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DIREITO PENAL MILITAR (2012) UD II – DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR ASSUNTO 01 JUSTIÇA MILITAR OBJETIVOS • Descrever a organização e funcionamento da Justiça Militar. • Enumerar a atuação e competência do Ministério Público Militar. • Citar as funções essenciais à Justiça Militar. I – INTRODUÇÃO II – DESENVOLVIMENTO a. Conceito de Direito Penal Substantivo ou Material b. Conceito de Direito Penal Adjetivo ou Formal c. Missão da Justiça Militar d. Organização, funcionamento e competência da Justiça Militar e. A Justiça Militar em tempo de guerra f. Jurisdição e Competência Judiciária Militar III – CONCLUSÃO SUMÁRIO DIREITO PENAL “Direito Penal é o conjunto de normas jurídicas que regulam o poder punitivo do Estado, tendo em vista os fatos de natureza criminal e as medidas aplicáveis a quem os pratica”. ( Magalhães Noronha ) DIREITO PENAL SUBSTANTIVO (Direito Penal Militar) Direito Penal Substantivo ou material são as normas que definem os crimes, cominando-lhes penas, as medidas de segurança, bem como os princípios gerais a eles relativos (CPM). Ex: Matar alguém estando de serviço. Pena de 12 a 30 anos. (Art. 205 e seu § 2º, inciso VI do CPM) DIREITO PENAL ADJETIVO (Direito Penal Processual Militar) Direito Penal Adjetivo, ou formal, ou processual se refere à maneira de atuar ou fazer valer as normas de Direito Penal Substantivo diante de um caso concreto, por meio de um processo. (CPPM) Ex: O IPM deverá terminar em 20 dias se o indiciado estiver preso. ( Art. 20, 1ª parte do CPPM) JUSTIÇA MILITAR - MISSÃO A JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO TEM POR MISSÃO PROCESSAR E JULGAR OS CRIMES MILITARES DEFINIDOS EM LEI ( Art. 9º do CPM) - Art. 124, caput da CF/88. A JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL E DO DF JULGA OS MILITARES DOS ESTADOS NOS CRIMES MILITARES PREVISTOS NO CPM - Art. 125, §§ 4º e 5º da CF/88. Ver Art. 125, §4º, parte final da CF/88 - perda de posto e patente para oficiais e graduação das praças. • Juízes-Auditores e Juízes-Auditores Substitutos ÓRGÃOS DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO ( Art. 1º/ Lei nº 8.457/92 – LOJM ) • Superior Tribunal Militar •Auditoria de Correição • Conselhos de Justiça JUSTIÇA MILITAR - ORGANIZAÇÃO COMPOSIÇÃO • 3 oficiais-generais da Marinha • 4 oficiais-generais do Exército • 3 oficiais-generais da Aeronáutica • 5 civis 15 ministros vitalícios SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR ( Art. 92, VI e 122 ao 124 da CF/88 ) ( Lei nº 8.457/92 – LOJM ) Ver Art. 89 ao 97 da LOJM ( Tempo de Guerra) - DA ATIVA - 4 SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR – Processar e julgar originariamente: • os oficiais-generais das Forças Armadas nos delitos previstos no CPM. • a representação para decretação de indignidade de oficial ou sua incompatibilidade para com o oficialato. – Julgar: • os feitos originários dos Conselhos de Justificação. • As apelações e recursos de decisões de 1º grau COMPETÊNCIA – Art. 6º/LOJM CIRCUNSCRIÇÕES JUDICIÁRIAS MILITARES – Art. 2º/LOJM • 1ª – RJ e ES (a) • 2ª – SP (b) • 3ª – RS (c) • 4ª – MG • 5ª – PR e SC • 6ª – BA e SE • 7ª – PE, RN, PB e AL • 8ª – PA, AP e MA • 9ª – MS e MT • 10ª – CE e PI • 11ª – DF, GO e TO (b)* • 12ª – AM, AC, RO e RR Nr AUDITORIAS: (a) 04 (b) 02 (c) 03 1ª/3ª CJM Porto Alegre 5ª CJM Curitiba 2ª CJM São Paulo 1ª CJM Rio de Janeiro 11ª CJM Brasília 6ª CJM Salvador 7ª CJM Recife 10ª CJM Fortaleza 8ª CJM Belém 12ª CJM Manaus 9ª CJM Campo Grande 3ª/3ª CJM Santa Maria 2ª/3ª CJM Bagé CIRCUNSCRIÇÕES JUDICIÁRIAS MILITARES 4ª CJM Juiz de Fora *Assinaladas as sedes das Circunscrições Judiciárias Militares AUDITORIAS ( Art. 15/LOJM ) COMPOSIÇÃO • 1 Juiz-Auditor • 1 Juiz-Auditor Substituto • 1 Diretor de Secretaria • 2 Oficiais de Justiça Avaliadores • Demais auxiliares CONSELHO ESPECIAL DE JUSTIÇA ( Art. 16, “a”/LOJM ) • Juiz–Auditor • 4 juízes militares – todos oficiais (1 Presidente e 3 membros) Presidente: 1 (um) oficial-general ou oficial superior mais antigo COMPOSIÇÃO COMPETÊNCIA – Art. 27, I/LOJM