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FATO TÍPICO

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teoria geral do crime
Conceit� d� crim�
● Material (bens jurídicos importantes): conduta que causa lesão ou perigo de lesão um bem
juridicamente tutelado, passível de pena
● Formal (lei): todo ato punido com sanções penais, isto é, penas ou medidas de segurança.
★ ex: “crime de responsabilidade” não é crime, pois suas consequências são a perda do cargo
(sanção administrativa) e suspensão dos direitos políticos (sanção política)
● Analítico: leva em consideração os elementos que compõem a infração penal (sua estrutura),
variando conforme a teoria adotada.
★ Bipartida ou dicotômica: fato típico (art.1o) e antijurídico (art.23). A culpabilidade (arts. 21,
22, 26 e 28) constitui pressuposto de aplicação da pena
★ Tripartida ou tricotômica (PREVALECE): fato típico, antijurídico e culpável
★ Quadripartida: fato típico, antijurídico, culpável e punível
★ Constitucionalista do delito: fato típico, antijurídico e punível, figurando a culpabilidade
como fundamento e pressuposto de imposição da pena
★ Teoria dos elementos negativos do tipo: fato típico e culpável
● O Brasil, na LICP adotou o critério bipartido, sistema BINÁRIO/DUALISTA, ou seja reconhece
somente duas espécies de infração penal (espécie), que têm tratamento despenalizador:
obs: Ato infracional não é uma terceira espécie.
✓ CRIME (ou delito): punido com detenção ou reclusão
✓ CONTRAVENÇÃO PENAL (Dec. lei no 3.688/41): punida com prisão simples (CRIME ANÃO,
CRIME LILIPUTIANO E CRIME VAGABUNDO)
CRIME CONTRAVENÇÃO
tipo de pena prevista
(se divide em privativa de
liberdade, pecuniária -multa,
e restritiva de direitos)
pena privativa de liberdade isolada,
alternativa (juiz escolhe entre
privativa ou multa) ou
cumulativamente com multa
só há possibilidade de multa
tipo de pena privativa de
liberdade
reclusão ou detenção prisão simples
tipo de ação penal ação penal pública ou privada só pública incondicionada
punibilidade da tentativa tentativa punível tentativa impunível (art. 4°)
regras de
extraterritorialidade
admite não admite
competência justiça estadual ou federal justiça estadual
limite da pena máximo de 40 anos (art.75) máximo de 5 anos (art.10)
Fato típico
i. conduta
Teoria� d� condut�
● Sempre tem uma dimensão externa e
interna (elemento subjetivo)
1. Teoria clássica, naturalística,
mecanicista ou causal:
➞ despreza o elemento subjetivo (despreza a
intenção, a psicanálise do agente), diz que a
conduta é mera exteriorização do
pensamento, uma modificação causal no mundo
exterior
➞ a caracterização da conduta criminosa
depende somente da circunstância de o
agente produzir
fisicamente um resultado previsto em lei como
infração penal, independentemente de dolo ou
culpa (culpabilidade).
2. Teoria finalista:
➞ Teoria que prevalece
➞ conduta como ação ou omissão humana,
consciente e voluntária, dirigida a uma
finalidade(é um acontecer final e não
puramente causal)
➞ a conduta tem que analisar o que se passava
na cabeça do agente (o elemento subjetivo)
➞ não há crime sem conduta, garantia
elementar sob pena de criminalizar-se
pensamento, forma de ser ou características
pessoais.
➞ dolo e culpa são deslocados para o interior
da conduta.
➞ nos crimes culposos não incide nas
finalidades mas nos meios escolhidos.
3. Teoria social
➞ Não prevalece
➞ Concorda com a finalista, mas traz um
elemento que diz que quando uma conduta é
aceita pela sociedade não pode ser tipificado
pela lei como infração penal (princípio da
adequação social)
Condut� X At�:
● Todo texto de crime tem que trazer um
verbo (pq transmite ação ou omissão), o verbo
é a conduta e o ato é uma fração da
conduta, ex: matar em um ato com uma facada
● Crimes plurissubsistentes: a conduta
admite vários atos (matar com várias facadas)
● Unissubsistentes ou Unissubsistentes:
conduta se realiza em um único ato, não dá
para fracionar (uso de documento falso,
injúria verbal) e não admite a forma tentada
(não dá para tentar utilizar, ou falar algo, ou
faz ao não faz)
Element� objetiv�
● exteriorização do pensamento, mediante
um movimento corpóreo ou abstenção indevida
de um movimento. Podendo se dar por:
A. Ação: conduta positiva, que se
manifesta por um movimento corpóreo
(“matar”, “subtrair”, “constranger”,
“falsificar”, “apropriar-se”etc.).
