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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE INTERIORES
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III – PIM III
NOVA ALVORADA DO SUL
2021
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE INTERIORES
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III – PIM III
ANA CAREN BORGES RA 0443724
Projeto Integrado Multidisciplinar III – PIM III, apresentado com um dos pré-requisitos para aprovação do bimestre vigente no Curso Superior de Tecnologia em Design de Interiores.
Orientadora: Prof.ª Patricia Scarabelli
NOVA ALVORADA DO SUL
2021
RESUMO
O tema deste estudo é a análise histórica e de percepção visual de uma obra de arte. Tem como objetivo demonstrar nossa capacidade, como alunos, em analisar, interpretar e correlacionar conhecimentos e sua aplicabilidade. Visando atingir este objetivo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em busca de uma obra de arte que representasse um período artístico marcante e uma busca em periódicos e livros em busca de discussão para as características utilizadas pelo pintor em tal período histórico. A obra Madona com longo pescoço, de Parmigianino retrata o início do século XX em que práticas de imitação passaram a ser vistas como a busca pela beleza ideal. Na obra de Parmigianino, os eixos que cortam a imagem no centro, evidenciam a criança no colo da mulher. Um cenário desenvolvido em um sistema semelhante ao do Cubismo. O Título do quadro nos mostra que esta mãe punitiva é a Virgem Maria, a criança o Menino Jesus, e as testemunhas são os amigos surrealistas André Breton, Paul Éluard e Max Ernst. Concluindo, o estudo de caso proporcionou o confronto entre obras Maneiristas com uma análise de percepção visual e foi possível demonstrar que o homem maneirista ainda existe e está dentro de nós e de cada artista que não só se realiza em retratar a natureza, mas em criar nuances possíveis e inquietantes da onipotência e ao mesmo tempo da alma humana por meio de ideias. 
PALAVRAS-CHAVE: Maneirismo. História da Arte. Percepção Visual
	
ABSTRACT
The subject of this study is the historical and visual perception analysis of a work of art. It aims to demonstrate our ability, as students, to analyze, interpret and correlate knowledge and its applicability. Aiming to achieve this objective, a bibliographical research was carried out in search of a work of art that represented a remarkable artistic period and a search in periodicals and books in search of discussion of the characteristics used by the painter in such a historical period. The work Madonna with a long neck, by Parmigianino, portrays the beginning of the 20th century when imitation practices came to be seen as the search for ideal beauty. In Parmigianino's work, the axes that cut the image in the center show the child in the woman's lap. A scenario developed in a system similar to Cubism. The title of the painting shows us that this punishing mother is the Virgin Mary, the child the Child Jesus, and the witnesses are the surrealist friends André Breton, Paul Éluard and Max Ernst. In conclusion, the case study provided the confrontation between Mannerist works with an analysis of visual perception and it was possible to demonstrate that the Mannerist man still exists and is inside of us and of each artist who not only performs in portraying nature, but in creating possible and disturbing nuances of omnipotence and at the same time of the human soul through ideas.
KEYWORDS: Mannerism. History of Art. Visual perception
SUMÁRIO
RESUMO	3
ABSTRACT	4
LISTA DE IMAGENS	6
INTRODUÇÃO	7
CAPITULO 1 – HISTÓRIA DA ARTE	7
1.1 A OBRA	8
1.2 DESCRIÇÃO DO AUTOR	10
Biografia	10
Obra e estilo	11
CAPITULO 2 – PERCEPÇÃO VISUAL TEORIA/PISICOLOGIA DAS CORES	14
CONCLUSÃO	16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	17
LISTA DE IMAGENS
Imagem 1 – Madona com longo pescoço, de Parmigianino 
Imagem 2 – Madona com longo pescoço, de Parmigianino, alterada
INTRODUÇÃO
O tema deste estudo é a análise histórica e de percepção visual de uma obra de arte. Esta atividade visa trabalhar e explorar os conteúdos estudados nas disciplinas História da Arte, Percepção Visual Teoria/Psicologia das Cores e Informática Aplicada. No primeiro capítulo de História da Arte foi realizado um estudo histórico da obra escolhida para ser analisada, e de acordo com os motivos históricos as características apresentadas na obra foram explicadas.
