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154444091515 OABXVIII1FASE PROCTRAB AULA05

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OAB XVIII EXAME – 1ª FASE 
Processo do Trabalho – Aula 05 
Aryanna Manfredini 
1 
CONCILIAÇÃO 
 
1. Em audiência são obrigatórias 
duas tentativas conciliatórias. A ausência 
de qualquer uma delas gera nulidade 
absoluta dos atos processuais 
posteriores. 
Art. 846, CLT. Aberta a audiência, o juiz 
ou presidente proporá a conciliação. 
Art. 850, CLT. Terminada a instrução, 
poderão as partes aduzir razões finais, em 
prazo não excedente de 10 (dez) minutos 
para cada uma. Em seguida, o juiz ou 
presidente renovará a proposta de 
conciliação, e não se realizando esta, será 
proferida a decisão. 
2. A homologação de acordo é faculdade 
do juiz. Não fere direito líquido e certo da 
parte a recusa do juiz em homologar o 
acordo. 
SÚMULA 418, TST. A concessão de liminar 
ou a homologação de acordo constituem 
faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e 
certo tutelável pela via do mandado de 
segurança. 
3. A sentença homologatória de acordo é 
irrecorrível para as partes (art. 831, CLT), 
transitando em julgado na data de sua 
homologação (súmula 100, V, TST). 
SÚMULA 100, V, TST. O acordo 
homologado judicialmente tem força de 
decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da 
CLT. Assim sendo, o termo conciliatório 
transita em julgado na data da sua 
homologação judicial. 
4. A sentença homologatória de acordo é 
equiparada a sentença de mérito (art. 269, 
III, CPC), sendo rescindida por ação 
rescisória (e não por ação anulatória), 
segundo estabelece a súmula 259, TST. 
 
 
 
 
 - 
do art. 831 da CLT. 
5. É lícito às partes formular acordo 
mesmo depois de encerrado o juízo 
conciliatório. As contribuições 
previdenciárias incidirão sobre o valor do 
acordo celebrado e homologado após o 
trânsito em julgado. 
 O art. 43, §5°, Lei 8212.91 revogou 
tacitamente o art. 832, §6°, da CLT. 
Art. 43, § 5°, Lei 8212/91. Na hipótese de 
acordo celebrado após ter sido proferida 
decisão de mérito, a contribuição será 
calculada com base no valor do acordo. 
 No mesmo sentido é a OJ 376 da 
SDI-1 do TST: 
OJ 376, SDI-1, TST CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA. ACORDO 
HOMOLOGADO EM JUÍZO APÓS O 
TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA 
CONDENATÓRIA. INCIDÊNCIA SOBRE O 
VALOR HOMOLOGADO 
É devida a contribuição previdenciária 
sobre o valor do acordo celebrado e 
homologado após o trânsito em julgado 
de decisão judicial, respeitada a 
proporcionalidade de valores entre as 
parcelas de natureza salarial e 
indenizatória deferidas na decisão 
condenatória e as parcelas objeto do 
acordo. 
É devida a contribuição previdenciária 
sobre o valor do acordo celebrado e 
homologado após o trânsito em julgado 
de decisão judicial, respeitada a 
proporcionalidade de valores entre as 
parcelas de natureza salarial e 
indenizatória deferidas na decisão 
condenatória e as parcelas objeto do 
acordo. 
RESPOSTAS DO RÉU 
1. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA 
 O artigo 847 da CLT assegura ao 
reclamado 20 minutos para apresentar 
sua defesa. 
1. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA 
 Apresentada a exceção de 
incompetência, o exceto terá um prazo 
improrrogável de 24 horas para se 
manifestar, devendo a decisão ser 
proferida na primeira audiência ou 
sessão que se seguir. [Art. 800, CLT] 
Art. 800, CLT. Apresentada a exceção de 
incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao 
exceto, por 24 (vinte e quatro) horas 
improrrogáveis, devendo a decisão ser 
proferida na primeira audiência ou sessão 
que se seguir. 
 O juiz receberá a exceção, 
suspenderá o feito, abrirá vista para o 
exceto se manifestar no prazo 
 
 
 
 
 
 
 
