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CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 1 Olá, amigo(a) concurseiro(a)! Gostaram da aula passada? Foi apenas uma pequena demonstração de nosso curso. Sejam bem-vindos à nossa 2º aula do Curso de Questões Comentadas de Saúde da Mulher. Vamos trabalhar os seguintes temas: 1. Câncer do Colo do Útero e de Mama; 2. Ciclo Reprodutivo; 3. Planejamento Familiar. As questões utilizadas nessa aula foram colocadas ao final do arquivo, de modo que vocês possam, se preferir, tentar resolvê-las antes de ler os comentários a elas referente. Antes de começar a aula, vejam abaixo os dados astronômicos do nosso livro: Legislação do SUS – 431 Questões Comentadas: “Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor”. Johann Goethe Curta: https://www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 2 Aula 2 - Enfermagem em Saúde da Mulher 1 - Câncer de Mama e do Colo do Útero 1. (Prefeitura de Caruaru-PE/IPAD/2012) Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do câncer do colo do útero estão apresentados na alternativa. a) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), multiparidade, multiplicidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. b) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início precoce de vida sexual, multiplicidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais. c) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano) multiplicidade de parceiros sexuais, higiene íntima inadequada; uso prolongado de anticoncepcionais orais. d) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início tardio de vida sexual, abortamento, multiplicidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. e) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início precoce de vida sexual, multiparidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. COMENTÁRIOS: Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do câncer do colo do útero são os seguintes: Infecção pelo Papiloma Vírus Humano – HPV (sendo esse o principal); Início precoce da atividade sexual; Multiplicidade de parceiros sexuais; Tabagismo, diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados; Baixa condição sócio-econômica; Imunossupressão; Uso prolongado de contraceptivos orais; Higiene íntima inadequada. Isto posto, vamos corrigir as assertivas incorretas. Não são fatores de risco importantes para o desenvolvimento do câncer do colo do útero: a) multiparidade; CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 3 b) uso prolongado de anticoncepcionais; d) início tardio de vida sexual, abortamento (o correto seria início precoce de vida sexual); e) multiparidade de parceiros sexuais. Em relação à letra B, é importante destacar que o uso prolongado de anticoncepcionais ORAIS é um fator de risco para o câncer do colo do útero, e não qualquer tipo de anticoncepcionais. A respeito da letra E, é importante registrar que multiplicidade de parceiros sexuais também é um fator de risco para o câncer do colo do útero. Ora, não há que se falar em multiparidade de parceiros, não é mesmo, meus amigos. Nesses termos, a letra “a” é o gabarito da questão. (TST/CESPE/2008) Acerca do câncer genital feminino, julgue os itens a seguir. 2. Precocidade de relações sexuais, parceiros de alto risco, tabagismo e infecção por papilomavírus são alguns dos fatores de risco importantes para a ocorrência de câncer de colo, neoplasia intraepitelial e carcinoma epidermóide. COMENTÁRIOS: Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do câncer do colo do útero são: Infecção pelo Papiloma Vírus Humano – HPV (esse é o principal fator de risco); Início precoce da atividade sexual; Multiplicidade de parceiros sexuais; Tabagismo, diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados; Baixa condição sócio-econômica; Imunossupressão; Uso prolongado de contraceptivos orais; Higiene íntima inadequada. Nesses termos, a questão apresenta-se correta. 3. Tumores em estágios iniciais caracterizam-se por sinais e sintomas de dor pélvica e alterações urinárias, como a obstrução uretral com hidronefrose, e por alterações intestinais. COMENTÁRIOS: CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 4 O câncer do colo do útero é uma afecção progressiva iniciada com transformações intraepiteliais progressivas que podem evoluir para um processo invasor num período que varia de 10 a 20 anos. O colo do útero é revestido por várias camadas de células epiteliais pavimentosas, arranjadas de forma bastante ordenada. Essa desordenação das camadas é acompanhada por alterações nas células que vão desde núcleos mais corados até figuras atípicas de divisão celular. As lesões pré-invasivas (pré-malignas), que levam muitos anos para se desenvolverem, são denominadas de neoplasia intraepitelial cervical (NIC). Quando as alterações celulares se tornam mais intensas e o grau de desarranjo é tal que as células invadem o tecido conjuntivo do colo do útero abaixo do epitélio, temos o CARCINOMA INVASOR (tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial). Para chegar a câncer invasor, a lesão não tem, obrigatoriamente, que passar por todas essas etapas (NIC I até NIC III). Caso as lesões pré-invasivas (NIC 2, NIC 3 e o adenocarcinoma in situ) não sejam tratadas apresentam alta probabilidade de progredir para o CARCINOMA INVASOR. Já a NIC I, por ter maior probabilidade de regressão ou persistência do que de progressão, não é considerada uma lesão precursora do câncer do colo do útero. • Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do epitélio estratificado (1/3 proximal da membrana), estamos diante de uma neoplasia intraepitelial cervical grau I (lesões de baixo grau). NIC I • Se a desordenação avança 2/3 proximais da membrana estamos diante de uma neoplasia intraepitelial cervical grau II (lesões de alto grau). NIC II • Na neoplasia intraepitelial cervical grau III (lesões de alto grau), o desarranjo é observado em todas as camadas, SEM ROMPER a membrana basal. NIC III CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 5 Meus amigos, agora que compreendemos o conceito do câncer do colo do útero, vamos visualizar, na tabela abaixo, as manifestações clínicas dessa doença. Manifestações Clínicas do Câncer do Colo do Útero • O câncer do colo do útero é uma doença de crescimento lento e silencioso; • Existe uma fase pré-clínica, sem sintomas, com transformações intraepiteliais progressivas importantes, em que a detecção de possíveis lesões precursoras são por meio da realização periódica do exame preventivo do colo do útero; • Progride lentamente, por anos, antes de atingir o estágio invasor da doença, quando a cura se torna mais difícil, se não impossível. Nessa fase, os principais sintomas são sangramento vaginal, corrimento e dor. Concluímos que o câncer do colo do útero em estágio inicial caracteriza-se por não apresentar sinais e sintomas (fase silenciosa). Os sintomas dessa doença surgirão durante o estágio invasor da doença, após 10 ou 20 anos. Portanto, a fase inicial do câncer do colo do útero, que é silenciosa, não é caracterizada por sinais e sintomas de dor pélvica e alterações urinárias como a obstrução uretral com hidronefrose, e por alterações intestinais. A questão apresenta-seincorreta. 4. A sinusorragia pode ser observada em estágios mais avançados de câncer e tem baixo valor de predição, devido a pouca especificidade dos dados que se pode obter nesse caso. COMENTÁRIOS: Figura 1 - Evolução do câncer do colo do útero (Ministério da Saúde, 2006). CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 6 A sinusorragia (sangramento durante a relação sexual) pode ser observada em estágios mais avançados de câncer do colo do útero e tem ALTO valor de predição, devido à GRANDE especificidade dos dados que se pode obter nesse caso. Nesse sentido, a questão encontra-se incorreta. 5. Medidas de prevenção primária devem ser disseminadas junto à população, em especial às mulheres consideradas de risco, uma vez que elas mesmas podem aplicar essas medidas. COMENTÁRIOS: As principais medidas de prevenção primária 1 (promoção da saúde e proteção específica) em relação ao câncer do colo do útero são: Prevenção das DSTs, especialmente da infecção pelo Papiloma Vírus Humano – HPV; Parar de fumar; Adoção de alimentação saudável; Realização de atividade física regular; Evitar ou limitar a ingestão de bebidas alcoólicas; Adoção de hábitos de higiene intima. Essas ações devem ser disseminadas junto à população, em especial às mulheres consideradas de risco, uma vez que elas mesmas podem aplicá-las. FIQUE LIGADO! A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada PRINCIPALMENTE à diminuição do risco de contágio pelo papilomavírus humano (HPV). A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via sexual, presumidamente através de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha) durante a relação sexual protege parcialmente do contágio pelo HPV. Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de 1 De acordo com o Caderno de Atenção Primária nº 29 “Rastreamento”, do Ministério da Saúde, a PREVENÇÃO PRIMÁRIA é a ação toma da para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica. Inclui promoção da saúde e proteção específica (ex.: orientação de atividade física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade e imunização). CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 7 colo do útero. Essas vacinas, na verdade, previnem contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma delas é a quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18. Notícia Quentinha! O Ministério da Saúde anunciou, no início de julho de 2013, que irá incorporar a vacina contra HPV ao SUS. Meninas de 10 e 11 anos serão protegidas contra quatro variáveis do vírus, que são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero. A vacina será produzida por meio de parceria entre Butantan e Merck População-alvo será: meninas de 10 a 11 anos, com esquema vacinal de 3 doses. As doses só serão aplicadas com autorização dos pais ou responsáveis. Vejam o esquema vacinal proposto pelo Ministério da Saúde: Esquema vacinal: 3 doses: 1ª dose 2ª dose: 2 meses após a 1ª dose 3ª dose: 6 meses após a 1ª dose Intervalo mínimo entre a 2ª e 3ª dose é de 3 meses O tipo da vacina será: Quadrivalente (subtipos 6, 11, 16 e 18). Indicações: Prevenção contra HPV 16 e 18 (responsável por 70% dos casos de câncer de colo do útero) 6 e 11 (verrugas genitais - condiloma acuminado) Confere ainda proteção cruzada contra HPV 31, 33,52 e 58 Evidências recentes – 56% de redução na prevalência do HPV entre adolescentes apesar de apenas 35% de cobertura vacinal nos Estados Unidos. Atenção! Vacina é eficaz em quem ainda não iniciou a vida sexual e, portanto, não teve CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 8 contato com o vírus HPV. Para maiores informações sobre a vacina contra HPV ao SUS, leia a seguinte matéria no link. A adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolaou (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema. Ainda há muitas perguntas sem respostas relativas a essas vacinas. Diante do exposto, a questão apresenta-se correta. 6. A radioterapia pode ser uma das modalidades escolhidas para o tratamento do câncer de colo de útero. Entretanto, complicações desse tratamento incluem perda da função ovariana, disfunções sexual, gastrintestinal ou vesical e fístulas retovaginais e(ou) vesicovaginais. COMENTÁRIOS: Entre os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero estão a cirurgia e a radioterapia. A quimioterapia é outro tratamento de escolha. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos. As complicações do tratamento com a radioterapia inclui perda da função ovariana, disfunções sexual, gastrintestinal ou vesical e fístulas retovaginais e(ou) vesicovaginais. A questão, portanto, está correta. 7. (IABAS/BIO-RIO/2011) O colo do útero é revestido por várias camadas de células epiteliais pavimentosas, arranjadas de forma ordenada, mas uma desordenação das camadas é acompanhada por alterações nas células que vão desde núcleos mais corados até figuras atípicas de divisão celular. Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do epitélio estratificado, estamos diante de uma neoplasia intraepitelial cervical. Observe as afirmativas a seguir sobre a classificação da neoplasia intraepitelial cervical: I - Grau I - NIC I – Baixo Grau (anormalidades do epitélio no 1/3 proximal da membrana). II - Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau II - NIC II – Alto Grau. Se a desordenação avança 2/3 proximais da membrana. III - Na Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau III - NIC III – Alto Grau, o desarranjo é observado em todas as camadas, sem romper a membrana basal. Está correto o que se afirma em: CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 9 a) I, II e III; b) I e II, apenas; c) I e III, apenas; d) II e III, apenas; e) I, apenas. COMENTÁRIOS: O colo do útero é revestido por várias camadas de células epiteliais pavimentosas, arranjadas de forma bastante ordenada. Essa desordenação das camadas é acompanhada por alterações nas células que vão desde núcleos mais corados até figuras atípicas de divisão celular. Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do epitélio estratificado, estamos diante de uma neoplasia intraepitelial cervical. Quando as alterações celulares se tornam mais intensas e o grau de desarranjo é tal que as células invadem o tecido conjuntivo do colo do útero abaixo do epitélio, temos o CARCINOMA INVASOR (tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial). Para chegar a câncer invasor, a lesão não tem, obrigatoriamente, que passar por todas essas etapas. Caso as lesões pré-invasivas (NIC 2, NIC 3 e o adenocarcinoma in situ) não sejam tratadas apresentam alta probabilidade de progredir para o CARCINOMA INVASOR. Já a NIC I, por ter maior probabilidade de regressão ou persistência do que de progressão, não é considerada uma lesão precursora do câncer do colo do útero.• Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do epitélio estratificado (1/3 proximal da membrana), estamos diante de uma neoplasia intraepitelial cervical grau I (lesões de baixo grau). NIC I • Se a desordenação avança 2/3 proximais da membrana estamos diante de uma neoplasia intraepitelial cervical grau II (lesões de alto grau). NIC II • Na neoplasia intraepitelial cervical grau III (lesões de alto grau), o desarranjo é observado em todas as camadas, SEM ROMPER a membrana basal. NIC III CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 10 Vejamos, no esquema abaixo, o prognóstico desses achados. A letra “a” é o gabarito da questão, pois todos os itens estão corretos. 8. (STM/CESPE/2011) A transmissão do papiloma vírus humano (HPV) dá-se por contato direto com a pele infectada. Os HPVs genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, no colo do útero e no ânus. A vacina quadrivalente liberada para comercialização previne contra todos os tipos de HPV. COMENTÁRIOS: A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredido espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer), pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca. Existem tipos de HPV associados às infecções benignas do trato genital como o condiloma acuminado ou plano e lesões intraepiteliais de baixo grau (6, 11, 42, 43 e 44). Esses tipos de HPV (não oncongênicos) estão presentes na maioria das infecções clinicamente aparentes, verrugas genitais visíveis, e podem aparecer na vulva, no colo uterino, na vagina, no pênis, no escroto, na uretra e no ânus. Dentre eles, destacam-se os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos. Pelo menos 14 tipos de HPV são considerados oncogênicos (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 46, 51, 52, 56, 58, 59 e 68), apresentando maior risco ou probabilidade de provocar Figura 2 - Evolução do câncer do colo do útero (Ministério da Saúde, 2006). CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 11 infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. A vacina contra o HPV quadrivalente previne contra QUATRO tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra vacina (bivalente) é específica para os subtipos de HPV 16 e 18. A questão encontra-se incorreta, pois a vacina quadrivalente liberada para comercialização previne contra quatro, e não todos os tipos de HPV. 9. (Prefeitura de Juazeiro-BA/AOCP/2012-Adaptada) Em relação ao câncer do colo do útero, julgue os itens seguintes. 1. O exame citopatológico deve ser realizado preferencialmente em mulheres de 15 a 49 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada dois anos. COMENTÁRIOS: O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras é o exame citopatológico. O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram atividade sexual. Os exames devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. O intervalo entre os exames deve ser de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual. A dona Joana, 25 anos, que já teve atividade sexual, fez o exame citopatológico nos anos de 2012 e 2013, com o resultado negativo. Nesse caso, deverá repetir o exame somente em 2016, 2019 e assim sucessivamente, caso continue negativo. 