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QUIMICA TEC APOSTILA Práticas

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
 
CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA 
 
DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA TECNOLÓGICA 
 
Engenharia Mecânica 
 
 
Prof. Fauze Ahmad Aouada 
 
 
Roteiro de Laboratório 
 
2º Semestre/2013 
 
 
 
 
USO E MANUTENÇÃO DE MATERIAIS OBRIGATÓRIOS PARA AS AULAS DE 
LABORATÓRIO DE QUÍMICA 
 
Óculos de proteção: 
 
- manter limpos, não utilizando materiais abrasivos ou solventes orgânicos, apenas o 
detergente neutro e secá-lo com papel macio. 
- guardar o equipamento em local adequado, para evitar riscos e quebras. 
 
Luvas: 
 
- devem ser inspecionadas antes e depois do uso quanto a sinais de deterioração, 
orifícios, etc. 
- descartáveis não devem ser limpas ou reutilizadas, e descartar em lixo de resíduo 
químico. 
- lavar as mãos sempre que retirar as luvas. 
 
Avental: 
 
- material de algodão, mangas compridas, comprimento até os joelhos, sem cinto 
atrás. 
- deve ser usado sempre fechado. 
- nunca lavar com outras peças, sempre separadamente, por ser uma peça 
contaminada. 
 
Sapatos: 
 
- fechados (couro, tênis ou similar). 
 
Roupas: 
 
-calça comprida. 
 
Cabelos: 
 
- se compridos, sempre presos. 
 
Evitar usar pulseiras ou adornos que possam enroscar ou esbarrar nos 
materiais de uso no laboratório e causar acidentes. 
 
 
 
 
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PRINCÍPIOS GERAIS DE TÉCNICAS E CONSELHOS ÚTEIS 
 
 O Laboratório de Química não é um local perigoso de trabalho mas, é 
necessário um compromisso por parte do aluno para mantê-lo seguro. Descuidos ou 
ainda a ignorância de possíveis perigos podem provocar acidentes, daí ressaltarmos 
a importância que o aluno deve dar às instruções dadas pelo professor acerca das 
precauções que devem ser tomadas no laboratório. Para a maioria das operações de 
laboratório existem instruções específicas que cada aluno deve obedecer para o bem 
de sua segurança e da de seus colegas; todavia, algumas regras são mais gerais e 
estão resumidas a seguir. 
 
01. Não brinque em serviço; lembre-se que o laboratório é lugar para trabalho sério. 
 
02. Qualquer acidente deve ser comunicado imediatamente ao professor. 
 
03. É obrigatório o uso de avental. 
 
04. Faça apenas as experiências indicadas pelo professor; não é permitido realizar 
experiências não autorizadas. 
 
05. Leia atentamente os rótulos dos frascos dos reagentes antes de utilizá-los, faça a 
leitura pelo menos duas vezes, a fim de evitar enganos. 
 
06. Use a capela quando tiver que manusear líquidos tóxicos e voláteis. 
 
07. Evite derramar líquidos, mas se o fizer, limpe imediatamente o local (consulte o 
professor). 
 
08. Se alguma solução ou reagente respingar em sua pele ou olhos, lave-se 
imediatamente com bastante água corrente e avise imediatamente o professor. 
 
09. Não toque os produtos químicos com as mãos a menos que esteja autorizado 
pelo professor. 
 
10. Não prove quaisquer produtos químicos ou soluções. Não engula o material. Se 
alguma substância ou solução for ingerida acidentalmente procure 
imediatamente o professor. 
 
11. Não inale gases ou vapores desconhecidos. Se for necessária a inalação nunca 
faça diretamente colocando o rosto sobre o recipiente que contém o líquido. Use 
sua mão para frente e para trás, a pouca distância do recipiente. 
 
12. Mantenha sua cabeça e seu vestuário afastados de chamas. 
 
13. Quando aquecer uma substância ou solução num tubo de ensaio, dirija a boca 
do mesmo para o lado que você e seus colegas não possam ser atingidos por 
eventuais projeções do conteúdo do tubo. 
 
