma 
cartela e outra nem durante a menstruação. 
 
Os ANTICONCEPCIONAIS hormonais INJETÁVEIS contêm progestogênio ou 
associação de estrogênios e progestogênios, para administração parenteral (I.M), com doses 
hormonais de longa duração. 
Os tipos de injetáveis são: 
 Com progestogênio isolado - Consiste na administração de progestogênio 
isolado, via parenteral (I.M), com obtenção de efeito anticonceptivo por períodos 
de 3 meses; 
 Combinado - Os anticoncepcionais injetáveis combinados contêm uma 
associação de estrogênio e progestogênio, para uso parenteral (I.M), mensal. 
Nesse sentido, para mulheres em amamentação
3
, o Ministério da Saúde oferece dois 
métodos contraceptivos, que podem ser introduzidos seis semanas após o parto: a 
 
3 Durante os primeiros seis meses pós-parto, a amamentação exclusiva, à livre demanda, com 
amenorreia, está associada a taxa baixíssima de gravidez (0,5 a 2%), porém este efeito 
anticoncepcional deixa de ser eficiente quando ocorre o retorno das menstruações e também 
quando o leite materno deixa de ser o único alimento recebido pelo bebê. Este efeito inibidor da 
fertilidade, que tem o aleitamento exclusivo com amenorreia, pode ser utilizado como método 
comportamental de anticoncepção. 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
35 
minipílula (constituída por progestogênio isolado), administrada via oral; e a injeção 
trimestral. 
Ademais, a combinaçãoentre a prolactina (hormônio que estimula a produção do leite 
materno), com a progesterona (hormônio que prepara organismo para a fecundação) cria a 
barreira que impede uma nova gravidez durante a amamentação. 
Para as mulheres que tiveram filhos, mas que por algum motivo não podem amamentar, 
a recomendação é que cerca de 40 dias após o parto seja introduzida a pílula anticoncepcional 
comum. 
 
Fique Ligado! No período da amamentação, a nutriz deve utilizar APENAS 
anticoncepcionais de estrogênios (minipílula ou injetável trimestral). O 
anticoncepcional hormonal oral combinado e o injetável mensal não 
devem ser utilizados em lactantes, pois interferem na qualidade e na 
quantidade do leite materno e podem afetar adversamente a saúde do bebê. 
 
Assim, as pílulas combinadas não podem ser utilizadas no período de amamentação. 
Item E. O conceito de saúde reprodutiva envolve a capacidade de a pessoa desfrutar da 
vida sexual saudável e a liberdade de ter ou não filhos, quantos e quando quiser. 
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra “e”. 
 
27. (Prefeitura de Goiania-GO/UFG/2012) O método anticoncepcional injetável consiste 
em administrar estrogênio e progestogênio e seu mecanismo de ação é a 
a) anovulação. 
b) atrofia do endométrio. 
c) alteração do muco cervical. 
d) alteração da motilidade tubária. 
COMENTÁRIOS: 
Para melhor entendimento da questão, vamos descrever o conceito e o mecanismo de 
ação de alguns métodos anticoncepcionais: 
 Anticoncepcionais Orais Combinados 
Os anticoncepcionais orais combinados contêm dois hormônios sintéticos, o estrogênio 
e o progestogênio, semelhantes aos produzidos pelo ovário da mulher. 
Mecanismo de ação: inibem a ovulação e tornam o muco cervical espesso, dificultando 
a passagem dos espermatozoides. Provocam ainda alterações nas características físico-
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
36 
químicas do endométrio, mantendo-o fora das condições para a implantação do blastócito, e 
interferem na motilidade e na qualidade da secreção glandular tubária. 
 
 Anticoncepcionais Injetáveis Mensais 
Os anticoncepcionais injetáveis mensais são combinados e, em suas diferentes 
formulações, contêm um éster de um estrogênio natural, o estradiol e um progestogênio 
sintético, diferentemente dos anticoncepcionais orais combinados, nos quais ambos os 
hormônios são sintéticos. 
Mecanismo de ação: inibem a ovulação e tornam o muco cervical espesso, impedindo a 
passagem dos espermatozoides. Provocam, ainda, alterações no endométrio. 
 