No Segundo capítulo referente a Percepção Visual Teoria/Psicologia das Cores e com auxílio das ferramentas de Informática, foram traçadas linhas na figura para decompor e assim analisar a imagem de acordo com as teorias da Percepção Visual e Psicologia das Cores.
Sendo assim, o objetivo deste estudo é demonstrar a capacidade dos alunos em analisar, interpretar, correlacionar conhecimentos e suas qualidades.
Para atingir este objetivo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em busca de uma obra de arte que pudesse representar um determinado período artístico marcante e uma pesquisa em periódicos e livros em busca de discussão para as características utilizadas pelo pintor em tal período histórico. Além disso, foram utilizados recursos do Paint para destacar linhas e eixos na imagem, os autores consultados foram Costa (2009), Garcia (2018), Taddei (2010) e Vieira, Salvi e Caldeira (2018).
CAPITULO 1 – HISTÓRIA DA ARTE
Uma característica daquilo que é conhecido como pós-modernismo é a crença de que tudo o que é solido ‘desmancha’ no ar, de que existam apenas discursos que justificam – ou não – os fatos do mundo. É interessante frisar que nisto os filósofos da pós-modernidade se aproximam dos filósofos sofistas da Antiguidade na crença de que as aparências são a realidade. A ideia, portanto, é a seguinte: aquilo que me parece ser arte é arte para mim, e não razão para duvidar da realidade daquilo que parece a mim ou de minha habilidade em conhecer algo diretamente. 
Parte das categorias pelas quais julgamos a arte é histórica: novidade, originalidade, trivialidade, epigonismo, etc.São categorias históricas tanto no sentido de que valem para alguns períodos da história do homem e não para outros, quanto no sentido de que decorrem de uma relação temporal entre um determinado objeto artístico e os que o antecedem. No final da renascença, final do século XVI, houve um momento em que os modelos anteriores eram continuamente retomados. Há uma quantidade grande de pintores que haviam deixado de tomar como modelo as imagens da natureza, segundo o ideal renascentista, e passaram a inspirar-se exclusivamente na maneira como pintavam os mestres. Do mesmo modo, há uma imensa repetição, em música, dos modelos do moteto – tipo de composição polifônica medieval. Esta arte é chamada maneirismo. Tratá-la como epigonismo, quer dizer, como uma banalização, pela repetição, das formas de outros, foi no século XIX, um modo de censurá-la fortemente, pois naquela época a imitação estilística, passara a ser vista como uma marca de fraqueza da arte. Entretanto, é importante levarmos em conta que, no século XVI a imitação indicava devoção, mostrava uma vontade do artista de crer na tradição estabelecida, ao invés de expor-se aos perigos de desenvolver a sua própria maneira (Imagem 1).
[...] Maneirismo, que significa à maneira de, ou seja, de acordo com a vontade do artista. Tem início um momento na história da arte europeia que se contraporia ao renascimento – que privilegiou os desejos pessoais e o talento individual dos artistas e os arquitetos em criarem arte segundo seus princípios individuais, ao contrário de perseguir regras matemáticas, geométricas, ou como já foi dito clássicas (VIEIRA, SALVI, CALDEIRA, 2018, p.22).
1.1 A OBRA
 	A composição intitulada Virgem do Pescoço Longo, também conhecida por Madonna e Criança com os Anjos e São Jerônimo, ou ainda Madona do Colo Longo é uma obra do pintor italiano Parmigianino (1503-1540), cujo nome original era Girolamo Francesco Maria Mazzola. Ele teve uma vida muitobreve. Recebeu influência de Correggio, Rafael e Michelangelo. Além de criar retratos e pinturas mitológicas, também pintou afrescos e fez desenhos preparatórios de pinturas. Chama a atenção em suas obras, a elegância das figuras e suas dimensões alongadas.
A Virgem com seu pescoço alongado — parecido com o de um cisne — mostra-se alegre. Está elegantemente vestida, sentada num alto pedestal. Seu vestido colado ao corpo mostra o formato de seu seio esquerdo e umbigo, enquanto seu manto azul apresenta grande volume. Seu tamanho é quase sobrenatural. Os cabelos estão penteados e ornados com um aro de pérolas. Traz a cabeça levemente voltada para a direita, enquanto os olhos baixos fitam seu Menino. A mão esquerda sustém a criança pelos ombros e costa e a direita toca o próprio peito, como se dissesse que Jesus ali se encontra.
