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CONCEITO TRANSFORMAÇÃO GENÉTICA (TRANSGENIA) • A modificação ocorre quando o material genético de um organismo (DNA ou RNA) é alterado por uma determinada técnica que não ocorre por vias naturais e a modificação pode ser replicada e/ou transferida para outras células ou organismos. • Tipicamente a modificação genética envolve remoção do DNA, manipulação fora da célula reinserção no mesmo ou outro organismo. • Objetivo final: introduzir uma característica nova ou alterada no organismo alvo (TOZZINI, 2004). HISTÓRICO 1970 DNA Recombinante-marcou o surgimento da EG 1973 Herbert Boyer e Stanley Cohen (1º experimento DNArec) 1983 1ºs resultados com Agrobacterium tumefaciens publicados 1986: 1ª planta transgênica tabaco com gene da luciferase 1994 Flavr Savr (Calgene) método tradicional de colheita Tomate Longa Vida (Flavr Savr) método tradicional de colheita Tomate Longa Vida (Flavr Savr) 1995-1996 soja e milho aprovadas para liberação nos EUA 1999 arroz dourado (rico β-caroteno) = prevenção cegueira 2001 salmão transgênico = conversão alimentar 15% maior variedades transgênicas soja, milho, algodão, canola, mamão, arroz, tomate... até 2007 área cultivada com transgênicos 102 milhões hectares 22 países contínuo aumento soja: 36% área plantada mundialmente = transgênico2001 AS GERAÇÕES DOS TRANSGÊNICOS Primeira geração: Características: produtos com características agronômicas de resistência a doença, insetos e tolerância a herbicidas. Segunda geração: Características: melhorias nutricionais (qualitativamente e quantitativamente) e de pós-colheita. AS GERAÇÕES DOS TRANSGÊNICOS Terceira geração: Características: plantas GM funcionando como biofábricas para a síntese de compostos com aplicações na área farmaceutica, biossanitária ou industrial. AS GERAÇÕES DOS TRANSGÊNICOS PRINCÍPIOS transformação genética sistemas transformação: 3 componentes principais • mecanismo para introdução DNA exógeno na célula • tipo célula ou tecido adequado à transformação • métodos identificação e seleção daqueles transformados Passos para produzir um transgênico • Genes de interesse isolados e clonados em um vetor; • transferência desse gene para dentro da célula vegetal; • integração desse gene ao genoma da planta; • regeneração de plantas férteis; • expressão do gene introduzido nas plantas regeneradas; • transmissão do gene introduzido de geração em geração. MÉTODOS DE TRANSFORMAÇÃO • Duas estratégias para a transformação gênica INDIRETO - Agrobacterium DIRETA - Bombardeio de micropartículas - Microinjeção - Eletroporação 1. A. tumefaciens: agente etiológico da galha-da-coroa; 2. A. rhizogenes: causa a raiz-em-cabeleira; 3. A. rubi: induz tumores especificamente em Rubus spp.; 4. A. vitis: induz tumores especificamente em videiras (Vitis spp.) 5. A. radiobacter: é saprófita (não-patogênica). Espécies Transformação por Agrobacterium Agrobacterium tumefaciens: Agrobacterium rhizogenes: também tem sido utilizada como vetor 1º vetor bacteriano usado na introdução DNA exótico em células vegetais O que é a A. tumefaciens ? TRANSFORMAÇÃO POR Agrobacterium Microorganismos tipicamente do solo; Aeróbicas e gram-negativas; Não formam esporos; Possuem forma de bacilo; Medem 0,6-1,0 x 1,5-3,0 μm; Movem-se por meio de 1 a 6 flagelos peritríquios ● Natureza: produção de substâncias que servirão de alimentos para o patógeno e levarão a célula a se multiplicar formação de tumores (galhas) ● Agente etiológico causal da galha-da-coroa é Agrobacterium tumefaciens galha-da-coroa- junção entre o tronco e a raiz T-DNA: naturalmente presente no plasmídeo de A. tumafaciens (plasmídeo Ti = indutor de tumor) T-DNA transferido para dentro da célula e integrado