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2° AVALIAÇÃO - SAÚDE DA MULHER

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Cuidado Integral a 
Saúde da Mulher 
2° AVALIAÇÃO 
AULA 6 – PUERPÉRIO 
O ciclo gravídico – puerperal é composto por: 
• Fase evolutiva 
• Fase resolutiva 
• Fase involutiva 
 
PUER = criança 
PARERE = parir 
Duração: 
• Início: imediatamente após a 
expulsão da placenta e das 
membranas ovulares. 
• Término: 6° semana após o parto. 
 
O Ministério da Saúde conceitua o PUERPÉRIO 
no período do ciclo grávido puerperal em que as 
modificações locais e sistêmicas, provocadas 
pela gravidez e parto no organismo da mulher, 
retornam à situação do estado pré-gravídico 
(são questões mais internas do corpo, do que 
externas). 
 
PUERPÉRIO: dura cerca de 43 dias (6 
semanas) 
Períodos do puerpério 
Imediato: 1° ao 10° dia 
• Imediato (primeiras 2 horas pós-parto) 
• Mediato (da 2° hora até o 10° dia pós-
parto) 
 
Tardio: 11° ao 42° dia 
Remoto: > 43° dia. 
 
Muitos estudos assumem como: 
Pós-parto 12 meses que sucedem o parto. 
 
ANAMNESE DO PUERPÉRIO 
Puerpério Imediato 
Momento propício para o início da 
amamentação: 
• RNem estado de alerta 
• Promoção da contratilidade uterina 
• Prevenção de hemorragia materna 
 
Verificar os problemas de saúde: 
• Da mãe e recém-nascido 
• Avaliar o retorno às condições pré 
gravídicas. 
• Identificar situações de risco ou 
intercorrências. 
 
Avaliar amamentação como a pega e 
posicionamento adequado, alimentação, sono, 
fluxo vaginal, queixas urinárias, condições 
emocionais, apoio social e atendimento das 
necessidades básicas. 
 
Avaliação clínico ginecológica: avaliação sinais 
vitais, pele, mucosas, edema, cicatriz do parto, 
avaliar mamas (ingurgitamento, inflamação, 
mastites), observar vínculo mãe-filho, examinar o 
períneo quanto às características dos lóquios, e 
se há infecção. 
 
FENÔMENOS INVOLUTIVOS 
• Locais: 
o Útero 
o Vagina 
o Períneo 
o Mamas 
 
• Sistêmicos 
 
Fenômenos Involutivos Locais – ÚTERO 
• Consistência (firme e indolor) 
• Contratilidade 
• Dimensões 
O útero volta ao seu tamanho normal, devido à 
supressão de hormônios produzidos pela 
placenta (estrogênio e progesterona). 
 
Início Puerpério: 
• Altura: 20cm 
• Espessura: 4cm 
• Peso: 1.000 a 1.200 gramas 
 
Final do puerpério: 
• Altura: 7 a 8 cm 
• Espessura: 1cm a 1,5cm 
• Peso: 50 a 100 gramas. 
 
 
 
 
Hipoinvolução: 
• Polihidrâmnio (excesso de líquido 
amniótico no saco amniótico) 
• prenhez múltipla 
• pós-parto cesárea 
• puérpera não lactante 
• Endometrite (inflamação do endométrio 
provocada por uma infecção.) 
 
Hiperinvolução: 
• puérpera lactante 
• atividade física precoce 
 
Loquiação 
Perda vaginal após o parto (produto de 
exsudatos, transudatos, produtos de descamação 
e sangue que procedem da ferida placentária, 
colo uterino evagina. 
Odor semelhante ao da menstruação 
 
• Volume: 225 a500 ml na 1º semana. 
• A persistência dos lóquios sanguinolentos 
pode significar involução uterina e levar à 
suspeita de infecção por retenção de restos 
placentários. 
 
 
 
1. Lóquios vermelhos ou sanguíneos (rubra 
ou cuentra) nos 3 dias de pós-parto. 
Constituída por sangue e debris 
trofoblásticos (vestígios de células ou tecidos 
mortos) 
2. Lóquios fusca (escuro/marrom ou seroso/ 
serisanguinolento) do 3° ao 10° dia, de 
coloração marrom acastanhada pela 
degradação da hemoglobina. 
3. Lóquios flava: após o 10° dia, é amarelado e 
com odor semelhante a queijo. Em 
condições patológicas (infecção) pode 
adquirir odor putrefato desagradável 
4. Lóquios alba (branca): aparece a partir do 
21° dia. Tem aspecto pouco mais fluido que 
clara de ovo, e consiste na esfoliação normal 
do endométrio. 
 
 
 
 
sanguíneo 
até 5° dia
serossanguí
neo até 10°
dia 
seroso 
> 10°
dia
Colo Uterino: 
Logo após o parto, fica edemaciado e pode 
apresentar lacerações torno e, em do 10° dia, 
fechado. Estará 
• Permeabilidade (colo impérvio: fechado) 
• Primíparas – impérvio após 5° dia 
• Multíparas – impérvio após o 10° dia 
 
 
MODIFICAÇÕES GERAIS 
Estado geral: 
• Alívio e tranquilidade 
• Cansaço físico que conduz ao sono. 
 
Calafrio (estímulos nervosos, resfriamento 
corporal, restrição alimentar, produtos tóxicos 
advindos da ferida placentária, resposta a uma 
possível transfusão do feto para a mãe durante a 
separação placentária. 
 
Sudorese (geralmente após calafrio, eliminação 
de excesso de líquido acumulados durante a 
gestação. 
 
Sinais vitais: 
• Temperatura – 36,8° a 37,9/38°C 
o Pequenas soluções de continuidade 
no canal de parto. 
o Presente nas primeiras 24 horas. 
 
• Pulso – 50 a 50 Bpm 
o Aumento brusco do retorno venoso 
o Volta ao normal em 7 a 10 dias. 
 
• Respiração – há queda da frequência 
respiratória 
 
• Pressão arterial – 
o Diminui 
o Normalização nos primeiros 5 dias. 
 
• Sistema urinário 
o Traumas/edema uretra: retenção 
urinaria no puerpério imediato. 
 
• Sistema tegumentar 
o Regressão do edema 
o Estrias 
o Redução da hiperpigmentação – da 
face, do abdome. 
o Queda de cabelos 
o Sudorese 
o Unhas quebradiças 
 
• Sistema cardiovascular: o sistema 
cardiovascular experimenta, nas primeiras 
horas pós-parto, um aumento do voluma 
circulante. 
o Regressão de varizes de 
MMII/vulvares 
o Regressão hemorroidas 
o Débito cardíaco retorna ao normal nas 
primeiras semanas pós-parto 
 
• Sistema Endócrino: 
o Queda brusca de estrogênio, 
progesterona. 
o Elevação dos níveis de prolactina 
o O retorno da menstruação é variável 
para as mulheres que amamentam 
(tempo médio de 3 a 6 meses) 
 
• Peso corporal 
o Diminui 4,5 a 5,5 Kg (Rn, placenta e 
líquido amniótico) 
o 2,5 Kg durante o puerpério imediato 
(diurese e sudorese) 
o 2,3 a 3,2 Kg durante os 6 primeiros 
meses de amamentação. 
 
COMPLICAÇÕES NO PUERPÉRIO 
Infecção Puerperal: é qualquer infecção que 
ocorre no aparelho genital no período pós-
parto recente. Sendo a principal causa de febre 
no puerpério. 
 
Fatores de risco: 
• Baixo nível socioeconômico 
• Doenças crônicas 
• Exames ginecológicos 
• TP prolongado 
• Retenção de placenta dentro do útero. 
• Hemorragias. 
 
Hemorragia Puerperal: - fatores de risco 
• Útero que não contrai adequadamente 
• Múltiplas gestações 
• Volume excessivo de líquido amniótico 
• Administração de anestésico 
miorrelaxante durante o TP 
 
CONSULTA PUERPERAL (até 42 dias após o 
parto) 
Objetivo: 
• Fazer a avaliação das condições de saúde 
da mulher e do RN 
• Fazer a abordagem sobre o 
planejamento reprodutivo e métodos 
contraceptivos 
• Registro das alterações 
• Investigação e registro da amamentação, 
retorno da menstruação e atividade 
sexual 
 
CONDUTAS NO PUERPÉRIO 
• Orientar higiene, alimentação, atividade 
sexual e prevenção de ISTs, cuidados com 
as mamas e aleitamento, cuidados com o 
RN. 
• Orientar o planejamento reprodutivo e 
escolha do método 
• Prescrever ferro até 3 meses após o parto, 
se anemia presente. 
• Atendimento Domiciliar em até 1 semana 
para RN normal e em até 3 dias da alta de RN 
de risco. 
• Agendar a consulta do puerpério 42 dias 
após o parto. 
 
CONSULTA PUERPERAL (até 42 dias após o 
parto) 
Importante ter atenção para as seguintes 
alterações fisiológicas no puerpério 
• Exaustão pelo esforço do período expulsivo, 
ocorre o aumento da temperatura corporal 
até 37,9ºC nas primeiras 24h. 
• Restabelecimento do padrão respiratório. 
• A retenção urinária pode ocorrer pelo efeito 
dos anestésicos e reposicionamento da 
bexiga na cavidade abdominal. 
• A leucocitose no é esperada, podendo 
atingir 20.000 leucócitos/mm3. 
• Alterações do humor, como labilidade 
emocional 
• O útero atinge a cicatriz umbilical após o 
parto e posteriormente regride em torno de 1 
cm ao dia, embora de forma irregular. 
• No puerpério é comum a mulher evoluir para 
umatristeza chamada de baby blues ou em 
situações mais grave para depressão pós-
parto. 
 
AULA 7 – DATA PROVÁVEL DO PARTO E 
IDADE GESTACIONAL 
CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO 
PARTO (DPP) E IDADE GESTACIONAL (IG) 
Para calcular a DPP: regra de Naegele 
• Dia: +7 (sete) 
• Mês: 
o Jan, Fev e Mar +9 
o Abril a Dez -3 
 
Atenção: caso a gestante não saiba informar a 
DUM, mas conhece o período do mês que 
ocorreu (início, meio e fim) considerar como DUM 
o dia 5, 15 e 25 respectivamente. 
 
Obs: Quando a data da última menstruação 
(DUM) for, por exemplo, dia 27 de janeiro por não 
poder somar os 7 dias, ao chegar no dia 31 de 
janeiro vai contar 1, 2 e 3, pois precisa ser 
contabilizado no mês. Então, além de somar 9, 
por mês ates de abril, terá que somar mais 1. 
 
Entre os meses de abril a dezembro deve-se -3, 
sendo assim irá passar para o outro ano. Soma-
se +1 ao ano. 
 