14. Nunca aqueça recipientes que contenham líquidos voláteis e inflamáveis em 
chama direta nem os coloque nas vizinhanças, use em banho-maria. 
 
15. Tenha muito cuidado com materiais inflamáveis, qualquer princípio de incêndio 
deve ser abafado imediatamente com uma toalha. 
 
16. Nunca empregue equipamento de vidro trincado ou quebrado, substitua-o 
imediatamente. 
 
17. Tubos cortados possuem arestas que podem causar ferimento e dilacerar rolhas. 
Arredonde-os, aquecendo a extremidade do tubo (girando-o) na chama do bico 
de Bunsen. Se isso for necessário, comunique o professor imediatamente.Tome 
cuidado para não estrangular o tubo. 
 
18. Preste muita atenção quando manusear materiais de vidro tais como tubos e 
termômetros, pois o vidro é frágil e se rompe com facilidade, acidente que 
freqüentemente produz lesões, às vezes graves. 
 
19. Não abandone peças de vidro aquecidas em qualquer lugar, lembre-se que o 
vidro quente tem a mesma aparência que o vidro frio. Deixe-as esfriar 
naturalmente. 
20. Adicione sempre ácido à água para diluir um ácido concentrado, nunca adicione 
água ao ácido. 
 
21. Lave bem as mãos antes de deixar o laboratório. 
 
22. Peça autorização ao professor se quiser modificar o processo experimental ou 
alterar as quantidades ou naturezas dos reagentes a utilizar. Nunca faça esse 
procedimento sem a autorização do professor. 
 
23. Não devolva sobras de reagentes aos frascos de origem, para não impurificar 
(contaminar) o seu conteúdo, pelo mesmo motivo, não introduza quaisquer 
objetos nos frascos que contém soluções, salvo o conta-gotas próprio de que 
alguns são dotados. 
 
 3 
24. Jogue no recipiente apropriado destinado ao lixo todos os sólidos e pedaços de 
papel usados, nunca jogue nas pias, fósforos usados, cacos de vidro, papel de 
filtro ou qualquer sólido ainda que ligeiramente solúvel. 
 
25. Dilua as soluções residuais com bastante água corrente ao despejá-las nas pias. 
Porém antes de fazer esse procedimento comunique o professor ou responsável. 
 
26. Não aqueça cilindros graduados ou frascos volumétricos. 
 
27. Para furar uma rolha de cortiça, use furador de diâmetro igual ao tubo de vidro, 
se a rolha for de borracha, verifique qual furador têm diâmetro igual ao do tubo e 
use o de número imediatamente superior. 
 
28. Para cortar um tubo de vidro, apoie-o sobre a mesa, segure-o com o indicador e 
o polegar da mão esquerda. Faça, então, com um só golpe de uma lima 
triangular, uma ranhura perpendicular ao eixo do tubo. 
Pegue em seguida o tubo com as duas mãos e parta-o com um movimento de 
alavanca, apoiando os polegares no lado oposto à ranhura. 
 
29. Nunca tente introduzir tubos de vidro, termômetros e hastes de funil em rolhas de 
borracha sem lubrificar o tubo e o orifício com água; além disso, proteja as mãos 
com um pano grosso (toalha). 
 
30. Ao término do uso de uma solução nunca esqueça de recolocar a tampa para 
evitar a contaminação e evaporação das substâncias voláteis. 
 
31. Os frascos lavadores devem conter somente água destilada. 
 
32. Ao pesar qualquer substância verificar se os materiais utilizados estão 
devidamente limpos e secos. 
 
33. Quando tentar remover um tubo de vidro, termômetros, haste de funil de uma 
rolha de borracha, lubrifique-o com um pouco de água e se a borracha estiver 
grudada no vidro, não force-a, corte-a. 
 
