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UENF, CBB, LQFPP Prof. Gustavo Rezende Bioquímica I – Estrutura e função de biomoléculas 3ª aula: pH, pKa, sistema tampão e Aminoácidos Roteiro da aula de hoje: 1) ionização da água e pH 2) ácidos e bases fracas 3) pKa e sistemas tampão 4) Aminoácidos 1) ionização da água e pH Como assim ‘ionização da água’? A água é levemente ionizada H2O H+ + OH- A água é levemente ionizada H2O H+ + OH- Apesar de sempre mostrarmos o produto da dissociação da água como H+, na realidade prótons livres não existem em solução, eles se associam à água, formando íons hidrônio (H3O-): A água é levemente ionizada + - As pontes de hidrogênio tornam a formação dos íons hidrônio quase instantânea. Íons da água se movem com rapidez anômala em um campo elétrico: o “salto” de prótons. Em função disso, reações ácido- base em soluções aquosas ocorrem excepcionalmente rápido. Constante de equilíbrio de reação (Keq): Keq: uma constante, característica de cada reação química, relaciona as concentrações específicas de todos os reagentes e produtos no equilíbrio, em uma dada temperatura e pressão. Como assim? O quanto a água é ionizada depende da constante de equilíbrio da reação (Keq): Constante de equilíbrio de reação (Keq): Keq: uma constante, característica de cada reação química, relaciona as concentrações específicas de todos os reagentes e produtos no equilíbrio, em uma dada temperatura e pressão. Como assim? O quanto a água é ionizada depende da constante de equilíbrio da reação (Keq): 30 Y No incío da reação... Constante de equilíbrio de reação (Keq): O quanto a água é ionizada depende da constante de equilíbrio da reação (Keq): 28 Y 2 Z Keq: uma constante, característica de cada reação química, relaciona as concentrações específicas de todos os reagentes e produtos no equilíbrio, em uma dada temperatura e pressão. Como assim? ... no meio da reação... Constante de equilíbrio de reação (Keq): O quanto a água é ionizada depende da constante de equilíbrio da reação (Keq): 5 Y 25 Z Keq: uma constante, característica de cada reação química, relaciona as concentrações específicas de todos os reagentes e produtos no equilíbrio, em uma dada temperatura e pressão. Como assim? ... no fim (equilíbrio) da reação. Constante de equilíbrio de reação (Keq): O quanto a água é ionizada depende da constante de equilíbrio da reação (Keq): 5 Y 25 Z Cada reação tem uma constante de equilíbrio diferente! ... no fim (equilíbrio) da reação. No incío da reação... Keq: uma constante, característica de cada reação química, relaciona as concentrações específicas de todos os reagentes e produtos no equilíbrio, em uma dada temperatura e pressão. Como assim? 30 S 30 A Constante de equilíbrio de reação (Keq): O quanto a água é ionizada depende da constante de equilíbrio da reação (Keq): 5 Y 25 Z Cada reação tem uma constante de equilíbrio diferente! ... no fim (equilíbrio) da reação. Keq: uma constante, característica de cada reação química, relaciona as concentrações específicas de todos os reagentes e produtos no equilíbrio, em uma dada temperatura e pressão. Como assim? 