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Geologia de Engenharia I Recursos Hídricos Sumário Ciclo Hidrológico Água Superficial Água Subterrânea Yuri Gagarin Planeta Azul 97 % salgada oceanos, lagos salinos 3 % doce 3% Água doce: 68,9 % congelada 0,9 % nuvens 29,7 % subterrânea 0,5 % superfície Água Consumo diário médio / habitante 4 l (ingestão, alimentação,etc) 2000 l (produção alimentos bens de consumo) Planeta (resfriamento) : liberação de gases, CH4, CO2, vapor H2O, outros Processo continua..... Hidrosfera: água distribui-se na atmosfera e na porção superficial da crosta Origem da Água Ciclo Hidrológico Agua é movimentada pela energia solar Agua não é criada – só circula – atmosfera/crosta Constante intercâmbio entre os reservatórios Oceanos , Geleiras, Rios, Lagos, Vapor d’água (nuvens) ; esfria e precipita (chuva , neve), Água subterrânea, Água retida nos seres vivos (modificado de Bear & Verrujit, 1987) Água Superficial : rios Bacia de Drenagem (ou hidrográfica) área de captação da água; toda a água captada converge para um único ponto; Os rios são os principais componentes; Rios – Sistema de Drenagem Bacias Hidrográficas do Brasil BB Rio Orinoco Rio Amazonas Sistemas de Drenagem - Bacias Hidrográficas Fases dos Rios: Fase Juvenil: muita energia, predomina erosão e transporte, Fase Madura: trechos médios, energia mais baixa, mais transporte e menos erosão; Fase Senil: energia muito baixa, transporte e muita deposição, planícies de inundação. Nota: Essas fases não tem relação com idade e ocorrem simultaneamente. Rios – Sistemas de Drenagem Padrões de drenagem (classificação geométrica) Característicos em função do tipo de litologia e estruturas geológicas ocorrentes. Rios – Sistemas de Drenagem Paralelo – canais paralelos e subparalelos que foram formados por vertentes com declividades acentuadas. Revela a presença de declividade unidirecional, constituída por camadas resistentes de inclinação uniforme. Dendrítica – canais com forma de galhos de árvore. Comum em rochas maciças e estratificadas horizontais. Os rios que constituem este padrão de drenagem confluem em ângulos agudos, o que permite identificar o sentido geral da drenagem, pela observação do prolongamento da confluência. Padrões de drenagem (classificação geométrica) Característicos em função do tipo de litologia e estruturas geológicas ocorrentes. Rios – Sistemas de Drenagem Radial – Canais radiais que pertencem a uma área de topografia elevada, assim como um domo ou um cone vulcânico. Retangular – sistema de canais marcados por ângulos retos. Geralmente são resultado da presença de juntas e fraturas em maciços rochosos ou foliações em rochas metamórficas. Padrões de drenagem (classificação geométrica) Característicos em função do tipo de litologia e estruturas geológicas ocorrentes. Rios – Sistemas de Drenagem Centrípeto – Canais convergem em direção a uma depressão central, assim como, uma cratera vulcânica ou uma bacia criada pela dissolução de rocha carbonática, e ainda depressões topográficas. Anelar – canais seguem, aproximadamente, caminhos circulares ou concêntricos ao longo de rochas brandas onde processos erosivos expuseram camadas sucessivas de rochas com vários graus de erodibilidade. Erosão Erosão provocada por rio depende das condições das margens e de fluxo: Laminar (velocidade baixa) ou Turbulento (velocidade alta) Transporte Tração (arraste, rolamento) Suspensão (partículas finas) Saltação (partículas medianas) Rios – Processos Fluviais (erosão, transporte) A deposição em sistemas de drenagem ocorre em : Leques aluviais são depósitos gerados por dispersão radial no assoalho de uma bacia sedimentar (seco) Leques aluviais deltaicos depósitos que avançam para o interior de um corpo d’água (lago ou mar). Rios – Processos Fluviais (deposição) Leque Aluvial Rios – Processos Fluviais (deposição) Leque Deltáico Problemas: Fundações de pontes em