34. Se uma rolha de vidro esmerilhado aderir ao gargalo do frasco, bata nela 
levemente com um pedaço de madeira, de baixo para cima; se não soltar, chame 
o professor. 
 
35. Conserve limpa sua mesa e sem equipamento (bolsas ou outros materiais); ao 
fim da aula, lave todo o material de vidro e porcelana que utilizou com 
detergente. 
 
36. Lembre-se que o uso de celular ou outros equipamentos eletrônicos é proibido, 
assim como fotografias e filmagens de parte ou totalidade dos experimentos. 
 
37. Consulte o professor quando tiver alguma dúvida.4 
INSTRUÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOA DAS AULAS PRÁTICAS 
 
INTRODUÇÃO 
 
Situar o assunto enfatizando os pontos principais que foram tratados. Todas 
essas informações que foram baseadas em literatura científica devem ser 
referenciadas no texto, preferencialmente em forma de colchetes. Por exemplo: O 
elemento químico hélio tem número atômico igual a 2 [número da referência]. 
 
OBJETIVOS 
 
Apresentar o(s) objetivo(s) do experimento(s). 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
Descrever as atividades realizadas na forma impessoal, “colocou-se....; 
adicionou-se....; pesou-se....”. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Nesta seção são adicionados as tabelas, gráficos, reações, cálculos 
solicitados, etc... Note que seção contempla os resultados obtidos durante a 
execução do experimento. 
Esta seção pode conter também resultados/dados que não foram obtidos 
durante a realização do experimento, desde que esses têm o objetivo de 
comparação. Nesse caso, o autor do relatório deverá apresentar a referência 
bibliográfica. Por exemplo: O ponto de fusão do elemento X obtido 
experimentalmente é menor do que o teórico [número da referência]. 
Recomenda-se também nessa seção apresentar os possíveis erros 
associados aos experimentos que leva na maioria das vezes a valores diferentes dos 
reais. Por exemplo: erros associados a pesagem, leitura de mensico, perda de 
reagentes em processos de filtragem, etc...... 
 
CONCLUSÕES 
 
 Indicar as principais observações e resultados nos experimentos, incluindo 
fatores previstos e imprevistos. No entanto, não discutir os resultados que deverá ser 
feito na seção Resultados e discussão. 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
 Pedir na Biblioteca as instruções para a citação das referências de literatura 
cientifica utilizadas, incluindo: livros, capítulos de livros, artigos em revistas nacionais 
e internacionais, etc... 
Todas as referências citadas no texto deverão constar na lista de bibliografia 
consultada, assim como toda a referência inserida na lista de referência deverá 
constar no texto do relatório. 
 
ANEXO 
 
Nesta seção o aluno poderá adicionar itens que não comprometam a 
qualidade do relatório. Por exemplo: figuras ilustrativas e materiais suplementares, 
deduções de equações, etc... 
Esta seção será destinada também a resolução das questões solicitadas ao 
final de cada experimento (prática), quando houver. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ROTEIRO DAS PRÁTICAS - PREVISÃO 
 
 
Número 
experimento 
apostila 
Data de 
execução 
Título do experimento 
---- 08/08/13 – SP2 
15/08/13 – SP3 
Apresentando o Laboratório / Cuidados e EPIs 
03 22/08/13 – SP2 
29/08/13 – SP3 
Eletroquímica 
04 05/09/13 – SP2 
12/09/13 – SP3 
Corrosão galvânica 
05 19/09/13 – SP2 
26/09/13 – SP3 
Corrosão eletrolítica 
06 03/10/13 – SP2 
10/10/13 – SP3 
Soluções poliméricas e purificação de polímeros 
07 17/10/13 – SP2 
24/10/13 – SP3 
Policondensação 
01 31/10/13 – SP2 
07/11/13 – SP3 
Teor de álcool na gasolina 
02 14/11/13 – SP2 
21/11/13 – SP3 
Pontos de fulgor e combustão 
 28/11/13 – SP2 
05/12/13 – SP3 
Se precisar repor aula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPERIMENTO Nº: 01 
ASSUNTO: Determinação do Teor de Álcool em Gasolina 
 
OBJETIVO: Verificar a porcentagem de matéria solúvel em água na gasolina 
automotiva. 
 