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improrrogável de 24 horas e proferirá 
decisão interlocutória. Caso acolha a 
exceção, remeterá os autos para o Juízo 
declinado como competente. 
 Como a decisão que julga a 
exceção é interlocutória, não admite 
recurso de imediato, exceto se 
terminativa do feito. (art. 799, § 2° da 
CLT). 
 A súmula 14 em sua alínea “c” 
explica o significado de decisão 
terminativa do feito. Observe-se: 
 
 Súmula 214, TST. Na Justiça do 
Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da 
CLT, as decisões interlocutórias não 
ensejam recurso imediato, salvo nas 
hipóteses de decisão: 
(...) 
c) que acolhe exceção de incompetência 
territorial, com a remessa dos autos para 
Tribunal Regional distinto daquele a que 
se vincula o juízo excepcionado, 
consoante o disposto no art. 799, § 2º, da 
CLT. 
 Caso o juiz acolha a exceção de 
incompetência, remetendo os autos para 
juiz que esteja subordinado a TRT 
diferente do que está subordinado o juízo 
excepcionado (para o qual foi 
apresentada a exceção), a decisão 
interlocutória terá sido terminativa do 
feito e desafiará RO, de imediato. 
 O recurso será julgado pelo TRT a 
que está subordinado o juiz que acolheu 
a exceção de incompetência. 
 Também é terminativa do feito a 
decisão de reconhece a incompetência 
absoluta da Justiça do Trabalho e remete 
os autos para outro ramo do poder 
judiciário, cabendo recurso ordinário 
para atacar tal decisão. 
2. EXCEÇÕES DE SUSPEIÇÃO E 
IMPEDIMENTO: 
 A CLT, datada de 1943, baseou-se 
no CPC de 1039, o qual tratava apenas de 
suspeição. Por isso, a CLT versa apenas 
sobre suspeição. 
 O CPC de 1973 distinguiu 
suspeição de impedimento, entretanto a 
CLT permaneceu sem alteração, 
referindo-se apenas a suspeição. 
 Apesar disso, as mesma razões 
que justificam a exceção de suspeição, 
justificam também a de impedimento. Por 
esse motivo onde na CLT lê-se suspeição 
deve ser lido também impedimento. 
 As hipóteses de cabimento de 
suspeição e impedimento estão previstas 
no artigo 801 da CLT e nos artigos 134 a 
138 do CPC. 
 O artigo 801, CLT estabelece que o 
juiz é obrigado a dar-se por suspeito e 
pode ser recusado pelos seguintes 
motivos, em relação aos litigantes: 
• Inimizade pessoal 
• Amizade íntima 
• Parentesco por consanguinidade 
ou afinidade até o terceiro grau civil 
• interesse particular na causa 
 As exceções de suspeição e 
impedimento suspendem o feito e serão 
processadas nos mesmos autos, de 
reclamatória trabalhista sendo 
dispensada a sua autuação em separado. 
 Segundo a CLT, apresentada 
exceção de suspeição ou impedimento, o 
juiz ou Tribunal deverá designar 
audiência de instrução e julgamento 
dentro de 48 horas. [Art. 802, CLT] 
 
Art. 802. Apresentada a exceção de 
suspeição, o juiz ou Tribunal designará 
audiência dentro de 48 (quarenta e oito) 
horas, para instrução e julgamento da 
exceção. 
 Para alguns autores, desde a 
extinção das Juntas de Conciliação e 
Julgamento, com a EC 24/99, não se 
aplica ao Processo do Trabalho o art. 802 
da CLT, e sim o CPC, cujo 
processamento da exceção está nos 
artigos 312 a 314. Caso o juiz não se 
julgue suspeito ou impedido deverá 
remeter os autos ao TRT, no prazo de dez 
dias 
para que este aprecie com suas razões e 
documentos. 
Art. 312, CPC. A parte oferecerá a exceção 
de impedimento ou de suspeição, 
especificando o motivo da recusa (arts. 134 
e 135). A petição, dirigida ao juiz da causa, 
poderá ser instruída com documentos em 
que o excipiente fundar a alegação e 
conterá o rol de testemunhas. 
 