leito de rio: podem solapar em enxurradas: Fluxo de alta energia retira material do fundo aumentando profundidade, principalmente se rio tem margens altas Tubulões: solapamento Rios e Engenharia Fundações devem ter comprimento 4 vezes maior (4h) que a variação média (h) entre o nível normal e o nível máximo. Rio das Antas 2014 RS 287 - Ponte Agudo – Restinga Seca 2010 Chile 2009 Água Subterrânea Água subterrânea é toda a água que ocupa os vazios em rochas ou nos solos. Originada da infiltração da água da chuva (processo mais importante de recarga da água no subsolo) Água subterrânea Recarga depende de: Tipo de rocha e solo (porosidade e permeabilidade) Cobertura vegetal (infiltração pelas raízes) Topografia (superfícies planas favorecem a infiltração) Precipitação (chuvas regulares favorecem a infiltração) Ocupação do solo (áreas urbanizadas e rurais tem menor infiltração) Água subterrânea Aquíferos Água subterrânea Aqüífero: • Formação geológica do subsolo ; rochas permeáveis • É um depósito (armazena água nos poros ou fraturas) • Depende de litologia - constituição geológica porosidade/permeabilidade Tamanho do reservatório Água subterrânea Zona não saturada Próxima a superfície - é constituída por material (solo e/ou rocha) onde os espaços abertos (poros) são parcialmente preenchidos por água e ar. Zona saturada (Freático) região abaixo da zona não saturada onde os poros são totalmente preenchidos por água. Nível freático (NA) limite entre a zona não saturada e a saturada. Pode ser medida por poços onde a altura d’água marca o NA. O NA tende a acompanhar o relevo da superfície. Água subterrânea Aquífero Livre ou Confinado? Água subterrânea Aquífero Livre Aquífero Confinado Serviço de Distribuição de Agua Urbana Aqüífero livre (Freático) Formação geológica permeável e superficial, totalmente aflorante em toda extensão limitado na base por uma camada impermeável A superfície superior da zona saturada está em equilíbrio com a pressão atmosférica, com a qual se comunica livremente. têm a chamada recarga direta. nível da água varia segundo quantidade de chuva. Mais comuns e mais explorados. Apresentam problemas de contaminação Água subterrânea Aqüífero confinado formação geológica permeável, confinada entre duas camadas impermeáveis pressão da água no topo da zona saturada é maior do que a pressão atmosférica naquele ponto, o que faz com que a água ascenda no poço para além da zona aqüífera recarga por chuva, nos locais onde a formação aflora. O nível da água encontra- se sob pressão, podendo causar artesianismo nos poços. Os aqüíferos confinados têm a chamada recarga indireta e quase sempre estão em locais onde ocorrem rochas sedimentares profundas (bacias sedimentares). Água subterrânea Infiltração e Recarga Rios efluentes – ÁGUA SUB. RECARREGA RIO Rios influentes RIO RECARREGA ZONA SUB Porosidade Relação entre volume de poros e o volume total de um material. Permeabilidade Propriedade dos materiais de conduzirem um fluido/água. Depende do tamanho dos poros e da conexão entre eles. Água subterrânea Porosidade primária (intergranular) Porosidade secundária (fraturas e karst) Aqüífero poroso ou sedimentar - formado por rochassedimentares, sedimentos inconsolidados ou solos arenosos, circulação da água ocorre nos poros entre os grãos de granulação variada. São os mais importantes aqüíferos, grande volume de água armazenada, ocorrência em grandes áreas.Uma particularidade desse tipo de aqüífero é sua porosidade quase sempre homogeneamente distribuída, permite que a água flua para qualquer direção, em função diferenciais de pressão hidrostática existente (aqüíferos isotropicos) Aqüífero fraturado ou fissural - formado por rochas ígneas, metamórficas ou cristalinas, circulação da água nas fraturas. A capacidade dessas rochas de acumularem água está relacionada à quantidade de fraturas, suas aberturas e intercomunicação, permitindo a infiltração