2012 2013 2016 2019 2022 CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 12 Para mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame citopatológico, deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais. A questão apresenta-se errada, pois o EXAME CITOPATOLÓGICO deve ser realizado preferencialmente em mulheres de 25 a 64 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos. 10. (TRT 6ª Região/FCC/2012) Para o rastreamento do câncer de colo de útero em mulheres saudáveis com vida sexual ativa, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) recomenda a) estrogenização prévia na adolescência para posterior coleta de Papanicolau, a partir dos 18 anos até a menopausa. b) ultrassom endovaginal, anualmente, a partir de 25 anos até 64 anos de idade. c) coleta do Papanicolau, anualmente, a partir dos 15 anos de idade até 64 anos. d) coleta anual de citologia cervical, a partir de 2 exames negativos semestrais. e) citopatológico do colo de útero com intervalo anual, a partir dos 25 anos de idade e a cada três anos, após dois exames consecutivos com resultados negativos. COMENTÁRIOS: O EXAME CITOPATOLÓGICO deve ser realizado preferencialmente em mulheres de 25 a 64 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos. Logo, o gabarito da questão é a letra “e”. As demais alternativas apresentam recomendações descabidas. 11. (Prefeitura de Goiania-GO/UFG/2012) Para o exame de colpocitologia oncótica em gestante, o enfermeiro deve considerar que, a) no primeiro trimestre, o material deve ser colhido na endocérvice. b) a partir da 20ª semana, a coleta de material é contraindicada. c) no primeiro trimestre, o material deve ser colhido na ectocérvice. d) na 38ª semana, a coleta de material é necessária. COMENTÁRIOS: O exame ginecológico inclui a inspeção vulvar, o exame especular e o toque vaginal. Não se deve perder a oportunidade para a realização do rastreamento do câncer do colo do CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 13 útero nas gestantes. Não está contraindicada a realização deste exame em mulheres grávidas, podendo ser feito em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º mês. Exame ginecológico: • Inspeção e palpação dos genitais externos: avalie a vulva, o períneo, o introito vaginal, a região anal; • Palpação da região inguinal à procura de linfonodomegalia; • Exame especular: introduza o espéculo e analise a mucosa e o conteúdo vaginal, o colo uterino e o aspecto do muco cervical. Pesquise a presença de lesões, sinais de infecção, distopias e incompetência istmo-cervical. Avalie a necessidade de coletar material para bacterioscopia; • Coleta de material para exame colpocitopatológico; • Realize o teste das aminas, quando necessário (KOH a 10%); • Toque bimanual: avalie as condições do colo uterino (permeabilidade), o volume uterino (regularidade e compatibilidade com a amenorreia), a sensibilidade à mobilização do útero e as alterações anexiais. Coleta do material para exame colpocitopatológico: A coleta do material do colo do útero para exame colpocitopatológico deve ser realizada a partir de uma amostra da parte externa, a ectocérvice. A coleta da parte interna, a endocérvice, não deve ser realizada nas gestantes. Para a coleta do material, é introduzido um especulo vaginal e procede-se à escamaçãoou esfoliação da superfície externa do colo por meio de uma espátula de madeira (espátula de Ayre). Em relação às assertivas da questão, podemos afirmar que: a) A coleta da parte interna, a endocérvice, não deve ser realizada nas gestantes. b) A realização da coleta do material para exame colpocitopatológico em mulheres grávidas pode ser feita em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º mês. Figura 3 - Colo do Útero (endocérvice e ectocévice). Ectocérvice Endocérvice CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 14 c) Durante a gestação, o material do exame colpocitopatológico deve ser colhido na ectocérvice. d) A realização da coleta do material para exame colpocitopatológico em mulheres grávidas pode ser feita em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º mês. Dessa forma, não é necessária na 38ª semana. Nessa tela, o gabarito da questão é a letra “c”. (STM/CESPE/2011) Em relação à saúde da mulher, julgue os itens seguintes. 12. O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos nesse grupo. Trata-se da maior causa de morte entre as mulheres brasileiras, principalmente na faixa entre os 40 e os 69 anos de idade, com mais de 11 mil mortes/ano (2007), razões por que não possui bom prognóstico. COMENTÁRIOS: O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta frequência e, sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Desde o início da formação do câncer até a fase em que ele pode ser descoberto pelo exame físico (tumor subclínico) isto é, a partir de 1 cm de diâmetro, passam-se, em média,10 anos. Quando instalada a doença, estima-se que o tumor de mama duplique de tamanho a cada período de 3 a 4 meses. No início da fase subclínica (impalpável), tem-se a impressão de crescimento lento, porque as dimensões das células são mínimas. Porém, depois que o tumor se torna palpável, a duplicação é facilmente perceptível. Se não for tratado, o tumor desenvolve metástases (focos de tumor em outros órgãos), mais comumente para os ossos, pulmões e fígado. Em 3 a 4 anos do descobrimento do tumor pela palpação, pode ocorrer o óbito. O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos nesse grupo. Embora seja considerado um câncer de bom prognóstico, trata-se da maior causa de morte entre as mulheres brasileiras, principalmente entre 40 e 69 anos, com mais de 11 mil mortes/ano (2007). Isso porque na maioria dos casos a doença é diagnosticada CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 15 tardiamente2. FIQUE LIGADO! Apesar de ser considerado um CÂNCER de RELATIVAMENTE BOM PROGNÓSTICO, quando diagnosticado e tratado oportunamente, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas no Brasil, muito provavelmente porque a doença ainda seja diagnosticada em estágios avançados. Em 2012, esperam-se, para o Brasil, 52.680 casos novos de câncer da mama. Sem considerar os tumores da pele não melanoma, esse tipo de câncer também é o mais frequente nas mulheres das regiões Sudeste (69/100 mil), Sul (65/100 mil), Centro-Oeste (48/100 mil) e Nordeste (32/100 mil). Na região Norte é o segundo tumor mais incidente (19/100 mil). Diante do exposto, a questão está incorreta. 13. Os diagnósticos mais comuns da doença proliferativa benigna da mama encontradas na biópsia que estão associados ao aumento do risco de câncer de mama na mulher são: a hiperplasia atípica, que apresenta um aumento anormal nas células ductais ou lobulares; e carcinoma lobular in situ, que corresponde à proliferação das células dentro dos lóbulos da mama. COMENTÁRIOS: Os dois diagnósticos mais comuns da DOENÇA PROLIFERATIVA BENIGNA DA MAMA encontrados na biópsia são a hiperplasia atípica e carcinoma lobular in situ. Ambos os diagnósticos aumentam o risco de desenvolvimento de câncer de mama pela mulher. A hiperplasia atípica é um aumento anormal nas células ductais ou lobulares na mama e é em geral encontrada por acaso nas anormalidades mamográficas. O carcinoma lobular in situ é, em geral, um achado acidental no tecido mamário, porque não pode ser observado na mamografia e não forma nódulo palpável Por sua vez, o CÂNCER de MAMA é um grupo heterogêneo de doenças, com comportamentos distintos. A heterogeneidade deste câncer pode ser observada pelas variadas manifestações clínicas e morfológicas, diferentes assinaturas genéticas e consequentes diferenças nas respostas terapêuticas. 2 INCA CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 16 O espectro de anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama inclui: Hiperplasia; Hiperplasia atípica; Carcinoma in situ; Carcinoma invasivo. O carcinoma ductal infiltrante é o tipo histológico mais comum e compreende entre 80 e 90% do total de casos. O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são: Edema cutâneo semelhante à casca de laranja; Retração cutânea; Dor; Inversão do mamilo; Hiperemia; Descamação ou ulceração do mamilo; e Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila. Na medida em que as ações de rastreamento do câncer de mama forem expandidas na população-alvo, espera-se que a apresentação da doença seja cada vez mais por imagem e menos por sintoma, ampliando-se as possibilidades de intervenção conservadora e prognóstico favorável. Destaca-se, no entanto, que mesmo nos países com rastreamento bem organizado e boa cobertura, aproximadamente metade dos casos são detectados em fase sintomática, o que aponta a necessidade de valorização do diagnóstico precoce. A partir do exposto, verificamos que a questão está correta. 