 
 
 
 
 
 
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 Art. 313, CPC. Despachando a 
petição, o juiz, se reconhecer o impedimento 
ou a suspeição, ordenará a remessa dos 
autos ao seu substituto legal; em caso 
contrário, dentro de 10 (dez) dias, dará as 
suas razões, acompanhadas de documentos 
e de rol de testemunhas, se houver, 
ordenando aremessa dos autos ao tribunal. 
Art. 314, CPC. Verificando que a exceção 
não tem fundamento legal, o tribunal 
determinará o seu arquivamento; no caso 
contrário condenará o juiz nas custas, 
mandando remeter os autos ao seu 
substituto legal. 
 
 Nas exceções de suspeição e 
impedimento, os sujeitos passivos são 
juízes, promotores, peritos judiciais, 
intérpretes e os próprios serventuários 
da justiça. [Art. 138, CPC] 
 Opostas exceções de suspeição e 
impedimento contra o juiz, haverá a 
suspensão do processo. No entanto, 
quando for oposta em relação a qualquer 
outro dos sujeitos passivos, não haverá a 
suspensão do processo. [Art. 138, §1º, 
CPC]. 
 A decisão que julga exceção de 
suspeição ou impedimento é 
interlocutória, assim, dela não caberá 
recurso de imediato, mas as partes 
poderão mencioná-las novamente no 
momento em que couber recurso da 
decisão final. [Art. 799, § 2º e Art. 893, § 
1º, CLT] 
 Apesar de haver controvérsia, 
para a maior parte da doutrina o 
parágrafo único do art. 305 do CPC não 
se aplica ao processo do trabalho. 
 egundo tal dispositivo na “exceção de 
incompetência (art. 112 desta lei) a 
petição pode ser protocolizada no juízo 
do domicílio do réu, com requerimento de 
sua imediata remessa ao juízo que 
determinou a citação” 
3. CONTESTAÇÃO 
 Princípios da eventualidade (art. 
300, CPC) e da impugnação específica 
(art. 302, CPC). 
• Art. 300, CPC. Compete ao réu 
alegar, na contestação, toda a matéria de 
defesa, expondo as razões de fato e de 
direito, com que impugna o pedido do 
autor e especificando as provas que 
pretende produzir. 
Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-
se precisamente sobre os fatos narrados 
na petição inicial. Presumem-se 
verdadeiros os fatos não impugnados, 
salvo: 
I - se não for admissível, a seu respeito, a 
confissão; 
II - se a petição inicial não estiver 
acompanhada do instrumento público 
que a lei considerar da substância do ato; 
III - se estiverem em contradição com a 
defesa, considerada em seu conjunto. 
Parágrafo único. Esta regra, quanto ao 
ônus da impugnação especificada dos 
fatos, não se aplica ao advogado dativo, 
ao curador especial e ao órgão do 
Ministério Público. 
 Compensação e retenção 
• A compensação é uma forma de 
extinção de obrigações e é matéria de 
mérito, somente podendo ser arguida na 
contestação (art. 767, CLT e súmulas 18 e 
48). 
 
 é cabível a compensação quando 
reclamante e reclamado forem credores e 
devedores reciprocamente; 
 somente é possível quando se 
tratar de dívida de natureza trabalhista; 
 a compensação não pode ser 
concedida de ofício pelo juiz, devendo 
ser requerida pelo reclamado na 
contestação; 
 a compensação limita-se ao valor 
da condenação. 
4. RECONVENÇÃO 
 A reconvenção é uma ação do réu 
contra o autor dentro do mesmo 
processo em que está sendo demandado. 
 A CLT é omissa quanto à 
reconvenção, então se aplica 
subsidiariamente, por força do artigo 769 
da CLT, os dispositivos do CPC quanto 
ao tema – artigos 315 a 318. 
• Art. 315, CPC. O réu pode reconvir 
ao autor no mesmo processo, toda vez que 
a reconvenção seja conexa com a ação 
principal ou com o fundamento da defesa. 
Parágrafo único. Não pode o réu, em seu 
próprio nome, reconvir ao autor, quando 
este demandar em nome de outrem. 
 