ao genoma da planta, onde é expresso de maneira estável inserido no genoma da célula hospedeira produção hormônios e opinas (crescimento e fonte de nutrientes para a bactéria) tumor: resultado transferência genes entre a bactéria e a célula vegetal Esquema de organização estrutural do plasmídeo Ti (Sluys, 1999) Região de incompatibilidade Região de origem de replicação Região de catabolismo das opinas Região responsavel pela transferência conjugativa do plasmídeo Região que delimitam a região-T Região de virulência Esquema de organização estrutural do plasmídeo Ti (Sluys, 1999) Região de incompatibilidade Região de origem de replicação catabolismo das opinas Conjugação entre agrobactérias do solo Transferência do T-DNA: genes de virulência Síntese de opinas e oncogenes (síntese de citocininas, auxinas ou sensibilidade para auxinas) Etapas para a transformação - Colonização de Agrobacterium - Indução do sistema de virulência - Geração do complexo de transferência T-DNA - Transferência do T-DNA - Integração do T-DNA no genoma da planta - Consiste em introduzir o DNA na célula, rompendo a barreira da parede celular e da membrana plasmática, sem o uso de vetores Biológicos. - Vetores - não requerem seqüências especiais - Micropartículas - ouro ou tungstênio - 0,4 a 1,5 mm Utilização: - em sp não infectadas pelo Agrobacterium (cereais) - transformar meristemas e tecidos com alto potencial de regeneração. - transformação de organelas e pólens - transformação de cereais, leguminosas e sp arbóreas recalcitrantes a outros métodos. BIOLÍSTICA Parâmetros a serem considerados * Altura do tiro * Pressão * Uso de osmóticos *Explante inicial • fragmentos de DNA (1) exógeno são aderidos à micropartículas metálicas (2) e (3); • micropartículas aceleradas em direção à célula vegetal (4); • eventualmente: DNA exógeno se integra ao DNA nuclear; • em meio de cultura apropriado (5), as células transformadas são selecionadas e regeneradas em plantas transgênicas (6) Transformação por Microinjeção desenvolvida para animais e estendida às plantas agulhas microcapilares introdução do DNA cada célula manipulada individualmente quantidade DNA pode ser otimizada trabalhosa resultados positivos: milho, trigo, soja, fumo arroz, salmão, bovinos, suínos Eletroporação utilização de protoplastos consiste em submeter protoplastos misturados com DNA e palsmídeos a uma descarga elétrica (criação de poros/ plasmídeos penetram no núcleo) dificuldade de regeneração plantas a partir protoplastos dificuldades da transgenia em plantas • protocolos regeneração indivíduos a partir das células transformadas • variações somaclonais (tipos ≠ por mutação ou anomalias inerentes à cultura tecidos) • Manipulação in vitro de células e tecidos de plantas • Regeneração de plantas a partir tecidos ou células em meio de cultivo Cultura de Tecidos • explante tecido da planta que é colocado em cultura • explante pode ser: disco foliar, ápice caulinar, ápice de raiz, embrião • é extraído da planta e colocado em meio de cultivo sob condiçõesideais para que possa se regenerar. condições de cultura: • composição do meio de cutura - macro e micronutrientes - vitaminas - fonte de carbono: açúcares condições de cultura: • hormônios • temperatura • pH • luminosidade • umidade TRANSGÊNICOS NA AGRICULTURA Variedades Roundup Ready - primeiros: soja RR e algodão RR - 1ªs variedades: Monsanto - tolerantes ao herbicida glifosato (Roundup) - glifosato inativa enzima EPSP (bloqueia síntese aa aromáticos) - variedades RR disponíveis em soja, milho, algodão e canola Plantas tolerantes a herbicidas Variedades Roundup Ready Flex - segunda geração da tolerância ao glifosato - sem pedido liberação no Brasil (EUA = 2006) - RR: glifosato