 Anticoncepcional Hormonal Injetável só de Progestogênio (injetável trimestral) 
O acetato de medroxiprogesterona é um método anticoncepcional injetável apenas de 
progestogênio. É um progestogênio semelhante ao produzido pelo organismo feminino, que é 
liberado lentamente na circulação sanguínea. 
Mecanismo de ação: inibe a ovulação e espessa o muco cervical, dificultando a 
passagem dos espermatozoides por meio do canal cervical. 
 
 Implantes Subcutâneos 
Os implantes são métodos contraceptivos constituídos de um sistema de silicone 
polimerizado com um hormônio no seu interior, responsável pelo efeito anticoncepcional 
quando liberado na corrente sanguínea. Esse sistema é disponível atualmente no Brasil à base 
de progestagênio. 
Mecanismo de ação: 
 Inibição da ovulação: estudos realizados mostram ausência de ciclos 
ovulatórios nos primeiros dois anos de uso. Após dois anos e meio de uso, a 
ovulação começa a ocorrer em menos de 5% das usuárias; 
 Muco cervical: aumenta a viscosidade do muco cervical, inibindo a penetração 
dos espermatozoides; 
 Efeitos endometriais: diminuição da espessura do endométrio, até espessura 
média de 4 mm. Nos estudos realizados, a maioria das mulheres apresentou 
endométrio inativo ou fracamente proliferativo. Não foram observados casos 
de atrofia, hiperplasia, neoplasia ou câncer do endométrio. 
 
 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
37 
 Dispositivo Intrauterino (DIU) 
Dispositivo Intrauterino (DIU) é um 
objeto pequeno de plástico flexível, em 
forma de T, que mede aproximadamente 31 
mm, ao qual pode ser adicionado cobre ou 
hormônios que, inserido na cavidade uterina, 
exerce função contraceptiva. É um dos 
métodos de planejamento familiar mais 
usados em todo o mundo. 
 
 
Figura 7 - Tipos de DIU (Ministério da Saúde, 2006). 
 Mecanismo de ação: 
Os estudos sugerem que o DIU atua impedindo a fecundação porque torna mais difícil a 
passagem do espermatozoide pelo trato reprodutivo feminino, reduzindo a possibilidade de 
fertilização do óvulo. O DIU de cobre afeta os espermatozoides e os óvulos de várias 
maneiras. Eles estimulam reação inflamatória pronunciada ou reação à presença de corpos 
estranhos no útero. Poucos espermatozoides chegam às trompas de Falópio, e os que chegam, 
com toda probabilidade, não são aptos para fertilizar um óvulo. 
Verificamos que o principal mecanismo de ação dos anticoncepcionais orais e injetáveis 
é a inibição da ovulação (anovulação). Por isso, o gabarito da questão é a letra “a”. 
 
Meus amigos, a aula está boa, mas precisamos dar 
intervalos de 5 a 10 minutos a cada hora de estudo. 
Esse tempo é variável, pois cada um de vocês tem 
um ritmo próprio de estudo. 
Para descansar e aprender um pouco mais, recomendo esse VÍDEO do Ministério da 
Saúde sobre métodos anticoncepcionais. 
 
 
 
 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
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Rômulo Passos 
https://www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos 
 
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 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
39 
Lista de Questões 
 
1 - Câncer de Mama e do Colo do Útero 
1. (Prefeitura de Caruaru-PE/IPAD/2012) Os fatores de risco mais importantes para o 
desenvolvimento do câncer do colo do útero estão apresentados na alternativa. 
a) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), multiparidade, multiplicidade de parceiros 
sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. 
b) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início precoce de vida sexual, 
multiplicidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais. 
c) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano) multiplicidade de parceiros sexuais, higiene 
íntima inadequada; uso prolongado de anticoncepcionais orais. 
d) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início tardio de vida sexual, abortamento, 
multiplicidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. 
e) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início precoce de vida sexual, multiparidade 
de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. 
 
