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Gripe Espanhola

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Nome: xx.
Cuso: Medicina.
Disciplina: Ética Médica.
Data: 23/06/2015
RESUMO
O Assunto do referido trabalho trata sobre o Medo de Pandemias.
O Tema tratará sobre a origem da gripe espanhola (seus sintomas e o seu tratamento) no Brasil, sua propagação o descaso das autoridades, bem como as consequências que essa gripe trouxe para o Brasil. A presença do misticismo também faz parte da área abrangida pelos estudos sobre a gripe espanhola de 1918. 
JUSTIFICATIVA
Oriundo da Europa, continente este já mazelado com a doença, o vírus da gripe espanhola, entrou no Brasil facilmente com os grandes navios que aqui aportavam com alimentos, remédios e, por causa do início da Primeira Guerra Mundial, com militares já infectados. Sua propagação foi rápida dizimando velozmente uma população antes saudável. A doença matava todos que fossem infectados em questão de dias. Com o conhecimento de uma nova doença, o Brasil tornou-se um mundo de desordens. Houve caos e desespero com a nova epidemia. 
PROBLEMA
Segundo LAMARINO (2009) a gripe espanhola era também conhecida como rainha vermelha. No período da primeira guerra, aconteceu o surto da gripe, tendo seu início em março durante a primavera no hemisfério norte. Nessa época muitas pessoas apareceram infectadas com sintomas da gripe: febre, calafrios e indisposição. O surto se alastrou pelo mundo inteiro, e até mesmo na Espanha foram detectadas aproximadamente 8 milhões de pessoas doentes, incluindo o rei Afonso XIII. Os países atingidos não acreditavam que o surto poderia estar acontecendo, uma vez que a gripe deixava soldados fora de combate. O único país que admitiu o que estava acontecendo foi a Espanha, por isso o surto foi chamado de gripe espanhola, substituindo o seu antigo nome: gripe dos 3 dias.
A gripe chegou ao Brasil através de um navio que foi enviado para participar da guerra. Chegou, também, através de contingentes migratórios. Em 1918, aproximadamente em setembro, ancorava no Brasil um navio com imigrantes espanhóis, sendo que inúmeros deles estavam portando o vírus da gripe. 
HIPÓTESE
Elevado número de mortos devido ao surto da gripe espanhola.
Desespero da população frente ao despreparo do governo para o atendimento de um grande número de vítimas.
CONCLUSÃO
CONTEXTO HISTÓRICO E RELIGIOSO DA GRIPE ESPANHOLA
No ano da Primeira Grande Guerra, o Brasil recebeu em setembro o paquete Demerara. Muitos historiadores acreditam que esse barco tenha sido o primeiro a trazer o vírus para o Brasil. As primeiras cidades a serem atacadas pela doença foram aquelas que tinham vital importância como desembarque em seus portos: Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Como maior fonte de passagem de pessoas, os portos funcionaram como transmissores de várias doenças; explicando, dessa maneira, a rapidez da propagação da nova epidemia: o vírus da gripe espanhola. O porto de Recife recebeu vários militares oriundos da África e, em menos de duas semanas Recife foi tomada pela gripe. Dois meses após sua chegada ao Brasil, o vírus atacou a Amazônia em novembro do mesmo ano 
O vírus, que em pouco tempo ganhou notoriedade na Europa pela sua rapidez letal, foi notificado como uma pandemia; doença esta que atacaria vários continentes do mundo. Entretanto, inicialmente, o Brasil não tomou providências necessárias com relação à nova doença chegada. As autoridades locais acreditavam que o vírus não pudesse ultrapassar o oceano. Infelizmente, com a Primeira Guerra Mundial, o país necessitou abrir seus portos para o desembarque de militares, auxiliando assim, a entrada da doença no local. 
Com a chegada da doença, o Brasil virou um caos. Pessoas se aglomeravam nas ruas pedindo remédios, algumas fugiam para o interior para não serem vitimadas. Entretanto, o grande problema do Brasil nesse período não foi a quantidade de vítimas; mas sim, a ausência do comércio durante a doença. Feiras, farmácias, teatros, bares, todos os estabelecimentos foram fechados. Não havia ninguém na rua por causa do medo do contágio. 
De acordo com Neto (apud BERTOLI. sem ano), ao entrar no quarto do casal, os dois japoneses haviam falecido e já se achavam em completa rigidez cadavérica sob as cobertas de um humilde leito. Debruçada sobre o cadáver da mãe, sugando ambos os seios e a choramingar, estava uma criança de 8 meses. Assim que deparou com os estranhos, a pequenina órfã arregalou os olhos e voltou-se para os mesmos, soluçando comoventemente. Estava abatida pela fome de muitos dias. (NETO apud “O Combate” apud BERTOLLI FILHO, op cit. , p.352).
SINTOMAS DA GRIPE ESPANHOLA
Segundo Sciliar, a sintomatologia da gripe espanhola, ou chamada de influenza, ou então de moléstia reinante, caracteriza-se como uma doença aguda e de evolução rápida, geralmente benigna, porém podendo ser grave e ate fatal. Apesar da gripe espanhola ser mais severa que a gripe comum, tinha os mesmos sintomas iniciais como dor de garganta, dor de cabeça, e febre. Em muitos pacientes a doença progride para algo muito pior do que espirros, manifestando-se por calafrios, sensações de frio, prostração intensa, dores de cabeça e dores musculares insuportáveis, sobretudo nas costas, ombros e pernas. A febre podia chegar a 40° e manter-se ate seis dias consecutivos, intensos, e fadiga vinham acompanhados de fluido nos pulmões. A peste era transmitida por contato direto, ou através de gotículas naso-faringianas expelidas na tosse ou no espirro.