14. (Prefeitura de Goiania-GO/UFG/2012) A.M.B. 42 anos, costureira, ensino médio completo, menarca aos 12 anos, ciclo menstrual regular, faz uso de contraceptivo injetável. Compareceu à unidade de saúde, referindo dispaurenia, libido diminuída e presença de caroço CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 17 na mama direita ao autoexame, confirmado pelo enfermeiro durante o exame físico. Nesse caso, que fatores de risco para o câncer de mama o enfermeiro deve investigar na consulta? a) história familiar de câncer de mama, primeira gestação tardia, menarca precoce. b) menopausa precoce, tabagismo, uso de anticoncepcionais e vida sexual. c) exposição à radiação, menopausa tardia, menarca tardia e vida social. d) história familiar de câncer de mama pós-menopausa, nuliparidade, antecedente de hiperplasia. COMENTÁRIOS: Os principais fatores de risco do câncer de mama são: • História familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama; • A idade constitui um outro importante fator de risco, havendoum aumento rápido da incidência com o aumento da idade; • A menarca precoce (idade da primeira menstruação); • A menopausa tardia (instalada após os 50 anos de idade); • A ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos; • A nuliparidade; • A associação do uso de contraceptivos orais. A partir do exposto, vamos identificar os erros das assertivas da questão. Os fatores de risco para o câncer de mama que o enfermeiro não precisa investigar na consulta são: b) menopausa precoce (o correto seria menopausa tardia). c) menarca tardia (o correto seria menarca precoce). d) história familiar de câncer de mama pós-menopausa (o correto seria história familiar de câncer de mama antes da menopausa). O gabarito da questão, portanto, é a letra “a”. 15. (Prefeitura de Juazeiro-BA/AOCP/2012) Para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos a rotina de rastreamento para Câncer de Mama recomendada é realização a) semestral do exame clínico das mamas e da mamografia anual. CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 18 b) bianual do exame clínico das mamas e da mamografia anual. c) anual do exame clínico das mamas e da mamografia a cada dois anos. d) trimestral do exame clínico das mamas e da mamografia a cada três anos. e) anual do exame clínico das mamas e da mamografia a cada quatro anos. COMENTÁRIOS: São métodos diagnósticos do câncer de mama são: exame clínico das mamas, mamografia e autoexame das mamas. Métodos Diagnósticos do Câncer de Mama Exame Clínico das Mamas (ECM) É um procedimento realizado por um médico ou enfermeiro treinado para esta ação. No exame podem ser identificadas alterações na mama e, se for indicado, serão realizados exames complementares; É realizado com a finalidade de detectar anormalidades na mama ou avaliar sintomas referidos por pacientes e assim encontrar cânceres da mama palpáveis num estágio precoce de evolução. Mamografia É a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros); É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. Auto-Exame das Mamas (AEM) Não vem se mostrando efetivo em diminuir a mortalidade nos programas de detecção precoce quando utilizado isoladamente; Este exame, entretanto, ajuda a mulher a conhecer melhor o seu próprio corpo. Uma vez observada alguma alteração, a mulher deverá procurar o serviço de saúde mais próximo de sua residência para ser avaliada por um profissional de saúde; Recomenda-se a efetividade potencial do estímulo à prática desse exame como estratégia complementar. As recomendações para o rastreamento de mulheres assintomáticas são: CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 19 É relevante destacar que o exame clínico das mamas seja também compreendido como parte do atendimento integral à saúde da mulher, devendo ser realizado em todas as consultas clínicas, independente da faixa etária. São definidos como grupos populacionais com risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama: Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade; Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária; Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino; Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ. Diante do exposto, a alternativa correta é a letra “c”. 16. (SES-AP/UNIVERSA/2012) Uma enfermeira que trabalha no posto de saúde de um município realiza consultas de enfermagem com mulheres da comunidade local e enfatiza a necessidade de prevenção do câncer de mama, dando orientações de prevenção, controle e • Para todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade, com periodicidade anual. Exame Clínico das Mamas • Para mulheres com idade entre 50 a 69 anos de idade, com intervalo máximo de 2 anos entre os exames. Mamografia • Anualmente, para mulheres a partir de 35 anos de idade, pertencentes a grupos populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de mama. Exame Clínico das Mamas e Mamografia CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 20 exame clínico das mamas. Com base nessa situação hipotética e considerando a consulta de enfermagem, é correto afirmar que a enfermeira deve a) reforçar a importância do exame clínico das mamas, a cada dois anos, para as mulheres acima de cinquenta anos de idade com risco elevado de câncer. b) reforçar a importância da realização de mamografia, para as mulheres em qualquer faixa etária, com intervalo de cinco anos. c) esclarecer que o autoexame das mamas é suficiente para a detecção de alterações, dispensando o exame clínico feito por profissionais até a idade de cinquenta anos. d) reforçar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, visto que uma alimentação rica em gordura saturada e pobre em frutas, legumes e verduras aumenta o risco dos cânceres de mama. e) esclarecer que aspectos da vida reprodutiva da mulher, como menarca precoce ou o fato de não ter tido filhos, não têm relação com o desenvolvimento do câncer de mama. COMENTÁRIOS: No caso apresentado pela questão, a enfermeira deve a) reforçar a importância do exame clínico das mamas, anualmente, para as mulheres acima de quarenta anos de idade com risco elevado de câncer. b) reforçar a importância da realização de mamografia, para as mulheres entre 50 a 69 anos, com intervalo de dois anos. c) esclarecer que o autoexame das mamas não é suficiente para a detecção de alterações, sendo necessária a realização do exame clínico feito por profissionais a partir dos quarenta anos e da mamografia entre 50 a 69 anos, com intervalo de dois anos. d) reforçar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, visto que uma alimentação rica em gordura saturada e pobre em frutas, legumes e verduras aumenta o risco dos cânceres de mama. e) esclarecer que aspectos da vida reprodutiva da mulher, como menarca precoce ou o fato de não ter tido filhos, têm relação com o desenvolvimento do câncer de mama. Concluímos que a única alternativa correta é a letra “d”, sendo o gabarito da questão. 17. (Prefeitura de Maceio-AL/UFAL/2012) Para combater os elevados índices de incidência e mortalidade por câncer do colo do útero e da mama no Brasil, o Ministério da Saúde CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 21 implantou o Caderno de Atenção Básica “Controle dos Cânceres do Colo do Útero e da Mama”, destinado a subsidiar tecnicamente os profissionais da Atenção Básica no campo da saúde da mulher. Dadas as proposições seguintes sobre a atuação do enfermeiro no combate ao câncer do colo do útero e de mama, I. Realizar atenção integral às mulheres e assistência domiciliar quando necessário. II. Realizar consulta de enfermagem, coleta de exame preventivo e exame clínico das mamas; solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais da profissão. III. Avaliar quadro clínico, emitindo diagnóstico patológico. IV. Supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS e da equipe deenfermagem; realizar atividades de educação permanente junto aos demais profissionais da equipe. V. Encaminhar, quando necessário, as usuárias a serviços de referências de média e alta complexidade respeitando fluxos de referência e contrarreferência locais e mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento dessa usuária. Verifica-se que são corretas a) apenas I, II e IV. b) apenas II, III e IV. c) apenas I, II, III e V. d) apenas I, IV e V. e) I, II, III, IV e V. COMENTÁRIOS: O Caderno de Atenção Básica “Controle dos Cânceres do Colo do Útero e da Mama” (2006), define as atribuição dos profissionais da atenção básica no controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Para impactar sobre os múltiplos fatores que interferem nas ações de controle dos cânceres do colo do útero e da mama, é importante que a atenção às mulheres esteja pautada em uma equipe multiprofissional e com prática interdisciplinar. A