(TST/CESPE/2008) Acerca do câncer genital feminino, julgue os itens a seguir. 
2. Precocidade de relações sexuais, parceiros de alto risco, tabagismo e infecção por 
papilomavírus são alguns dos fatores de risco importantes para a ocorrência de câncer de colo, 
neoplasia intraepitelial e carcinoma epidermóide. 
3. Tumores em estágios iniciais caracterizam-se por sinais e sintomas de dor pélvica e 
alterações urinárias, como a obstrução uretral com hidronefrose, e por alterações intestinais. 
4. A sinusorragia pode ser observada em estágios mais avançados de câncer e tem baixo valor 
de predição, devido a pouca especificidade dos dados que se pode obternesse caso. 
5. Medidas de prevenção primária devem ser disseminadas junto à população, em especial às 
mulheres consideradas de risco, uma vez que elas mesmas podem aplicar essas medidas. 
6. A radioterapia pode ser uma das modalidades escolhidas para o tratamento do câncer de 
colo de útero. Entretanto, complicações desse tratamento incluem perda da função ovariana, 
disfunções sexual, gastrintestinal ou vesical e fístulas retovaginais e(ou) vesicovaginais. 
 
7. (IABAS/BIO-RIO/2011) O colo do útero é revestido por várias camadas de células 
epiteliais pavimentosas, arranjadas de forma ordenada, mas uma desordenação das camadas é 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
40 
acompanhada por alterações nas células que vão desde núcleos mais corados até figuras 
atípicas de divisão celular. Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do 
epitélio estratificado, estamos diante de uma neoplasia intraepitelial cervical. 
 
Observe as afirmativas a seguir sobre a classificação da neoplasia intraepitelial cervical: 
 
I - Grau I - NIC I – Baixo Grau (anormalidades do epitélio no 1/3 proximal da membrana). 
II - Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau II - NIC II – Alto Grau. Se a desordenação avança 
2/3 proximais da membrana. 
III - Na Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau III - NIC III – Alto Grau, o desarranjo é 
observado em todas as camadas, sem romper a membrana basal. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, II e III; 
b) I e II, apenas; 
c) I e III, apenas; 
d) II e III, apenas; 
e) I, apenas. 
 
8. (STM/CESPE/2011) A transmissão do papiloma vírus humano (HPV) dá-se por contato 
direto com a pele infectada. Os HPVs genitais são transmitidos por meio das relações 
sexuais, podendo causar lesões na vagina, no colo do útero e no ânus. A vacina quadrivalente 
liberada para comercialização previne contra todos os tipos de HPV. 
 
9. (Prefeitura de Juazeiro-BA/AOCP/2012-Adaptada) Em relação ao câncer do colo do 
útero, julgue os itens seguintes. 
1. O exame citopatológico deve ser realizado preferencialmente em mulheres de 15 a 49 anos 
de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada dois 
anos. 
 
10. (TRT 6ª Região/FCC/2012) Para o rastreamento do câncer de colo de útero em mulheres 
saudáveis com vida sexual ativa, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) recomenda 
a) estrogenização prévia na adolescência para posterior coleta de Papanicolau, a partir dos 18 
anos até a menopausa. 
b) ultrassom endovaginal, anualmente, a partir de 25 anos até 64 anos de idade. 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
41 
c) coleta do Papanicolau, anualmente, a partir dos 15 anos de idade até 64 anos. 
d) coleta anual de citologia cervical, a partir de 2 exames negativos semestrais. 
e) citopatológico do colo de útero com intervalo anual, a partir dos 25 anos de idade e a cada 
três anos, após dois exames consecutivos com resultados negativos. 
 
11. (Prefeitura de Goiania-GO/UFG/2012) Para o exame de colpocitologia oncótica em 
gestante, o enfermeiro deve considerar que, 
a) no primeiro trimestre, o material deve ser colhido na endocérvice. 
b) a partir da 20ª semana, a coleta de material é contraindicada. 
c) no primeiro trimestre, o material deve ser colhido na ectocérvice. 
d) na 38ª semana, a coleta de material é necessária. 
 
