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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Penal Geral 
 Professor: André Estefam 
Aulas: 17 e 18| Data: 11|09|15 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1.NÍVEIS DE IMPUTAÇÃO OBJETIVA 
2.DOLO 
3.ESPÉCIES DE DOLO 
4.CULPA 
5.ESPÉCIES DE CULPA 
 
1.NÍVEIS DE IMPUTAÇÃO OBJETIVA 
 
Criação ou incremento de um risco proibido ou relevante. 
Logo, não haverá imputação objetiva quando: 
1 – o agente não enviou ou aumentou risco algum (provocado por 3º). 
2 – o agente não diminuiu o risco (minimizar os danos). 
3 – o risco for permitido. 
4 – o risco for irrelevante (aplicação do Principio da Insignificância). 
Como, por exemplo: o individuo empurra alguém a fim de diminuir um risco. 
 
Risco: é algo inerente a vida humana. 
 
A produção do risco no resultado, ou seja, se tenha influído. 
- logo não haveria imputação objetiva quando: 
A – o resultado foi decorrente de risco produzidos por terceiros ou por o acaso. **cursos causais hipotéticos** 
 
O resultado estava no “alcance” (esfera de proteção) do tipo penal. 
Exemplo: 
Artigo 33 da Lei de Drogas. 
- bem jurídico – saúde pública (tutelar). 
- morte 
- lesões ao corpo 
- danos a saúde individual 
 
*** Para o Legislador Brasileiro, aplica-se o artigo 13 do Código Penal, o nexo de causalidade e não a teoria da 
imputação objetiva. *** 
 Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do 
 crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. 
 Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o 
 resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 
 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
 Página 2 de 5 
 Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei 
 nº 7.209, de 11.7.1984) 
 § 1º - A superveniência de causa relativamente 
 independente exclui a imputação quando, por si só, 
 produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, 
 imputam-se a quem os praticou. (Incluído pela Lei nº 
 7.209, de 11.7.1984) 
 Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
 11.7.1984) 
 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o 
 omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O 
 dever de agir incumbe a quem: (Incluído pela Lei nº 
 7.209, de 11.7.1984) 
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou 
 vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de 
 impedir o resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
 11.7.1984) 
 c) com seu comportamento anterior, criou o risco da 
 ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
 11.7.1984) 
 
O Finalismo trouxe a figura do DOLO e CULPA. 
 
 
2.DOLO 
 
 
 Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
 de 11.7.1984) 
 Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu 
 o risco de produzi-lo; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
 11.7.1984) 
 Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
É a vontade de concretizar os elementos objetivos do tipo. 
São três a principais teorias: 
 
1ª - Teoria da vontade – DOLO é querer o resultado. 
Teoria da representação – DOLO é prever. 
2ª - Teoria do consentimento ou assentimento – DOLO é assumir o risco de produzir o resultado. 
 
Atenção: adotaram-se estas duas teorias. 
 
 
Elementos do dolo: 
 
 
 
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A – Elemento volitivo (dolo natural ou neutro) = VONTADE 
+ 
B – Elemento cognitivo = CONSCIÊNCIA 
 
C – normativo = somente no sistema neoclássico – consciência da ilicitude – dolo normativo híbrido. 
 
Abrangência do dolo: DIRETO 
- resultado pretendido = forma o dolo de 1º grau 
- meios escolhidos = formam o dolo de 1º grau 
 
- conseqüências secundárias inerentes aos meios escolhidos 
*formam o dolo de 2º grau ou de conseqüência 2ª secundária. 
 
 
Dolo eventual: previsível. 
 
 
3.ESPÉCIES DE DOLO 
 
DOLO direto: 
-1º grau 
- 2º grau 
 
DOLO indireto: 
- eventual 
- alternativo = almeja outro resultado 
 
DOLO de dano: é a intenção de lesar o bem jurídico. 
DOLO de perigo: é o propósito de expor o bem jurídico a risco. 
 
Artigo 130 do Código Penal – perigo de contágio venéreo – crime de perigo com dolo de dano. 
Simples = (caput) dolo de perigo 
Qualificada = (parágrafo) ele quer contagiar (dolo de dano) 
*somente se o parceiro não tenha sido contaminado. 
*se foi contaminado haverá outro crime, como, por exemplo; o crime de lesão. 
 
 Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou 
 qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, 
 de que sabe ou deve saber que está contaminado: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 § 2º - Somente se procede mediante representação. 
 Perigo de contágio de moléstia grave 
 
DOLO genérico: é a vontade de realizar a conduta descrita no verbo núcleo do tipo penal. 
 
 
 
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DOLO específico: é a finalidade especial a que se dirige a conduta do agente. 
Cuidado: não se confunde com dolo, mas sim, um elemento (intenção) subjetivo do tipo penal. 
 
DOLO GERAL: “dolus generalis” – não previsto em Lei. 
Ocorre quando o sujeito pratica uma conduta almejando um resultado, mas o produz com um comportamento 
subseqüente que realiza, embora se acredite que o resultado já havia se produzido inicialmente. 
Exemplo: dar uma paulada na cabeça de alguém, acreditando-se que o pessoa morreu, o agente enterra esta 
mesma pessoa (acreditando estar morta) ainda com vida, ou seja, a pessoa irá morrer por asfixia e não em 
decorrência da paulada sofrida. 
- 2 atos 
- solução: haverá crime único, consumado e doloso. 
 
 
4.CULPA 
 
Culpa: 
1 – quebra do dever de cuidado objetivo. 
Dever de cuidado objetivo = a pessoa de mediana prudência e discernimento. 
2 – previsibilidade objetiva do resultado. 
 
Quebra: atuar com imprudência, negligência ou imperícia. 
 
 Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
 de 11.7.1984) 
 Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por 
 imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei 
 nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, 
 ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, 
 senão quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei 
 nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Agravação pelo resultado (Redação dada pela Lei nº 
 7.209, de 11.7.1984) 
 
Imprudência: é a culpa que se manifesta de forma ativa, por meio de um ato afoito ou açodado. 
Negligência: é a culpa que se manifesta de forma omissiva, com a falta de adoção de uma cautela exigida pela 
experiência. 
Imperícia: é a culpa que se manifesta no desempenho de arte ou profissão. 
 
Exige a previsibilidade objetiva do resultado. 
- possibilidade de antever/previsto por uma pessoa mediana. 
Nos crimes culposos a culpabilidade (poder agir de outro modo), tem algo especial, o exame da previsibilidade 
subjetiva do resultado. 
 
 Qual diferença entre a imprevisibilidade objetiva e subjetiva do resultado em crimes culposos? 
 
 
 
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R – Imprevisibilidade objetiva = fato atípico 
 Imprevisibilidade subjetiva = exclui a culpabilidade 
 
 
5.ESPÉCIES DE CULPA 
 
CULPA: 
 
- própria = artigo 18, II do Código Penal.- imprópria = artigo 20, parágrafo 1º e artigo 23, parágrafo único – ambos do Código Penal. 
* Trata-se de um ato doloso punido a titulo de culpa, em virtude de um erro evitável cometido pelo agente. 
 
- consciente 
- inconsciente

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