EXEMPLO 1: DUM 13/07/19 
13. 07. 19 
+7 -3 
------------- 
20/04/20 (DPP) 
 
EXEMPLO 2: DUM 10/02/19 
10. 02. 19 
+7 +9 
------------- 
17/11/19 (DPP) 
 
EXEMPLO 3: DUM 07/04/19 
07. 04. 19 
+7 -3 
------------- 
14/01/20 (DPP) 
 
 
EXEMPLO 3: DUM 26/05/19 
26. 05. 19 
+7 -3 
------------- 
02/02/20 (DPP) – ATENÇAO COMO NÃO 
PASSOU PARA O OUTRO MÊS, SOMAR +1 AO 
MÊS 
------------- 
02/03/20 (DPP) 
 
 
Somatória do período que correspondem a 
DUM até a data da consulta. 
• Para estimar a idade gestacional, conta-se 
quantos dias se passaram entre a data da 
última menstruação (DUM) e a data da 
consulta, o total é dividido por 7 dias (dias da 
semana), e o resultado será o número de 
semanas de gestação. 
• Após a somatória deve-se dividir o total por 
7 (N° de dias em uma semana) 
• Resultado em semanas e o resto da divisão 
será expresso em dias. 
 
Atenção: quando necessário arredondar a 
semana gestacional. 
• 1, 2, 3 dias – n° semanas completas 
• 4, 5, 6 dias – n° semanas seguintes 
 
EX: 16 semanas e 2 dias: 16 semanas / 16 semanas 
e 5 dias: 17 semanas. 
 
 
 
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG) 
 
DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO 
1. Uso do calendário 
• Contar o número de semanas a partir do 
1° dia da última menstruação, até o dia da 
consulta. 
• DPP: final da 40° semana, contada a partir 
do dia 1° da última menstruação. 
2. Uso do disco ou Gestograma 
3. Período do mês é conhecido 
• Início mês -> considerar dia 5 
• Meio mês -> considerar dia 15 
• Final mês -> considerar dia 25 
• Uso: calendário/ disco/ gestograma 
4. Data e período desconhecidos 
• Exame obstétrico 
• Ultrassom 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
1. Ana, 24 anos, professora, solteira, sem 
parceiro fixo, compareceu hoje (07/03/2019) 
à sua 1° consulta de pré-natal. Relatou a data 
da sua última menstruação foi dia 30 de 
outubro de 2018 
a) A partir deste relato, calcule a IGI de Alice. 
b) Ainda em relação ao caso clínico citado 
 
2. Realize cálculos de DPP para as seguintes 
DUM: 
a) DUM: 25/02/2019 
b) DUM: 18/12/2018 
c) DUM: 21/11/2018 
d) DUM: 30/10/2018 
e) DUM: 26/09/2018 
f) DUM: 13/08/2019 
g) DUM: 28/07/2019 
h) DUM: 12/06/2019 
i) DUM: 08/05/2019 
j) DUM: 05/04/2019 
k) DUM: 11/03/2019 
 
3. Realize o cálculo da IG, considerando o dia 
07/03/2019, como data da realização da 
consulta pré-natal. 
a) DUM: meio do mês de janeiro de 2019 
b) DUM: 12/02/2019 
c) DUM: início do mês de outubro de 2018 
d) DUM: 02/11/2018 
e) DUM: 22/09/2018 
f) DUM: final do mês de agosto de 2018 
 
 
GABARITO 
1. a) IG= 18 Semanas e 2 dias 
Cálculo – DUM 30.10.2019 
 
1 out 
30 nov 
31 dez + 
28 fev 
7 mar 
128/7 = 18 semanas e 2 dias 
 
2.b) DPP = 08.08.2019 
Cálculo: 
30. 10. 2019 
+7 +3 
-------------- 
05.07.2020 
 
Acrescenta-se +1 no mês (devido ter passado 
para o mês seguinte) 
DPP = 05.08.2020 
 
 
AULA 8 – PLANO INDIVIDUAL DE PARTO 
(PIP): FERRAMENTA DE 
EMPODERAMENTO PARA A MULHER 
GESTANTE 
Plano individual de parto (PIP) 
Um documento escrito, de caráter legal, em 
que a gestante, após receber informações, e 
considerando seus valores, desejos pessoais, 
expectativas e necessidades particulares, deve 
combinar com os profissionais, da atenção básica 
e da maternidade, quais alternativas, baseadas 
nas boas práticas obstétricas, ela prefere 
durante o processo de parto e nascimento sob 
condições normais. 
 
Na prática: 
Plano de parto: TP e parto que a gestante 
gostaria de ter. situações durantes o trabalho de 
parto e parto que a gestante gostaria de evitar. 
 
Deve-se levar em conta que o trabalho de parto 
(TP) e parto são eventos dinâmicos e mesmo os 
melhores planos de parto reconhecem que as 
coisas podem não sair de acordo com o 
planejamento. 
 
Destaca que as mulheres em trabalho de parto 
devem ser tratadas com respeito, ter acesso às 
informações baseadas em evidencias e serem 
incluídas na tomada de decisões. 
 
ASSISTÊNCIA NO PRIMEIRO PERÍODO DO 
PARTO 
para estabelecer comunicação com a mulher 
os profissionais devem: se a mulher tem um 
plano de parto escrito, ler e discutir com ela, 
levando-se em consideração as condições para 
a sua implementação tais como a organização 
do local de assistência, limitações (físicas, 
recursos) relativas à unidade e a disponibilidade 
de certos métodos e técnicas. 
 
 
 
 
COMO DISCUTIR O PIP SE MUITOS 
PROFISSIONAIS SEQUER CONHECEM O 
SEU SIGNIFICADO? 
Pode-se explicar essa deficiência também pela 
escassez de pesquisas desenvolvidas sobre a 
temática em nosso país. 
 
Estudo desenvolvido na casa de parto no 
município do RJ aponta que a construção do PPI 
no pré-natal contribui para o desenvolvimento 
favorável do trabalho de parto. 
 
Estudo desenvolvido em BH-MG, com 106 
gestantes, constatou que 74% delas não 
receberam quaisquer informações sobre o PIP 
durante o pré-natal¸ embora em sua caderneta 
constasse um plano de parto. 
 
Evidencia a pouca valorização desse 
instrumento pelos profissionais da APS. 
 
Resolução 293/2019 do CRM – RJ: proibiu os 
profissionais médicos de observar e atender 
planos de parto e demais documentos pelos 
quais a gestante registra suas disposições de 
vontade acerca do procedimento. 
 
Justiça anula resolução que proíbe médicos de 
atenderem planos de parto 
Em ação civil pública movida pelo ministério 
público federal (MPF) e pela defensoria pública 
da união (DPU, a justiça federal anulou a 
resolução Cremerj n°293/2019, de 6 de fevereiro 
de 2019, que proíbe profissionais médicos de 
observar e atender planos de parto e demais 
documentos pelos quais a gestante registra suas 
disposições de vontade acerca de seu próprio 
trabalho de parto. 
Segundo a decisão do Juiz João Augusto Carneiro 
Araújo, “o plano de parto é um instrumento 
importante no equacionamento da vontade da 
gestante e a prática do ato médico na hora do 
parto, pois nada mais é do que um documento 
em que a grávida pode demostrar suas intenções 
quanto à assistência médica e hospitalar em 
relação ao seu trabalho de parto e cuidados com 
o recém-nascido no pós-parto imediato” 
 
Potencialidades e desafios do PIP: Pensar, 
conversar e registrar um PIP pode significar uma 
oportunidade única de compartilhamento de 
saberes, experiencias e perspectivas gestante-
profissionais-mãe-avó-irmã-amigas. 
Conhecer as memórias de parto presentes nas 
suas relações afetivas. 
• A elaboração no PIP demanda escolhas 
conscientes e informadas. 
• A mulher precisa estar na posição de 
protagonista e responsável pelas suas 
decisões. 
 
Mulher -> Confiante -> ativa no parto 
 
FLEXIBILIZAÇÃO POSSÍVEL E 
CONSENTIDA NO PIP 
PIP + HUMANIZAÇÃO DO PARTO + CONFIANÇA 
NA FISIOLOGIA DAS MULHERES + PREPARO 
EMOCIONAL. 
Atenção: o PIP pode envolver algumas 
alternativas e que também pode ser modificado, 
caso haja necessidade clínica, sob o 
consentimento da mulherou do 
acompanhante de sua escolha. 
 
REGISTRO DO PIP EM CARTÓRIO: assinatura 
do profissional de referência da assistência 
obstétrica como modo de garantir o respeito aos 
planejamentos e direitos. 
 
CONSTRUÇÃO DO PIP 
• O PIP é um planejamento dos 
procedimentos eletivos (programado) no 
parto; 
• Deve ser elaborado no pré-natal. 
• Mulheres conheçam seus direitos e as suas 
possibilidades de escolha. 
 
REFLEXÕES NA HORA DA ELABORAÇÃO 
DO PLANO DE PARTO 
• Imaginar o ambiente idealizado para a 
chegada do seu filho. 
• Pensar como gostaria de recebe-lo em sua 1h 
de vida 
• Em momentos de dor, como você, 
geralmente busca aliviá-las. 
• Questionar-se sobre toques e massagens. 
• Refletir sobre quais pessoas transmitem 
segurança e em quem confia para estar ao 
seu lado nesse momento. 
• Conhecer os protocolos e os procedimentos 
de rotina da instituição onde você irá ter o 
bebê. 
 
ITENS QUE PODEM SER DISCUTIDOS 
DURANTE A ELABORAÇÃO DO PIP 
Suporte 
• Apoio emocional (encorajamento, 
elogios) 
• Medidas de conforto físico (toque, 
massagens, MHFs, ingestão de líquidos) 
• Informações sobre progresso do TP e 
formas de facilitar sua evolução. 
 
Acompanhante 
• É uma recomendação da OMS e MS [ 
• Lei federal 11.108/2005 – presença de 
acompanhante é obrigatória 
• é importante que a pessoa escolhida 
esteja ciente dos desejos e dos direitos 
da gestante. 
 
Posição e movimentação no TP 
• liberdade de posição (cócoras, sentada, 
decúbito lateral etc) 
• livre para deambular 
• OMS reconhece como práticas benéficas 
e que devem ser encorajadas. 
 
Analgesia 
• Esclarecer sobre os riscos e benefícios 
dos métodos disponíveis (Ex: analgesia 
peridural) 
• Métodos não-farmacológicos de alívio 
da dor no parto (chuveiro, banhos de 
imersão, água aquecida, bola bobath, 
massagens, rebozo, exercícios 
respiratórios, deambulação, etc) 
 
 
AULA 9 – ALEITAMENTO MATERNO 
Amamentar.... é muito mais do que nutrir a 
criança. 
• Interação profunda entre mãe e filho 
• Repercussões no estado nutricional da 
criança 
• Defesa contra infecções 
• Desenvolvimento cognitivo e emocional 
 
O leite materno é importante para o 
crescimento e desenvolvimento da criança, 
trazendo benefícios para a vida toda. 
Componentes: 
• Milhões de células vivas 
• Mais de 1000 proteínas 
• Todas essas proteínas do leite materno 
são compostas de aminoácidos. Existem 
mais de 20 destes compostos no leite 
materno. Alguns deles, denominados 
nucleotídeos, aumentam durante a noite 
e os cientistas pensam que podem 
provocar o sono 
• Mais de 200 açucares complexos 
denominados oligossacarídeos que 
atuam como probióticos. 
• Vitaminas e minerais 
• Anticorpos, também conhecidos como 
imunoglobina. 
 
