Buscar

Trabalho de História da Arte

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

- Trabalho de História da Arte -
“ A Última Ceia – Leonardo da Vinci ”
Curso: Música Integral – 1º Período
Disciplina: Introdução a História da Arte
Professora: Letícia Andrade
Alunos: Gleidson Jordan dos Santos
Daiana Patrícia de Carvalho
Simone Raimundo
São João Del Rei, 28 de junho de 2009.
Introdução
	Este trabalho tem como objetivo explanar sobre a vida e obra de Leonardo da Vinci, situando-o em seu período histórico – Renascimento -, o qual é explicado na tentativa de compreensão das obras da época. Foca-se neste contexto, na obra “A Última Ceia” do artista aqui citado, desde o ponto de vista artístico até o ponto de vista místico por de traz da mesma. Contém imagens relacionadas ao tema, revelando-nos as diferentes faces criativas de Da Vinci, artista, arquiteto, cientista, engenheiro, etc.
“Monalisa de Leonardo da Vinci”
"De tempos em tempos, o Céu nos envia alguém que não é apenas humano, mas também divino, de modo que, através de seu espírito e da superioridade de sua inteligência, possamos atingir o Céu"  Visari ( século XVI).
- O Renascimento Cultural –
“Virgem de Granada – Da Vinci”
	Renascimento é o nome dado ao período histórico de grandes mudanças culturais, artísticas e científicas caracterizado pela retomada dos valores da cultura greco-romana, ou seja, da cultura clássica. O Renascimento começou na Itália, no século XIV, e difundiu-se por toda a Europa, durante os séculos XV e XVI. A fragmentada sociedade feudal da Idade Média transformou-se em uma sociedade dominada, progressivamente, por instituições políticas centralizadas, com uma economia urbana e mercantil, em que floresceu o mecenato da educação, das artes e da música. 
 	O termo “Renascimento” foi empregado pela primeira vez em 1855, pelo históriador francês Jules Michelet, para referir-se ao “descobrimento do Mundo e do homem” no século XVI. O historiador suíço Jakob Burckhardt ampliou este conceito em sua obra A civilização do renascimento italiano (1860), definindo essa época como o renascimento da humanidade e da consciência moderna, após um longo período de decadência. 
 	O Renascimento italiano foi, sobretudo, um fenômeno urbano, produto das cidades que floresceram no centro e no norte da Itália, como Florença, Ferrara, Milão e Veneza, resultado de um período de grande expansão econômica e demográfica dos séculos XII e XIII. Uma das mais significativas rupturas renascentistas com as tradições medievais verifica-se no campo da história. A visão renascentista da história possuía três partes: a Antigüidade, a Idade Média e a Idade de Ouro ou Renascimento, que estava começando. 
 	A idéia renascentista do humanismo pressupunha outra ruptura cultural com a tradição medieval. Redescobriram-se os Diálogos de Platão, os textos históricos de Heródoto e Tucídides e as obras dos dramaturgos e poetas gregos. O estudo da literatura antiga, da história e da filosofia moral tinha por objetivo criar seres humanos livres e civilizados, pessoas de requinte e julgamento, cidadãos, mais que apenas sacerdotes e monges. 
O Renascimento pode ser compreendido a partir deste principio, uma vez tratar-se de momento gravíssimo de crise terminal do Modo de Produção Feudal. A nova ética, a nova moral da burguesia, enfim, exigia o fim do cavalheirismo medieval. Exigia personagens capazes de simular serem o que não são, de dissimular ser o que são capazes, enfim, de erigir o blefe, a fraude e a pecúnia como seus tópicos principais de comportamento e adoração. 
O Homem do Renascimento, segundo Agnes Heller, era aquele que se comportava de acordo com as frases de Shakespeare ou Leonardo da Vinci, como: “Posso sorrir, e matar enquanto sorrio, E proclamar-me feliz com o que me aflige o coração, Molhar as minhas faces com lágrimas fingidas, E acomodar a minha cara a todas as ocasiões... Posso acrescentar cores ao camaleão, Mudar de forma mais depressa que Proteu, E mandar para a escola o sanguinário Maquiavel!” [Ricardo II,  Ato três, Cena cinco] - “Vede aqueles que podem ser chamados, Simples condutores de comida, Produtores de estrume, enchedores de latrinas, Pois deles nada mais se vê no mundo Nem qualquer virtude se observa no seu trabalho, Nada deles restando além de latrinas cheias” [Anotações, Leonardo da Vinci].
“As obras renascentistas foram marcadas pela riqueza de detalhes e a reprodução de traços humanos.”
	Apesar de recuperar os valores da cultura clássica, o Renascimento não foi uma cópia, pois se utilizava dos mesmos conceitos, porém aplicados de uma nova maneira a uma nova realidade. Assim como os gregos, os homens "modernos" valorizaram o antropocentrismo: "O homem é a medida de todas as coisas"; o entendimento do mundo passava a ser feito a partir da importância do ser humano, o trabalho, as guerras, as transformações, os amores, as contradições humanas tornaram-se objetos de preocupação, compreendidos como produto da ação do homem.