As mãos da Virgem são finas e os dedos alongados. Seu pé direito descansa sobre duas almofadas — uma azul e outra vermelha — enquanto o esquerdo apoia-se no patamar do pedestal. Os seis anjos, amontoados num pequeno espaço à esquerda, adoram o Menino. Possuem tamanhos variados. Do pequenino anjo — ainda inacabado — visto debaixo do cotovelo direito da Virgem só se vê a carinha. Um deles tem nas mãos um enorme vaso no qual se vê a sombra de um crucifixo, referindo-se ao futuro da Criança. O anjo que se encontra atrás, olhando para o observador, traz semelhanças com o pintor da obra.
Ao fundo, em segundo plano, ergue-se uma coluna branca que dá a impressão de profundidade e serve de sustentação para o grupo principal. Também pode aludir à “coluna de marfim” que Maria representa. À direita, entre a Virgem e a coluna, vê-se a figura diminuta de São Jerônimo, associado à adoração da Virgem, segurando um pergaminho desenrolado, lembrando uma estátua romana. Sua altura não chega ao joelho esquerdo de Maria.
O artista alongou as proporções do corpo da Virgem propositalmente, assim como outras figuras apresentadas na composição. Seu objetivo era apresentar formas particularmente alongadas porque, para afirmar duplamente o seu efeito, fez uso de uma coluna com um formato estranho, situada em segundo plano. Ao espalhar as figuras pela obra, ele foge da harmonia tradicional, que era a de espalhar os personagens em volta da Virgem. Os anjos estão espremidos num pequeno espaço à direita da Madona, enquanto do seu lado esquerdo é possível ver uma paisagem ao fundo.
1.2 DESCRIÇÃO DO AUTOR
Girolamo Francesco Maria Mazzola (Parma, 11 de janeiro de 1503 — Casa lmaggiore, 24 de agosto de 1540), mais conhecido por Parmigianino (que significa "pequeno parmesão") ou ainda Parmigiano, foi um proeminente pintor italiano do maneirismo, tendo atuado em Florença, Roma e Bolonha, além da cidade natal.
Biografia
Era o oitavo filho de Filippo Mazzola e Maria ser de di Guglielmo. Seu pai morreu de peste dois anos depois de seu nascimento, e os meninos foram criados pelos tios, Pier Ilario Filippo e Michele Mazzola, modestos pintores provincianos. Estes receberam uma encomenda de Nicolo Zangrandini para a decoração da capela de São João Evangelista, em 1515, trabalho que foi concluído pelo jovem Parmigianino. Aos 18 anos de idade já havia completado o Casamento de Catarina para o retábulo de Santa Maria, em Bardi. Em 1521 foi enviado a Viadana (junto com o pintor Girolamo Bedoli, que veio depois a se casar com sua prima), a fim de escapar das guerras entre as tropas francesas, imperiais e papais. Em Viadana pintou dois painéis em têmpera, com destaque para o São Francisco da igreja de Frati de' Zoccoli, e o Casamento Místico de Santa Catarina para a de São Pedro. Trabalhou ainda com Correggio, que naquele momento realizava seu grande ciclos de afrescos em Parma. 
Mudando-se para Roma, em 1524, conhece a obra de Michelangelo e Rafael Sanzio, que lhe influem decisivamente. Nesta cidade sabe-se que tomou parte das tertúlias que ocorriam em casa de Paolo Valdambrini, secretário do Papa Clemente VII, às quais acorriam Rosso Florentino, Perino de Vaga e Giulio Romano. Entre as obras deste período destacam-se A Visão de São Gerônimo (1525), Casamento Místico de Santa Catarina e o Retrato de Lorenzo Cybo (todos do mesmo ano). 
Depois do saque de Roma em 1527, instalou-se em Bolonha e posteriormente em Parma, onde passou os últimos anos de sua vida atormentado pelos constantes requerimentos do capítulo da igreja de Steccata, que exigia-lhe a conclusão dos afrescos que lhe haviam sido encomendados em 1531. 
Encarcerado por conta das dívidas, conseguiu fugir para Casa lmaggiore. Ali, enquanto tratava de resolver seus problemas com uso da alquimia, morreu com apenas 37 anos.
