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Sapir e Pinker

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Sapir e Pinker representam duas correntes opostas na linguística. Sapir é behaviorista, ele acredita que o conhecimento é sistematizado, que o aprendizado da língua é social. E Pinker é inatista, ao contrário de Sapir, ele acredita que nascemos com a capacidade de falar, que o aprendizado da língua é inato, é biológico. Sapir propôs uma perspectiva diferente sobre a linguagem quando sugeriu que a linguagem influencia a forma como os indivíduos pensam. Junto com Whorf, ele deu origem à hipótese de Sapir-Whorf que afirmava que a percepção de uma pessoa sobre o mundo ao seu redor é controlada pela linguagem que ele usa. Eles defendiam a influência da cultura na criação da mentalidade do ser humano, assim ele critica as concepções evolucionistas e funcionalistas da cultura, ele enfatiza que a língua e a linguagem são incompreensíveis sem a mediação do comportamento cultural. Já para Steven Pinker, a linguagem não é um artefato cultural, mas uma constituição biológica de nosso cérebro. A linguagem é uma habilidade complexa e especializada, que se desenvolve na criança sem nenhum esforço consciente, ela se manifesta sem que se perceba sua lógica, sem que o conhecimento seja adquirido culturalmente. 
 Sapir afirma que habilidades como andar, respirar são inatas ao ser humano. São adquiridas biologicamente, já a fala não é assim. Ele afirma que o indivíduo está predestinado a falar, porém isso não se deve a capacidade genética, mas porque ele nasceu em uma sociedade. Segundo ele se retirarmos um recém nascido de seu ambiente natural e colocarmos em outro, ele andará da mesma maneira, agora a habilidade da fala será afetada. O seu discurso ficará totalmente em desacordo com o discurso que teria se estivesse no seu ambiente nativo. Já Pinker chama a língua de instinto. Ele diz que apenas algumas culturas humanas possuem a escrita, a metalurgia e etc. enquanto todas as culturas possuem linguagem. Ele diz que a linguagem nas crianças se desenvolve sem instrução formal ou tentativa por parte dos pais de corrigir a gramática das crianças. 
 Assim, Sapir, afirma que língua é cultura e não uma função biologicamente herdada. Enquanto, segundo Pinker, ao invés de ser uma invenção humana, a linguagem é uma capacidade humana inata.

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