VIAS DE ACESSO DA GRIPE ESPANHOLA NO BRASIL
A gripe espanhola que assolou o mundo em 1918-1919 tem sua origem geográfica desconhecida. No entanto, acredita-se que o vírus causador desta pandemia esteja relacionado com o vírus da gripe suína, isolado em 1020 por Richard E. Shope (KOLATA, 2002).
Segundo Scliar, não se tinha certeza de que os primeiros casos de gripe tenham surgido na Espanha. Sabe-se que esta surgiu pela primeira vez em março de 1918 nos Estados Unidos, em abril deste mesmo ano na França, atingindo em maio a Grécia, Portugal e Espanha, em junho a Dinamarca e a Noruega, em agosto os Países Baixos e a Suécia. A gripe teve consequências severas a todos os exércitos estacionados nos portos franceses.
No Brasil a epidemia chegou em setembro de 1918, com o retorno de marinheiros que prestavam serviço militar e que faziam parte da Missão Médica enviada ao porto de Dacar, Senegal (colônia francesa) para auxiliar na guerra francesa. Porém, estes desembarcaram doentes no porto de Recife (KOLATA, 2002).
Neste mês também aportaram no Brasil navios com migrantes Europeus, dentre estes, pessoas infectadas a bordo. A propagação do vírus da gripe se deu de forma rápida entre a população do Rio de Janeiro, difundiu-se a todo o território nacional, em especial nas cidades de São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife (UJVARI, 2003).
A gripe espanhola causou grande mortandade, chegando a cerca de 35.000 mortes, entre os meses de outubro e novembro de 1918.Tem-se registros que no Rio de Janeiro, neste período foram registrados 14.348 óbitos (UJVARI,2003).
Segundo KOLATA (2002), mesmo Portugal estando assolado pela gripe, as autoridades brasileiras não acreditavam que esta pudesse atingir o Brasil, visto sua distância e o oceano que os separava. No entanto, não contavam que com as tropas do exército em trânsito em virtude da guerra poderiam mudar essa perspectiva.
A gripe espanhola não limitou-se as celebridades, vitimando o Presidente da República Rodrigues Alves, que veio a falecer deste mau em 19 de janeiro de 1919 (UJVARI, 2003).
PERSONALIDADES BRASILEIRAS VÍTIMAS DA GRIPE
Segundo o site de busca WIKIPEDIA, algumas pessoas ilustres foram vítimas da gripe espanhola como:
Rodrigues Alves - foi uma das mais ilustres vítimas da gripe espanhola. Era presidente da republica, Alves tinha sido reeleito, mas não chegou a assumir o cargo para exercer seu segundo mandato. Morreu no início de 1919 e foi substituído pelo vice, Delfim Moreira, até a realizaçãode eleições, em abril, vencidas por Epitácio Pessoa.
Anália Franco – educadora
Belfort Duarte – futebolista
Eurípedes Barsanulfo - educador e médium espírita
Pedro de Castro Neves- educador
Telêmaco Augusto Enéas Morosini Borba - político, sertanista, escritor, etnógrafo, historiador, indianista, paleontólogo, geólogo
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
TIPO DE ESTUDO
O presente estudo constitui-se de uma pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório e abordagem qualitativa dos dados, na qual objetiva analisar a reação de uma nação frente a gripe espanhola com especial enfoque na população Brasileira. 
REFERÊNCIAS
ALVAREZ, Adriana et al . A gripe de longe e de perto: comparações entre as pandemias de 1918 e 2009. Hist. cienc. saude-Manguinhos,  Rio de Janeiro,  v. 16,  n. 4, Dec.  2009 .   Disponível em http://www.scielo.br/scielo . Acesso em 09 de maio de 2011. 
BERTUCCI, L. M. A Ameaça iminente: as epidemias. Um momento: Varíola - 1908.
DELUMEAU, J. História do Medo no Ocidente: 1300 - 1800. São Paulo: Companhia das Letras. 1996.
http://hypescience.com/como-foi-a-gripe-espanhola-de-1918/
http://scienceblogs.com.br/rainha/2009/05/o_que_foi_a_gripe_espanhola_em.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe_de_1918
	
NETO, Leandro Carvalho Damacena. A Gripe Espanhola[*1] de 1918 na Cidade de São Paulo:Notas Sobre o “Cotidiano Epidêmico” na “Metrópole do Café”. In: http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao29/materia02/. Acesso em 28 de abril de 2011.
NICULITCHEFF, V. X. O mez da grippe. Curitiba: Fundação Cultural Casa
Romário Martins, 1981.
SANTOS, N. V. Terra do Futuro: ( Impressões sobre o Paraná). Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba,1996.
SILVA, E. A. et al. O povo faz a História: Ponta Grossa, 1920-1945. Relatório de Pesquisa. Ponta Grossa: UEPG, 1994. 
SILVA, Edmilson. A gripe espanhola no Brasil : Gripe espanhola revela meandros da República Velha. In: http://ambienteacreano.blogspot.com/2009/08/gripe-espanhola-no-brasil.html. Acesso em 29 de abril de 2011. 
SOUZA, Christiane Maria Cruz de. A gripe espanhola na Bahia – saúde, política e medicina em tempos de epidemia. Coleção História e Saúde. Editora Fiocruz

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