 	Outra característica marcante foi o racionalismo, isto é, a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem e pela ciência, a recusa em acreditar em qualquer coisa que não tenha sido provada; dessa maneira os experimentalismos, a ciência, conheceram grande desenvolvimento. O individualismo também foi um dos valores renascentistas e refletiu a emergência da burguesia e de novas relações de trabalho. A idéia de que cada um é responsável pela condução de sua vida, a possibilidade de fazer opções e de manifestar-se sobre diversos assuntos acentuaram gradualmente o individualismo. É importante percebermos que essa característica não implica o isolamento do homem, que continua a viver em sociedade, em relação direta com outros homens, mas na possibilidade que cada um tem de tomar decisões. 
Foi acentuada a importância do estudo da natureza; o naturalismo aguçou o espírito de observação do homem. O hedonismo representou o "culto ao prazer", ou seja, a idéia de que o homem pode produzir o belo, pode gerar uma obra apenas pelo prazer que isso possa lhe proporcionar, rompendo com o pragmatismo. 
 	O Universalismo foi uma das principais características do Renascimento e considera que o homem deve desenvolver todas as áreas do saber; podemos dizer que Leonardo da Vinci é o principal modelo de "homem universal", matemático, físico, pintor e escultor, estudou inclusive aspectos da biologia humana.
“Anunciação de Leonardo da Vinci”
	O mecenato, prática comum na Roma antiga, foi fundamental para o desenvolvimento da produção intelectual e artística do renascimento. O Mecenas era considerado como "protetor", homem rico, era na prática quem dava as condições materiais para a produção das novas obras e nesse sentido pode ser considerado como o patrocinador, o financiador. O investimento do mecenas era recuperado com o prestígio social obtido, fato que contribuía com a divulgação das atividades de sua empresa ou instituição que representava. A maioria dos mecenas italianos eram elementos da burguesia, homens enriquecidos com o comércio e toda a produção vinculada a esse patrocínio foi considerada como Renascimento Civil. Encontramos também o Papa e elementos da nobreza praticando o mecenato, sendo que o Papa Júlio II foi o principal exemplo do que se denominou Renascimento Cortesão.
	Renascimento como Características gerais: Racionalidade, Dignidade do Ser Humano, Rigor Científico,  Ideal, Humanista, Reutilização das artes greco-romana. Quando deparamos com o quadro da famosa MONALISA não conseguimos desgrudar os olhos do seu olhar, parece que ele nos persegue. Por que acontece isso? Será que seus olhos podem se mexer? Este quadro foi pintado, pelo famoso artista e inventor italiano Leonardo da Vinci (1452-1519) e qual será o truque que ele usou para dar esse efeito? Quando se pinta uma pessoa olhando para frente (olhando diretamente para o espectador) tem-se a impressão que o personagem do quadro fixa seu olhar em todos. Isso acontece porque os quadros são lisos. Se olharmos para a Monalisa de um ou de outrolado estaremos vendo-a sempre com os olhos e a ponta do nariz para frente e não poderemos ver o lado do seu rosto. Aí está o truque em qualquer ângulo que se olhe a Monalisa a veremos sempre de frente, tudo isso graças às evoluções em todos os aspectos neste período.
“Besta gigante sobre rodas – Invenção de Da Vinci”
Arquitetura
Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza de qualquer ponto em que se coloque. “Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura). Principais características: Ordens Arquitetônicas; Arcos de Volta-Perfeita; Simplicidade na construção; A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas; Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções  militares). O principal arquiteto renascentista foi: Brunelleschi - um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Foi  como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi.
 	Da Vinci, assim como vários outros artistas renascentistas, também se dedicou a arquitetura. Veja algumas de suas obras nas imagens abaixo:
“Projeto de Cidade – Leonardo da Vinci”
“Projeto de um Porto Circular – Leonardo da Vinci”
“Templo Centralizado – Leonardo da Vinci” 
  
Pintura
Principais características da pintura renascentista: - Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria. - Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras sombreadas, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos. - Realismo: o artista do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa à grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada. - Inicia-se o uso da tela e da tinta a óleo. - Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes. - Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo. Os principais pintores foram:
Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus. Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus. 
Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano. Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos, Monalisa e A última Ceia. Veja Abaixo imagens de algumas de suas pinturas:
“Virgem do Cravo – Da Vinci”
“O batismo de Cristo – Da Vinci”
“Leda – Da Vinci”
“Virgem dos Rochedos – Da Vinci”
“Dama do arminho – Da Vinci”
“Madonna Litta – Da Vinci”
“Retrato de Ginevra de Benci – Da Vinci”
“A sagrada família e o cordeirinho – Da Vinci”
Michelângelo  - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem.  Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família 
Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”. Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.   
Escultura
Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, esta adquire o seu prestígio. Protetores das artes, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a residir no Vaticano. Ali, grandes escultores se revelam. O maior dos quais é Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras: Moisés, Davi (4,10m) e Pietá. Outro grande escultor desse período foi Andrea del Verrochio. Trabalhou em ourivesaria e esse fato acabou influenciando sua escultura. Obra destacada: Davi (1,26m) em bronze. Principais Características: - Buscava representar o homem tal como ele é na realidade; - Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade; - Profundidade e perspectiva; - Estudo do corpo e do caráter humano. O Renascimento Italiano se espalha pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as idéias italianas. São eles: Dürer, Hans Holbein, Bosch e Bruegel. Não existem vestígios de esculturas feitas por Leonardo da Vinci pois foram todas deterioradas, porém mais adiante, serão mostrados trabalhos de outras áreas que o mesmo se dedicou ao longo de sua vida.