interdiscipliplinaridade pressupõe, além das interfaces disciplinares tradicionais, a possibilidade da prática de um profissional se reconstruir na prática do outro. Vejamos: São Atribuições Comuns a todos os Profissionais da Equipe da Atenção Básica: CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 22 a) Conhecer as ações de controle dos cânceres do colo do útero e da mama; b) Planejar e programar as ações de controle dos cânceres do colo do útero e da mama, com priorização das ações segundo critérios de risco, vulnerabilidade e desigualdade; c) Realizar ações de controle dos cânceres do colo do útero e da mama: promoção, prevenção, rastreamento/detecção precoce, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos; d) Alimentar e analisar dados dos Sistemas de Informação em Saúde (Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB, Siscolo e outros), para planejar, programar e avaliar as ações de controle dos cânceres do colo do útero e mama; e) Conhecer os hábitos de vida, valores culturais, éticos e religiosos das famílias assistidas e da comunidade; f) Acolher as usuárias de forma humanizada; g) Valorizar os diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos com ética, compromisso e respeito; h) Trabalhar em equipe integrando áreas de conhecimento e profissionais de diferentes formações; i) Prestar atenção integral e contínua às necessidades de saúde da mulher, articulada com os demais níveis de atenção, com vistas ao cuidado longitudinal (ao longo do tempo); j) Identificar usuárias que necessitem de assistência ou internação domiciliar (onde houver disponibilidade desse serviço) e co-responsabilizar-se, comunicando os demais componentes da equipe; k) Realizar e participar das atividades de educação permanente relativas à saúde da mulher, controle dos cânceres do colo do útero e da mama, DST, entre outras; l) Desenvolver atividades educativas, individuais ou coletivas; São Atribuições do Médico: a) Realizar atenção integral às mulheres; b) Realizar consulta, coleta de Papanicolau e exame clínico das mamas; c) Avaliar quadro clínico, emitindo diagnóstico; d) Emitir prescrição do tratamento medicamentoso, quando necessário; e) Solicitar exames complementares, quando necessário; f) Realizar atenção domiciliar, quando necessário; CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 23 g) Encaminhar, quando necessário, as usuárias a serviços de referências de média e alta complexidade respeitando fluxos de referência e contra-referência locais e mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento dessa usuária; h) Indicar a necessidade de internação junto a UNACON/CACON, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da usuária; i) Realizar atividades de educação permanente junto aos demais profissionais da equipe. São Atribuições do Enfermeiro: a) Realizar atenção integral às mulheres; b) Realizar consulta de enfermagem, coleta de exame preventivo e exame clínico das mamas, solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais da profissão; c) Realizar atenção domiciliar, quando necessário; d) Supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS e da equipe de enfermagem; e) Manter a disponibilidade de suprimentos dos insumos e materiais necessários para as ações propostas pelo Caderno; f) Realizar atividades de educação permanente junto aos demais profissionais da equipe. Nesses termos, os itens I, II e IV descrevem atribuições do enfermeiro, enquanto que os itens III e V apresentam atribuições do médico. Logo, o gabarito da questão é a letra “a”. Bravos guerreiros, antes de passar para o próximo assunto, recomendo a visualização do seguinte vídeo. CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 24 2 - Ciclo Reprodutivo (Residência Multiprofissional/SES-DF/CESPE/2010) Com referência ao ciclo reprodutivo, julgue os itens que se seguem. 18. A duração de uma gestação de termo é aquela compreendida entre 37 semanas completas e 42 semanas incompletas, contadas a partir do primeiro dia da última menstruação. COMENTÁRIOS: A gestação pode ter uma duração pré-termo (abaixo de 37 semanas), a termo (entre 37 semanas completas e 42 semanas incompletas) ou pós-termo (ultrapassa 42 semanas). A questão, portanto, apresenta-se correta. Para maiores informações, acessem esse link: como as mulheres engravidam. 19. O ciclo menstrual compreende a fase proliferativa, a secretora, a isquêmica e a menstrual. COMENTÁRIOS: As alterações cíclicas que ocorrem no endométrio constituem o ciclo uterino, comumente referido como ciclo menstrual, porque é a menstruação o fenômeno mais importante. As fases do ciclo menstrual são: menstrual, proliferativa ou folicular, secretória ou progestacional e isquêmica ou pré-menstrual. • abaixo de 37 semanas pré-termo (prematura) • entre 37 semanas completas e 42 semanas incompletas a termo (normal) • ultrapassa 42 semanas pós-termo (prolongada) CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 25 Ciclo Menstrual Fase Menstrual O 1º dia da menstruação é contado como o início do ciclo. A camada funcional do endométrio descama-se e é expulsa durante o sangramento, que normalmente ocorre a cada 28 dias e dura de 3 a 5 dias. Fase Proliferativa ou Folicular Os estrogênios determinam a recuperação do endométrio, o crescimento glandular e a multiplicação das células do estroma. Fase Secretória ou Progestacional A progesterona induz o entortilhamento das glândulas, que passam a segregar em abundância, e o edema do estroma. Fase Isquêmica ou Pré-menstrual Se o óvulo não é fertilizado, o corpo lúteo degenera, os efeitos progestacionais declinam e surgem alterações vasculares acentuadas que ocasionam a isquemia da camada funcional. À menstruação, segue-se novo ciclo uterino. Antes de completar-se a fase menstrual, o FSH induz o desenvolvimento de outro grupo de fólicos, iniciando mais um ciclo ovariano, com o estrogênio recomeçando a exercer os seus efeitos no endométrio. Caso ocorra a gravidez, o ciclo menstrual não se completa, mas se continua com o ciclo gravídico. Com o fim da gestação, ocorrido o parto e completado a involução puerperal, os ciclos ovariano e uterino ressurgem, após intervalo variável. CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS26 Meus amigos, vejam na figura abaixo o esquema do ciclo menstrual. Conforme comentários, a questão apresenta-se correta. 20. O ciclo menstrual dura, em geral, 31 dias. COMENTÁRIOS: O ciclo menstrual normal tem a duração média de 28 dias. Logo, a questão está errada. Figura 4 - Ciclo Menstrual (Rezende, 2012) CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 27 21. A fertilização do óvulo pelo espermatozóide ocorre normalmente na porção proximal da trompa uterina COMENTÁRIOS: A fertilização (fecundação ou concepção) do óvulo pelo espermatozoide ocorre geralmente da ampola, e não na parte próxima da tuba uterina, formando o zigoto. Após essa etapa, ocorrem sucessivas divisões celulares e o ovo (precursor do embrião) se dirige ao útero para haver a implantação, com a formação da placenta e inicio da gestação. Figura 5 - Sistema Reprodutor Feminino (Rezende, 2012) Porção proximal CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 28 Saiba mais, assistindo a reprodução humana. Veja também o sistema reprodutor masculino. A questão, portanto, está incorreta. (Residência Multiprofissional/SES-DF/CESPE/2010) A gravidez modifica anatômica e fisiologicamente os sistemas orgânicos, e muitas alterações são percebidas pela mulher no decorrer da gestação. Com relação a essas modificações, julgue os próximos itens. 22. Durante a gestação, o coração da paciente dilata-se discretamente, o volume sanguíneo e o débito cardíaco aumentam, e o diafragma eleva-se cerca de 4 cm, aumentando o volume corrente de ar na gravidez. COMENTÁRIOS: O coração tem seu tamanho elevado em decorrência de seu volume sanguíneo aumentado (débito cardíaco aumentado) na gestação. A frequência cardíaca é aumentada a partir do 2º trimestre entre 10 a 15 batimentos por minuto. De modo geral, no primeiro trimestre da gravidez, a pressão aterial permanece nos parâmetros anteriores à gestação. Somente durante o segundo trimestre, há uma redução de aproximadamente 5 a 10 mmHg, em sístole e diástole. A redução é justificada pela vasodilatação periférica causada por alterações hormonais. No terceiro trimestre, a pressão arterial retorna aos níveis que se encontrava no início da gravidez. Figura 6 - Fertilização (Rezende, 2012) CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 29 Para evitar quedas acentuadas da pressão arterial, recomenda-se que a gestante deite na posição de decúbito lateral esquerdo, e não em decúbito dorsal. No sistema respiratório, há um aumento da exigência de oxigênio materno em resposta à aceleração do metabolismo e à hipertrofia dos tecidos uterinos e mamários, uma vez que o feto necessita receber oxigênio e eliminar gás carbônico através da mãe. O diafragma desloca- se em até 4 cm durante a gravidez provocando uma redução na extensão dos pulmões. Diante do exposto, a questão encontra-se correta. 