COLOSTRO 
Este leite materno espesso e pegajoso é muitas 
vezes denominado “ouro líquido”, não só 
devido à sua cor amarela, mas também por ser 
tão importante para a alimentação e proteção do 
TN. 
• Uma vacina natural: níveis de anticorpos 
e de glóbulos brancos são elevados. 
• É rico em minerais e vitaminas, com 
mais elevadas concentrações de vitaminas 
A, E e K e proteínas. 
 
Aleitamento materno deve ser iniciado na 1° 
hora de vida. 
1. Aleitamento materno exclusivo: crianças 
que recebem somente leite materno, sem 
água, nem chá, nem suco, com excreção de 
gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de 
reidratação oral ou medicamentos. 
2. Aleitamento materno predominante: 
crianças que recebem leite materno de forma 
predominante, e também água, chá ou suco. 
3. Alimentação complementar oportuna (a 
partir dos 6 meses completos) crianças que 
recebem leite materno e alimentos sólidos. 
 
BENEFÍCIOS DA AMENTAÇÃO 
• É um alimento completo: até os 6 meses, o 
bebê não precisa de nenhum outro alimento 
• Ele é de fácil digestão: é rico em anticorpos 
(diarreia, inf. Respiratórias, alergias) 
• Favorece um contato mais íntimo entre 
mãe/bebê: sugar o peito é um excelente 
exercício para o desenvolvimento da face da 
criança, desenvolver a fala e a ter uma boa 
respiração 
 
BENEFÍCIOS PARA O BEBÊ 
O leite materno dá proteção contra doenças 
porque: 
• Só ele tem substâncias que protegem o 
bebê contra doenças como: diarreia (que 
pode causar desidratação, desnutrição e 
morte), pneumonias, infecção de ouvido, 
alergias e muitas outras doenças 
• O bebê que mama no peito poderá evacuar 
toda vez que mamãe, ou passar até uma 
semana sem evacuar. O cocô geralmente é 
mole. 
 
O leite materno é limpo e pronto: 
• Não apanha sujeira como a mamadeira 
• Está pronto a qualquer hora, na 
temperatura certa para o bebê 
• Não precisa ser comprado 
• Dar de mamar ajuda na prevenção de 
defeitos na oclusão (fechamento) dos 
dentes, diminui a incidência de cáries e 
problemas na fala; 
• Não sendo necessário oferecer água, chá 
e nenhum outro alimento até os 6 meses 
de idade. 
 
BENEFÍCIOS PARA A MÃE 
Reduz o peso mais rapidamente após o parto. 
• Ajuda o útero a recuperar seu tamanho 
normal, diminuindo o risco de hemorragia 
e de anemia após o parto 
• Reduz o risco de diabetes. Reduz o risco 
de desenvolvimento de câncer de mama 
e de ovário. 
 
 
Método natural para evitar uma nova gravidez 
nos primeiros 6 meses: 
• Mãe esteja AME (a criança não recebe 
nenhum outro alimento) e em livre 
demanda (dia e noite, sempre que o bebê 
quiser) 
• E ainda não tenha menstruado. 
 
Quando o bebê suga adequadamente, a mãe 
produz dois tipos de substâncias: 
• Prolactina, que faz os peitos produzirem o 
leite 
• Ocitocina, que libera o leite e faz o útero 
se contrair, diminuindo o sangramento 
• O bebe deve ser colocado no peito logo 
após o nascimento, ainda na sala de parto. 
 
BENEFÍCIOS PARA A FAMÍLIA 
o pai tem sido identificado como importante 
fonte de apoio à amamentação 
• Ele tem importante papel, não apenas nos 
cuidados com o bebê, mas também nos 
cuidados com a mãe 
• Envolvimento do pai e familiares favorece 
o prolongamento da amamentação 
 
É econômico e prático 
• Evita gastos com leite, mamadeiras, bicos, 
materiais de limpeza, gás, água, etc. 
• Não exige preparo 
 
NÚMERO E DURAÇÃO DAS MAMADAS 
Amamentação em livre demanda 
• Recomenda-se que a criança seja 
amamentada na hora que quiser e 
quantas vezes quiser 
• Nos primeiros meses, é normal que a 
criança mame com frequência e sem 
horários regulares: um bebê em AME 
mama de 8 a 12 vezes por dia. 
• A mãe deve deixar o bebê mamar ate que 
fique satisfeito, esperando-o esvaziar a 
mama para então oferecer a outra, se ele 
quiser. 
 
Leite materno 
• Do início da mamada tem mais água e 
mata a sede 
• Do fim da mamada tem mais gordura e 
por isso mata a fome do bebê e faz com 
que ele ganhe mais peso 
 
1. No inicio da mamada o bebê suga com 
mais força porque está com mas fome e 
assim esvazia melhor a primeira mama 
oferecida 
2. É bom que a mãe comece cada mamada 
pelo peito em que o bebê mamou por 
ultimo na mamada anterior (esvaziar bem as 
duas mamas, o que é importante para a mãe 
ter bastante leite) 
3. O tempo de permanência na mama em 
cada mamada não deve ser fixado, tempo 
necessário para esvaziar uma mama varia 
para cada dupla mãe/bebê e, dependendo da 
fome da criança, do intervalo transcorrido 
desde a ultima mamada e do volume de leite 
armazenado na mama. 
 
USO DE MAMADEIRA 
O ministério da saúde NÃO recomenda o uso da 
mamadeira e chupetas, que devem ser evitadas. 
 
Água, chás e principalmente outros leites 
devem ser evitados: 
• O seu uso está associado com desmame 
precoce e aumento da 
morbimortalidade infantil 
 
Mamadeira: 
• Importante fonte de contaminação, pode 
influenciar negativamente a 
amamentação. Observa-se que algumas 
crianças, depois de experimentarem a 
mamadeira, passam a apresentar 
dificuldadequando vão mamar no 
peito. 
• “Confusão de bicos” diferença marcante 
entre a maneira de sugar na mama e na 
mamadeira 
• Mamadeira: o leite flui abundantemente 
desde a primeira sucção 
• Seio: demora de um fluxo > de leite no 
início da mamadeira (reflexo de ejeção leva 
aproximadamente 1 min) 
• Mesmo ingerindo pouco colostro nos 
primeiros 2 – 3 dias de vida, RN normais 
não necessitam de líquidos adicionais 
além do leite materno, pois nascem com 
níveis de hidratação tecidual 
relativamente altos 
 
 
 
 
COMO CUIDAR DAS MAMAS? 
 
 
• Não usar pomadas e cremes nas mamas, pois 
dificulta a boa pega e às vezes causa 
rachadura 
• Para se proteger contra rachadura e infecções 
basta passar o próprio leite antes e depois do 
bebê mamar 
• Lavar e secar bem os seios no banho diário e 
usar sempre sutiã que dê boa sustentação e 
firmeza 
• Para prevenir rachaduras no mamilo: 
1. Observar se a pega e a posição estão 
adequadas 
2. Se ocorrer rachaduras: tomar banho de 
sol durante 15 minutos e passar seu 
próprio leite para ajudar na cicatrização. 
• Se o peito estiver muito cheio, pode dificultar 
a boa pega, portanto para ajudar, você deve 
fazer massagem e ordenha de alívio, 
retirando um pouco do leite. Isto deverá 
facilitar a pega do bebê 
 
PROBLEMAS MAIS COMUNS NAS 
MAMAS 
Leite “empedrado” ou peito ingurgitado, mastite 
e abscesso se as mamas estiverem muito cheias, 
retirar o excesso e oferecer o peito com maior 
frequência. Se não melhorar em 24 horas, a mama 
fica avermelhada e a mãe tiver febre, deve 
procurar o médico para evitar complicações 
como mastite ou abscessos. 
 
 
 
MITOS 
• Dar de mamar faz os peitos caírem 
• Só meu leite não sustenta, e o bebê chora 
com fome 
• Meu leite é fraco e o bebê chora com 
fome 
• Criança que nasceu antes do tempo ou 
muito pequena não pode mamar 
• Se o bebê arrotar mamando, o peito pode 
inflamar ou o leite secar 
• Mãe que trabalha fora não pode 
amamentar 
 
SITUAÇÕES EM QUE HÁ RESTRIÇÕES DO 
ALEITAMENTO MATERNO 
1. Mães infectadas pelo HIV 
2. Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 
3. Uso de medicamento incompatíveis com a 
amamentação, como antineoplásicos e 
radiofármacos 
4. Crianças portadora de galactosemia 
 
PAPEL DE ENFERMAGEM DURANTE O 
ALEITAMENTO MATERNO 
Além de conhecer as técnicas para um 
aleitamento materno eficaz, é essencial que o 
profissional tenha um olhar atento, abrangente, 
sempre levando em consideração os aspectos 
emocionais, a cultura familiar, a rede apoio social 
da mulher entre outros. 
Devemos reconhecer a mulher como 
protagonista no processo de aleitamento, 
valorizando-a, escutando-a, empoeirando-a. 
O profissional deve estar preparado para prestar 
uma assistência eficaz solidária, integral e 
contextualizada, que respeite o saber e a história 
de vida de cada mulher e ajude-a a superar seus 
medos, dificuldades e inseguranças. 
 
AULA 10 – PLANEJAMENTO 
REPRODUTIVO 
Conjunto de ações de regulação da fecundidade 
que garanta direitos iguais de constituição, 
limitação ou aumento da prole pela mulher, 
homem ou pelo casal. 
 
Objetivo: 
• Promover uma vivência sexual gratificante e 
segura 
• Prepara uma maternidade e paternidade 
saudável 
• Prevenir a gravidez indesejada 
• Reduzir os índices de mortalidade e 
morbidade materna, perinatal e infantil 
• Reduz o número de infecções sexualmente 
transmissíveis (IST) 
 
Conjunto de ações e estratégias realizadas de 
acordo com a necessidade reprodutiva de cada 
indivíduo, com o objetivo de auxiliar aqueles 
que desejam engravidar ou fornecer 
informações a respeito dos métodos 
contraceptivos utilizados a fim de evitar uma 
gravidez indesejada. 
 
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO 
Direitos reprodutivos e sexuais 
Os direitos reprodutivos englobam o direito de 
decisão sobre o número de filhos que cada 
indivíduo deseja ter ou não e o direito de acesso 
à informação e métodos para ter filhos ou não. 
Os direitos sexuais envolvem os direitos de viver 
plenamente a sexualidade, de ter relação sexual 
independentemente da reprodução, de ter 
educação sexual e reprodutiva, bem como direito 
ao sexo seguro, entre outros direitos (BRASIL, 
2013). 
 
É UM DIREITO SEXUAL E REPRODUTIVO 
Adolescentes e jovens, LGBT, indígena, negra, 
profissionais do sexo, deficiência, pessoas em 
situação de prisão, população idosa. 
• Respeito e empatia pelos usuários. 
• Comunicação: Utilizar linguagem acessível, 
simples e clara. 
• Ser gentil, favorecendo o vínculo e uma 
relação de confiança. 
• Acolher o saber e o sentir das(os) 
usuárias(os). 
• Respeitar crenças e valores que não sejam 
os seus próprios. 
• Ter conhecimentos técnicos. 
 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
Principal indicador da qualidade de um programa 
de planejamento reprodutivo: satisfação da 
usuária/casal 
 
 
• Tipo de atendimento oferecido 
• Não existe um método perfeito, inócuo e 
100% eficaz. 
 