FUNDAMENTOS TEÓRICOS: 
 
A gasolina é uma mistura de diversos produtos orgânicos. Além dos 
hidrocarbonetos originários do petróleo, através da destilação fracionada e 
craqueamento, encontramos o álcool (adição limite de 20%, benzol). A adição de tais 
compostos visa dar consumo a combustíveis não importados e melhorar a qualidade 
do produto (são chamados aditivos). 
 
MATERIAIS E REAGENTES: 
 
- Becker de 100 mL 
- Tela de amianto 
- Bico de bunsen 
- Haste e anel 
- Tripé 
- Funil de separação de 200 mL 
- Proveta de 100 mL 
- Amostra de gasolina 
 
 
PROCEDIMENTO: 
 
1. Medir na proveta 50 mL da amostra de gasolina e transferir para o funil de 
separação. 
2. Medir na proveta 50 mL de água destilada e adicionar ao funil de separação. 
3. Agitar vigorosamente por 1 minuto, tendo-se o cuidado de abrir a torneira do funil 
para diminuir a pressão formada devido aos vapores da gasolina. 
4. Prender o funil ao anel e deixar em repouso até a separação de 2 fases distintas. 
5. Transferir a fase aquosa para a proveta e fazer a leitura percentual do teor 
alcoólico na gasolina; este é o obtido multiplicando-se v por 2. 
6. Reservar a fase aquosa para a 2ª experiência. 
 6 
QUESTÕES: 
 
1. Estabeleça uma comparação objetiva entre a destilação fracionada e o 
craqueamento do petróleo. 
2. Quais os tipos de craqueamento de petróleo que podem ser realizados? No que 
diferem? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPERIMENTO Nº:02 
ASSUNTO: Pontos de Fulgor e de combustão 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Nos primórdios da indústria do petróleo, o produto mais importante 
era o “óleo de queima” (querosene). Considerava-se a gasolina um produto perigoso 
e indesejável. Por conseguinte tornou-se necessário um método de ensaio que 
permitisse pesquisar no querosene, a presença da gasolina, que é muito volátil. 
 Uma prova simples e demonstrativa de inflamabilidade dos “óleos 
de queimar” era, naquela época, aproximar uma chama ao combustível, durante seu 
aquecimento. 
 Se o “óleo de queimar” contivesse gasolina, inflamava-se 
produzindo um pequeno clarão e pouco depois, entrava em combustão, originando-se 
deste fato os termos “Provas de Fulgor” e de “Combustão”. 
 A proporção que foi sendo ampliado o número de lubrificantes 
derivados do petróleo, também se foi intensificando o uso das provas de ponto de 
fulgor, com o objetivo de controle da produção e da classificação dos produtos. Mais 
de uma vez, no caso destes ensaios, as especificações de compra passaram a incluí-
los entre seus itens, como características de seleção dos óleos. 
 Os pontos de fulgor e de combustão dos óleos lubrificantes são 
determinados, quase exclusivamente por meio do aparelho CLEVELAND para ensaio 
em “vaso aberto”, composto essencialmente de um vaso de bronze, com rebordo 
largo na boca medindo 2 1/2” e 5” de profundidade. 
 
 
MATERIAIS 
 
- Aparelho de CLEVELAND 
- Termômetro (próprio do aparelho) 
- Óleos lubrificantes 
- Óleo diesel 
 
PROCEDIMENTOS: 
 
a) Monte o aparelho conforme instrução do professor. 
b) Coloque óleo lubrificante no vaso até a marcação indicada internamente. 
 7 
c) Adapte o termômetro próprio, deixando o bulbo mergulhado no líquido. 
d) Acenda a chama “piloto”. 
e) Ligue o sistema de aquecimento elétrico. 
f) Durante o aquecimento passa-se a chama “piloto” sobre a superfície do óleo, na 
altura do rebordo do vaso, até se observar um fulgor (clarão). Nesse momento 
registra-se como ponto de fulgor a temperatura em que tal fato ocorrer. 
g) Continua-se o aquecimento, até quando toda a superfície do óleo entrar em 
combustão ao contato com a chama “piloto”. Anota-se e registra-se como ponto de 
combustão a temperatura em que tal fato ocorrer. 
h) Repete-se todo procedimento por mais duas vezes. 
 