23. A gestação afeta as demandas e a absorção de ferro bem como os níveis de eritrócitos, leucócitos e fibrinogênio, e o débito urinário aumenta gradualmente em 60% a 80% mais que o débito pré-gravidez. COMENTÁRIOS: As mudanças na estrutura renal durante a gravidez são resultantes da atividade hormonal (estrógeno e progesterona), da pressão do útero e do aumento do volume sanguíneo. A função renal sofre influência do aumento da volemia materna e da redução da resistência vascular, ocasionando um aumento de até 50% na taxa de filtração glomerular e no fluxo plasmático renal. As células sanguíneas sofrem alterações variadas no período gestacional. A produção de eritrócitos (hemácias) é aumentada, mas ofuscada pelo aumento do volume plasmático. Assim, os índices hematológicos que dependem do volume plasmático tendem a cair: contagem de hemácias, hematócrito, concentração de hemoglobina. Os glóbulos brancos (leucócitos) tem sua quantidade majorada na gestação. A concentração de plaquetas exibe, por outro lado, pequeno decréscimo. A questão encontra-se, portanto, correta. 24. Progesterona e estrogênio atuam nas modificações gravídicas que ajudam a suportar o crescimento fetal e manter as funções orgânicas. COMENTÁRIOS: Didaticamente, costuma-se dividir a endocrinologia da gravidez em duas fases: 1 - Ovariana, corresponde às primeiras 8-9 semanas da prenhez, quando o corpo amarelo gravídico, estimulado pela gonadotrofina coriônica humana (hCG), é o principal responsável pela secreção esteróidea (estrógeno e progesterona). CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 30 2 - Placentária, a partir de 8-9 semanas, quando a placenta se incube da produção de esteróides (estrógeno e progesterona), em quantidade crescentes. O ovário também elabora a relaxina, peptídeo cuja principal função é, juntamente com a progesterona, inibir a contratilidade espontânea do útero, o que é útil para a manutenção inicial da gravidez. A placenta humana produz grande quantidade de esteroides (progesterona e estrógeno). A PROGESTERONA é indispensável para implantação embrião no útero e pela manutenção da gravidez, a partir do relaxamento da musculatura do miométrio (camada muscular do útero). Os ESTROGÊNIOS da gravidez determinam a proliferação do sistema ductal mamário e em conjunto com a progesterona promovem o desenvolvimento do tecido glandular. Após o parto, a súbita cessação do estímulo estrogênio-progesterona possibilita o estabelecimento da lactação. O ESTROGÊNIO parece também promover o crescimento uterino e o aumento do fluxo sanguíneo uteroplacentário. Nesses termos, a questão apresenta-se correta. Como está a leitura dessa obra?! Está gostando? Não se esqueça de descansar em média 5 minutos a cada hora. Isso é muito importante para aumentar o rendimento do seu estudo. Aproveite um desses momentos de descanso para adquirir o melhor e mais completo livro de Legislação do SUS da atualidade. 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As causas são múltiplas e estão relacionadas aos aspectos sociais, econômicos, pessoais, às condições materiais de vida, ao exercício da sexualidade, ao desejo da maternidade e às múltiplas relações de desigualdade que constituem a vida social e cultural em nosso País. Além disso, a falta ou a inadequação das informações quanto à sexualidade e aos métodos contraceptivos referentes às especificidades da adolescência, o baixo acesso aos serviços de saúde e a falta de comunicação com os pais são outros aspectos no contexto da gravidez. O início cada vez mais precoce da puberdade e o decréscimo da idade da primeira menstruação são fatores que estão favorecendo o começo prematuro da idade reprodutiva de adolescentes. Aliadas a estes fatoresestão também a facilidade das informações sobre assuntos relacionados à sexualidade na internet e na mídia, assim como a erotização precoce, favorecida pelos meios de comunicação. Segundo Heilborn (1998 apud Ministério da Saúde, 2012), as mudanças na sociedade brasileira diminuíram o valor moral que era dado à virgindade, sendo que a gravidez se tornou, então, uma forma de constituir família, de mudar de status social, uma vez que a maternidade é valorizada socialmente e vista como elemento formador da identidade, por meio da constituição de nova família. Embora na última década o Brasil tenha conseguido reduzir em 30% o número de partos em adolescentes na faixa etária de 15 a 19 anos, a faixa etária de 10 a 15 anos permanece inalterada, apresentando o número de 27 mil partos a cada ano, o que representa 1% do total de partos no Brasil. Neste sentido, os serviços de saúde devem encorajar e promover um comportamento sexual e reprodutivo responsável e saudável para adolescentes, objetivando o CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 32 seu bem-estar, a sua qualidade de vida e a elaboração e execução de seus projetos pessoais e profissionais. Diante do exposto, a questão apresenta-se correta. 26. (TJ-AL/CESPE/2012) Assinale a opção correta acerca da saúde reprodutiva e sexual humana. a) Os locais mais adequados para um homem portar uma camisinha masculina são a carteira ou o bolso. b) O diafragma pode ser retirado transcorridas cinco horas da última relação sexual mantida pela mulher, tempo necessário para que os espermatozóides que tinham permanecido na vagina morram. c) A ligadura de trompas e a vasectomia voluntárias podem ser feitas, respectivamente, em mulheres e homens acima de trinta e cinco anos de idade, com capacidade civil plena e, pelo menos, um filho vivo, desde que obedecido prazo mínimo de quarenta dias contados desde a manifestação da vontade do(a) paciente. d) As pílulas combinadas podem ser utilizadas no período de amamentação. e) O conceito de saúde reprodutiva envolve a capacidade de a pessoa desfrutar da vida sexual saudável e a liberdade de ter ou não filhos, quantos e quando quiser. COMENTÁRIOS: Meus amigos, para facilitar o aprendizado, vamos analisar cada alternativa. Item A. Os preservativos feminino e masculino são os métodos mais seguros, já que além de evitar a gravidez, também protegem contra as doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids. Preservativos que estejam há muito tempo guardados em locais abafados, como bolsos de calça, carteiras ou porta-luvas de carro não devem ser utilizados, pois ficam mais sujeitos ao rompimento. Item B. O DIAFRAGMA é um método anticoncepcional de uso feminino que consiste num anel flexível, coberto no centro com uma delgada membrana de látex ou silicone em forma de cúpula que se coloca na vagina cobrindo completamente o colo uterino e a parte superior da vagina, impedindo a penetração dos espermatozoides no útero e trompas. Para maior eficácia do método, antes da introdução, colocar, na parte côncava, creme espermaticida. Entretanto, essa associação limita-se às mulheres com baixo risco para o HIV e outras DST. CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 33 O diafragma pode ser colocado antes da relação sexual (minutos ou horas) ou utilizado de forma contínua. Nesta última modalidade, é aconselhável retirar o diafragma uma vez ao dia, lavá-lo (preferencialmente durante o banho, desde que este ocorra pelo menos 6 horas após o coito) e imediatamente recolocá-lo. Durante a menstruação, o diafragma deve ser retirado, evitando, assim, a possibilidade de acúmulo de sangue na vagina/útero reduzindo o risco de infecção genital. Logo, o diafragma pode ser retirado transcorridas pelo menos SEIS horas da última relação sexual mantida pela mulher, tempo necessário para que os espermatozoides que tinham permanecido na vagina morram. Item C. Segundo a Lei do Planejamento Familiar (Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996), pessoas com mais de 25 anos e pelo menos dois filhos vivos, ou naqueles casos em que há risco de vida para a mulher ou para o futuro bebê, podem usar os métodos contraceptivos definitivos, como a ligadura das trompas de falópio para as mulheres, ou a vasectomia nos homens. Os dois procedimentos impedem que os espermatozóides atinjam o óvulo. É necessário aguardar 60 dias entre a manifestação da vontade de fazer a cirurgia e sua execução. Por serem métodos de difícil reversão são chamados de definitivos. Em resumo, quem pode usar os métodos contraceptivos definitivos, como a ligadura das trompas de falópio para as mulheres, ou a vasectomia nos homens? Item