25 S 5 P 15 A 15 B Constante de equilíbrio da reação (Keq): A + B C + D Keq: uma constante, característica de cada reação química, relaciona as concentrações específicas de todos os reagentes e produtos no equilíbrio, em uma dada temperatura e pressão. Reação: Keq = [A] [B] [C] [D] onde é a concentração do composto X em Molar, no equilíbrio. [X] O quanto a água é ionizada depende da constante de equilíbrio da reação (Keq): Reação Cada reação possui uma constante de equilíbrio própria: E a constante de equilíbrio da água? H2O H+ + OH- Keq = [H2O] [H+] [OH-] Sabe-se que a 25º C, muito pouco da água está ionizada, e a fórmula fica... E a constante de equilíbrio da água? H2O H+ + OH- Keq = [H2O] [H+] [OH-] Sabe-se que a 25º C, muito pouco da água está ionizada, e a fórmula fica... Keq = 55,5 M [H+] [OH-] E a constante de equilíbrio da água? H2O H+ + OH- Keq = [H2O] [H+] [OH-] Sabe-se que a 25º C, muito pouco da água está ionizada, e a fórmula fica... Keq = 55,5 M [H+] [OH-] e podemos rearranjar a equação: (55,5 M)(Keq) = = Kw[H+] [OH-] Onde Kw é o produto iônico da água. (55,5 M)(Keq) = = Kw[H+] [OH-] Sabe-se que a Keq da água a 25º C é de 1,8 x 10-16 M, e a equação fica: (55,5 M)(1,8 x 10-16 M) = [H+] [OH-] = 1,0 x 10-14 M2 = Kw (55,5 x 1,8 ~ 100) Logo, o produto de [H+] [OH-] em solução aquosa a 25º C será sempre igual a 1 x 10-14 M2. Quando as concentrações de H+ e OH- são iguais, diz-se que a solução está em pH neutro, e as concentrações podem ser calculadas de acordo: Resolvendo para [H+] fica: [H+] = 0,0000001 M Quando as concentrações de H+ e OH- são iguais, diz-se que a solução está em pH neutro, e as concentrações podem ser calculadas de acordo: Uma vez que o produto iônico da água, [H+][OH-] = 1 x 10-14 M2, é constante, sempre que [H+] for maior que 1 x 10-7 M, [OH-] tem que ser menor que 1 x 10-7 M. E aí chegamos na escala de pH. O símbolo p significa “logaritmo negativo de”: Logo o pH de uma solução neutra fica: Tabela: A escala de pH A escala de pH é logarítmica, a diferença em um unidade significa uma diferença de dez vezes na concentração de H+ ! Mais ácido Mais básico Medidas e valores de pH são essenciais na bioquímica! Mais ácido Mais básico Medidas e valores de pH são essenciais na bioquímica! pH do sangue é 7,4. Se o pH cai para 6,8 isso leva a danos celulares irreparáveis e até a morte. Mais ácido Mais básico Seria possível a vida em um pH tão ácido? Medidas e valores de pH são essenciais na bioquímica! pH do sangue é 7,4. Se o pH cai para 6,8 isso leva a danos celulares irreparáveis e até a morte. Mais ácido Mais básico Helicobacter pylori, em estômago de pacientes com gastrite, úlcera gástrica, úlcera duodenal e câncer de estômago: Prêmio Nobel de 2005. Medidas e valores de pH são essenciais na bioquímica! pH do sangue é 7,4. Se o pH cai para 6,8 isso leva a danos celulares irreparáveis e até a morte. 2) ácidos e bases fracas Ácidos e bases fracas: Ácidos forte: HCl, bases fortes: KOH, NaOH: se dissociam completamente em solução aquosa. Ácidos e bases fracas (isto é, que não se ionizam completamente em solução aquosa) são comuns e possuem papéis importantes em sistemas biológicos. Ácidos podem ser definidos como doadores de prótons, bases como aceptores de prótons. Um doador e um e aceptor de prótons relacionados formam um par ácido-base conjugado: ácido acético ânion acetato A tendência de qualquer ácidos (HA) de perder prótons e formar sua base conjugada (A-) é definida pela constante de equilíbrio da reação: que é: Constantes de equilíbrio de reações de ionização são chamadas de constantes de dissociação, designado por Ka. Também existe seu logaritmo negativo, pKa: Constante de dissociação de alguns ácidos: Ácidos monopróticos Ácidos dipróticos Ácidos tripróticos Mono, di e tripróticos: doam um, dois ou três prótons. Constante de dissociação de alguns ácidos: Ácidos monopróticos Ácidos dipróticos Ácidos tripróticos Mono, di e tripróticos: doam um, dois ou três prótons. Constante de dissociação de alguns ácidos: Ácidos monopróticos Ácidosdipróticos Ácidos tripróticos Mono, di e tripróticos: doam um, dois ou três prótons. Constante de dissociação de alguns ácidos: Ácidos monopróticos Ácidos dipróticos Ácidos tripróticos Quanto mais forte for o ácido (maior tendência de perder prótons), menor será seu pKa Mono, di e tripróticos: doam um, dois ou três prótons. 