 
QUESTÕES PROPOSTAS: 
 
1) Complete o quadro segundo as determinações para o óleo lubrificante: 
 
ENSAIO no PONTO DE FULGOR (ºC) PONTO DE COMBUSTÃO (ºC) 
1 
2 
3 
 
2) Através do experimento que você realizou, defina ponto de fulgor e ponto de 
combustão. 
 
3) Qual a importância em se determinar pontos de fulgor e de combustão de 
combustíveis? 
 
4) Por que motivo os ensaiosdevem ser realizados com repetição? 
 
OBS: Podem ser usados gasolina e Diesel. 
 
 
 
 
 
 
 
EXPERIMENTO Nº:03 
ASSUNTO: Eletroquímica 
 
OBJETIVO: Observar os diferentes potenciais de oxidação e redução de substâncias 
quando postas em contato. 
 
MATERIAIS: 
 
a) Vidraria: 7 béqueres de 50 mL e 100 mL, pipeta de 1 mL. 
b) Reagentes: Soluções de CuSO4, FeSO4, ZnSO4, AlCl3, cloreto de mercúrio II e 
acetato de chumbo 1M, mercúrio metálico. 
c) Diversos: tiras metálicas de cobre, aço galvanizado (zinco), chumbo, alumínio 
(papel laminado), prego, espátula e palha de aço. 
 
PROCEDIMENTO: 
 
1. Em um béquer, colocar 50 mL da solução de CuSO4, em seguida mergulhar 
parcialmente uma lâmina de ferro bem limpa e ao outro béquer, adicionar 50 mL de 
solução de FeSO4 e mergulhar a lâmina de cobre. Anotar as observações e baseado 
nas meias reações da tabela de potenciais, escrever a equação que representa o 
sentido espontâneo da reação. 
2. Em um béquer colocar 50 mL de solução de acetato de chumbo, em seguida 
mergulhar parcialmente uma lâmina de aço galvanizado e ao outro béquer, adicionar 
50 mL de solução de ZnSO4 e mergulhar a lâmina de chumbo. Retirar a lâmina de 
aço galvanizado, secá-la e esfregá-la com palha de aço para, em seguida, mergulhá-
la de novo na solução de acetato de chumbo. Anotar as observações e baseado nas 
meias reações da tabela de potenciais, escrever a equação que representa o sentido 
espontâneo da reação. 
3. Em um béquer colocar 50 mL de solução de mercúrio II, em seguida mergulhar 
parcialmente uma lâmina de cobre bem limpa e ao outro béquer, adicionar 50 mL de 
solução de CuSO4 e uma gota de mercúrio metálico. Anotar as observações e 
baseado nas meias reações da tabela de potenciais, escrever a equação que 
representa o sentido espontâneo da reação. 
4. Em um béquer adicionar 50 mL da solução de AlCl3 e uma gota de mercúrio 
metálico. Dobrar em quatro partes uma tira de papel laminado e sobre ele aplicar 
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duas gotas da solução de mercúrio II. Esperar 10 segundos e secar levemente com 
papel higiênico. Observar o fenômeno que ocorre. 
 