D. Os anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de pílulas anticoncepcionais são esteroides utilizados isoladamente ou em associação com a finalidade básica de impedir a concepção. Os tipos de pílula classificam-se em: combinadas e com progestogênio ou minipílulas. pessoas com mais de 25 anos e pelo menos dois filhos vivos; OU naqueles casos em que há risco de vida para a mulher ou para o futuro bebê; CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 34 Anticoncepcionais Hormonais Orais Combinadas Compõem-se de um estrogênio associado a um progestogênio (geralmente em caixas de 21, 22 ou 28 comprimidos); No primeiro mês de uso, ingerir o 1° comprimido no 1° dia do ciclo menstrual ou, no máximo, até o 5° dia; Ao final da cartela (21 dias), fazer pausa de 7 dias e iniciar nova cartela, independentemente, do dia de início do fluxo menstrual; Se a cartela tem 22 pílulas, descansar só 6 dias. Alguns tipos já possuem 7 dias de placebo, quando deve ocorrer o sangramento, não sendo necessário haver interrupção. Com progestogênio ou Minipílulas Constituída por progestogênio isolado (geralmente em caixas com 28 ou 35 comprimidos); Nas lactantes, o uso deve ser iniciado após 6 semanas do parto e nas não-lactantes, seu uso é contínuo após o término da cartela (35 comprimidos). Portanto, não deve haver interrupção entre uma cartela e outra nem durante a menstruação. Os ANTICONCEPCIONAIS hormonais INJETÁVEIS contêm progestogênio ou associação de estrogênios e progestogênios, para administração parenteral (I.M), com doses hormonais de longa duração. Os tipos de injetáveis são: Com progestogênio isolado - Consiste na administração de progestogênio isolado, via parenteral (I.M), com obtenção de efeito anticonceptivo por períodos de 3 meses; Combinado - Os anticoncepcionais injetáveis combinados contêm uma associação de estrogênio e progestogênio, para uso parenteral (I.M), mensal. Nesse sentido, para mulheres em amamentação 3 , o Ministério da Saúde oferece dois métodos contraceptivos, que podem ser introduzidos seis semanas após o parto: a 3 Durante os primeiros seis meses pós-parto, a amamentação exclusiva, à livre demanda, com amenorreia, está associada a taxa baixíssima de gravidez (0,5 a 2%), porém este efeito anticoncepcional deixa de ser eficiente quando ocorre o retorno das menstruações e também quando o leite materno deixa de ser o único alimento recebido pelo bebê. Este efeito inibidor da fertilidade, que tem o aleitamento exclusivo com amenorreia, pode ser utilizado como método comportamental de anticoncepção. CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 35 minipílula (constituída por progestogênio isolado), administrada via oral; e a injeção trimestral. Ademais, a combinaçãoentre a prolactina (hormônio que estimula a produção do leite materno), com a progesterona (hormônio que prepara organismo para a fecundação) cria a barreira que impede uma nova gravidez durante a amamentação. Para as mulheres que tiveram filhos, mas que por algum motivo não podem amamentar, a recomendação é que cerca de 40 dias após o parto seja introduzida a pílula anticoncepcional comum. Fique Ligado! No período da amamentação, a nutriz deve utilizar APENAS anticoncepcionais de estrogênios (minipílula ou injetável trimestral). O anticoncepcional hormonal oral combinado e o injetável mensal não devem ser utilizados em lactantes, pois interferem na qualidade e na quantidade do leite materno e podem afetar adversamente a saúde do bebê. Assim, as pílulas combinadas não podem ser utilizadas no período de amamentação. Item E. O conceito de saúde reprodutiva envolve a capacidade de a pessoa desfrutar da vida sexual saudável e a liberdade de ter ou não filhos, quantos e quando quiser. Nesses termos, o gabarito da questão é a letra “e”. 27. (Prefeitura de Goiania-GO/UFG/2012) O método anticoncepcional injetável consiste em administrar estrogênio e progestogênio e seu mecanismo de ação é a a) anovulação. b) atrofia do endométrio. c) alteração do muco cervical. d) alteração da motilidade tubária. COMENTÁRIOS: Para melhor entendimento da questão, vamos descrever o conceito e o mecanismo de ação de alguns métodos anticoncepcionais: Anticoncepcionais Orais Combinados Os anticoncepcionais orais combinados contêm dois hormônios sintéticos, o estrogênio e o progestogênio, semelhantes aos produzidos pelo ovário da mulher. Mecanismo de ação: inibem a ovulação e tornam o muco cervical espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides. Provocam ainda alterações nas características físico- CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 36 químicas do endométrio, mantendo-o fora das condições para a implantação do blastócito, e interferem na motilidade e na qualidade da secreção glandular tubária. Anticoncepcionais Injetáveis Mensais Os anticoncepcionais injetáveis mensais são combinados e, em suas diferentes formulações, contêm um éster de um estrogênio natural, o estradiol e um progestogênio sintético, diferentemente dos anticoncepcionais orais combinados, nos quais ambos os hormônios são sintéticos. Mecanismo de ação: inibem a ovulação e tornam o muco cervical espesso, impedindo a passagem dos espermatozoides. Provocam, ainda, alterações no endométrio. Anticoncepcional Hormonal Injetável só de Progestogênio (injetável trimestral) O acetato de medroxiprogesterona é um método anticoncepcional injetável apenas de progestogênio. É um progestogênio semelhante ao produzido pelo organismo feminino, que é liberado lentamente na circulação sanguínea. Mecanismo de ação: inibe a ovulação e espessa o muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides por meio do canal cervical. Implantes Subcutâneos Os implantes são métodos contraceptivos constituídos de um sistema de silicone polimerizado com um hormônio no seu interior, responsável pelo efeito anticoncepcional quando liberado na corrente sanguínea. Esse sistema é disponível atualmente no Brasil à base de progestagênio. Mecanismo de ação: Inibição da ovulação: estudos realizados mostram ausência de ciclos ovulatórios nos primeiros dois anos de uso. Após dois anos e meio de uso, a ovulação começa a ocorrer em menos de 5% das usuárias; Muco cervical: aumenta a viscosidade do muco cervical, inibindo a penetração dos espermatozoides; Efeitos endometriais: diminuição da espessura do endométrio, até espessura média de 4 mm. Nos estudos realizados, a maioria das mulheres apresentou endométrio inativo ou fracamente proliferativo. Não foram observados casos de atrofia, hiperplasia, neoplasia ou câncer do endométrio. CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 37 Dispositivo Intrauterino (DIU) Dispositivo Intrauterino (DIU) é um objeto pequeno de plástico flexível, em forma de T, que mede aproximadamente 31 mm, ao qual pode ser adicionado cobre ou hormônios que, inserido na cavidade uterina, exerce função contraceptiva. É um dos métodos de planejamento familiar mais usados em todo o mundo. Figura 7 - Tipos de DIU (Ministério da Saúde, 2006). Mecanismo de ação: Os estudos sugerem que o DIU atua impedindo a fecundação porque torna mais difícil a passagem do espermatozoide pelo trato reprodutivo feminino, reduzindo a possibilidade de fertilização do óvulo. O DIU de cobre afeta os espermatozoides e os óvulos de várias maneiras. Eles estimulam reação inflamatória pronunciada ou reação à presença de corpos estranhos no útero. Poucos espermatozoides chegam às trompas de Falópio, e os que chegam, com toda probabilidade, não são aptos para fertilizar um óvulo. Verificamos que o principal mecanismo de ação dos anticoncepcionais orais e injetáveis é a inibição da ovulação (anovulação). Por isso, o gabarito da questão é a letra “a”. Meus amigos, a aula está boa, mas precisamos dar intervalos de 5 a 10 minutos a cada hora de estudo. Esse tempo é variável, pois cada um de vocês tem um ritmo próprio de estudo. Para descansar e aprender um pouco mais, recomendo esse VÍDEO do Ministério da Saúde sobre métodos anticoncepcionais. CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 38 ======================================== Você está gostando do nosso material? Espero que sim (rsrs)! Gostaria que divulgasse nosso o Livro: “Legislação do SUS – 451 Questões Comentadas”. A sua adesão e divulgação é imprescindível para viabilidade de nossos projetos. Até a próxima aula! Fiquem com Deus! Rômulo Passos https://www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 39 Lista de Questões 1 - Câncer de Mama e do Colo do Útero 1. (Prefeitura de Caruaru-PE/IPAD/2012) Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do câncer do colo do útero estão apresentados na alternativa. a) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), multiparidade, multiplicidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. b) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início precoce de vida sexual, multiplicidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais. c) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano) multiplicidade de parceiros sexuais, higiene íntima inadequada; uso prolongado de anticoncepcionais orais. d) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início tardio de vida sexual, abortamento, multiplicidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. e) Infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), início precoce de vida sexual, multiparidade de parceiros sexuais; uso prolongado de anticoncepcionais orais. (TST/CESPE/2008) Acerca do câncer genital feminino, julgue os itens a seguir. 