pode ser aplicado até certo desenvolvimento - RR flex: aplicação glifosato durante todo ciclo cultura Variedades tolerantes herbicidas - controle eficiente plantas daninhas com 1 único herbicida - redução quantidade químicos aplicados lavoura - soja RR no Brasil: permissão plantios em 2005 - outra variedades: Bayer, DuPont, Calgene... controle biológico eficiente: Bacillus thuringiensis - controle lagartas desfolhadoras desde 1980 - proteína tóxica aos lepidópteros - inseticida Bt = seguro = aplicação cultivos orgânicos - variedades Bt sintetizam proteína Bt no próprio tecido - milho, algodão, fumo, batata, tomate... - preocupação: insetos resistentes - contornar esse problema: faixas escape + rotação Plantas resistentes a insetos plásticos: polímeros longos baseados em compostos orgânicos biopolímero biodegradável e renovável: Ralstonia matellidurans gene já foi introduzido em outras bactérias milho milho = gde eficiência produção biomassa plástico biodegradável + competitivamente no mercado bioplástico comestível em desenvolvimento Variedades para produção de Bioplástico Embrapa + Universidades mamão, feijão, batata estratégia: introdução gene capa protéica vírus invertido (anti-senso) Variedades resistentes a vírus alimentos funcionais: saúde + risco doenças + nutrição tomate com teor licopeno arroz com conteúdo β-caroteno grãos com + vitamina E arroz, trigo e feijão com + Ferro frutas com + vitamina C campo estudo promissor importância social e econômica Variedades nutracêuticas Plantas como Biorreatores “fábricas” produção de fármacos, químicos, plásticos, combustíveis... medicamentos jaborandi corantes urucum tintura soja óleos industriais canola Exemplo: genes para fatores anticoagulantes da sanguessuga transferidos para canola tratamento doenças sistema circulatório BIOSSEGURANÇA conjunto procedimentos voltados para controle e minimização de riscos advindos da prática de ≠ tecnologias, seja no campo ou laboratório objetivo estudar, monitorar e controlar impactos da biotecnologia fundamento assegurar avanço tecnológico + proteger saúde humana/animal e meio-ambiente no Brasil estabelece requisitos para manejo OGMs Brasil Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) Instância colegiada multidisciplinar criada através da Lei Nº 11.105 de 24 de março de 2005 apoio técnico e assessoramento ao Governo Federal quanto à formulação, atualização e implementação Política Nacional de Biossegurança relativa a OGMs CTNBio: auxiliar no estabelecimento de normas técnicas de segurança e pereceres técnicos referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio- ambiente, para atividades que envolvam construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, armazenamento, consumo, liberação e descarte de OGMs e derivados http://isaaablog.blogspot.com.br/ • CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. 2016. Disponível em www.ctnbio.gov.br • JAMES, C., 2016. Status Global of Culturas Transgênicas: 2016 ISAAA, Ithaca. Disponível em www.isaaa.org/resources/publications/briefs/default.asp • MIR, L. (Ed.) Genômica. Editora Atheneu, São Paulo. 2005. Cap. 35 - Plantas transgênicas; Cap. 36 - Considerações sobre segurança de alimentos geneticamente modificados; Cap. 38 - Organismos geneticamente modificados: impacto do fluxo gênico. • ROMEIS, J., SHELTON, A.M., KENNEDY, G.G. (eds.), Integration of Insect-Resistant Genetically Modified Crops within IPM Programs. Springer, 2008. • SOBERÓN, M., GAO, A., BRAVO, A. 2015. Bt Resistance: Characterization and Strategies For GM Crops Producing Bacillus thuringiensis Toxins. CABI. https://youtu.be/L7qnY_GqytM http://www.youtube.com/watch?v=4EWmvSh_bAQ
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