(STM/CESPE/2011) Em relação à saúde da mulher, julgue os itens seguintes. 
12. O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum 
entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos nesse grupo. Trata-se da maior 
causa de morte entre as mulheres brasileiras, principalmente na faixa entre os 40 e os 69 anos 
de idade, com mais de 11 mil mortes/ano (2007), razões por que não possui bom prognóstico. 
 
13. Os diagnósticos mais comuns da doença proliferativa benigna da mama encontradas na 
biópsia que estão associados ao aumento do risco de câncer de mama na mulher são: a 
hiperplasia atípica, que apresenta um aumento anormal nas células ductais ou lobulares; e 
carcinoma lobular in situ, que corresponde à proliferação das células dentro dos lóbulos da 
mama. 
 
14. (Prefeitura de Goiania-GO/UFG/2012) A.M.B. 42 anos, costureira, ensino médio 
completo, menarca aos 12 anos, ciclo menstrual regular, faz uso de contraceptivo injetável. 
Compareceu à unidade de saúde, referindo dispaurenia, libido diminuída e presença de caroço 
na mama direita ao autoexame, confirmado pelo enfermeiro durante o exame físico. Nesse 
caso, que fatores de risco para o câncer de mama o enfermeiro deve investigar na consulta? 
a) história familiar de câncer de mama, primeira gestação tardia, menarca precoce. 
b) menopausa precoce, tabagismo, uso de anticoncepcionais e vida sexual. 
c) exposição à radiação, menopausa tardia, menarca tardia e vida social. 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
42 
d) história familiar de câncer de mama pós-menopausa, nuliparidade, antecedente de 
hiperplasia. 
 
15. (Prefeitura de Juazeiro-BA/AOCP/2012) Para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos a 
rotina de rastreamento para Câncer de Mama recomendada é realização 
a) semestral do exame clínico das mamas e da mamografia anual. 
b) bianual do exame clínico das mamas e da mamografia anual. 
c) anual do exame clínico das mamas e da mamografia a cada dois anos. 
d) trimestral do exame clínico das mamas e da mamografia a cada três anos. 
e) anual do exame clínico das mamas e da mamografia a cada quatro anos. 
 
16. (SES-AP/UNIVERSA/2012) Uma enfermeira que trabalha no posto de saúde de um 
município realiza consultas de enfermagem com mulheres da comunidade local e enfatiza a 
necessidade de prevenção do câncer de mama, dando orientações de prevenção, controle e 
exame clínico das mamas. Com base nessa situação hipotética e considerando a consulta de 
enfermagem, é correto afirmar que a enfermeira deve 
a) reforçar a importância do exame clínico das mamas, a cada dois anos, para as mulheres 
acima de cinquenta anos de idade com risco elevado de câncer. 
b) reforçar a importância da realização de mamografia, para as mulheres em qualquer faixa 
etária, com intervalo de cinco anos. 
c) esclarecer que o autoexame das mamas é suficiente para a detecção de alterações, 
dispensando o exame clínico feito por profissionais até a idade de cinquenta anos. 
d) reforçar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, visto que uma alimentação rica em 
gordura saturada e pobre em frutas, legumes e verduras aumenta o risco dos cânceres de 
mama. 
e) esclarecer que aspectos da vida reprodutiva da mulher, como menarca precoce ou o fato de 
não ter tido filhos, não têm relação com o desenvolvimento do câncer de mama. 
 
17. (Prefeitura de Maceio-AL/UFAL/2012) Para combater os elevados índices de incidência 
e mortalidade por câncer do colo do útero e da mama no Brasil, o Ministério da Saúde 
implantou o Caderno de Atenção Básica “Controle dos Cânceres do Colo do Útero e da 
Mama”, destinado a subsidiar tecnicamente os profissionais da Atenção Básica no campo da 
CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 
 140 QUESTÕES COMENTADAS 
 
43 
saúde da mulher. Dadas as proposições seguintes sobre a atuação do enfermeiro no combate 
ao câncer do colo do útero e de mama, 
I. Realizar atenção integral às mulheres e assistência domiciliar quando necessário. 
II. Realizar consulta de enfermagem, coleta de exame preventivo e exame clínico das mamas; 
solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos ou outras 
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais

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