3) pKa e sistemas tampão pKa é um valor relacionado com a constante de dissociação de ácidos e bases fracas! Curvas de titulação ácido-base: A titulação serve para determinar experimentalmente 1) a concentração de uma dada substância (no nosso caso, um ácido) em uma solução e 2) o pKa de ácidos fracos. Uma curva de titulação ácido-base envolve a gradual adição ou remoção de prótons. Como funciona: começa-se com uma solução de um ácido fraco de concentração desconhecida. Determina-se o pH. Adiciona-se uma solução conhecida de uma base forte (NaOH, por exemplo) em pequenas quantidades na solução do ácido determina-se o pH sempre que NaOH é adicionado... Curva de titulação do ácido acético: retângulo: forma iônica predominante Exatamente no meio da curva, o pH equivale ao pKa do ácido em questão: Curva de titulação do ácido acético: retângulo: forma iônica predominante Exatamente no meio da curva, o pH equivale ao pKa do ácido em questão: Ou seja: quando Curva de titulação do ácido acético: [HAc] = [Ac-], o pH será igual ao pKa do ácido em questão! retângulo: forma iônica predominante Diferentes ácidos possuem pKa em diferentes pHs. Soluções tampão são sistemas aquosos que resistem à variação de pH quando quantidades de ácidos (H+) ou bases (OH-) são adicionadas ao sistema. Tampão: A ação tamponante é extremamente importante em sistemas biológicos, uma vez que quase todos os processos biológicos são dependentes de pH. Boa parte disso se deve à propriedade das diferentes biomoléculas, que possuem distintas regiões que possuem diferentes valores de pKa... Com a variação de pH os grupos ionizáveis das biomoléculas podem ter sua carga variando. Lembrando que interações iônicas são importantes para a interação entre diferentes biomoléculas. Por exemplo, atividade de diferentes enzimas: pH em sistemas biológicos: Um sistema tampão consiste de um ácido fraco e sua base conjugada: Ácido acético e acetato juntos funcionam como um sistema tampão. A região de pH sombreada em rosa é a região de capacidade tamponante. Um sistema tampão consiste de um ácido fraco e sua base conjugada: p H Ácido acético e acetato juntos funcionam como um sistema tampão. Como funciona um sistema tampão: Na região do pKa, o pH não muda muito quando quantidades razoáveis de H+ ou OH- são adicionados: Como funciona um sistema tampão: Na região do pKa, o pH não muda muito quando quantidades razoáveis de H+ ou OH- são adicionados: H+ Como funciona um sistema tampão: Na região do pKa, o pH não muda muito quando quantidades razoáveis de H+ ou OH- são adicionados: H+ Ac- Como funciona um sistema tampão: Na região do pKa, o pH não muda muito quando quantidades razoáveis de H+ ou OH- são adicionados: H+ Ac-HAc - Como funciona um sistema tampão: Na região do pKa, o pH não muda muito quando quantidades razoáveis de H+ ou OH- são adicionados: OH- Como funciona um sistema tampão: Na região do pKa, o pH não muda muito quando quantidades razoáveis de H+ ou OH- são adicionados: OH- HAc Como funciona um sistema tampão: Na região do pKa, o pH não muda muito quando quantidades razoáveis de H+ ou OH- são adicionados: OH- HAc (HOH) Como funciona um sistema tampão: Na região do pKa, o pH não muda muito quando quantidades razoáveis de H+ ou OH- são