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FIT – Faculdades Integradas do Tapajós
BENS PÚBLICOS
Mário Caetano
e-mail: marionickreader@gmail.com
Direito Civil – Prof.º Alexandre Scherer
Resumo: Este artigo conceitua de modo prático e dinâmico os bens públicos, seus conceitos, qualificações e características, afastando as dúvidas mais comuns em torno de sua administração e utilização.
Palavras-chave: Bens Públicos, Classificação, Estado.
Introdução:
É um fato comum a falta de conhecimento sobre o funcionamento dos bens públicos, até onde vão os direitos da população sobre os bens e como ou quem pode utilizar-se deles. Este trabalho conceitua e exemplifica de forma prática e simples alguns dos bens públicos de interesse maior pela sociedade.
I – Conceito
De acordo com o C.C. art. 98, “são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual fora pessoa a que pertencerem.” Em continuidade, o art. 99, I,II e III, respectivamente, classifica os bens públicos em “bens de uso comum do povo, bens de uso especial e bens dominicais”.
II – Classificação
No art. 99, I, II e III do C.C., encontra-se a definição classificativa dos bens públicos, através da destinação usual de cada bem, que como já dito anteriormente são classificados em “bens de uso comum do povo, bens de uso especial e bens dominicais”.
II.I – Bens de Uso Comum do Povo:
Como a própria classificação já propicia, são os bens destinados ao uso da população em geral. O art. 99, I do C.C., cita como bens de uso comum os “rios, mares, estradas, ruas e praças.” É importante lembrar que o Decreto nº. 24.643, de 10/07/1934 e pela Lei nº. 7.661, de 16/05/1988, art.10, define que as praias são bens de uso comum do povo.
II.II – Bens de Uso Especial:
São bens diretamente ou indiretamente dirigidos pela administração pública, tendo fins específicos. O art. 99, II do C.C., cita que “os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. Alguns exemplos de bens públicos de uso especial são os teatros públicos, escolas públicas, fóruns, quartéis, bibliotecas e museus públicos, e repartições públicas em geral.
II.III – Bens Dominicais:
Os bens dominicais são os que não podem ser caracterizados como bens públicos – pois não possuem destinação de uso comum - ou bens especiais – já que também não possuem destinação específicas – mas, são os bens que constituem o patrimônio estatal, dessa forma, o Estado figura como proprietário destes. O art. 99, III, cita que “os ‘bens’ dominicais constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.” Ainda no art. 99, parágrafo único, é definido que “não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Alguns exemplos de bens dominicais são o patrimônio histórico e artístico, os minérios existentes naturalmente no território nacional, plataformas submarinas, etc.
III – Características Gerais dos Bens Públicos
III.I – Inalienabilidade dos Bens Públicos:
Alienação é qualquer forma de venda, doação, doação em pagamento, permuta, investidura, concessão de domínio e legitimação de posse.
O art. 100 do C.C. define que “os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação na forma que a lei determinar.”
Segue as qualificações observadas pelo Estado:
O art. 183, § 3, da C.F., cita “os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião”, no sentido de que os imóveis públicos estão protegidos pelo Estado, de forma que ninguém poderá obter o seu domínio pelo usucapião.
Na lei nº 9.636, art. 23, de 15/05/1998, é discorrido sobre alienação, lê-se “a alienação de bens imóveis da União dependerá de autorização, mediante ato do Presidente da República, e será sempre precedida do parecer da SPU quanto a sua oportunidade e conveniência.
§ 1º. A alienação ocorrerá quando não houver interesse público, econômico ou social em manter o imóvel no domínio da União, nem inconveniência quanto à preservação ambiental e à defesa nacional, no desaparecimento do vínculo de propriedade.
§ 2º. A competência para autorizar a alienação poderá ser delegada ao Ministro da Fazenda, permitida a subdelegação.
Súmula 340 do STF, define que “desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião.” Nos entanto, esta lei é referente ao Código Civil de 1916, atualmente, o vigente é Código Civil de 2002, que em seus art. 100, 101 e 102, qualificam esse tipo de alienação.
Art. 101, do C.C., define que “os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102, do C.C., define que “os bens públicos não estão sujeitos ao usucapião.”
III.II – Imprescritibilidade dos Bens Públicos
Imprescritibilidade é a característica que o bem público tem de não poder ser adquirido pelo usucapião.
Para explicar essa característica, cito novamente o art. 183, § 3, da C.F., “os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião”, no sentido de que os imóveis públicos estão protegidos pelo Estado, de forma que ninguém poderá obter o seu domínio pelo usucapião, como já mencionado.
Também cito o art. 193 da C.F., “aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade”
Art. 191, da C.F, Parágrafo único, “os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.”
III.III – Impenhorabilidade ou Não-Oneração dos Bens Públicos:
A impenhorabilidade dos bens públicos é a característica dos bens públicos que impede que estes sejam oferecidos em garantia para cumprimento das obrigações/dívidas contraídas pela Administração junto a terceiros. De igual teor, a não-oneração é a impossibilidade dos bens públicos serem gravados com direito real de garantia em favor de terceiros. Enfim, os bens públicos não podem ser objeto de hipoteca. Cito aqui, o art. 100, da C.F., definindo que “os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.”
Regra geral: a execução contra a Fazenda se faz através da expedição e apresentação de precatórios (títulos emitidos a partir de sentença com trânsito em julgado que o torna legitimo credor da Administração Pública).
Os pagamentos serão feitos ordem cronológica de apresentação dos precatórios, sendo que os precatórios não podem conter nome de pessoas, respeitando-se o princípio da impessoalidade.
Considerações Finais
Sabendo da necessidade existente sobre como conhecer mais sobre os bens públicos e suas destinações, este artigo ainda pode ser considerado vago para alguns leitores. Para um detalhamento mais amplo sobre bens públicos, pode-se ler o livro Manual de Direito Civil, de Pablo Gagliano e Rodolpho Pamplona.
Referência
Vade Mecum, Editora Saraiva, 20º ed., 2015
Bibliografia
Manual de Direito Civil, Cap. 8, Bens, 2012; de Gagliano, Pablo Stolze e Pamplona, Rodolpho.

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