“Moisés, obra de Michelangelo para o Papa Julio II”
Ciência e Religião
Em sua vertente Científica há que destacar-se principalmente o fato de surgir um poderoso espírito crítico que rejeitava o “princípio da autoridade”, o magister dixit aristotélico medieval. Agora se buscava empiricamente os fatos detalhada e apuradamente, com comprovações factíveis de reprodução em laboratório. Não bastava mais estar escrito numa obra genial de Aristóteles para “ser verdade”. Era necessário comprovar essa “verdade”, o que muitas vezes não ocorria, levando a crises com a Igreja, ainda poderosa, e sua “Santa” Inquisição, que supliciaram muitos dos pioneiros da ciência em nome da defesa da fé... 
Destacam-se, nesta vertente, o polonês Nicolau Copérnico, cuja teoria heliocêntrica foi completada no século XVII pelo italiano Galileu Galilei (perseguido pela Inquisição, teve de retratar-se mas deixou uma obra imorredoura. Só foi perdoado pela Igreja Católica no “ano do Jubileu”, ou seja, em 2000 d.C. quando, finalmente, a Igreja Católica aceitou o fato de que a Terra é redonda, gira em torno do seu próprio eixo e em torno do sol... Giordano Bruno, por sua vez, não se retratou. Sua tese de que “somente um universo infinito seria compatível com a idéia de um Deus infinito” estava em dissintonia com as teses aristotélicas. Por esta “heresia” ele foi amarrado a uma estaca em praça pública onde teve a língua perfurada por uma faca e foi enfim queimado vivo. Como sofriam os cientistas da área das ciências naturais em tempos remotos. Tanto quanto hoje sofrem os verdadeiros e radicais cientistas da área de humanas... 
Além destes, Johannes Kepler também na Astronomia; na Medicina Nostradamus (poderoso vidente e ocultista também!), William Harvey, Miguel Servet, Ambroise Paré e André Vesálio (considerado o pai da moderna Anatomia). Imagine-se o que passaram estes desbravadores quando “profanar o corpo de um morto” para fazer dissecção era um crime, uma heresia!
         Na Religião, a Reforma Protestante com sua pregação contrária àquela da Igreja Católica Romana, muito mais favorável à burguesia, tem em Martinho Lutero e João Calvino seus principais expoentes. 
Da Vinci dedicou-se também ao estudo científico, podemos ver logo abaixo alguns de seus estudos de anatomia mais conhecidos:
		
“Homem vitruviano”					“Estudo de pé e perna”“Anatomia do tronco” 				“Pescoço e ombros”
		
“Anatomia do olho” 					“Estudo da gravidez”
- Leonardo da Vinci (1452-1519) -
“Auto-retrato - Da Vinci”
Leonardo Da Vinci, artista plástico, cientista e escritor italiano, nasceu em 15 de abril de 1452 – data em que se comemora o Dia Mundial do Desenhista - próximo a Florença (há dúvidas sobre seu local de nascimento). É considerado um dos maiores pintores do Renascimento e, possivelmente seu maior gênio, por ser também anatomista, engenheiro, matemático, músico, naturalista e filósofo, bem como arquiteto, escultor e reinventor da fábula na Itália. Suas fábulas e lendas relacionavam-se com as de Esopo, Fedro e dos “bestiários” medievais. Com raras exceções, eram quase todas inventadas por ele mesmo e continham uma finalidade moral.
Ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano. “Obras destacadas: “A Virgem dos Rochedos” e “Mona Lisa”. Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções estão “Parafuso Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a ponte elevadiça, o escafandro, um modelo de asa-delta, além das outras obras citadas neste trabalho.
Assim como Shakespeare, Leonardo surgiu do nada e acabou sendo aclamado universalmente. Leonardo foi um filho ilegítimo de um advogado local da pequena cidade de Vinci. Seu pai o educou e pagou seus estudos, mas supomos que seu talento não foi afetado pela sua origem. Suas idéias científicas quase sempre ficaram escondidas em cadernos de anotações e foi como artista que obteve reconhecimento de seus contemporâneos. Estagiou no estúdio de Verrochio (importante artista da época), em Florença. Mudou-se para Milão em 1481, onde trabalhou para a corte de Ludovico Sforza.
Até 1506, Leonardo trabalhou principalmente em Florença e tudo indica que nesta época tenha pintado a Mona Lisa, sua obra mais famosa. Entre 1506 e 1516, viveu entre Milão e Roma. Convidado por Francisco I viajou para a França em 1516, onde faleceu no ano de 1519. Quando Leonardo da Vinci visita a França em 1516, ele traz junto a Mona Lisa, pequeno retrato de uma nobre florentina, conhecida como La Gioconda, pintado cerca de 1504, considerado exemplo do retrato renascentista.
O rei Francisco I que começou a coleção dos quadros do Louvre comprou vários quadros italianos, inclusive a Mona Lisa. Ele era um homem belo, tinha uma esplêndida voz, uma mente magnífica, uma excelência em matemática e tendências científicas. Sua abundância de talentos levava-o a questionar e a lutar contra seu lado artístico, raramente terminando uma pintura e, freqüentemente, experimentando novas técnicas. 