O melhor método é aquele que o indivíduo 
escolhe, com auxílio do profissional de saúde, e 
que atende às suas necessidades sexuais e de 
proteção. Nenhuma intervenção de prevenção 
isolada se mostrou eficaz o suficiente para reduzir 
novas infecções. 
 
MÉTODOS FÍSICOS DE BARREIRA 
Preservativo ou CONDOM 
 
 
Envoltório de látex que retém o esperma durante 
a ejaculação, impedindo o contato da vagina e 
desta com o pênis. 
• Reduz o risco de transmissão de IST/HIV. 
• Tipo: Masculino e feminino 
• Atenção: validade, selo do INMETRO, não 
usar objetos cortantes 
 
Diafragma: Anel de metal côncavo recoberto por 
uma película de borracha ou silicone que impede 
que os espermatozoides entrem no útero. 
• Deve ser colocado dentro da vagina antes 
da relação e retirado no mínimo 6 horas 
depois 
• Eficiência  varia de 82 a 94%: 
• Tem de vários tamanhos -> Validade: 2-3 
anos 
 
Espermicida: É um método químico de barreira 
Produtos químicos em forma de géis, cremes, 
espumas ou comprimidos, que são colocados 
dentro da vagina 
• Matam ou imobilizam os 
espermatozoides 
• Devem ser colocados no fundo da vagina 
com aplicador, antes de cada relação 
sexual. 
 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS ORAL 
São comprimidos que contêm estrógenos e 
progesteronas (sintéticos) que influenciam no 
ciclo menstrual, inibindo a ovulação, ao inibir a 
secreção de FSH e LH, e tornando o muco cervical 
mais espesso, dificultando a passagem dos 
espermatozoides, de tornar o endométrio não 
receptivo à implantação e alterar a secreção e 
peristalse das trompas. 
Podem ser divididos em: 
I. combinados (monofásicos, bifásicos e 
trifásicos); 
II. apenas com progestágenos. 
ATENÇÃO PUÉPERAS: 
• Os métodos hormonais estão 
contraindicados nos primeiros 42d de pós-
parto; 
• Seu uso deve ser iniciado após 6 semanas do 
parto; 
OBS: componente estrogênico prejudica a 
quantidade e qualidade do leite materno, ao 
suprimir a produção de prolactina, o hormônio 
responsável pela produção do leite. 
 
Pílula oral combinada: Eficácia: 0,1 mulheres 
grávidas por 100 mulheres (1 em cada mil) 
• Vantagens: 
o Muito eficazes quando usadas 
corretamente; 
o Não interferem no momento da relação 
sexual; 
o Podem ser usados pelo tempo que a 
mulher desejar, não precisa fazer 
intervalos para descanso; 
o A mulher pode interromper o uso 
quando quiser; 
o A fertilidade retorna logo após deixar de 
tomar. 
• Esqueceu: O comprimido deve ser tomado 
assim que lembrado. O comprimido 
seguinte, tomado no horário habitual, não 
havendo contraindicações de serem tomados 
dois comprimidos no mesmo dia. Se dois ou 
mais comprimidos forem esquecidos, é 
recomendado que a mulher faça uso de 
outro método contraceptivo em conjunto. 
 
Pílula oral de progestogênio: 
• Contém doses baixas de apenas um tipo de 
hormônio – progestogênio. 
• São apropriadas para nutrizes, pois não 
reduzem a produçãode leite. 
• Mulheres que não estão amamentando 
podem usar essa pílula. 
• Mecanismo de ação: Agem suprimindo o 
pico de LH, levando à anovulação, 
espessando o muco cervical e reduzindo a 
vascularização do endométrio, tornando-o 
hipotrófico. Não interferem na quantidade ou 
qualidade da lactação nem no 
desenvolvimento ou crescimento do RN. 
Tem a vantagem de poder ser utilizada por 
pessoas com problemas cardiovasculares e 
tabagistas, as quais têm contraindicação ao 
estrogênio. 
 
Pílula do dia seguinte 
• Previne gravidez após uma relação sexual 
sem proteção contraceptiva. 
• MECANISMO: inibição da ovulação, NÃO 
interrompe gestação em andamento. 
• Não deve ser usada como substituto dos 
métodos de planejamento familiar. 
o Sexo forçado; 
o Rompimento do preservativo; 
o deslocamento do DIU; 
o Esquecimento de duas ou mais pílulas. 
 
ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL 
Os contraceptivos injetáveis também podem ser 
• Combinados; 
• Apenas de progestágenos. 
Mecanismo de ação: é o mesmo do 
anticoncepcional oral. 
Podem ser mensais ou trimestrais, que é o caso 
dos injetáveis de apenas progestágenos, 
indicados para serem usados durante a 
amamentação. 
 
ATENÇÃO: O anticoncepcional injetável 
trimestral (acetato de medroxiprogesterona 
150 mg) pode ser utilizado pela mulher que 
está amamentando e tem alta eficácia. Seu uso 
deve ser iniciado após 6 semanas do parto. 
Observa-se maiores alterações no ciclo 
menstrual, podendo ocorrer sangramentos nos 
intervalos entre os ciclos, sangramento 
prolongado ou amenorreia 
 
Combinados/Mensais: 
• Contém estrogênio e progestogênio; 
• Método muito efetivo e reversível; 
• Menor alteração no padrão menstrual do 
que o somente de progesterona; 
• Recomenda-se os mesmos critérios 
adotados para os anticoncepcionais orais 
combinados; 
• aplicados uma vez por mês e 
proporcionarem o retorno à fertilidade 
mais rapidamente (em média de 60 dias 
após a última administração). 
 
Desvantagens: 
• Alterações no fluxo menstrual 
(amenorreia); 
• Aumento do peso; 
• Atraso no retorno da fertilidade (até que 
os níveis hormonais sanguíneos caiam); 
• Não protege contra IST. 
IMPLANTES SUBCUTÂNEOS 
São constituídos por um material maleável, 
siliconizado o qual contém hormônio 
progestogênio que é liberado 
homogeneamente na corrente sanguínea. 
Permitem a liberação lenta e constante do 
hormônio, não necessitando de nenhum tipo de 
ação e/ou manipulação por parte da mulher, que 
poderiam gerar algum erro de uso. 
• O implante deve ser inserido 
preferencialmente cinco dias após o 
início da menstruação; 
• A mulher deve realizar um teste de 
gravidez de urina antes do implante; 
• A mulher deve ser orientada a ficar em 
abstinência sexual ou usar outro 
método contraceptivo durante sete 
dias após a inserção do implante e 
realizar outro teste de gravidez após 
três ou quatro semanas de uso do 
implante. 
• É um método de longa duração (de três 
a cinco anos), rapidamente reversível 
após a sua remoção; 
• Pode ser usado por mulheres de todas as 
idades e não previne contra as infecções 
sexualmente transmissíveis; 
• Apresentam alguns efeitos secundários, 
como: sangramento, amenorreia, acne, 
dor nas mamas, aumento do peso, 
cistos ovarianos, inflamação ou 
infecção no local de implante. 
 
 
 
ANEL VAGINAL 
• Anel vaginal flexível contendo etinilestradiol 
e etonogestrel que é colocado na vagina 
permanecendo por três semanas, seguidas 
por sete dias de pausa; 
• Libera quantidade definida de hormônio 
diariamente não permitindo que ocorra 
ovulação; 
• Vinte e um dia após a aplicação, o ciclo fica 
encerrado, ocorrendo um sangramento por 
deprivação hormonal; 
• Os hormônios serão absorvidos 
diretamente pela circulação evitando 
alguns efeitos colaterais desagradáveis da 
pílula oral; 
• Com relação aos adesivos e anéis vaginais, os 
critérios médicos de elegibilidade são os 
mesmos dos contraceptivos orais 
combinados. 
 
 
Pode ser colocado com a mulher deitada, 
agachada ou de pé 
 
 
Após ser retirado da embalagem deve ser 
flexionado conforme visto na figura 
 
 
A mulher deve introduzi-lo na vagina 
empurrando-o com o dedo até não o sentir mais. 
 
ADESIVO TRANSDÉRMICO 
• Adesivo trans dérmico com 3 adesivos para 
um ciclo; 
• Os hormônios (combinados) são absorvidos 
pela pele diariamente; 
• Eficácia: 1% de gestações; 
• Utiliza ciclos de 21 dias; 
• A troca do adesivo deve ocorrer toda a 
semana nos dias 1, 8, 15. 
 
Vantagens: 
• Não é necessário tomar pílulas todos os dias; 
• Os hormônios (combinados) são absorvidos 
pela pele para a circulação evitando efeitos 
colaterais desagradáveis da pílula. 
 
DISPOSITIVO INTRA-UTERINO - DIU 
• Dispositivo intra uterino de plástico flexível 
revestido de cobre; 
• São inseridos no útero através da vagina; 
• Mais comum: DIU de cobre (age produzindo 
uma reação inflamatória no endométrio, 
http://www.sooni.com/piim/pic/2.gif
interferindo no transporte de 
espermatozoides no aparelho genital e 
alterando os espermatozoides e óvulos, por 
meio de modificações bioquímicas). 
• Menos comum: DIU hormonal – liberam 
continuamente hormônio progestogênio 
(Mirena e Progestasert) (altera a característica 
do muco cervical, impedindo a penetração de 
espermatozoides. Em alguns casos, inibe a 
ovulação e causa alterações atróficas no 
endométrio, tornando-o não receptivo). 
 
Impedem o encontro dos espermatozoides 
com o óvulo, pois torna mais difícil a 
passagem. Previne a implantação do ovo 
fertilizado na parede do útero. 
 
Eficácia: 
• Dura de 5 a 10 anos; 
• Muito eficaz: 0,6 a 0,8% de gestação; 
• Os hormônios (combinados) são absorvidos 
pela pele para a circulação evitando efeitos 
colaterais desagradáveis da pílula. 
 
Vantagens: 
• Contracepção eficaz e duradoura; 
• Não apresentam efeitos colaterais de 
hormônios; 
• Imediatamente reversível. 
• Podem ser inseridos imediatamente após o 
parto (exceto os hormonais). 
 
Desvantagens: 
• Alterações no ciclo menstrual: sangramento 
prolongado e volumoso, escapes menstruais, 
cólicas; 
• Não previne contra IST/AIDS; 
• Não é indicado para mulheres com múltiplos 
parceiros ou que teve IST recentemente; 
• Não se pode parar de usar o DIU por conta 
própria (necessita profissional de saúde). 
 
Dispositivo intra-uterino hormonal (mirena) 
Pontos chaves: 
• Método muito efetivo, reversível e de 
longa duração; 
• Baixa frequência de efeitos hormonais 
sistêmicos; 
• Alteração no padrão menstrual; 
• Amenorreia prolongada. 
 
 
 
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
Auxiliam a mulher a identificar o período fértil. O 
casal evita a gravidez mudando seu 
comportamento sexual durante os dias férteis. 
• Abstinência sexual 
• Uso de métodos de barreira 
• Praticar coito interrompido 
 
Importante: O casal nunca deve tentar adivinhar 
qual é o período fértil e deve procurar abster-se 
de relações sexuais neste período. 
 