Processar e julgar oficiais, exceto oficiais- generais, nos delitos previstos no CPM. CONSELHO PERMANENTE DE JUSTIÇA • Juiz–Auditor • 4 juízes militares – 1 oficial superior presidente e 3 oficiais até Cap ou Cap-Ten membros COMPOSIÇÃO – Art. 16, “b”/LOJM COMPETÊNCIA – Art. 27, II/LOJM Processar e julgar acusados que não sejam oficiais, nos delitos previstos no CPM. VER: Art. 23; 28; 29 e 97/LOJM OFICIAL MAIS MODERNO CONSELHO DE JUSTIÇA - PERMANENTE E ESPECIAL OFICIAL DE JUSTIÇA ESCREVENTE DEFESA JUÍZES CIVIL TOGADO PRESIDENTE OFICIAL SUPERIOR OFICIAL MAIS ANTIGO OFICIAL ACUSADO MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR ATRIBUIÇÕES • Promover, privativamente, a ação penal pública • Promover a declaração de indignidade ou de incompatibilidade para o oficialato. • Requisitar diligências investigatórias e a instauração de IPM, podendo acompanhá-los e apresentar provas. • Exercer o controle externo da atividade da polícia judiciária militar. VER: Art. 127 ao 129 da CF/88 Art. 67 e 68/LOJM Art. 7º ao 10 e 116 ao 148/LC nº 75/93 DA ADVOCACIA e DEFENSORIA PÚBLICA ATRIBUIÇÕES e FINALIDADE • O advogado, público ou particular, desenvolve atividade essencial à administração da justiça. • À Defensoria Pública cabe a assistência dos necessitados, conforme Art. 5º, LXXIV da CF/88. • Por meio dos advogados se propicia o contraditório e a ampla defesa. • Deve assistir presos em flagrante, ter acesso à processos, inquéritos e sindicâncias, mesmo que não findos. VER: Art. 133 e 134 da CF/88 e Art. 69 e 70/LOJM LC nº 80/94(Art. 1º; 4º; 14; 18; 20 e 22) Lei nº 8.906/94 (Art. 1º e 7º) Estatuto da OAB JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA- Art. 89 ao 97/LOJM • CONSELHO SUPERIOR DE JUSTIÇA-Art. 91 e 95/LOJM – 2 oficiais-generais ( + antigo é o presidente) – 1 Juiz-Auditor – Julga oficiais-generais (Cmt TO pelo STM) • CONSELHOS DE JUSTIÇA MILITAR-Art. 93 e 96/LOJM –2 oficiais mais antigos do que o réu ( + antigo preside o Conselho –1 Juiz-Auditor –Julga oficiais em 1ª instância (- Of Gen) •JUÍZES-AUDITORES - Art. 94 e 97/LOJM –Compõem os Conselhos e presidem as Auditorias instaladas no TO. –Instruem os processos em que os acusados são oficiais, praças e civis (exceto Of Gen) –Julgam singularmente as praças e civis. JURISDIÇÃO e COMPETÊNCIA LEI PENAL NO ESPAÇO • Princípio da territorialidade ( Art. 7º e §§ do CPM ) • Princípio da extraterritorialidade (Art.7º, “caput”, parte final, do CPM) • Teoria da Atividade (ou da ação) - para crimes omissivos. • Teoria da Ubiquidade (ou da unidade, ou mista) (Art. 6º do CPM) LUGAR DO CRIME JURISDIÇÃO e COMPETÊNCIA FORO MILITAR • Abrange todo o território nacional. • É especial - julga os militares incorporados às Forças Armadas; e os militares da reserva e civis (por extensão do foro) nos crimes militares definidos em lei (Art. 9º do CPM). • Não atinge determinadas autoridades que têm prerrogativa de foro - Art. 102,I, “b” e “c”; Art. 105, I, “a”; Art. 108, I, “a”; e Art. 29, X, todos da CF/88. JURISDIÇÃO e COMPETÊNCIA COMPETÊNCIA • Competência é uma limitação legal ao poder de jurisdição a que estão investidos os juízes. • A limitação da competência pode se dar em razão: - da matéria a ser julgada; - da pessoa a ser julgada; - do lugar da infração; - do domicílio do acusado; - pela prevenção Ver Art. 88 ao 93 do CPPM JURISDIÇÃO e COMPETÊNCIA CONFLITO DE COMPETÊNCIA • Ocorre quando dois ou mais juízes se consideram competentes ou incompetentes para julgar determinada matéria. • Pode ser: - positivo: + de um juiz entende, ao mesmo tempo, que é competente para julgar; - negativo: + de um juiz entende, ao mesmo tempo, ser incompetente para julgar; • Resolve-se pelo que dispõe o Art. 102, I, “o” e Art. 105, I, “d” da CF/88 e Art. 6º, II, “g” da LOJM CONCLUSÃO Ler e Estudar • Plano de sessão referente ao assunto • Material disponibilizado no Projeto AVA • Legislação citada em aula: CF/88; CPM; CPPM; Leis Complementares nº 75/93 e 80/94; Lei nº 8.906/94 (Estatuto da OAB); e LOJM – Lei de Organização da Justiça Militar da União (8.457/92).
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