 
 
 
 
 
 
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• Art. 103, CPC. Reputam-se conexas 
duas ou mais ações, quando Ihes for comum 
o objeto ou a causa de pedir. (as duas 
partes visam o mesmo fim) 
 
 REQUISITOS PARA A 
RECONVENÇÃO: 
• O juízo deve ser competente para 
ambas as ações: para a RT e para a 
reconvenção; 
• Deve haver legitimidade – O 
reclamado da RT precisa estar no pólo 
ativo da reconvenção e vice-versa; 
• O procedimento deve ser o mesmo 
; 
• Exige-se conexão entre a 
reconvenção e a ação principal ou algum 
dos fundamentos da defesa – [Art. 103, 
CPC]; 
 A sentença da ação principal e da 
reconvenção será a mesma. [Art. 318, 
CPC] 
 
 
PROVAS 
 
ÔNUS DA PROVA 
 Objeto das provas: fatos 
 Princípio da comunhão das 
provas: determina que uma prova 
produzida passa a ser do processo, 
pouco importando se o respons vel pelo 
requerimento ou determinação de sua 
produção tenha sido o autor r u ou 
mesmo o jui de ofício 
 
ÔNUS DA PROVA 
 CLT: art. 818: 
Art. 818. A prova das alegações incumbe à 
parte que as fizer. 
 CPC: Art. 333, CPC 
Art. 333. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do 
seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato 
impeditivo, modificativo ou extintivo do 
direito do autor. 
 
• Súmula 16, TST. NOTIFICAÇÃO 
(nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 
e 21.11.2003 - Presume-se recebida a 
notificação 48 (quarenta e oito) horas depois 
de sua postagem. O seu não-recebimento 
ou a entrega após o decurso desse prazo 
constitui ônus de prova do destinatário. 
 
• Súmula 12, TST. CARTEIRA 
PROFISSIONAL 
As anotações apostas pelo empregador na 
carteira profissional do empregado não 
geram presunção "juris et de jure", mas 
apenas "juris tantum". 
 
• Súmula 212, 
TST. DESPEDIMENTO. ÔNUS DA 
PROVA. O ônus de provar o término do 
contrato de trabalho, quando negados a 
prestação de serviço e o despedimento, é do 
empregador, pois o princípio da 
continuidade da relação de emprego 
constitui presunção favorável ao empregado. 
 
• Súmula 43, 
TST. TRANSFERÊNCIA (mantida) - 
Presume-se abusiva a transferência de que 
trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem 
comprovação da necessidade do serviço. 
SÚMULA Nº 338 JORNADA DE 
TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA 
PROVA (incorporadas as Orientações 
Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) 
- Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - É ônus do empregador que conta com 
mais de 10 (dez) empregados o registro da 
jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, 
da CLT. A não-apresentação injustificada 
dos controles de freqüência gera presunção 
relativa de veracidade da jornada de 
trabalho, a qual pode ser elidida por prova 
em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada 
pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003). 
III - Os cartões de ponto que demonstram 
horários de entrada e saída uniformes são 
inválidos como meio de prova, invertendo-se 
o ônus da prova, relativo às horas extras, 
que passa a ser do empregador, 
prevalecendo a jornada da inicial se dele 
não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-
1- DJ 11.08.2003) 
OJ 215, SDI-1, TST. VALE-TRANSPORTE. 
ÔNUS DA PROVA. Inserida em 08.11.00 
É do empregado o ônus de comprovar que 
satisfaz os requisitos indispensáveis à 
obtenção do vale-transporte. (cancelada) 
 
 
 
 
 
 
 