A “Mona Lisa”, o mais duradouro símbolo da mística feminina, tornou-se o retrato de uma virtuosa mãe de família, que teve cinco filhos, incluindo duas meninas que viraram freiras. Depois de dois séculos em que os historiadores tentaram desvendar a identidade da modelo – as teorias iam desde a própria mãe do pintor até uma prostituta de Florença – novas pesquisas chegaram a uma conclusão: trata-se de Lisa Gherardini, mulher de um rico comerciante de seda. Por séculos, a “Mona Lisa” foi conhecida também como “La Gioconda”, justamente por causa da teoria de Vasari. Apesar disso, a enigmática natureza do quadro e seu misterioso sorriso foram estudados por dezenas de pesquisadores, principalmente porque, ao contrário de outros retratos da época, a pintura não está assinada, datada e nada indica o nome da mulher sentada. Baseada no fato de que o rosto de Da Vinci é semelhante ao da “Mona Lisa”, mais recentemente outra teoria foi levantada, a de que, na verdade, o quadro seria um auto-retrato do artista, que hoje se acredita que fosse homossexual. 
Ao pintar a famosa obra “Santa Ceia”, Leonardo retratou cada um dos 12 Apóstolos de Cristo. Abaixo, um selo da Libéria emitido em 1969 que também mostra a obra, mais adiante nós explicaremos mais detalhadamente esta obra.
	
	
 	Leonardo, talvez, tenha sido o maior pensador que já tivemos, um gênio insaciável pelo conhecimento. Ele era um visionário para sua época, pois idealizou o tanque de guerra, helicóptero, pára-quedas, descobriu que o homem nunca poderia voar que nem os pássaros, batendo asas. Em toda sua vida trabalhou com arte, urbanismo, aerologia, hidráulica, engenharia, guerra, anatomia, náutica, mecânica, botânica, entre outras coisas. 
“Quando ouvimos o sinos, ouvimos aquilo que já trazemos em nós mesmos como modelo. Sou da opinião que não se deverá desprezar aquele que olhar atentamente para as manchas da parede, para os carvões sobre a grelha, para as nuvens, ou para a correnteza da água, descobrindo, assim, coisas maravilhosas. O gênio do pintor há de se apossar de todas essas coisas para criar composições diversas: luta de homens e de animais, paisagens, monstros, demônios e outras coisas fantásticas. Tudo, enfim, servirá para engrandecer o artista.” – Citação de Leonardo da Vinci.
	
”São Jerônimo – Da Vinci – Vaticano”
Áreas de Atuação
	Cientista responsável por surpreendentes descobertas, mas que nunca as publicou. O maior pintor da Renascença que, no entanto, finalizou poucas obras. Um filósofo que desenvolveu muitas teorias, porém nunca as revelou. Um arquiteto, engenheiro, músico, anatomista, matemático, naturalista, astrônomo. A curiosidade e o talento científico associados à excelência na pintura, desenho, escultura e arquitetura são características deste gênio que o mundo reconhece como o "Homem do Renascimento".
	Leonardo Da Vinci escreveu e desenhou sobre tudo. Em cerca de 6 mil páginas de manuscritos que nos restam, há estudos de praticamente todas as áreas do saber : biologia, geometria, anatomia, geologia, botânica, astronomia, óptica, mecânica, arquitetura, projetos bélicos, etc. Há principalmente, a mais fantástica coleção de invenções e soluções de engenharia já imaginadas por um único homem : esboços de helicópteros, submarinos, pára-quedas, veículos, embarcações, máquinas voadoras, turbinas, teares, canhões, pontes, carros de combate, etc. Gastava muitas de suas noites dissecando cadáveres, em meio aos odores da morte e da decomposição. O quanto ele era habilidoso nessas técnicas o mostram seus desenhos anatômicos, considerados superiores aos do célebre Andreas Vesalius, o grande anatomista do Renascimento. Alguns de seus trabalhos de engenhariam são mostrados logo abaixo:
 
“Besta de disparo potencializado”		“Morteiros com projéteis explosivos”
	
“Máquina escavadora	“			“Máquina voadora”
“Máquina de fabricar limas”
- A última Ceia (1495-1498) -
	Nesta obra, umas das mais famosas e mais hipotéticas pinturas de Leonardo da Vinci, tem-se o ponto de fuga colocado no olho direito de Cristo onde ele domina o primeiro plano. Os seus próprios braços, ao longo das linhas da pirâmide visual, reforçam a perspectiva. É uma pintura mista com predominância da têmpera e óleo sobre duas camadas de preparação de gesso alicadas sobre reboco, possuindo 460x880 cm, está localizada no refeitório de Santa Maria delle Grazie em Milão na Itália.
	Parcialmente pintada na forma tradicional de um afresco com pigmentos misturados com gema de ovo ao reboco úmido incluindo também um veículo de óleo ou verniz. Da Vinci testou uma nova técnica à solução das tintas com predominância da têmpera, não sendo muito feliz, não sendo testada suficientemente, não se ajustando as condições climáticas da região e antes que o painel estivesse pronto, apareceram pontos deteriorados que se agravaram durante os anos. A umidade natural da parede, diluindo as tintas, vem causando danos a esta obra-prima.
”Esboço dos apóstolos da Última Ceia”
	 O interessante em Da Vinci é que ele costumava fazer muitos esboços e rascunhos de suas obras antes da versão final. Num desses esboços da “A ÚltimaCeia”, ele colocou o nome de cada apóstolo retratado, eliminando dessa forma quaisquer dúvidas sobre quem são cada um dos personagens. 
Prestando bem a atenção, pode-se perceber em várias imagens, um efeito característico da pintura de Leonardo: a delicada passagem de luz para a sombra, quando um tom mais claro mergulha em outro mais escuro, como dois belos acordes musicais. Esse procedimento recebe o nome de SFUMATO (esfumado, em português).