Coito Interrompido: Consiste em retirar o pênis 
da vagina um pouco antes da ejaculação e o 
sêmen é depositado longe dos genitais 
femininos. 
• Inseguro 
• Pode ser que o homem não consiga fazê-
lo a tempo; 
• Antes da ejaculação pode ocorrer 
liberação de pequenas quantidades de 
fluido seminal contendo 
espermatozoides. 
• Índice de eficiência baixo, se comparados 
aos outros métodos 
• Atenção: desaconselháveis como único 
método contraceptivo. 
 
Calendário (tabelinha) 
• Também conhecido como método do 
ritmo ou Ogino-Knaus; 
• Baseia-se no conhecimento do início e do 
fim do período fértil; 
• O cálculo do período fértil da mulher é 
feito diante da análise do seu padrão 
menstrual prévio durante 6 a 12 meses. 
 
Muco Cervical (Billings): Baseia-se na 
identificação do período fértil pelas modificações 
cíclicas do muco cervical. 
O muco cervical aparececerca de 2 a 3 dias 
depois da menstruação: 
• inicialmente é pouco consistente e 
espesso; 
• logo antes da ovulação fica bem 
grudento, esbranquiçado, turvo e 
pegajoso- clara do ovo- fértil 
 
 
 
 
Temperatura Basal: Após a ovulação, a 
temperatura basal (T corpo em repouso) 
aumenta- ação da progesterona (efeito 
termogênico) 
• A mulher deve medir desde o 1ºd da 
menstruação a temperatura oral pela 
manhã e anotar os resultados durante 
dois ou mais ciclos menstruais: realizar 
este procedimento desde o primeiro dia da 
menstruação até o dia em que a 
temperatura se elevar por 3 dias 
consecutivos. 
• Depois de estabelecer qual é a sua variação 
normal, e o padrão de aumento, poderá usar 
a informação, evitando relações sexuais no 
período fértil. 
 
Método de Lactação e Amenorreia (LAM): Uso 
da amamentação exclusiva para evitar a 
gravidez (realizada regularmente - dia e noite- 
em mulheres que permanecem em amenorreia, 
sem a oferta de suplemento alimentar aos RNs 
por até 6 meses pós-parto 
• AME 
• inibe os hormônios que deflagram a 
ovulação; 
• A sucção da mama pelo RN mantém a 
produção da prolactina, responsável pela 
galactopoiese e pela supressão da 
atividade ovariana. 
• Escolha de outro método: menstruação 
retornar e começar a oferecer outros 
alimentos para o bebê. 
 
Desvantagens dos métodos comportamentais: 
• Em geral não são muito eficazes; 
• A prática da abstinência requer um 
período longo sem relações sexuais 
vaginais – de 8 a 16 dias em cada ciclo; 
• A abstinência pode ser difícil para alguns 
casais; 
• Somente funcionam se ambos, homem e 
mulher estiverem dispostos a colaborar 
corretamente e consistentemente; 
• Não protege contra IST/AIDS. 
 
MÉTODOS DEFINITIVOS 
Laqueadura tubária (ligadura das tubas 
uterinas) 
• Método de esterilização feminina 
• Procedimento cirúrgico de oclusão da 
trompa de Falópio, afim de interromper 
sua permeabilidade 
Vasectomia: procedimento cirúrgico simples 
• Ligadura dos ductos deferentes. 
• Interrompe o fluxo de espermatozoide 
 
LEI DO PLANEJAMENTO FAMILIAR 
Mulheres como homens, segundo a lei 
brasileira, devem ter pelo menos 25 anos de 
idade ou 2 filhos e ter capacidade civil plena, 
devem manifestar o desejo pela laqueadura ou 
vasectomia através de um documento de 
manifestação da vontade no mínimo 60 dias 
antes da intervenção. 
Nesse período deverão ser oferecidas 
informações sobre os diversos métodos 
contraceptivos reversíveis disponíveis. 
Também é preciso termo de consentimento onde 
o usuário ou usuária confirma ter conhecimento 
dos outros métodos, concorda com o 
procedimento, está ciente dos riscos e 
consequências, bem como da possibilidade de 
recanalização espontânea. 
A lei manteve a assinatura do 
cônjuge/companheiro para autorização da 
realização da laqueadura e vasectomia. 
Enquanto profissionais, precisamos seguir essa 
orientação. Deve também, havendo união estável, 
solicitar a assinatura desse companheiro ou da 
companheira nessa confirmação expressa da 
vontade. 
O que se faz quando a mulher refere que não tem 
companheiro? A mulher não vai deixar de ter 
acesso à cirurgia por isso. No campo previsto 
para a assinatura do companheiro, a própria 
mulher assina e atesta que não tem companheiro. 
Fazendo isso, ela terá́ acesso pleno à cirurgia 
 
ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM 
Profissionais de Saúde: Assistir em concepção e 
contracepção, empenhando-se em informar os 
indivíduos sobre as opções e finalidade dos 
métodos disponíveis - Lei 9.263/96 
• Orientação individual/casal na consulta 
de enfermagem 
• Apresentação dos métodos 
anticoncepcionais 
• Prescrição e transcrição de métodos 
• Práticas educativas 
• Educação permanente 
 
 
 
 
AULA 11 – INFECÇÕES SEXUALMENTE 
TRANSMISSÍVEIS 
As IST são frequentes, têm múltiplas etiologias 
e apresentações clínicas, e causam impacto na 
qualidade de vida das pessoas, nas relações 
pessoais, familiares e sociais. 
O diagnóstico e tratamento das pessoas com IST 
e de seus parceiros sexuais interrompe a cadeia 
de transmissão e previne outras infecções e 
possíveis complicações. 
O uso do preservativo segue como uma das 
principais formas de prevenção, mas 
intervenções para a redução do número de 
parcerias sexuais, entre outras, são 
comprovadamente eficazes e precisam ser 
incorporadas na proposta de prevenção 
combinada 
 
O que é prevenção combinada? 
Conjugação de diferentes ações de prevenção às 
IST, ao HIV e às hepatites virais e seus fatores 
associados. Combinação de 3 intervenções 
• Biomédica 
• Comportamental 
• Estrutural (marco legais) 
 
Mandala da prevenção combinada 
 
 
As Infecções do Trato Reprodutivo (ITR) 
incluem: 
• IST: causadas por mais de 30 agentes 
etiológicos (vírus, bactérias, fungos e 
protozoários), principalmente, 
transmitidas de uma pessoa a outra por 
contato sexual e, de forma eventual, por 
via sanguínea. 
• Infecções iatrogênicas (ex.: pós aborto) 
• Infecções endógenas (ex. candidíase e 
vaginose bacteriana). 
• Síndromes: úlceras genitais, corrimento 
uretral, corrimento vaginal e DIP. 
 
As principais manifestações clínicas das IST 
são: 
• corrimento vaginal; 
• corrimento uretral; 
• úlceras genitais; 
• verrugas anogenitais. 
 
Embora possam sofrer variações, essas 
manifestações têm etiologias bem estabelecidas, 
o que facilita a escolha e a realização dos testes 
para o diagnóstico e tratamento. 
 
IMUNIZAÇÃO 
HPV: 
• 2 doses, com intervalo de 6 meses 
• vacina quadrivalente (tipos 6, 11, 16 e 18) 
• Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 
anos... 
 
HBV: 
• Todas as faixas etárias 
• 3 doses 
 
HAV: 
• Mecanismo de transmissão do vírus da 
hepatite A é o fecal-oral. 
• Recentemente: casos de transmissão sexual 
do vírus da hepatite a maioria dos casos entre 
homens que fazem sexo com outros homens 
 
História sexual: pergunta específica para 
avaliação de risco 
 
 
 
 
SÍFILIS ADQUIRIDA 
• É uma infecção bacteriana sistêmica, 
crônica, curável e exclusiva do ser humano; 
• Agente etiológico: Treponema pallidum; 
• Quando não tratada, evolui para estágios 
de gravidade variada, podendo acometer 
diversos órgãos e sistemas (nervoso e 
cardiovascular) do corpo; 
• Consequências na Gestação: abortamento, 
prematuridade, natimortalidade, 
manifestações congênitas precoces ou tardias 
e/ou morte do RN. 
• A maioria das pessoas com sífilis são 
assintomáticas; quando apresentam sinais e 
sintomas, muitas vezes não os percebem ou 
valorizam, e podem, sem saber, transmitir a 
infecção às suas parcerias sexuais. 
 
Sífilis recente (primária, secundária e latente 
recente) até 2 anos de devolução: 
• Sífilis primária: Incubação: 10 a 90 dias 
(média de três semanas). 
o Manifestação: “CANCRO DURO” - 
úlcera rica em treponemas, única e 
indolor, com borda bem definida e 
regular, base endurecida e fundo 
limpo, que ocorre no local de entrada 
da bactéria. Duração: 3 a 8 semanas, e 
seu desaparecimento independe de 
tratamento. 
• Sífilis secundária: Duração: 6 semanas a 6 
meses após a cicatrização do cancro 
o Manifestações: Manchas no corpo, 
principalmente, nas palmas das mãos 
e plantas dos pés. Não coçam, mas 
podem surgir ínguas no corpo. 
Sintomas inespecíficos como febre 
baixa, mal-estar, cefaleia e adinamia. 
 
Sífilis Latente Duração: é variável, podendo ser 
interrompida pelo surgimento de sinais e 
sintomas da forma secundária ou terciária. 
• Não aparecem sinais ou sintomas. 
É dividida em: 
o sífilis latente recente (menos de um 
ano de infecção) 
o sífilis latente tardia (mais de um ano 
de infecção). 
 
Sífilis tardia (latente tardia e terciária): + de 2 
anos de evolução 
• Sífilis terciária pode surgir de dois a 40 anos 
depois do início da infecção. 
o Manifestações: lesões cutâneas, 
ósseas, cardiovascularese 
neurológicas, ou até levar à morte. 
 
A benzilpenicilina benzatina dever ser 
administrada exclusivamente por via IM, ventro-
glútea (preferencial) efeitos adversos e dor local 
(COFEN, 2016). Outros locais alternativos para 
aplicação são a região do vasto lateral da coxa e 
o dorso glúteo. 
 