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Súmula 16, TST. NOTIFICAÇÃO (nova 
redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 
e 21.11.2003 
Presume-se recebida a notificação 48 
(quarenta e oito) horas depois de sua 
postagem. O seu não-recebimento ou a 
entrega após o decurso desse prazo 
constitui ônus de prova do destinatário. 
Súmula 6, VIII, TST. É do empregador o 
ônus da prova do fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo da equiparação 
salarial. 
Súmula 254, TST. SALÁRIO-FAMÍLIA. 
TERMO INICIAL DA OBRIGAÇÃO 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
O termo inicial do direito ao salário-família 
coincide com a prova da filiação. Se feita em 
juízo, corresponde à data de ajuizamento do 
pedido, salvo se comprovado que 
anteriormente o empregador se recusara a 
receber a respectiva certidão. 
2. MEIOS DE PROVA 
2.1 PROVA TESTEMUNHAL 
 CONCEITO DE TESTEMUNHA 
 É a pessoa física, estranha a 
relação jurídica processual, que a lei 
admite como testemunha (pornão ser 
incapaz, impedida ou suspeita) para 
relatar fatos dos quais deva ter 
conhecimento em função de uma 
peercepção sensorial. 
 QUEM PODE SER TESTEMUNHA 
Aplica-se o art. 405 do CPC: não pode ser 
ouvido como testemunha: o incapaz, o 
impedido e o suspeito. 
§ 1
o
 São incapazes: 
I - o interdito por demência; 
II - o que, acometido por enfermidade, ou 
debilidade mental, ao tempo em que 
ocorreram os fatos, não podia discerni-los; 
ou, ao tempo em que deve depor, não está 
habilitado a transmitir as percepções; 
III - o menor de 16 (dezesseis) anos; 
 
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do 
fato depender dos sentidos que Ihes faltam. 
§ 2
o
 São impedidos: 
I - o cônjuge, bem como o ascendente e o 
descendente em qualquer grau, ou colateral, 
até o terceiro grau, de alguma das partes, 
por consangüinidade ou afinidade, salvo se 
o exigir o interesse público, ou, tratando-se 
de causa relativa ao estado da pessoa, não 
se puder obter de outro modo a prova, que o 
juiz repute necessária ao julgamento do 
mérito; 
II - o que é parte na causa; 
III- o que intervém em nome de uma parte, 
como o tutor na causa do menor, o 
representante legal da pessoa jurídica, o 
juiz, o advogado e outros, que assistam ou 
tenham assistido as partes. 
§ 3
o
 São suspeitos: 
I - o condenado por crime de falso 
testemunho, havendo transitado em julgado 
a sentença; 
II - o que, por seus costumes, não for digno 
de fé; 
III - o inimigo capital da parte, ou o seu 
amigo íntimo; 
IV - o que tiver interesse no litígio. 
 COMPARECIMENTO DAS 
TETEMUNHAS EM AUDIÊNCIA 
Procedimento ordinário 
Art. 825 - As testemunhas comparecerão a 
audiência independentemente de notificação 
ou intimação. 
Parágrafo único - As que não 
comparecerem serão intimadas, ex officio ou 
a requerimento da parte, ficando sujeitas a 
condução coercitiva, além das penalidades 
do art. 730, caso, sem motivo justificado, 
não atendam à intimação. 
 
 COMPARECIMENTO DAS 
TETEMUNHAS EM AUDIÊNCIA 
Procedimento sumaríssimo 
Art. 852-H, § 2º. Só será deferida intimação 
de testemunha que, comprovadamente 
convidada, deixar de comparecer. Não 
comparecendo a testemunha intimada, o juiz 
poderá determinar sua imediata condução 
coercitiva. 
 
 INFORMANTE 
Art. 405, § 4
º,
 CPC. Sendo estritamente 
necessário, o juiz ouvirá testemunhas 
impedidas ou suspeitas; mas os seus 
depoimentos serão prestados 
independentemente de compromisso (art. 
 
 
 
 
 
 
 
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415) e o juiz Ihes atribuirá o valor que 
possam merecer. 
Art. 829, CLT. A testemunha que for parente 
até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou 
inimigo de qualquer das partes, não prestará 
compromisso, e seu depoimento valerá 
como simples informação. 
 RECLAMAÇÃO CONTRA O 
MESMO EMPREGADOR: SÚMULA 357, 
TST 
SÚMULA Nº 357 TESTEMUNHA. AÇÃO 
CONTRA A MESMA RECLAMADA. 
SUSPEIÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 
19, 20 e 21.11.2003 
Não torna suspeita a testemunha o simples 
fato de estar litigando ou de ter litigado 
contra o mesmo empregador. 
 O DEPOIMENTO DE UMA 
TESTEMUNHA NÃO SERÁ OUVIDO 
PELAS DEMAIS 
Art. 824, CLT. O juiz ou presidente 
providenciará para que o depoimento de 
uma testemunha não seja ouvido pelas 
demais que tenham de depor no processo 
 NÃO HÁ DESCONTO DO 
SALÁRIO. 
 