2. Precocidade de relações sexuais, parceiros de alto risco, tabagismo e infecção por papilomavírus são alguns dos fatores de risco importantes para a ocorrência de câncer de colo, neoplasia intraepitelial e carcinoma epidermóide. 3. Tumores em estágios iniciais caracterizam-se por sinais e sintomas de dor pélvica e alterações urinárias, como a obstrução uretral com hidronefrose, e por alterações intestinais. 4. A sinusorragia pode ser observada em estágios mais avançados de câncer e tem baixo valor de predição, devido a pouca especificidade dos dados que se pode obternesse caso. 5. Medidas de prevenção primária devem ser disseminadas junto à população, em especial às mulheres consideradas de risco, uma vez que elas mesmas podem aplicar essas medidas. 6. A radioterapia pode ser uma das modalidades escolhidas para o tratamento do câncer de colo de útero. Entretanto, complicações desse tratamento incluem perda da função ovariana, disfunções sexual, gastrintestinal ou vesical e fístulas retovaginais e(ou) vesicovaginais. 7. (IABAS/BIO-RIO/2011) O colo do útero é revestido por várias camadas de células epiteliais pavimentosas, arranjadas de forma ordenada, mas uma desordenação das camadas é CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 40 acompanhada por alterações nas células que vão desde núcleos mais corados até figuras atípicas de divisão celular. Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do epitélio estratificado, estamos diante de uma neoplasia intraepitelial cervical. Observe as afirmativas a seguir sobre a classificação da neoplasia intraepitelial cervical: I - Grau I - NIC I – Baixo Grau (anormalidades do epitélio no 1/3 proximal da membrana). II - Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau II - NIC II – Alto Grau. Se a desordenação avança 2/3 proximais da membrana. III - Na Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau III - NIC III – Alto Grau, o desarranjo é observado em todas as camadas, sem romper a membrana basal. Está correto o que se afirma em: a) I, II e III; b) I e II, apenas; c) I e III, apenas; d) II e III, apenas; e) I, apenas. 8. (STM/CESPE/2011) A transmissão do papiloma vírus humano (HPV) dá-se por contato direto com a pele infectada. Os HPVs genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, no colo do útero e no ânus. A vacina quadrivalente liberada para comercialização previne contra todos os tipos de HPV. 9. (Prefeitura de Juazeiro-BA/AOCP/2012-Adaptada) Em relação ao câncer do colo do útero, julgue os itens seguintes. 1. O exame citopatológico deve ser realizado preferencialmente em mulheres de 15 a 49 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada dois anos. 10. (TRT 6ª Região/FCC/2012) Para o rastreamento do câncer de colo de útero em mulheres saudáveis com vida sexual ativa, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) recomenda a) estrogenização prévia na adolescência para posterior coleta de Papanicolau, a partir dos 18 anos até a menopausa. b) ultrassom endovaginal, anualmente, a partir de 25 anos até 64 anos de idade. CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 41 c) coleta do Papanicolau, anualmente, a partir dos 15 anos de idade até 64 anos. d) coleta anual de citologia cervical, a partir de 2 exames negativos semestrais. e) citopatológico do colo de útero com intervalo anual, a partir dos 25 anos de idade e a cada três anos, após dois exames consecutivos com resultados negativos. 11. (Prefeitura de Goiania-GO/UFG/2012) Para o exame de colpocitologia oncótica em gestante, o enfermeiro deve considerar que, a) no primeiro trimestre, o material deve ser colhido na endocérvice. b) a partir da 20ª semana, a coleta de material é contraindicada. c) no primeiro trimestre, o material deve ser colhido na ectocérvice. d) na 38ª semana, a coleta de material é necessária. (STM/CESPE/2011) Em relação à saúde da mulher, julgue os itens seguintes. 12. O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos nesse grupo. Trata-se da maior causa de morte entre as mulheres brasileiras, principalmente na faixa entre os 40 e os 69 anos de idade, com mais de 11 mil mortes/ano (2007), razões por que não possui bom prognóstico. 13. Os diagnósticos mais comuns da doença proliferativa benigna da mama encontradas na biópsia que estão associados ao aumento do risco de câncer de mama na mulher são: a hiperplasia atípica, que apresenta um aumento anormal nas células ductais ou lobulares; e carcinoma lobular in situ, que corresponde à proliferação das células dentro dos lóbulos da mama. 14. (Prefeitura de Goiania-GO/UFG/2012) A.M.B. 42 anos, costureira, ensino médio completo, menarca aos 12 anos, ciclo menstrual regular, faz uso de contraceptivo injetável. Compareceu à unidade de saúde, referindo dispaurenia, libido diminuída e presença de caroço na mama direita ao autoexame, confirmado pelo enfermeiro durante o exame físico. Nesse caso, que fatores de risco para o câncer de mama o enfermeiro deve investigar na consulta? a) história familiar de câncer de mama, primeira gestação tardia, menarca precoce. b) menopausa precoce, tabagismo, uso de anticoncepcionais e vida sexual. c) exposição à radiação, menopausa tardia, menarca tardia e vida social. CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 42 d) história familiar de câncer de mama pós-menopausa, nuliparidade, antecedente de hiperplasia. 15. (Prefeitura de Juazeiro-BA/AOCP/2012) Para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos a rotina de rastreamento para Câncer de Mama recomendada é realização a) semestral do exame clínico das mamas e da mamografia anual. b) bianual do exame clínico das mamas e da mamografia anual. c) anual do exame clínico das mamas e da mamografia a cada dois anos. d) trimestral do exame clínico das mamas e da mamografia a cada três anos. e) anual do exame clínico das mamas e da mamografia a cada quatro anos. 16. (SES-AP/UNIVERSA/2012) Uma enfermeira que trabalha no posto de saúde de um município realiza consultas de enfermagem com mulheres da comunidade local e enfatiza a necessidade de prevenção do câncer de mama, dando orientações de prevenção, controle e exame clínico das mamas. Com base nessa situação hipotética e considerando a consulta de enfermagem, é correto afirmar que a enfermeira deve a) reforçar a importância do exame clínico das mamas, a cada dois anos, para as mulheres acima de cinquenta anos de idade com risco elevado de câncer. b) reforçar a importância da realização de mamografia, para as mulheres em qualquer faixa etária, com intervalo de cinco anos. c) esclarecer que o autoexame das mamas é suficiente para a detecção de alterações, dispensando o exame clínico feito por profissionais até a idade de cinquenta anos. d) reforçar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, visto que uma alimentação rica em gordura saturada e pobre em frutas, legumes e verduras aumenta o risco dos cânceres de mama. e) esclarecer que aspectos da vida reprodutiva da mulher, como menarca precoce ou o fato de não ter tido filhos, não têm relação com o desenvolvimento do câncer de mama. 17. (Prefeitura de Maceio-AL/UFAL/2012) Para combater os elevados índices de incidência e mortalidade por câncer do colo do útero e da mama no Brasil, o Ministério da Saúde implantou o Caderno de Atenção Básica “Controle dos Cânceres do Colo do Útero e da Mama”, destinado a subsidiar tecnicamente os profissionais da Atenção Básica no campo da CURSO – SAÚDE DA MULHER – Aula nº 2 140 QUESTÕES COMENTADAS 43 saúde da mulher. Dadas as proposições seguintes sobre a atuação do enfermeiro no combate ao câncer do colo do útero e de mama, I. Realizar atenção integral às mulheres e assistência domiciliar quando necessário. II. Realizar consulta de enfermagem, coleta de exame preventivo e exame clínico das mamas; solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais
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