��
“Esboço a carvão para a pintura da última ceia, por Leonardo”
	Leonardo cria um ambiente grande e espaçoso, que prolonga e dá respiro àquele local que ainda se ressente de um aperto tardo gótico. Mas nesse ambiente, que parece temperado por um admirável equilíbrio, Leonardo insere uma das representações mais tensas e dramáticas de que a história da arte se recorda.
Desenhos preparatórios
	��
Estudo para a Ùltima Ceia, um dos apóstolos.
	��
Estudo sobre o rosto de Cristo.
	��
Esboço do rosto de Filipe.
	��
Judas.
Outras “Últimas Ceias” da época
��
“Última Ceia, de Andrea del Castagno, 1445-1450, afresco, 453 × 975 cm, Cenáculo de Santa Apolônia, Florença.”
��
“Última Ceia, Ghirlandaio, 1480, afresco, no Museu Nacional de São Marcos, Convento de São Marcos, Florença.”
É possível fazer a comparação da versão de Leonardo com outras renascentistas imediatamente anteriores, para observar as inovações que Leonardo introduz no tema. Em ambas se verifica a postura tradicional de Judas Iscariotes de costas e separado do resto. Nos desenhos preparatórios Leonardo copiou inclusive a posição de um dos apóstolos debruçado sobre a mesa, possivelmente triste ou abatido ou, na descrição da cena nos Evangelhos, recostado sobre o colo ou ombro de Cristo que segundo exegetas seria João e que foi também o primeiro a saber da futura traição de Judas.
Histórico
	A Última Ceia (L'ultima cena ou Cenacolo, em Milão) é uma das mais conhecidas pinturas atribuídas a da Vinci, exposta no refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie (Refectory), em Milão assim como a Mona Lisa (exposta no museu do Louvre, em Paris). Foi feita por Leonardo da Vinci para seu protetor, o Duque Lodovico Sforza. Representa a última ceia de Jesus com os apóstolos antes de ser preso e crucificado, como descreve a Bíblia. É um dos maiores bens conhecidos e estimados do mundo. Ao contrário de muitas outras valiosas pinturas, nunca foi possuída particularmente porque não pode ser removida do seu local de origem. 
 	O Duque mandou construir o convento para, entre outras coisas, servir de lugar para sepultar seus familiares. O tema era uma tradição para refeitórios, mas a interpretação de Leonardo deu um maior realismo e profundidade. Está baseada em João 13:21, no qual Jesus anuncia aos doze discípulos que alguém, entre eles, o trairia. Essa pintura, na história evangélica, é considerada a mais dramática de todas. Ao centro, o Cristo é representado com os braços abertos, em um gesto de resignação tranqüila, formando o eixo central da composição. São representadas as figuras dos discípulos em um ambiente que, do ponto de vista de perspectiva, é exato.
 	Da direita para a esquerda se encontram respectivamente Simão (o Zelote), Tadeu, Mateus, Felipe, Tiago (o Maior), Tomé, João, Judas, Pedro, André, Tiago (o Menor) e Bartolomeu. A cena ocorreu logo após ao lava-pés, quando, sentados à mesa Jesus falou: Sei a quem escolhi; mas é preciso que se cumpra o que diz a Escritura: “Aquele que come o pão comigo levantará contra mim o seu calcanhar” (Jo 13, 18). E em seguida manifestou claramente a traição já próxima: Dito isto, estremeceu Jesus em seu espírito e declarou abertamente: “Em verdade, em verdade vos digo: um de vós me entregará” (Jo 13, 21). Nessas palavras, o Senhor revelava o que havia de ser o aspecto mais doloroso e terrível da sua Paixão: não as burlas do povo, nem o ódio dos seus inimigos, nem o suplício da Cruz, mas a traição de um dos seus [1]. Repugna-lhe tanto o crime de Judas que, segundo João, "se perturba no espírito" [3]. 
No detalhe da cena, distinguem-se Pedro e João à esquerda de Cristo, e Judas à direita, com o dedo erguido: “Serei eu, Senhor?”. Pedro não pôde suportar a terrível incerteza e, fazendo um sinal a João, sussurou-lhe: Pergunta-lhe de quem é que Ele fala. Jesus indicou então a João quem era o discípulo traidor: É aquele a quem eu der o bocado que vou molhar. E, molhando o bocado, tomou-o e deu-o a Judas Escariotes (cf. Jo 13, 21-30). Jesus ainda disse: "Decerto que o Filho do homem segue o seu caminho, como dele está escrito; mas ai do homem por quem será entregue! Mais lhe valera não ter nascido" [3]. Desmascarado por Jesus e, descoberto por João, Judas partiu. É um problema muito discutido, desde a Antiguidade, saber ser Judas também recebeu a Eucaristia. Mas a maioria dos atuais especialistas em Sagrada Escritura coincidem em que Judas já havia saído nesse momento. 
 	Tanto Da Vinci como outros pintores se basearam na Tradição oral cristã que começou desde os primeiros Apóstolos, e nos chamados Evangelhos canônicos (Mateus, Marcos, Lucas e João) que foram escritos antes do ano 70 d.C. (com exceção do de João, que deve ter sido escrito por volta do ano 100), quando ainda grande parte das testemunhas da vida de Cristo estavam vivas, e dos quais foram feitos diversas cópias, em aramaico, hebraico antigo e grego, entre outras, que, quando comparados, atestam a fidelidade aos textos originais.