 Art. 822, CLT. As testemunhas não 
poderão sofrer qualquer desconto pelas 
faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu 
comparecimento para depor, quando 
devidamente arroladas ou convocadas. 
 TESTEMUNHA FOR FUNCIONÁRIO 
PÚBLICO. 
 Art. 823, CLT. Se a testemunha for 
funcionário civil ou militar, e tiver de depor 
em hora de serviço, será requisitada ao 
chefe da repartição para comparecer à 
audiência marcada. 
 
2.3. PROVA DOCUMENTAL 
 CONCEITO 
 Meio processual utilizado como 
prova material da existência de um fato. 
 Exemplos: papel, fotografia, 
gravuras, desenhos, fita de vídeo 
 DOCUMENTO EM CÓPIA 
Art. 830, CLT. O documento em cópia 
oferecido para prova poderá ser declarado 
autêntico pelo próprio advogado, sob sua 
responsabilidade pessoal. 
Parágrafo único. Impugnada a 
autenticidade da cópia, a parte que a 
produziu será intimada para apresentar 
cópias devidamente autenticadas ou o 
original, cabendo ao serventuário 
competente proceder à conferência e 
certificar a conformidade entre esses 
documentos. 
 DOCUMENTO COMUM AS 
PARTES 
 OJ 36 da SDI-1: INSTRUMENTO 
NORMATIVO. CÓPIA NÃO 
AUTENTICADA. DOCUMENTO COMUM 
ÀS PARTES. VALIDADE. (título alterado e 
inserido dispositivo, DJ 20.04.2005) 
O instrumento normativo em cópia não 
autenticada possui valor probante, desde 
que não haja impugnação ao seu conteúdo, 
eis que se trata de documento comum às 
partes. 
SÚMULA Nº 8, TST. JUNTADA DE 
DOCUMENTO (mantida) - Res. 121/2003, 
DJ 19, 20 e 21.11.2003. A juntada de 
documentos na fase recursal só se justifica 
quando provado o justo impedimento para 
sua oportuna apresentação ou se referir a 
fato posterior à sentença. 
2.4. PROVA PERICIAL 
 CONCEITO 
 Consiste na declaração de ciência 
(quando relata percepções colhidas de 
prova de fatos verificados ou 
constatados) ou na afirmação de um juízo 
(parecer que auxilia o juiz na 
interpretação ou apreciação dos fatos da 
causa) ou em ambas as atividades 
(Amaral dos Santos) 
 HONORÁRIOS PERICIAIS 
 Responsabilidade dos honorários 
periciais: 
Parte sucumbente no pedido. 
 Art. 790-B. A responsabilidade pelo 
pagamento dos honorários periciais é da 
parte sucumbente na pretensão objeto da 
perícia, salvo se beneficiária de justiça 
gratuita. 
 
 É LEGAL O DEPÓSITO PRÉVIO DE 
HONORÁRIOS PERICIAIS NO PROCESSO 
DO TRABALHO? 
i) Relação de emprego: a OJ 98 da SDI-2 
entende que o depósito prévio é ilegal, 
sendo cabível a impetração de mandado 
de segurança, até porque há direito 
 
 
 
 
 
 
 
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líquido e certo à realização da perícia, 
independentemente de depósito prévio. 
ii) Relação de trabalho: nesse caso, o 
TST tem outro entendimento. A IN 27/05 
trouxe normas procedimentais aplicáveis 
ao processo do trabalho, tendo em vista 
a ampliação da competência pela EC 
45/04. O art. 6º,parágrafo único, dispõe 
que é facultado ao juiz a exigência do 
depósito prévio. 
 HONORÁRIOS DO ASSISTENTE 
TÉCNICO 
 A CLT é omissa no particular. 
Aplica-se a Súmula 341 do TST, de modo 
que é a própria parte que arca com os 
honorários, ainda que vencedora no 
objeto da pretensão. 
Nº 341 HONORÁRIOS DO ASSISTENTE 
TÉCNICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 
19, 20 e 21.11.2003. A indicação do perito 
assistente é faculdade da parte, a qual deve 
responder pelos respectivos honorários, 
ainda que vencedora no objeto da perícia.

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