 
A regra é que o intervalo entre as doses seja de 7 
dias para completar o tratamento. No entanto, 
caso esse intervalo ultrapasse 14 dias, o esquema 
deve ser reiniciado (WHO,2016) 
 
 
VULVOVAGINITES 
 A vulvovaginite e a vaginose são Infecções do 
Trato Reprodutivo (ITR) e as causas mais 
comuns de corrimento vaginal patológico, 
responsáveis por inúmeras consultas. 
 Todos os casos de corrimento vaginal são 
considerados como ITR. Entre elas, somente 
a tricomoníase é considerada uma IST. 
 São afecções do epitélio estratificado da 
vulva e/ou vagina, cujos agentes etiológicos 
mais frequentes são fungos, principalmente a 
Candida albicans; bactérias anaeróbicas, em 
especial a Gardnerella vaginalis; e o 
protozoário Trichomonas vaginalis. 
 São caracterizadas por corrimento e/ou 
prurido e/ou alteração de odor 
 
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL 
• Candida albicans é o agente etiológico; 
• É a infecção da vulva e vagina, causada por 
um fungo comensal que habita a mucosa 
vaginal e digestiva, o qual cresce quando o 
meio se torna favorável ao seu 
desenvolvimento (esses microrganismos 
podem fazer parte da flora endógena); 
• Não é transmitida sexualmente, porém é 
vista com maior frequência em mulheres em 
atividade sexual, provavelmente, devido a 
microrganismos colonizadores que penetram 
no epitélio via microabrasões; 
• As parcerias sexuais não precisam ser 
tratadas, exceto os sintomáticos (uma 
minoria de parceiros sexuais do sexo 
masculino 
• Candidíase vulvovaginal recorrente (4 ou 
mais episódios sintomáticos em um ano) 
 
Os sinais e sintomas podem se apresentar 
isolados ou associados, e incluem: 
• Prurido vulvovaginal (principal sintoma, e 
de intensidade variável); 
• Disúria; 
• Dispareunia; 
• Corrimento branco, grumoso e com 
aspecto caseoso (“leite coalhado”); 
• Hiperemia; 
• Edema vulvar; 
• Fissuras e maceração da vulva; 
• Placas brancas ou branco-acinzentadas, 
recobrindo a vagina e colo uterino 
 
 
 
 
As parcerias sexuais não precisam ser tratadas, 
exceto as sintomáticas. 
• É comum durante a gestação, podendo haver 
recidivas pelas condições propícias do pH 
vaginal que se estabelecem nesse período. 
• Tratamento em gestantes e lactantes: 
somente por via vaginal. O tratamento oral 
está contraindicado. 
 
VAGINOSE BACTERIANA 
 É caracterizada por um desequilíbrio da 
microbiota vaginal normal, com 
diminuição acentuada ou 
desaparecimento de lactobacilos acidófilos 
(Lactobacillus spp) e aumento de bactérias 
anaeróbias (com predomínio de 
Gardnerella vaginalis, Prevotella sp. e 
Mobiluncus sp.), G. vaginalis, Ureaplasma 
sp., Mycoplasma sp., e outros; 
 Causa mais prevalente de corrimento 
vaginal com odor fétido; 
 Não é uma infecção de transmissão sexual, 
mas pode ser desencadeada pela relação 
sexual em mulheres predispostas (o contato 
com o esperma, que apresenta pH elevado, 
contribui para o desequilíbrio da microbiota 
vaginal); 
 Aumenta o risco de aquisição das IST 
(incluindo o HIV), e pode trazer complicações 
às cirurgias ginecológicas e à gravidez 
(associada com RPM, corioamnionite, 
prematuridade e endometrite pós-cesárea). 
 
Sinais e sintomas: 
• Corrimento vaginal fétido, mais 
acentuado após a relação sexual sem o 
uso do preservativo, e durante o período 
menstrual; 
• Corrimento vaginal branco-acinzentado, 
de aspecto fluido ou cremoso, algumas 
vezes bolhoso; 
• Dor à relação sexual (pouco frequente). 
 
 
 
 
 
O tratamento das parcerias sexuais não está 
recomendado. 
• Para as puérperas, recomenda-se o 
mesmo tratamento das gestantes. 
 
 
 
 
 
 
 
TRICOMONÍASE 
É causada pelo T. vaginalis (protozoário 
flagelado), tendo como reservatório o colo 
uterino, a vagina e a uretra. 
 
Sinais e sintomas: 
• Corrimento abundante, amarelado ou 
amarelo esverdeado, bolhoso; 
• Odor fétido (na maioria dos casos, 
lembrando peixe) 
• Prurido e/ou irritação vulvar; 
• Dor pélvica (ocasionalmente); 
• Sintomas urinários (disúria, polaciúria); 
• Hiperemia da mucosa (colpite difusa e/ou 
focal, com aspecto de framboesa). 
 
 
 
 
CERVICITES 
GONORREIA E CLAMÍDIA 
• A cervicite mucopurulenta ou 
endocervicite é a inflamação da mucosa 
endocervical (epitélio colunar do colo 
uterino). 
• Os agentes etiológicos mais frequentes são C. 
trachomatis e N. gonorrhoeae. 
• Assintomáticas em 70% a 80% casos 
• Casos sintomáticos: corrimento vaginal, 
sangramento intermenstrual ou pós- coito, 
Dispareunia e disúria polaciúria e dor. 
• Exame físico: dor à mobilização do colo 
uterino, material mucopurulento no orifício 
externo do colo e sangramento ao toque da 
espátula ou swab. 
• Principais complicações da cervicite quando 
não tratadas, incluem: dor pélvica, DIP 
(Doença Inflamatória Pélvica), gravidez 
ectópica e infertilidade. 
 
 
 
 Oftalmia neonatal: conjuntivite purulenta do 
RN, ocorre no primeiro mês de vida e pode 
levar à cegueira, especialmente, quando 
causada pela N. gonohrroeae. 
 o RN é levado ao serviço de saúde por causa 
de eritema e edema de pálpebras e conjuntiva 
e/ou presença de material mucopurulento 
nos olhos 
 
 
 
CORRIMENTO URETRAL 
 Caracterizadas por inflamação da uretra 
acompanhada de corrimento; 
 Os agentes microbianos (Chlamydia 
trachomatis, Mycoplasma genitalium, 
Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma 
hominis, Trichomonas vaginalis, entre outros) 
das uretrites podem ser transmitidos por 
relação sexual vaginal, anal e oral; 
 O corrimento uretral pode ter aspecto que 
varia de mucoide a purulento, com volume 
variável, estando associado a dor uretral 
(independentemente da micção), disúria, 
Estrangúria (micção lenta e dolorosa), 
prurido uretral e eritema de meato uretral. 
 
 
 
 
 
 
ÚLCERA GENITAL 
Síndrome clínica produzida por agentes 
infecciosos sexualmente transmissíveis e que 
se manifestam como lesões ulcerativas 
erosivas, precedidas ou não por pústulas e/ou 
vesículas, acompanhadas ou não de dor, ardor, 
prurido, drenagem de material 
mucopurulento, sangramento e 
linfadenopatia regional; 
Os agentes etiológicos infecciosos mais 
comuns nas úlceras genitais são: T. pallidum 
(sífilis primária e secundária); HSV-1 e HSV-2 
(herpes perioral e genital, respectivamente); H. 
ducreyi (cancroide); Chlamydia trachomatis, 
sorotipos L1, L2 e L3 (LGV); Klebsiella 
granulomatis (donovanose). 
 
HERPES GENITAL 
 Os HSV tipos 1 e 2 pertencem à família 
Herpes viridae; 
 Pode provocar lesões em qualquer parte do 
corpo, há predomínio do tipo 2 nas lesões 
genitais e do tipo 1 nas lesões periorais; 
 Muitas pessoas que adquirem a infecção por 
HSV nunca desenvolverão manifestações; 
 Entre as pessoas com infecção as 
manifestações tendem a ser dolorosas, 
atípicas e de maior duração. 
Caracterizada: lesões eritemato-papulosas de 
um a três milímetros de diâmetro, que 
rapidamente evoluem para vesículas sobre 
base eritematosa, muito dolorosas e de 
localização variável na região genital. O 
conteúdo dessas vesículas é geralmente 
citrino, raramente turvo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CANCRÓIDE 
 É uma afecção de transmissão exclusivamente 
sexual, provocada pelo Haemophilus 
ducreyi, mais frequente nas regiões tropicais; 
 “Cancro Venéreo ou Mole ou Ducrey”; 
 Caracteriza-se por lesões múltiplas (podendo, 
no entanto, haver uma única lesão) e 
habitualmente dolorosas, mais frequentes no 
sexo masculino; 
 O período de incubação é geralmente de 3-
5 dias, podendo se estender por até 2 
semanas; 
 O risco de infecção em uma relação sexualé 
de 80%; 
 Lesões são dolorosas, geralmente 
múltiplas e devidas à autoinoculação. A 
borda é irregular, apresentando contornos 
eritemato-edematosos e fundo irregular, 
recoberto por exsudato necrótico, 
amarelado, com odor fétido e que, quando 
removido, revela tecido de granulação com 
sangramento fácil. 
 
 
 
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) 
 É uma síndrome clínica atribuída à ascensão 
de microrganismos do trato genital 
inferior, espontânea ou devida a 
manipulação (inserção de DIU, biópsia de 
endométrio, curetagem, entre outros), 
comprometendo o endométrio 
(endometrite), tubas uterinas, anexos 
uterinos e/ou estruturas contíguas 
(salpingite); 
 A ascensão dos microrganismos é favorecida 
por variações hormonais do ciclo menstrual. 
O muco cervical durante o fluxo menstrual 
apresenta menor efeito bacteriostático e a 
menstruação retrógrada pode favorecer a 
ascensão dos agentes; 
 Características imunológicas de cada 
indivíduo também podem contribuir para a 
disseminação da infecção; 
 Sintomas: sangramento vaginal anormal 
em pouca quantidade (spotting), 
dispareunia, corrimento vaginal, dor 
pélvica ou dor no abdome inferior, além de 
dor à mobilização do colo do útero ao 
toque, podem estar presentes na DIP. 
 
 
Quando uma mulher sexualmente ativa se 
apresenta com dor abdominal baixa e/ou dor 
pélvica, deverá investigar DIP. 
 
O exame clínico deve incluir: Aferição de sinais 
vitais; Exame abdominal; Exame especular 
vaginal, incluindo inspeção do colo de útero para 
fiabilidade (sangramento fácil) e corrimento 
mucopurulento cervical; Exame bimanual, com 
mobilização do colo e palpação dos anexos. 
 
Os exames laboratoriais e de imagens 
elencados abaixo são de auxílio no diagnóstico 
de DIP: 
• Hemograma completo; 
• Exame bacterioscópico para vaginose 
bacteriana; 
• Cultura de material de endocérvice com 
antibiograma; 
• Pesquisa de clamídia no material de 
endocérvice, da uretra, de laparoscopia ou 
de punção do fundo de saco posterior; 
• Exame qualitativo de urina e urocultura 
(para afastar hipótese de infecção do trato 
urinário); 
• Hemocultura; 
• Teste de gravidez (para afastar gravidez 
ectópica); 
• Exames de imagem: a ultrassonografia 
transvaginal e pélvico. 
 
 
 
AULA 12 – PREVENÇÃO DOS AGRAVOS 
RELACIONADOS À MULHER (CÂNCER 
CÉRVICO UTERINO) 
ATRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO NA AB NO 
CONTROLE DOS CA DO COLO DO ÚTERO 
E DA MAMA 
• Atender as usuárias de maneira integral; 
• Realizar consulta de enfermagem e a 
coleta do exame citopatológico, de acordo 
com a faixa etária e quadro clínico da usuária; 
• Realizar consulta de enfermagem e o 
exame clínico das mamas, de acordo com a 
faixa etária e quadro clínico da usuária; 
• Solicitar exames de acordo com os 
protocolos ou normas técnicas estabelecidos 
pelo gestor local; 
• Examinar e avaliar pacientes com sinais e 
sintomas relacionados aos CA do colo do 
útero e de mama; 
• Avaliar resultados dos exames solicitados e 
coletados, e, de acordo com os protocolos e 
diretrizes clínicas, realizar o 
encaminhamento para os serviços de 
referência em diagnóstico e/ou tratamento 
dos CA de mama e colo do útero; 
• Prescrever tratamento para outras 
doenças detectadas, como ISTs, na 
oportunidade do rastreamento, de acordo 
com os protocolos ou normas técnicas 
estabelecidos pelo gestor local; 
• Realizar cuidado paliativo, na UBS ou no 
domicílio, de acordo com as necessidades da 
usuária; 
• Avaliar periodicamente, e sempre que 
ocorrer alguma intercorrência realizar o 
encaminhamento para unidades de 
internação; 
• Contribuir, realizar e participar das 
atividades de educação permanente de 
todos os membros da equipe; 
• Participar do gerenciamento dos insumos 
necessários para o adequado funcionamento 
da unidade básica de saúde. 
 