e fluxo da água. Poços perfurados nessas rochas fornecem poucos metros cúbicos de água por hora, sendo que a possibilidade de se ter um poço produtivo dependerá, tão somente, desse poço interceptar fraturas capazes de conduzir a água. Nesses aqüíferos, a água só pode fluir onde houverem fraturas (aqüíferos anisotrópicos). Aqüífero cárstico (Karst) - formado em rochas calcáreas ou carbonáticas, circulação da água nas fraturas e outras descontinuidades (diáclases) que resultaram da dissolução do carbonato pela água. Essas aberturas podem atingir grandes dimensões, criando, nesse caso, verdadeiros rios subterrâneos. São aqüíferos heterogêneos, descontínuos, com águas duras, com fluxo em canais. As rochas são calcários, dolomitos e mármores. Aquiferos Brasileiros 2 poços – 600m – 714 m ; T 43 C Possibilidade de encontrar Aquífero Água subterrânea Rocha ígnea ou metamórfica (fraturada) (análise de fraturamento - fotos aéreas) Rocha sedimentar (análise do nível freático da região) Rocha sedimentar ou metamórfica Calco -Magnesiano (análise do nível freático da região) Ação geológica da água subterrânea Problemas de Estabilidade Escorregamento - Solo em encosta possui estabilidade controlada pelo atrito entre partículas. Se atrito é vencido pela força gravitacional, solo se move encosta abaixo (causada pela adição de água ao material) Água subterrânea Rio De Janeiro 2011 Problemas de Estabilidade Voçorocas Sulcos e cortes, forma de U gerados pela erosão linear provocada pela atuação de água subterrânea. Desmatamento auxilia a instalação de voçorocas. Sulcos e Ravinas formados pelo escoamento de água superficial formam vales fluviais em V e evoluem para voçorocas Água subterrânea Problemas de Estabilidade Karst Produzido pela ação da água subterrânea ao dissolver rochas solúveis fraturadas (calcários, mármores). Água de chuva interage com CO2 = H2CO3 (ácido carbonico) Ao encontrar CaCO3 ou MgCO3, dissolvem, criando cavernas, etc... Injeção de calda de cimento ou abandonar a área! Água subterrânea Teresina, Piauí Teresina, Piauí Guatemala Maio 2010 Planejamento para exploração de água subterrânea Recursos Hídricos Contaminação da água doce por água do mar Contaminação em área rural Contaminação por fossa séptica Contaminação por atividade industrial Contaminação por ocupação humana POLUIÇÃO 70% esgoto doméstico 30% efluentes industriais BRASIL HOJE T1 T2 Belém - PA CRESCIMENTO POPULACIONAL URBANIZAÇÃO IMPERMEABILIZAÇÃO AUMENTO DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL AUMENTO DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento PNDU - BRASIL 16% FOSSA NEGRA 6% JOGAM EM VALAS 3% DIRETO EM RIOS 21% CONVIVEM COM LIXO 54% ESGOTO IBGE Brasil – 36% de tratamento de esgoto Porto Alegre – 21% de tratamento de esgoto ! Uncontrolled urbanisation 13 Designed by “Complete” infrastructure 21 Designed by •water supply •wastewater disposal •solid waste dumping •urban stream Solid waste “management” Dry weather flow - raw sewage 22 Designed by Solid waste “management” 23 Designed by Source control Disconnect downpipes Drain to lawns Infiltration into soakaway Permeable pavement Infiltration trenches Fotos: Tubulação “desconectada” Estacionamento: Pavimento Permeável Passeio: Pavimento Permeável Pátio Residencial: Pavimento Permeável e Trincheira de Infiltração Pavimento Permeável Manutenção: “Aspirador de pó” Estacionamentos Ao longo da rua Trincheiras de Infiltração Arranjo Paisagístico: Trincheira de Infiltração Telhado - Reservatório Enquanto isso, na Zero Hora e nos murais do IPH/UFRGS... PRÓXIMO ASSUNTO DE PESQUISA EM HIDROLOGIA URBANA NO IPH/UFRGS Arranjo Paisagístico: Áreas de Inundação (Detenção) Arranjo Paisagístico: Vala de Retenção (Banhados) Arranjo Paisagístico: Vala de Infiltração Arranjo Paisagístico: Vala de Retenção (Banhados) Arranjo Paisagístico: Vala de Infiltração
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