Obra e estilo
A importância de sua obra supera amplamente as poucas obras que hoje existem. Entre estas contam-se A Conversão de São Paulo, de 1527, A Virgem da Rosa (1529), A Virgem com Longo Pescoço (c. de 1535 - imagem), o Auto-retrato diante do espelho côncavo, a Escrava Turca e a Antea. 
Sua obra e personalidade se afirmam em contato com o primeiro maneirismo toscano, e através das obras dos grandes mestres Rafael e Michelangelo, conseguindo traduzir de forma original os modelos do Renascimento com uma orientação já plenamente maneiristas. Para ele, a função da arte era transmitir sensações estranhas e excitantes, para o que teria de criar um necessário artificialismo. Assimilaria de Correggio o classicismo, convertendo-o em maneirismo, mantendo o ilusionismo do primeiro, mas traduzindo-o em modelos mais decorativos e com maior vitalidade das formas. 
No "Casamento de Santa Catarina, de 1521, há uma rebuscada elegância nas formas e uma composição onde todas as figuras giram ao redor do pedestal da Virgem, um corpo geométrico que vai repetir-se deliberadamente em toda a composição, inclusive o marco arquitetônico aparece em formato semi-cilíndrico. 
A Visão de São Jerônimo, realizada depois de sua chegada a Roma e depois de conhecer as obras de Rafael e Michelangelo, é uma obra que resume todas essas experiências. A dimensão de seus personagens e sua expansividade forma são inspiradas no segundo, mas a energia própria do mestre é reduzida e substituída pela elegância. Há grandiosidade nas aparências e dignidade na representação do tema, ainda que pareça haver se evaporado todo o sentimento especificamente cristão. Esta representação ilustra a atitude das crenças da Roma sob Clemente VII, virtualmente indiferente aos valores tradicionais da devoção cristã, para quem os símbolos religiosos e o dogma só possuíam uma dimensão estética. 
Nas obras posteriores à sua estadia romana manterá o ar elegante e em certos momentos majestoso, tendo cada vez mais uma beleza abstrata e uma graça artificial. 
O Museu do Prado possui três obras suas: uma Sagrada Família, que pertencera ao escultor Pompeo Leoni, um pequeno busto de Santa Bárbara e o Retrato do Conde de San Secondo. O retrato de sua esposa é considerado de qualidade inferior, possível obra de ajudantes, se bem que seja bem interessante por estar acompanhada dos filhos de ambos.
Imagem 1 – Madona com longo pescoço, de Parmigianino, 1535-1540, óleo sobre madeira, 214 x 133 cm. 
Fonte: TADDEI, 2010
Assim, houve no início do século XX, uma reavaliação positiva do estilo, que fez com suas práticas de imitação passassem a ser vistas como uma busca do maneirismo por uma beleza ideal.
Para Costa (2009, p.27)
A estrutura artística dos maneiristas é ousada, irreal, fantástica, cujos conceitos relevam realismo exagerado ao que se assemelha muito à estruturado sonho.É, então, uma arte dual. Há nela uma mistura de correntes estilísticas, diferentes níveis de realismo e diferentes graus de desvio deformam às vezes incoerentes. Desse modo, ao lado do belo, deparamo-nos com figuras fantasmagóricas, sombrias, transparentes, sem massa, sem matéria, apenas esboçando fluidos dos objetos, paisagens disformes, chegando ao fantástico, ao visionário, ao sonho e ao irreal.
CAPITULO 2 – PERCEPÇÃO VISUAL TEORIA/PISICOLOGIA DAS CORES
Na obra de Parmigianino, Madona com longo pescoço, (Imagem 2), os eixos que cortam a imagemno centro, evidencia, no centro, a criança no colo da mulher.
Imagem 2 – Madona com longo pescoço, de Parmigianino, 1535-1540, óleo sobre madeira, 214 x 133 cm, alterada.
 (
Linhas que indicam
profundidade
)
Fonte: TADDEI, 2010. Alterada no software Paint.
A concentração maior de rostos no canto alto da imagem à esquerda contrasta com a pequena imagem abaixo e à direita da imagem, e assim, a obra mantém seu equilíbrio.