QUESTÕES: 
 
1. Quais os potenciais das reações que ocorrem espontaneamente nos itens 1 a 4? 
2. Porque o alumínio não se oxida continuamente ao ar? 
3. O que ocorre com o papel laminado para que o alumínio se oxide continuamente? 
4. Escrever as reações anódica e catódica para os experimentos feitos. 
5. Porque o aço galvanizado não foi inicialmente atacado pelo Hg+2? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPERIMENTO Nº:04 
ASSUNTO: Corrosão galvânica 
 
OBJETIVO: Demonstrar a diferença de potencial entre materiais imersos em um 
eletrólito e entre partes diferentes de uma mesma peça metálica. 
 
MATERIAL UTILIZADO: 
 
a) Vidraria: béquer de 500 mL, duas placas de Petri, bastão de vidro 
b) Reagentes: 2 g de NaCl, 3 g de Agar-agar, 0,15 g de ferricianeto de potássio 
K3Fe(CN)6, fenolftaleína. 
c) Diversos: Dois pregos de ferro, tira de cobre de 15 cm, fio de cobre, tripé, bico de 
Bunsen, etiquetas, palha de aço. 
 
PROCEDIMENTO: 
 
a) Colocar o gel de ágar-agar em um béquer de 25 mL e adicionar água até 
umedecê-lo completamente. 
b) Aquecer 200 mL de água à ebulição, adicionar o gel e agitar até dispersão total e, 
em seguida, adicionar o NaCl. Abaixar o fogo, mas mantendo a mistura em ebulição. 
c) Transferir a solução para uma das placas de Petri até a metade de sua altura, 
retornando o béquer para o aquecimento. 
d) Deixar resfriar a dispersão na placa. 
e) Unir a tira de cobre e o prego por meio do fio de cobre previamente lixado, de 
modo que fiquem separados por uma distância entre 3 e 4 cm. Dispor o conjunto 
sobre a gelatina na placa e cobri-lo com mais solução. Deixar gelificar, cobrir com a 
tampa e etiquetar. 
f) Ao restante da solução no béquer, adicionar o ferricianeto de potássio K3Fe(CN)6 e 
4 gotas de fenolftaleína. 
g) Verter a solução em outra placa de Petri até a sua metade e esperar gelificar. 
h) Dispor um prego sobre a gelatina e cobri-lo com o restante da solução. Após 
resfriamento, tampar a placa e etiquetar. 
i) Os resultados serão observados na próxima aula. 
 
 
 
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QUESTÕES: 
 
1. Qual a função do agar-agar? 
2. Escrever as reações anódica e catódica para os processos. 
3. Quais as cores observadas na segunda placa? 
4. Escrever as reações que representam a formação de cor nos eletrodos. 
5. Qual o composto formado na região intermediária da primeira placa e como se 
forma? 
 
 
Ver discussão no Capítulo 8 (Experiência 8.1) e Pranchas Coloridas do Livro: 
Corrosão. Autor: Vicente Gentil. 6a Edição, Editora LTC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPERIMENTO Nº:05 
ASSUNTO: Corrosão eletrolítica 
 
OBJETIVO: Demonstrar o potencial corrosivo ocasionado por uma corrente imposta 
a uma peça metálica desprotegida. 
 
MATERIAIS: 
 
a) Vidraria: béquer de 250 mL. 
b) Reagentes: solução aquosa de NaCl 3% m/v, fenolftaleína, solução aquosa de 
ferricianeto de potássio 1M (1 mol/L) 
c) Diversos: dois pregos grandes, contatos, haste e base, tábua de madeira de 20X25 
cm com dois furos, retificador de corrente. 
 
PROCEDIMENTO: 
 
a) Adicionar ao béquer, 200 mL de uma solução de NaCl%, 1 mL de fenolftaleína e 2 
mL de solução de ferricianeto de potássio. 
b) ligar os pregos aos pólos do retificador e imergi-los na solução. 
c) Ligar o retificador à tomada e anotar os resultados. 
 
QUESTÕES: 
 
1. Quem funciona como ânodo e qual a cor observada? 
2. Quem funciona como cátodo e qual a cor observada? 
3. Quais as reações nos eletrodos? 
4. Após um bom tempo, o que acontecerá com o prego no ânodo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXPERIMENTO Nº:06 
ASSUNTO: Soluções poliméricas e purificação de polímeros. 
 