adicionados: Isso porque a diminuição na concentração de um dos componentes do sistema tampão é balanceado pelo incremento exato da concentração do outro componente. A razão entre a concentração dos componentes do tampão muda, mas não o pH da água... O sistema absorve H+ ou OH- ! Diferentes pares possuem ação tamponante em diferentes pHs: É um processo de tamponamento que envolve o sangue e a respiração. O sistema-tampão bicarbonato: pH fisiológico do plasma sanguíneo é 7,4. Em algus estados patológicos (diabetes severa, por exemplo), pH pode cair para 6,8 levando a danos celulares irreparáveis e até a morte. É um processo de tamponamento que envolve o sangue e a respiração. O sistema-tampão bicarbonato: pH fisiológico do plasma sanguíneo é 7,4. Em algus estados patológicos (diabetes severa, por exemplo), pH pode cair para 6,8 levando a danos celulares irreparáveis e até a morte. pH no sangue muito ácido, a reação ocorre nessa direção: É um processo de tamponamento que envolve o sangue e a respiração. O sistema-tampão bicarbonato: pH fisiológico do plasma sanguíneo é 7,4. Em algus estados patológicos (diabetes severa, por exemplo), pH pode cair para 6,8 levando a danos celulares irreparáveis e até a morte. pH no sange muito básico, a reação ocorre nessa direção: 4) Aminoácidos Aminoácidos (Aas): Estrutura geral dos aminoácidos: 20 Aas ao todo. Todos possuem essa estrutura geral (com exceção da prolina). O que difere em cada Aa é o grupo R. α Aminoácidos (Aas): Aas são os monômeros que compõem as proteínas Quando os aas estão unidos dentro de uma proteína eles são chamados de resíduos de aminoácidos! Aminoácidos (Aas): Estrutura geral dos aminoácidos: 20 Aas ao todo. Todos possuem essa estrutura geral (com exceção da prolina). O que difere em cada Aas é o grupo R. O carbono central é chamado de “alfa” e é um centro de isomeria. α Estereoisomeria em α-aminoácidos: L-Alanina L-Alanina D-Alanina D-Alanina Estereoisomeria em α-aminoácidos: L-Alanina L-Alanina D-Alanina D-Alanina para trás do plano do papel para frente do plano do papel Estereoisomeria em α-aminoácidos: Os isômeros de Aas são oticamente ativos (giram luz polarizada). Seus isômeros são conhecidos como L (levorrotatório) ou D (dextrorrotatório) L-Alanina L-Alanina D-Alanina D-Alanina para trás do plano do papel para frente do plano do papel Na natureza, aas ocorrem em L, açúcares em D L-aas são aqueles onde o grupo α-amino está à esquerda, D-aas são aqueles onde o grupo α-amino está à direita. L-Alanina D-Alanina L-Gliceraldeído D-Gliceraldeído Cadeia Lateral: varia em tamanho, estrutura, carga elétrica e polaridade (capacidade de interagir com a água). Aas são classificados de acordo com as propriedades de seus grupamentos laterais (R). Cadeia Lateral: varia em tamanho, estrutura, carga elétrica e polaridade (capacidade de interagir com a água). Os aas são agrupados em 5 grandes classes: 1) Grupo R alifático, não-polar, 2) Grupo R aromático, 3) Grupo R polar não-carregado, 4) Grupo R carregado positivamente (básico), 5) Grupo R carregado negativamente (ácido). Aas são classificados de acordo com as propriedades de seus grupamentos laterais (R). Cadeia Lateral: varia em tamanho, estrutura, carga elétrica e polaridade (capacidade de interagir com a água). Os aas são agrupados em 5 grandes classes: 1) Grupo R alifático, não-polar, 2) Grupo R aromático, 3) Grupo R polar não-carregado, 4) Grupo R carregado positivamente (básico), 5) Grupo R carregado negativamente (ácido). Aas são classificados de acordo com as propriedades de seus grupamentos laterais (R). Alifático: composto de carbono acíclico ou cíclico não-aromático. Aromático: composto de carbono cíclico que possui um anel aromático (derivados do benzeno: Cadeia Lateral: varia em tamanho, estrutura, carga elétricae polaridade (capacidade de interagir com a água). Os aas são agrupados em 5 grandes classes: 1) Grupo R alifático, não-polar, 2) Grupo R aromático, 3) Grupo R polar não-carregado, 4) Grupo R carregado positivamente (básico), 5) Grupo R carregado negativamente (ácido). Aas são classificados de acordo com as propriedades de seus grupamentos laterais (R). Alifático: composto de carbono acíclico ou cíclico não-aromático. Aromático: composto de carbono cíclico que possui um anel aromático (derivados do benzeno: Fórmulas estruturais a seguir mostram o estado de ionização em pH 7,0. 1 – Aas com grupamentos laterais não-polares e alifáticos Cadeias laterais tendem a se agrupar. Estabilização da proteína por interação hidrofóbica. 1 – Aas com grupamentos laterais não-polares e alifáticos Não tem contribuição real para interação hidrofóbica. 1 – Aas com grupamentos laterais não-polares e alifáticos Estrutura cíclica/conformação rígida/ reduz a flexibilidade da proteína. 1 – Aas com grupamentos laterais não-polares e alifáticos grupo tioéter não polar 1 – Aas com grupamentos laterais não-polares e alifáticos 2 – Aas com grupamentos laterais aromáticos Relativamente não polares (hidrofóbicas) e participam em interações hidrofóbicas, mas Tirosina e Triptofano são mais polares (i.e. menos hidrofóbicos) que Fenilalanina. 2 – Aas com grupamentos laterais aromáticos Grupo OH da tirosina pode formar ponte de hidrogênio e é um importante grupo funcional em algumas enzimas. Anéis aromáticos do triptofano e tirosina absorvem luz ultravioleta. Absorbância e a lei de Lambert-Beer: Absorbância (A) = onde ε é o coeficiente de extinção molar. 3 – Aas com grupamentos laterais polares não-carregados Mais solúveis em água (mais hidrofílicos) do que os não polares: grupos funcionais fazem pontes de hidrogênio com a água. Exceto cisteína Polaridade conferida por hidroxila em Serina e Treonina; sulfidrila em Cisteína e amida em Asparagina e Glutamina. Formação de cistina Duas cisteínas podem ser oxidadas formando uma cistina, um aminoácido dimérico ligado covalentemente. As duas cisteínas são ligadas por uma ponte (ou ligação) dissulfeto, essa ligação é reversível. As pontes dissulfeto participam da estabilização de estrutura protéicas, intra ou intermolecular. 4 – Aas com grupamentos laterais carregados positivamente Carga positiva em pH 7,0 (bastante hidrofílicos) 4 – Aas com grupamentos laterais carregados positivamente 2o grupo amino grupo guanidino grupo imidazol Carga positiva em pH 7,0 (bastante hidrofílicos) 4 – Aas com grupamentos laterais carregados positivamente Carga positiva em pH 7,0 (bastante hidrofílicos) – doador/receptor de prótons em muitas reações enzimáticas – fração significante carregada positivamente em pH neutro H + 5 – Aas com grupamentos laterais carregados negativamente Carga negativa em pH 7,0 (bastante hidrofílicos) Ambos possuem um 2o grupo carboxil. Aminoácidos não primários: Além dos 20 aas que vimos, algumas proteínas podem ser compostas dos chamados “aminoácidos não-primários”, criados por modificações de resíduos primários já dentro de uma proteína: Aminoácidos não primários: Além dos 20 aas que vimos, algumas proteínas podem ser compostas dos chamados “aminoácidos não-primários”, criados por modificações de resíduos primários já dentro de uma proteína: Encontradas no colágeno, proteína