O equilíbrio é atingido através do efeito de estabilidade ou compensação, dentro de vários aspectos que se relacionam como valores e intensidades das cores e extensões de superfícies onde serão aplicadas. O equilíbrio é redigido pela lei de áreas ou de fundos. A composição cromática equilibrada proporciona ao ambiente uma atmosfera de ponderação e tranquilidade (GARCIA, 2018, p. 49).
À direita da imagem percebemos linhas que trazem a sensação de profundidade contrastando com as linhas a esquerda que trazem a sensação de que as pessoas estão à frente, que foram definidas pelo gradiente de cores utilizada.
Gradiente é a transição de uma área de uma pintura com uma determina da cor, matriz, luz ou sombra para outra. Esta transição pode ser feita de maneira suave, com pouco ou nenhum contraste, (como o esfumaço renascentista), ou realizada de uma maneira mais intensa, com mais contraste entre as diversas cores utilizadas para fazer o salto entre uma área e outra da pintura (VIEIRA,SALVI, CALDEIRA, p. 24)
Podemos concluir que a mulher ao centro e as outas à esquerda estão inertes, mas estão vivas. Esta conclusão se dá, devido às expressões nos rostos e nas mãos destas pessoas.
O que se pode perceber, é que toda a dinâmica da obra se concentra na criança no colo da mulher. 
A sensação de profundidade utilizada em alguns elementos marcados na Imagem 2 evidenciaram o tamanho da torre e do homem.
A textura utilizada pelo pintor transmite uma ideia de calma e harmonia, pois as pinceladas são suaves e finas.
A composição, banhada por muita luz, incidindo em especial sobre o corpo já marcado, tem com do bebê, tem como pano de fundo, um cenário concebido em um sistema perspectivo semelhante ao cubismo: a direita, um canto de muro ou fragmento de parede; à esquerda em outra espécie de muro – desta vez vazado por outra abertura quadrangular -, três figuras masculinas assistem à cena. O título do quadro nos informa que essa mãe punitiva é a Virgem Maria, a criança é o Menino Jesus, e as testemunhas são os amigos surrealistas André Breton, Paul Éulard e Max Ernst (TADDEI, 2010, p. 78).
Ainda segundo Taddei (2010, p. 78), “não é difícil imaginar o quanto de escândalo a obra provocou no momento em que foi exibida. Na qualidade de signo icônico, colocado a representação mimética do mundo, esta cena subverte toda uma tradição de figurar a mãe de Cristo como uma mulher cheia de qualidades”.
CONCLUSÃO
O maneirismo afasta-se do conceito de subjetividade pouco a pouco, segundo as concepções filosófico-teológicas e das imagens pseudocientíficas e se direciona para o mundo das ideias como a essência do subjetivo, o que, consequentemente evolui para o estudo sobre a natureza. O homem que participou desta evolução entre os períodos do século XVI e XXI, alcançou novas dimensões interiores subjetivas e percebeu que a natureza além de enigmática, também é favorável a aspectos maravilhosos e fantásticos.
Enfim, o estudo de caso proporcionou o confronto das obras Maneiristas, com uma análise de percepção visual e foi possível verificar que a pratica está para a teoria de forma positiva; foi possível demonstrar que o homem maneirista ainda existe e está entre nós e dentro de cada artista que se realiza não só em retratar a natureza, mas em criar todas as nuances possíveis e inquietantes da onipotência e ao mesmo tempo da alma humana por meio de ideias, estética buscada em Platão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
__________. Parmigianino. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Parmigianino> acesso em 17/10/2021.
COSTA, S. R. A. B. O maneirismo na literatura infantil. 110f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2009.
DIAS. Parmigianino – Virgem Do Pescoço Longo. 2021. Disponível em: <https://virusdaarte.net/parmigianino-virgem-do-pescoco-longo/> acesso em 17/10/2021.
GARCIA, A. L. G. Percepção visual Teoria/Psicologia das Cores. São Paulo: Editora Sol, 2018.
TADDEI, A. Do amor fundamental: um possível diálogo entre Max Ernest e Carlos Drummond de Andrade. Revista Poiésis, n. 15, p. 73-85, 2010.
VIEIRA, M. H.; SALVI, A. E.; CALDEIRA, M. H. C. História da Arte. São Paulo: Editora Sol, 2018.
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