CÂNCER DO COLO DO ÚTERO 
• É também chamado de câncer cervical; 
• É causado pela infecção persistente por 
alguns tipos (chamados oncogênicos) do 
Papilomavírus Humano (HPV). pode levar a 
alterações celulares que poderão evoluir para 
o câncer; 
• É caracterizado pela replicação 
desordenada do epitélio de revestimento 
do órgão, comprometendo o tecido 
subjacente (estroma) e podendo invadir 
estruturas e órgãos contíguos ou a 
distância. 
o 3º tumor maligno mais frequente na 
população feminina 
o 4ºcausa de morte de mulheres por CA no 
Brasil 
o É o primeiro mais incidente na Região 
Norte (INCA, 2016) 
o Estimativa de novas mortes 16.590 (2020 
- INCA) 
 
COLO DO ÚTERO 
• Parte interna: canal cervical ou endocérvice 
(revestido por uma camada única de células 
cilíndricas produtoras de muco – epitélio 
colunar simples); 
• Parte externa: mantém contato com a 
vagina, é chamada de ectocérvice (revestida 
por um tecido de várias camadas de células 
planas – epitélio escamoso e estratificado); 
• Entre esses dois epitélios, encontra-se a 
junção escamocolunar (JEC): uma linha que 
pode estar tanto na ecto como na 
endocérvice, dependendo da situação 
hormonal da mulher; 
Obs: JEC 
o Infância e período pós-menopausa – 
Endocérvice; 
o Período reprodutivo – Ectocérvice – 
forma a zona de transformação (onde a 
maioria das lesões precursoras ou 
malignas se originam). 
 
 
Parte interna Endocérvice epitélio colunar 
simples 
↓ 
No meio JEC 90% dos cânceres de colo de 
útero 
↓ 
Parte externa Ectocérvice epitélio escamoso e 
estratificado 
 
CÂNCER DE COLO DO ÚTERO 
Há 2 principais categorias de carcinomas 
invasores do colo do útero 
• Carcinoma epidermóide: Tipo mais 
incidente e que acomete o epitélio escamoso 
(80% dos casos) 
• Adenocarcinoma: Tipo mais raro e que 
acomete o epitélio glandular 
 
A dedução é que a infecção pelo HPV é um 
fator necessário, mas não suficiente para o 
desenvolvimento do câncer do colo do útero; 
• Aproximadamente 100 tipos de HPV foram 
identificados: 40 tipos podem infectar o 
trato genital inferior e 12 a 18 tipos são 
considerados oncogênicos para o colo 
uterino; 
• Entre os HPVs de alto risco oncogênico, os 
tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos 
casos de câncer do colo do útero; 
• Na maioria das vezes a infecção cervical pelo 
HPV é transitória e regride espontaneamente, 
entre 6 meses a 2anos após a exposição; 
• As mulheres com câncer identificadas pelo 
rastreio têm, em média, 10 anos de idade a + 
que as mulheres com lesões precursoras, 
indicando que a eventual progressão dessas 
ocorre lentamente lesões para câncer. 
 
FATORES DE RISCO 
• Tabagismo 
• Iniciação sexual precoce 
• Multiplicidade de parceiros sexuais 
• Idade 
• (infecções HPV em mulheres com < 30 anos 
regride espontaneamente, > 30 anos a 
persistência é mais frequente 
• Uso de contraceptivos orais 
• Multiparidade 
• Baixa ingestão de vitamina A, C e E 
 
Obs: A vitamina A, através dos carotenóides, tem 
capacidade de inibir a formação dos radicais 
livres, sendo também potentes moduladores da 
diferenciação celular, o que confere proteção 
para inibir o desenvolvimento do HPV. 
As vitaminas C e E podem evitar a formação de 
carcinógenos, além de aumentar a imunidade. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• A infecção pelo HPV apresenta-se na 
maioria das vezes de forma assintomática, 
com lesões subclínicas (inaparentes) 
• Visíveis apenas após aplicação de reagentes, 
como o ácido acético e a solução de Lugol, e 
por meio de técnicas de magnificação 
(colposcopia). 
• Lesões clínicas: únicas ou múltiplas, restritas 
ou difusas, de tamanho variável, planas ou 
exofíticas (desenvolve sobre o lado externo), 
sendo também conhecidas como condiloma 
acuminado, verruga genital ou crista de galo. 
• As localizações mais frequentes são a vulva, o 
períneo, a região perianal, a vagina e o colo 
do útero 
 
Áreas extragenitais: conjuntiva, mucosa nasal, 
oral e laríngea. Dependendo do tamanho e 
localização anatômica, as lesõespodem ser 
dolorosas, friáveis e/ou pruriginosas. 
 
 
 
Lesões precursoras: são assintomáticas 
• detectadas por meio da realização periódica 
do exame citopatológico e confirmadas pela 
colposcopia e exame histopatológico. 
 
 
• Estágio invasor da doença 
o Sintomas 
▪ Sangramento vaginal (espontâneo, 
após o coito ou esforço) 
• Leucorreia e dor pélvica, que 
podem estar associados com 
queixas urinárias ou intestinais 
(casos mais avançados). 
 
Exame especular: Podem ser observados 
sangramento, tumoração, ulceração e necrose 
no colo do útero. 
Toque vaginal: Mostrar alterações na forma, 
tamanho, consistência e mobilidade do colo do 
útero e estruturas subjacentes. 
 
PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
• Objetivo: Diminuição do risco de contágio 
pelo HPV; 
• Transmissão da infecção pelo HPV: via 
sexual, contato com a pele da vulva, a região 
perineal, a perianal e a bolsa escrotal; 
• Uso de preservativos: a relação sexual com 
penetração protege parcialmente do 
contágio pelo HPV. 
 
Duas Vacinas HPV: 
• Bivalente (tipos 16 e 18); 
• Quadrivalente (6 e 11 e 16 e 18); 
• No primeiro contato sexual, há alta 
probabilidade da aquisição da infecção por, 
pelo menos, um dos quatro sorotipos do HPV 
que estão presentes na vacina; 
• Ambas são eficazes contra as lesões 
precursoras, ou seja, os benefícios são 
significativos antes do início da vida sexual; 
• Não há diferença de eficácia entre as duas; 
• A adoção das vacinas anti-HPV não elimina a 
necessidade da prevenção secundária por 
meio do rastreamento, pois as mesmas não 
oferecem proteção para 30% dos casos de 
câncer do colo do útero causados por outros 
tipos virais oncogênicos. 
 
 
 
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: DETECÇÃO 
PRECOCE 
• Diagnóstico precoce 
o Abordagem de indivíduos com sinais e/ou 
sintomas da doença 
• Rastreamento (PCCU) 
o Aplicação de um teste ou exame em 
uma população assintomática, 
aparentemente saudável 
o objetivo de identificar lesões precursoras 
ou sugestivas de câncer e encaminhá-las 
para investigação e tratamento) 
 
RECOMENDAÇÕES 
• O método de rastreamento do câncer do colo 
do útero e de suas lesões precursoras é o 
exame citopatológico; 
• Intervalo entre os exames deve ser de três 
anos, após dois exames negativos, com 
intervalo anual; 
• O início da coleta deve ser aos 25 anos de 
idade para as mulheres que já tiveram 
atividade sexual; 
• Os exames devem seguir até os 64 anos e 
serem interrompidos quando, após essa 
idade, as mulheres tiverem pelo menos dois 
exames negativos consecutivos nos últimos 
cinco anos; 
• Para mulheres com mais de 64 anos e que 
nunca realizaram o exame citopatológico, 
deve-se realizar dois exames com intervalo de 
um a três anos. Se ambos forem negativos, 
essas mulheres podem ser dispensadas de 
exames adicionais. 
 
EXAME CITOPATOLÓGICO 
DO COLO DO ÚTERO 
Recomendações prévias 
1. A utilização de lubrificantes, espermicidas 
ou medicamentos vaginais deve ser 
evitada por 48 horas antes da coleta; 
2. A realização de exames intravaginais, 
como a USG, também deve ser evitada nas 
48 horas anterior; 
3. Abstinência sexual prévia (só é justificada 
quando são utilizados preservativos com 
lubrificante ou espermicidas. presença de 
espermatozoides não compromete a 
avaliação microscópica); 
4. O exame não deve ser feito no período 
menstrual. Deve-se aguardar o quinto dia 
após o término da menstruação; 
5. No caso de sangramento vaginal anormal: 
o exame ginecológico é mandatório e a 
coleta, se indicada, pode ser realizada. 
 
TÉCNICA DE COLETA 
O consultório ou sala de coleta deve ser 
equipado para a realização do exame 
ginecológico com: 
• Mesa ginecológica; 
• Escada de dois degraus; 
• Mesa auxiliar; 
• Foco de luz com cabo flexível; 
• Biombo ou local reservado para troca de 
roupa; 
• Cesto de lixo. 
 
 
MATERIAL NECESSÁRIO PARA COLETA 
• Espéculo de tamanhos variados, 
preferencialmente descartáveis; 
• Lâminas de vidro com extremidade fosca; 
• Espátula de Ayre e Escova endocervical; 
• Par de luvas descartáveis; 
• Pinça de Cherron; 
• Solução fixadora (álcool a 96% ou spray de 
polietilenoglicol); 
• Gaze; 
• Recipiente para as lâminas com tipo de 
solução fixadora (frasco porta-lâmina, tipo 
tubete, ou caixa de madeira ou plástica para 
transporte de lâminas); 
• Formulários de requisição do exame 
citopatológico; 
• Fita adesiva de papel para a identificação dos 
frascos; 
• Lápis grafite ou preto nº 2; 
• Avental ou camisola (descartáveis); 
• Lençóis (descartáveis). 
 
PROCEDIMENTO DE COLETA 
• Lavar as mãos com água e sabão e secá-las 
com papel-toalha, antes e após o 
atendimento; 
• A mulher deve ser colocada na posição 
ginecológica adequada; 
• Cubra-a com o lençol; 
• Posicionar o foco de luz; 
• Colocar as luvas descartáveis; 
• Observar: órgãos genitais externos, à 
distribuição dos pelos, à integralidade do 
clitóris, do meato uretral, dos grandes e 
pequenos lábios, à presença de secreções 
vaginais, de sinais de inflamação, de veias 
varicosas e outras lesões (úlceras, fissuras, 
verrugas e tumorações); 
• Colocar o espéculo (tamanho escolhido de 
acordo com as características perineais e 
vaginais da mulher a ser examinada); 
 
OBS: Não deve ser usado lubrificante, mas em 
casos selecionados, principalmente em mulheres 
idosas com vaginas extremamente atróficas 
(molhar o espéculo com soro fisiológico) 
• Espéculo: introduzir suavemente, em 
posição vertical e ligeiramente inclinado de 
maneira que o colo do útero fique exposto 
completamente (imprescindível para a 
realização de uma boa coleta; 
• Após a introdução: fazer uma rotação 
deixando-o em posição transversa, de modo 
que a fenda da abertura do espéculo fique na 
posição horizontal; 
• Após introduzido totalmente na vagina: 
abrir lentamente e com delicadeza. Na 
dificuldade de visualização do colo sugira que 
a mulher tussa, não surtindo efeito solicite 
ajuda de outro profissional mais experiente; 
• Observar as características do conteúdo e 
das paredes vaginais, bem como as do colo 
do útero. Os dados da inspeção do colo do 
útero devem ser relatados na requisição do 
exame citopatológico; 
• Coleta do material: realizada na ectocérvice 
e na endocérvice em lâmina única. A amostra 
de fundo de saco vaginal não é recomendada, 
pois o material coletado é de baixa qualidade 
para o diagnóstico oncótico. 
 