Interpretações Místicas
	Uma outra interpretação vem sido disseminada por Dan Brown, autor do livro O Código Da Vinci, de que o discípulo à direita de Jesus Cristo, João, seria na verdade Maria Madalena. Suas feições femininas e traços delicados seriam indicações disso. Pela simetria nas roupas de Jesus e de Maria, os dois (Jesus e Maria Madalena) poderiam formar um casal. Segundo ele, notar-se-ia que as cores das roupas de Maria e Jesus são opostas: Maria (São João Evangelista) usa um vestido azul e uma manta vermelha e Jesus uma veste vermelha e uma manta azul, o que, segundo alguns, pode ter semelhanças com a representação oriental do Yin-Yang, o equilíbrio entre o masculino e feminino. 
 	Ao lado de Maria Madalena, Pedro estaria curvado de uma maneira ameaçadora, e a mão em direção ao pescoço dela seria um gesto negativo ou de morte, outra teoria seria que Pedro, através de um gesto de amizade, pedir a São João Evangelista para que perguntasse a Cristo quem o trairia. Outra interpretação é que simplesmente se trata da introdução do Santíssimo Sacramento notado pela presença do pão e do vinho nas mãos de Jesus. Esta suposta simetria pode ser desmentida por ser contrária à proposta formal de Leonardo. Por sua vez, similar à já empregada em "A adoração dos reis magos", onde divide a cena em dois volumes simétricos, pois a simetria é característica do renascimento. É exatamente o que se dá aqui, notando-se que o centro absoluto da obra é Cristo, e os outros personagens formam um cenário simétrico.
"A última ceia" de Leonardo Da Vinci contém música
(Retirado do site: http://www.portaldafamilia.org.br/artigos/davinci.shtml)
	Um músico e técnico de computadores italiano disse haver descoberto notas musicais codificadas na obra "A última ceia" de Leonardo Da Vinci, o que indicaria que o gênio renascentista poderia ter deixado uma obra musical de tom sombrio que acompanharia seu mural do século XVI. "Parece um requiém", disse Giovanni María Pala. "é como uma pista musical que enfatiza a paixão de Jesus".< br/>Pintada de 1494 a 1498 na igreja de Santa María de Gracia, em Milão, a obra mostra um momento determinante do Evangélio, a última cena de Jesus com os 12 apóstolos antes de sua prisão e crucificação, apresentando de maneira viva a reação dos seguidores de Cristo quando são informados que um deles o trairá. Em um livro lançado sexta-feiram na Itália, Pala explica como interpretou os elementos da pintura que têm um valor simbólico na teologia cristã. Primeiro se deu conta de que desenhando um pentagrama na pintura, tantoas fogaças de pão na mesa como as mãos de Jesus e dos apóstolos poderiam representar notas musicais.
 	Em seu livro "LA Música Celata" (A Música Oculta), Pala descreve também como encontrou várias pistas sobre o ritmo lento da composição e a duração de cada nota. O resultado, diz Pala, é um "Hino a Deus" de 40 segundos que soaria melhor em um órgão, o instrumento mais comum para a música religiosa na epóca de Leonardo.
Astrologia - pesquisa de 12 anos, sobre a obra "Última Ceia" de Leonardo da Vinci.
(Retirado do site: http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=218)
 	Leonardo Da Vinci procurou em sua famosa "Última Ceia" deixar muito mais do que uma bela obra de arte. Ele estampou os arquétipos humanos através das cores, gestos, olhares e expressões. Os apóstolos foram organizados em quatro grupos de três, de forma clara e inconfundível. Com a mão esquerda ele oferece energia ou atividade para os signos da primavera e do verão, representado por Da Vinci através da forma viva e expressiva dos seis primeiros apóstolos.
 	Com a sua mão direita recolhe a energia ou experiência através dos signos do outono e do inverno, representado pela forma observadora e fria dos últimos seis apóstolos. Representou duas mulheres entre os apóstolos: um tipo materno e um tipo esposa e companheira. Cada apóstolo tem um oposto em sua expressão, postura e gestos. Por exemplo: Felipe possui uma expressão acolhedora, olhar de quem só vê bondade, está flexível, uma postura típica da mãe que se curva diante dos filhos, sempre protetora. Observe suas mãos num gesto de atrair para si. André possui uma expressão desconfiada, de quem quer primeiro saber quais as intenções por trás dos fatos, está rígido, uma postura típica do pai que enfrentando o mundo em busca da segurança de sua família, mantém-se atento as armadilhas do dia-a-dia. Observe suas mãos num gesto de afastar de si.
RESUMO DO ESTUDO DE CADA APÓSTOLO
 	Leonardo Da Vinci procurou em sua famosa "Última Ceia" deixar muito mais do que uma bela obra de arte, mas também um completo tratado de Astrologia. Associando os apóstolos aos doze signos do Zodíaco, ele estampou os arquétipos humanos através das cores, gestos, olhares e expressões. Na Astrologia cada signo possui o seu oposto, nitidamente representado nesta cena. Os signos são divididos em quatro grupos de acordo com as estações do ano e Da Vinci representou esta divisão organizando os apóstolos em quatro grupos de três, de forma clara e inconfundível.