OBJETIVO: Observar algumas propriedades de polímeros em função de seu 
tamanho molecular. 
 
MATERIAIS EMPREGADOS: 
a) Vidraria: Béquer de 100 mL e de 500 mL, 5 erlenmeyers de 125 mL, 1 erlenmeyer 
de 500 mL, funil de filtração, bastão de vidro, espátula, funil de adição de 100 mL. 
b) Substâncias: isopor, clorofórmio, metanol, NaCl. 
c) Diversos: papel de filtro, base com haste, aro, corpo de caneta bic. 
 
PROCEDIMENTO E COMENTÁRIOS: 
 
 A dissolução de polímeros não se comporta exatamente igual à de 
substâncias orgânicas de baixo peso molecular devido ao alto peso molecular de 
suas cadeias. A presença de interações intermoleculares e emaranhados 
moleculares dificulta o processo fazendo com que seja necessário um tempo maior 
para que as moléculas do solvente penetrem entre as cadeias separando-as. 
Polímeros amorfos geralmente solubilizam mais rapidamente que polímeros 
cristalinos, pois estes possuem interações intermoleculares mais intensas. Este efeito 
pode ser observado ao adicionar-se um pedaço de isopor e um pedaço de 
poliestireno rígido (corpo de caneta bic ou um pedaço de régua) a um frasco 
contendo solvente, e.g., clorofórmio. 
 
 Ao béquer de 100mL adicione 20mL de clorofórmio e um pedaço do corpo 
de caneta bic (poliestireno cristal – de alta densidade) e deixe em repouso. 
 
 O isopor (poliestireno expandido), possuindo uma densidade muito menor 
que a do poliestireno rígido, tende a solubilizar-se com maior rapidez. 
 
 Além disso, mesmo em baixas concentrações, as viscosidades das soluções 
são muito mais altas do que se os compostos fossem de baixo peso molecular e este 
efeito é crescente com a concentração e o peso molecular do polímero. Para verificarexperimentalmente este efeito, procede-se à dissolução de isopor em clorofórmio 
segundo a tabela abaixo: 
 
Solução Concentração 
(% - g/dL) 
Volume de 
CHCl3 (mL) 
Massa de 
isopor (g) 
1 1% 50 0,5 
2 10% 50 5 
3 15% 50 7,5 
 
 Em erlenmeyers de 125 mL adicionar 25 mL de clorofórmio. Ao frasco 1, 
adicione 0,5 g de isopor, ao frasco 2 acrescentar 5 g de isopor, ao frasco 3, 7,5 g de 
isopor. Completar com mais 25 mL de clorofórmio. Para efeito de comparação, 
dissolver 5 g de sal de cozinha em 50 ml de água. 
 
 Pode-se observar que, à medida que a concentração aumenta, a solução vai 
ficando mais viscosa e, a 10% sua viscosidade é bem maior do que a solução salina, 
o que é um reflexo do alto peso molecular dessas substâncias poliméricas. 
 
A precipitação do polímero pode ser feita montando-se o sistema abaixo, 
constituído por uma base com haste, aro de metal, funil de adição de 100mL e um 
erlenmeyer de 500 mL. 
 
 
 No erlenmeyer adicionam-se 250mL de metanol ou etanol. 
Adicione ao funil de adição a solução a 15% de isopor em 
clorofórmio e, com agitação manual ou magnética, adiciona-se 
gota a gota a solução polimérica ao erlenmeyer. Observe que 
imediatamente começa a precipitação do polímero. Finda a 
precipitação, o sistema apresenta-se com um líquido 
esbranquiçado com uma massa branca ao fundo. O 
branqueamento da solução deve-se a frações de baixo peso 
molecular que ficam em emulsão. Para que estas frações 
precipitem, adiciona-se duas gotas de HCl concentrado ao 
erlenmeyer e aguarda-se algumas horas. 
 