 
São projeções da mucosa do canal do colo 
uterino, podendo levar a sangramento vaginal 
fora do período menstrual e principalmente após 
relação sexual. São benignos na maioria dos 
casos 
 
 
 
Ectopia: Situação fisiológica, não demandando 
intervenções no período de atividade menstrual, 
geralmente, a JEC situa-se no nível do orifício 
externo ou para fora deste, caracterizando 
ectopia ou eversão. 
 
Cistos de naboth: Obstrução dos ductos 
excretores das glândulas endocervicais 
subjacentes, sem significado patológico, não 
demandando intervenções. 
 
Colo atrófico: Estes achados são comuns no 
período do climatério 
 
Vaginose Bacteriana: Secreção vaginal 
acinzentada, cremosa, com odor fétido, mais 
acentuado após o coito e durante o período 
menstrual. 
 (Gardnerella vaginalis, Mobiluncus sp, 
bacteroides sp, Mycoplasma hominis) 
 
Secreção vaginal branca, grumosa aderida à 
parede vaginal e ao colo do útero; sem odor; 
Prurido vaginal intenso; Edema de vulva; • 
Hiperemia de mucosa; (Candida albicans mais 
comum) 
 
 
 
Secreção vaginal amarelo esverdeada, bolhosa 
e fétida. Outros sintomas: prurido intenso, 
edema de vulva, dispareunia, colo com petéquias 
e em “framboesa”. (Trichomonas vaginalis) 
 
Coleta na ectocérvice: espátula de Ayre, do 
lado que apresenta reentrância. Encaixar a ponta 
mais longa da espátula no orifício externo do 
colo, apoiando-a firmemente, fazendo uma 
raspagem em movimento rotativo de 360°em 
torno de todo o orifício cervical 
 
Coleta na endocérvice: escova endocervical. 
Recolher o material introduzindo a escova 
endocervical e fazer um movimento giratório de 
360°, percorrendo todo o contorno do orifício 
cervical. 
Estender o material sobre a lâmina de maneira 
delicada para a obtenção de um esfregaço 
uniformemente distribuído, fino e sem 
destruição celular; 
• A amostra ectocervical deve ser disposta 
no sentido transversal; 
• O material retirado da endocérvice deve ser 
colocado na metade inferior da lâmina, no 
sentido longitudinal. 
• O esfregaço obtido deve ser 
imediatamente fixado para evitar o 
dessecamento do material; 
• Fechar o espéculo não totalmente, 
evitando beliscar a mulher; 
• Retirar o espéculo delicadamente, 
inclinando levemente para cima, 
observando as paredes vaginais; 
• Retirar as luvas; 
• Auxiliar a mulher a descer da mesa; 
• Solicitar que ela troque de roupa; 
• Enfatizar a importância do retorno para o 
resultado e se possível agendar conforme 
rotina da unidade básica de saúde. 
 
RECOMENDAÇÕES DIANTE DOS 
RESULTADOS DE EXAMES 
CITOPATOLÓGICOS 
A nomenclatura dos exames citopatológicos 
utilizada no Brasil (INCA, 2006) foi baseada no 
Sistema Bethesda; 
O Sistema Bethesda 2001 denomina de lesão 
intraepitelial escamosa de baixo grau (do 
inglês Low-Grade Squamous Intraepithelial 
Lesion – LSIL) as alterações citológicas 
anteriormente classificadas por Richart (1967) 
como neoplasia intraepitelial cervical grau 1 
(NIC1) e/ou as alterações citopáticas decorrentes 
de infecção por HPV. 
 
Nomenclatura: 
• ASCUS atipias de significado 
indeterminado em células escamosas; 
• ASC-H Atipias de significado 
indeterminado em células escamosas 
não podendo se excluir lesão de alto 
grau; 
• ASC-US Atipias de significado 
indeterminado em células escamosas, 
possivelmente não neoplásicas; 
• HSIL Lesão intraepitelial escamosa de 
alto grau; 
• LSIL Lesão intraepitelial Escamosa de 
Baixo Grau; 
• NIC Neoplasia intraepitelial cervical; 
• LIE: lesão intraepitelial. 
 
 
 
 
AULA 13 – PREVENÇÃO DOS AGRAVOS 
RELACIONADOS À MULHER (CÂNCER DE 
MAMA) 
• Também acomete homens, porém é raro, 
representando apenas 1% do total de casos 
da doença; 
• É raro antes dos 35 anos, sua incidência 
cresce progressivamente, especialmente 
após os 50 anos; 
• Existem vários tipos de câncer de mama. 
Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. 
A maioria dos casos tem bom prognóstico. 
• Resulta de uma proliferação incontrolável 
de células anormais, que surgem em 
função de alterações genéticas, sejam elas 
hereditárias ou adquiridas por exposição a 
fatores ambientais ou fisiológicos; 
• Essas alterações genéticas podem provocar 
mudanças no crescimento celular ou na 
morte celular programada, levando ao 
surgimento do tumor. 
Iniciação: fase em que os genes sofrem ação de 
fatores cancerígenos. 
 
Promoção: fase em que os agentes 
oncorpomotores atuam na célula já alterada. 
 
Progressão: caracterizada a pela multiplicação 
descontrolada e irreversível da célula 
 
 
FATORES DE RISCO 
Fatores endócrinos ou relativos à história 
reprodutiva: Referem-se ao estímulo do 
hormônio estrogênio produzido pelo próprio 
organismo ou consumido por meio do uso 
continuado de substâncias com esse hormônio. 
• Idade (Menopausa tardia > 50 anos) 
• Menarca precoce (<12anos) 
• Primeira gravidez após os 30 anos 
• Associação do uso de contraceptivos orais 
• Nuliparidade 
• Terapia de reposição hormonal 
• Obesidade 
• Ingestão regular de álcool 
• História familiar (mãe/irmã/filha) 
• Sedentarismo 
• Exposição à radiação 
 
O uso de contraceptivos orais é considerado um 
fator de risco, embora estudos sobre o tema 
tenham resultados controversos. 
 
Fatores genéticos/hereditários 
Relacionados à presença de mutações em 
determinados genes transmitidas na família, 
especialmente BRCA1 e BRCA2. Mulheres com 
histórico de casos de CA de mama em familiares 
consanguíneos, sobretudo em idade jovem; de 
câncer de ovário ou de câncer de mama em 
homem podem ter predisposição genética. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Aparecimento de um nódulo (indolor, 
duro e irregular): Há tumores que são de 
consistência branda, globosos e bem 
definidos. 
• Saída de secreção pelo mamilo 
(especialmente unilateral e espontânea) 
geralmente é transparente, podendo 
também ser rosada ou avermelhada devido à 
presença de hemácias 
• Coloração avermelhada da pele da mama, 
edema cutâneo semelhante à casca de 
laranja, retração cutânea, dor ou inversão 
no mamilo, descamação ou ulceração do 
mamilo. 
• Linfonodos palpáveis nas axilas 
 
PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO 
PRIMÁRIA 
• Ações intersetoriais que promovam acesso à 
informação e ampliem oportunidades para 
controle do peso corporal e a prática regular 
de atividade física; 
• O amplo acesso da população a 
informações claras, consistentes e 
culturalmente apropriadas deve ser uma 
iniciativa dos serviços de saúde em todos os 
níveis, especialmente na APS; 
• Controle dos fatores de risco reconhecidos 
(obesidade pós-menopausa, sedentarismo, 
consumo excessivo de álcool etc); 
• Mastectomia profilática (ainda em estudo) 
em mulheres com risco muito elevado de 
câncer de mama; 
• Amamentação: Os possíveis mecanismos 
biológicos envolvidos nesse efeito protetor 
estão relacionados à forte exfoliação do 
tecido mamário, às alterações na estrutura da 
mama, à intensa apoptose epitelial ao final da 
amamentação e à redução do tempo de 
exposição da lactante ao estrogênio e outros 
hormônios durante a amenorreia. 
 
 
 
 
DETECÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE 
• O câncer de mama quando identificado em 
estágios iniciais (lesões menores que dois 
centímetros de diâmetro) apresenta 
prognóstico favorável; 
• A estratégia de diagnóstico precoce 
contribui para a redução do estágio de 
apresentação do câncer; 
• Nessa estratégia é fundamental a educação 
da mulher e dos profissionais de saúde 
para o reconhecimento dos sinais e 
sintomas (política de alerta à saúde das 
mamas) de câncer de mama, assim como o 
acesso rápido e facilitado aos serviços de 
saúde; 
• O diagnóstico precoce é especialmente 
importante em contextos onde predomina a 
apresentação do câncer de mama em fase 
avançada, pois o estadiamento em fase 
inicial possibilita terapias mais efetivas e 
menos agressivas 
 
ESTRATÉGIAS DE MELHORIA 
• Rastreamento: Investigação quando uma 
pessoa atinge requisitos independente de 
sinais e sintomas. O objetivo do rastreamento 
é o diagnóstico precoce. 
• Diagnóstico precoce: É quando se percebe 
algum sinal ou sintoma. 
• Tratamento imediato. 
 
Para o INCA: 
• Rastreamento é a identificação do câncer de 
mama em indivíduos assintomáticos. 
• Diagnóstico precoce é a identificação, o mais 
precocemente possível, do câncer de mama 
em indivíduos sintomáticos. 
 
Prevenção primária: Relacionada a evitar os 
fatores de risco 
Prevenção secundária: Rastreamento daquelas 
que preenchem os requisitos de riscos 
Prevenção terciária: Evitar a limitação do dano 
ou reabilitar a mulher que passou por esse 
problema 
 
RASTREAMENTO 
Exame de mamografia: é o único exame 
utilizado para rastreamento, com capacidade de 
detectar lesões não palpáveis 
 
 
 
• Exame clínico das mamas (ECM): deve 
incluir a inspeção estática, inspeção dinâmica, 
palpação das mamas e das cadeias 
ganglionares axilares e supra claviculares; 
• Realizado pelo profissional de saúde 
(enfermeiro/ médico). 
 
 
Inspeção: Identifica visualmente sinais sugestivos 
de câncer, tais como alterações no contorno da 
mama, ulcerações cutâneas ou do complexo 
areolopapilar. 
 
O examinador deve solicitar que a mulher eleve e 
abaixe os braços lentamente, e realize contração 
da musculatura peitoral, comprimindo as palmas 
das mãos uma contra a outra

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