 	Começando da direita para esquerda de Jesus, agrupando os apóstolos em pares; o 1º e o 7º, o 2º e o 8º, ..., o 6º e o 12º, conseguiremos encontrar a verdadeira intenção deste grande gênio da humanidade:
1º - Simão - Áries - Esse signo é caracterizado pela agressividade, por impor suas vontades, por gostar de liderar e competir. Quando suas idéias não são aceitas tenta boicotar a idéia escolhida na tentativa de mostrar que sua opinião estava correta. Signo do "EU" representado por Simão que está posicionado na cabeceira da mesa, como se fosse o líder do grupo ou o senhor da casa, caracterizado por um tipo rude, bem masculino, trajando vermelho que é a cor do fogo, elemento deste signo. Simão está com as mãos em posição de entrega, de sugestão, de imposição, de debate.
7º - João - Libra - Esse signo é caracterizado pela vaidade, pelo equilíbrio, pela sociabilidade e por preocupar-se em agradar as pessoas. Simbolizado pela balança que nada faz além de pesar as opiniões dos outros obtendo o ponto médio. Libra é o único signo que é representado por algo não vivo; um objeto, significando que ele não coloca o seu "EU" em questão. João está representado por um tipo feminino com roupas em tons pastéis, próprias desse signo que procura ser equilibrado até mesmo nas roupas em que se apresenta aos outros; está com as mão em posição de quem recebe algo, de quem pesa o que os outros dizem, formando com seus braços o prato da balança. Sua cabeça pende para o outro; seus olhos estão fechados, como o símbolo da justiça com os olhos vendados para não impor sua própria vontade.
2º - Judas Tadeu - Touro - Esse signo é caracterizado por sua teimosia, seu olhar desconfiado, pelo conservadorismo, seu carinho, sua sedução, sensualidade, seu esforço de realização e sua capacidade de tolerar o trabalho pesado. Judas Tadeu demonstra em suas feições o lado rústico mas sedutor; sua força está concentrada no pescoço. Está numa atitude de preocupação quanto as idéias impostas pelo seu antecessor, discutindo se não é melhor ficar como está, mas pronto para iniciar a tarefa e finalizá-la. Sua mão esquerda apoiada na mesa para buscar o lado concreto e a outra colhe as virtudes vindas do céu. Veste-se de marrom a cor do elemento terra de Touro.
8º - Judas Escariotes - Escorpião - Esse signo é caracterizado por sua personalidade profunda, observadora, transformadora e sexualizada; possui a capacidade nata de lidar com dinheiro, de ser um estrategista, um administrador e de controlar seus sentimentos. Seu olhar sempre frio parece buscar algo no fundo do nosso ser. Admira tudo que está ligado aos poderes psíquicos e investiga tudo sobre a morte. Judas Escariotes está posicionado de forma que possa observar com cautela; seus olhos e seus ouvidos estão atentos; segura um saco de dinheiro significando que ele era o tesoureiro do grupo de Jesus; derruba o sal simbolizando que a morte está ligada a esse signo, pois onde se atirava sal acreditava-se estar esterilizando o solo. Suas cores, o azul e o branco, são as cores do elemento água do signo de Escorpião.
3º - Mateus - Gêmeos - Esse signo é caracterizado por sua jovialidade, sua capacidade comunicativa, sua esperteza, suas dúvidas e inconstância de humor. Necessita narrar os fatos, não se aprofunda nos assuntos e relacionamentos; com sua mente criativa consegue vender tudo que quer, mesmo que a verdade não esteja totalmente em suas palavras; adora dançar e se movimentar, inquieto, adora viagens curtas para poder narrar o que viu. Mateus está gesticulando numa expressão de quem viu algo e narra o ocorrido, é o mais jovem dos apóstolos, sua posição demonstra sua dualidade. Veste-se de azul, cor do céu, representando o elemento ar do signo de Gêmeos.
9º - Pedro - Sagitário - Esse signo é caracterizado pela sua necessidade de buscar o conhecimento e a verdade, necessita ser um especialista naquilo que se dedica, é religioso, busca basear sua filosofia no conhecimento adquirido através dos livros e de outros filósofos, quando encontra a sua verdade se torna cego a outras idéias e as defende de forma agressiva. É simbolizado por um centauro que é metade homem e metade animal. Pedro é representado por um homem velho para demonstrar sua sabedoria, seu olhar fixo em Jesus demonstra sua sagacidade em busca do conhecimento, seu dedo aponta para o alvo como a flecha do centauro, sua expressão facial é agressiva e cavalga por cima dos seus companheiros, segurando uma faca em sua mão direita representando sua agressividade na defesa de suas verdades.
4º - Felipe - Câncer - Esse signo é caracterizado pela sua necessidade de proteger, de agradar, representa a mãe, muito ligado à família, ao passado, é ingênuo e inseguro. Tem tendência a engordar, é emotivo e sua intuição é semelhante a de uma mãe que sente o que se passa com seu filho. Felipe é representado por um tipo feminino que mais parece uma mãe que olha para seu filho com amor, carinho e desejo de protegê-lo, seu olhar parece não questionar, mas aceitar, suas mãos sugere a expressão: "Vinde a mim e eu lhe protegerei". Sua posição curva demonstra a flexibilidade e adaptabilidade própria de uma mãe, e as mãos parecem encobrir os seios que oferecem o alimento, órgãos regidos pelo signo de Câncer.