 Com a precipitação destas frações, o líquido fica transparente e o material 
pode ser filtrado em papel de filtro qualitativo e o polímero secado em estufa por meia 
hora. 
Deve-se ressaltar que a eficiência da precipitação está diretamente 
relacionada à razão solvente/não-solvente, portanto, quanto maior a proporção de 
não solvente e quanto mais concentrada for a solução polimérica, melhor será a 
eficiência da precipitação. 
 11 
EXPERIMENTO Nº:07 
ASSUNTO: Policondensação. 
 
OBJETIVO: Preparação de polímeros através de policondensação. 
 
1. PREPARAÇÃO DE UM SAL DE NÁILON (náilon 26) 
 
MATERIAIS: 
 
a) Vidraria: 2 béqueres de 100 mL, cápsula de porcelana, funil de vidro, bastão de 
vidro, proveta de 50 mL. 
b) Reagentes: ácido adípico, etilenodiamina, etanol. 
c) Diversos: tripé com tela refratária, bico de Bunsen, pinça, papel de filtro. 
 
PROCEDIMENTO 
 Em um béquer, adicionar 7,3 g de ácido adípico a 55mL de etanol e aquecer 
o sistema em fogo baixo. A um outro béquer adicionar 3,4 mL de etilenodiamina em 
10mL de etanol. Após dissolução adicionar a solução da diamina ao ácido com 
agitação e com agitação esporádica, aguardar 30 minutos. 
Filtrar o sal e lavá-lo com duas porções de 10mL de etanol. Secar em estufa. 
Após a secagem, por o sal na cápsula de porcelana e levar ao fogo para desidratá-lo 
e iniciar o processo de polimerização. 
 
2. RESINA POLIÉSTER (Alquídica) 
 
MATERIAIS: 
 
a) Vidraria: cápsula de porcelana, bastão de vidro. 
b) Reagentes: anidrido ftálico, glicerina. 
c) Diversos: tripé com tela refratária, bico de Bunsen, papel laminado, pinça. 
 
PROCEDIMENTO: 
 Adicionar 7,5g de anidrido ftálico e 5g de glicerina à cápsula de porcelana e 
aquecer brandamente o sistema com agitação. Após homogeneização da massa, 
transferir para um cadinho feito com papel laminado e elevar a temperatura até que a 
mistura forme bolhas grandes e comece a expandir. Neste ponto, apague a chama e 
deixe esfriar. 
 
3. RESINA FENOL-FORMOL (baquelite) – opcional 
 
MATERIAL: 
 
a) Vidraria: tubo de ensaio, pipetas. 
b) Reagentes: fenol oxidado, formol, ácido clorídrico. 
c) Diversos: bico de Bunsen, pinça para tubo de ensaio, papel laminado 
 
PROCEDIMENTO: 
 
 A um tubo de ensaio adicione 1mL de fenol, 1mL de formol e duas gotas de 
HCl concentrado e aqueça brandamente até ferver. Quando isto acontecer, retire o 
tubo do fogo e verifique se a ebulição continua. Caso não, leve novamente o tubo ao 
fogo com cuidado para evitar o superaquecimento. Ao iniciar-se a turvação ou 
escurecimento da mistura, verta-a em uma forma de papel alumínio e continue o 
aquecimento até que se torne bem viscosa. Neste ponto, retire a cápsula do fogo e 
deixe esfriar. 
 
 
4. RESINA RESORCINA-FORMOL (colagel) – opcional 
 
MATERIAL: 
 
a) Vidraria: tubo de ensaio, pipetas. 
b) Reagentes: Resorcinol, formol, ácido sulfúrico, água destilada. 
c) Diversos: espátula. 
 
PROCEDIMENTO: 
 
 A um tubo de ensaio, adiciona-se 1mL de resorcinol, 2 mL de água destilada 
e uma gota de formol. Deixa-se escorrer pelo tubo de ensaio 0,5mL de ácido 
sulfúrico. Verificar os anéis formados.

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