muito importante do tecido conjuntivo. A vitamina C é essencial para a produção de hidroxiprolina para o colágeno. Aminoácidos não primários: Além dos 20 aas que vimos, algumas proteínas podem ser compostas dos chamados “aminoácidos não-primários”, criados por modificações de resíduos primários já dentro de uma proteína: Desmosina é derivada de quatro resíduos de lisina. Presente na proteína elastina. Que atua na pele, conferindo sua capacidade elástica. Aminoácidos não primários: Alguns dos aminoácidos não-primários não são encontrados em proteínas. São os aas não protéicos, como é o caso da ornitina e citrulina, essenciais no ciclo da uréia (catabolismo de compostos nitrogenados): Um aa em solução aquosa não existe na forma não-iônica, mas sim na forma zwitteriônica (do alemão “íon híbrido”). Aas como íon dipolar ou zwitterion Forma não-iônica Forma zwitteriônica Aas podem agir como ácidos e bases (são anfotéricos) Um zwitterion pode agir como um ácido (doador de próton) Um zwitterion pode agir como uma base (aceptor de próton) A carga líquida dos aas varia com o pH carga líquida: Aumento do pH Cada aa tem uma curva de titulação característica Glicina possui dois grupos ionizáveis. Em pH muito baixo, a forma predominante é +H3N-CH2-COOH. Em pH muito alto, a forma predominante é H2N-CH2-COO-. Cada aa tem uma curva de titulação característica Glicina possui dois grupos ionizáveis. Em pH muito baixo, a forma predominante é +H3N-CH2-COOH. Em pH muito alto, a forma predominante é H2N-CH2-COO-. Glicina possui dois pKas: pK1 e pK2, relacionados com os dois grupos ionizáveis. Glicina possui duas regiões tamponantes. Glicina serviria como um bom tampão fisiológico? A carga elétrica líquida (total) de qualquer aminoácido varia com o pH. Titulação e carga elétrica líquida dos Aas: determinação do ponto isoelétrico A carga elétrica líquida (total) de qualquer aminoácido varia com o pH. No pH 5,97, que é o ponto médio entre os dois estágios (pK1 e pK2), a forma predominante é +H3N-CH2-COO-. E assim definimos o pI ou ponto isoelétrico, que é o pH onde o Aa possui carga elétrica líquida igual a zero. Titulação e carga elétrica líquida dos Aas: determinação do ponto isoelétrico A carga elétrica líquida (total) de qualquer aminoácido varia com o pH. No pH 5,97, que é o ponto médio entre os dois estágios (pK1 e pK2), a forma predominante é +H3N-CH2-COO-. E assim definimos o pI ou ponto isoelétrico, que é o pH onde o Aa possui carga elétrica líquida igual a zero. Reparem que em qualquer pH abaixo de seu pI a solução de glicina terá uma carga positiva e, em pH acima de seu PI, terá uma carga negativa. Canto mais extremo o pH, maior a carga. Titulação e carga elétrica líquida dos Aas: determinação do ponto isoelétrico Todos os AAs que possuem apenas um grupo α-amino, um grupo α-carboxila e um grupo R não ionizável terá curva de titulação parecida com a da glicina. AAs com grupos R ionizáveis (são 7 aas) possuem três estágios em suas curvas de titulação ácido-base: pK1, pK2 e pKR, sendo pKR o pKa do grupo R ionizável. AAs diferem em suas propriedades ácido-base. Curva de titulação da histidina, que possui grupo R ionizável + + + + + - - - Resumo sobre Aas e suas propriedades: * Aas com valor negativo tendem a ficar em ambiente aquoso; com valor positivo em ambiente hidrofóbico. Tem no CCT: Química, a Ciência Central, 9ª edição. Autores: Brown, LeMay, Bursten e Burdge. Capítulo 15: Equilíbrio químico, Cap 16: pH, Cap 17: Solução tampão. Caso queiram, dica de livro de química: Fim
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