10º - André - Capricórnio - Esse signo é caracterizado pela sua desconfiança, ceticismo, rigidez, responsabilidade, seriedade e profissionalismo. Simboliza o pai que defende seus filhos da malícia do mundo que ele conhece bem, representa a autoridade e o homem amadurecido pelotempo. André está com as mãos em posição de defesa, seu olhar desconfiado como alguém que questiona as intenções que se esconde atrás dos fatos, está numa posição rígida como um pai que tenta manter a autoridade mesmo que seu coração deseje demonstrar todo seu afeto, suas feições são de um homem amadurecido pelo tempo e o trabalho.
5º - Tiago Menor - Leão - Esse signo é caracterizado pela sua beleza, elegância, brilho, criatividade, necessidade de ser o centro das atenções, sua vaidade, seu gosto pela moda, sua capacidade de amar, seu gosto pelas crianças e sua diplomacia, também é caracterizado pelo seu egocentrismo e dramaticidade. Tiago Menor está numa posição quase central e afasta os apóstolos ao seu redor para que ele esteja bem visível, possui o semblante mais belo de toda a cena, mais belo que o próprio Jesus, visto que o rosto do Cristo não foi pintado por Da Vinci que deixou essa obra incompleta obrigando a contratação de outro pintor para terminar esse detalhe da obra. Expressa-se com elegância mas também com prepotência, seu cabelo, barba e roupa demonstram seu zelo pela aparência.
11º - Tiago Maior - Aquário - Esse signo é caracterizado pela sua inteligência, ideologia, fraternidade, inventividade, necessidade de ser diferente, sua aversão à moda, pela defesa dos direitos humanos, sua rebeldia, sua dificuldade com a rotina e regulamentos, sua falta de persistência e desorganização. Não gosta de ser o centro das atenções, é político, adora ensinar e pregar a necessidade de viver em coletividade. Tiago Maior é representado por um tipo relaxado com sua aparência, com a barba e cabelo mal cuidados, abraçando seus companheiros e empurrando-os para o centro.
6º - Tomé - Virgem - Esse signo é caracterizado por sua busca da perfeição, seu detalhismo, sua crítica, sua capacidade de organização e limpeza, pela sua capacidade de servir, pela dificuldade de ouvir críticas a seu respeito, pela sua necessidade de trabalho e sua higiene. Tomé está quase escondido na cena, pois quem critica não pode estar sujeito as mesmas críticas e por isso se recolhe, está olhando para a ponta do seu dedo indicador, representando o seu olhar fixo em detalhes e sua necessidade de apontar os erros dos outros. Esse é o dedo de Júpiter, Deus que na Mitologia dizia o que era certo e errado.
12º - Peixes - Bartolomeu - Esse signo é caracterizado pela sua sensibilidade, seu auto-sacrifício, sua instabilidade, visão do todo, fantasia, imaginação, aceitação, necessidade de silêncio e solidão, sua busca espiritual e fuga do real. Seu regente é o Deus Netuno que reinava sobre os oceanos, que é tão instável quanto esse signo. Peixes absorve toda negatividade do ambiente da mesma forma que o mar recebe da humanidade tudo que se precisa eliminar. Bartolomeu está posicionado em pé quase sem contato com os outros, numa posição instável sobre a ponta dos pés, seu olhar se perde no horizonte, veste-se de verde e azul, as cores do mar e do elemento água deste signo; é o único com os pés iluminados simbolizando a regência desse signo.
Jesus é o centro e não possui signo, mas sim as qualidades de todos eles. Com a mão esquerda ele oferece energia ou atividade para os signos da primavera e do verão, representado por Da Vinci através da forma viva e expressiva dos seis primeiros apóstolos, e com a sua mão direita recolhe a energia ou experiência através dos signos do outono e do inverno, representado pela forma observadora e fria dos últimos seis apóstolos.
A Astrologia divide os signos em elementos: Fogo, Terra, Ar e Água, representados pelos quatro tapetes persas em cada parede; e em Qualidades: Cardinal (início das estações), Fixo (meio das estações) e Mutável (fim das estações) representadas pelas três janelas ao fundo da cena.
É importante salientar que os signos apenas representam os doze arquétipos humanos e nós não encontraremos uma pessoa no mundo que possua todas as qualidades ou defeitos de um único signo, mas uma mistura de padrões, como um quadro com várias tonalidades de cores, mas que pode ter uma cor mais predominante. Na Astrologia a definição da mistura dos arquétipos se dá através dos astros e pontos cardeais; Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão, Ascendente (horizonte leste), Descendente (horizonte oeste), Fundo do Céu e Meio do Céu; cujo movimento constante impede de haver duas pessoas com o mesmo padrão de personalidade, salvo se nascerem no mesmo local, data e hora, evento muito raro.
Paulo Viana Randow
E-Mail: Kronos.Randow@gol.com.br
Professor Paulo Viana Randow - Consultor em Qualidade Humana
Fontes de Consulta
► Web:
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm33/Leonardo.htm
http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/renascimento.htm
http://www.culturabrasil.pro.br/arenascenca.htm
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=191
http://www.brasilescola.com/historiag/renascimento.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/A_%C3%9Altima_Ceia_(Leonardo_da_Vinci)
http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=3239
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=218
http://www.portaldafamilia.org.br/artigos/davinci.shtml
http://www.quatrocantos.com/LENDAS/139_ultima_ceia_vinci.htm
http://www.30giorni.it/br/articolo.asp?id=10885
http://www.historiadaarte.com.br/renascimento.html