➞ A norma penal(interpretação da Lei) nesses
crimes, chamados comissivos (crimes
mediante ação), é proibitiva (ex.: “não
matarás”, “não furtarás” etc.).
B. Omissão: conduta negativa, que
consiste na indevida abstenção de um
movimento.
➞ Nos crimes omissivos, a norma penal é
mandamental, imperativa ou preceptiva: em
vez de proibir alguma conduta, determina uma
ação, punindo aquele que se omite. Proíbe-se a
realização de qualquer outra ação que não
aquela individualizada no verbo.
➞ Teoria normativa ou jurídica: o nexo entre
omissão e resultado é, portanto, jurídico ou
normativo (deriva da existência de um dever
jurídico de agir para evitar o resultado).
Nesse sentido, dispõe nosso CP no art. 13, §
2o:” a omissão é penalmente relevante quando
o omitente devia e podia agir
para evitar o resultado (...)”.(obrigação
jurídica anterior à omissão)
➞ Espécies:
1. próprios ou puros:
★ O tipo penal descreve uma conduta
omissiva (ex.: arts.135, 244 e 269 CP).
★ originalmente omissivo, ao ler entende
que é omissivo
★ São crimes de mera conduta, ou seja,
basta que o sujeito se tenha omitido
indevidamente
★ Independe da ocorrência de qualquer
modificação no mundo exterior, ou
seja, de resultado material, ou seja,
não é necessário resultado
naturalístico (basta que o pai deixe de
pagar a pensão alimentícia, não precisa
que a criança morra de fome)
★ não admite tentativa, a omissão,
descrita no próprio tipo, é SEMPRE
RELEVANTE, o crime se dá com a
simples inércia do sujeito.
★ sempre é doloso, sempre tem vontade
2. impróprios, espúrios, impuros ou
comissivos por omissão:
★ o tipo penal incriminador descreve uma
conduta positiva, uma ação.
★ O sujeito responde pelo crime porque
estava juridicamente obrigado a
impedir a ocorrência do resultado e,
mesmo podendo (possibilidade real e
efetiva) fazê-lo, omitiu-se.
★ é um crime originalmente comissivo,
mas em determinadas hipóteses ele
pode também ser realizado mediante
uma omissão
★ A omissão é penalmente relevante
quando o omitente devia e podia agir
para evitar o resultado
★ É necessário que, nos termos do art.
13, § 2o, do CP, tenha o dever jurídico
de evitar o resultado. hipóteses:
✓ Dever legal ou imposição legal: quando o
agente tiver, por lei, obrigação de proteção,
cuidado e vigilância (ex.: mãe com relação aos
filhos; diretor do presídio no tocante aos
presos x esmola ou vizinho).
✓ Dever de garantidor ou “garante”: quando o
agente, de qualquer forma, assumiu a
responsabilidade de impedir o resultado (não
apenas contratualmente). Qualquer outra
forma de obrigação que não seja decorrente
da lei. É o caso do médico plantonista; do guia
de alpinistas; do salva-vidas, com relação aos
banhistas; da babá, para com a criança x
devedor que não pagou e o credor se matou.
✓ Ingerência na norma ou situação
precedente: quando o agente criou, com seu
comportamento anterior, o risco da
ocorrência do resultado (ex.: o nadador exímio
que convida para a travessia de um rio pessoa
que não sabe nadar torna-se obrigado a evitar
seu afogamento; a pessoa que joga um cigarro
aceso em matagal obriga-se a evitar eventual
incêndio).
3. Crimes de conduta mista:
★ Tais crimes são de ação múltipla
cumulativa.
★ O tipo penal prevê dois
comportamentos (uma ação seguida de
uma omissão).
★ Ex.: art. 169, parágrafo único, II, do
CP – o agente acha coisa alheia perdida
(ação) e deixa de restituí-la (omissão)
Element� subjetiv�
● tem como finalidade investigar o ânimo e a
vontade do agente que praticar um tipo penal
objetivo
● é a atitude psíquica interna e sem
consciência e voluntariedade não há conduta
● Consciência: conduta sem ter consciência
do que faz é penalmente irrelevante(ex.: fato
praticado em estado de sonambulismo ou sob
efeito de hipnose)
● Voluntariedade: algo que seja o produto de
sua vontade consciente.
✓ “atos reflexos” (como o reflexo rotuliano
ou epilepsia) e na coação física irresistível (vis
absoluta, como forçar sua mão com uma faca
em outra pessoa), ocorrem atos involuntários
e, por isso mesmo, penalmente irrelevantes
(empurrão contra cristaleira, não há dano;
empurrão contra uma velhinha que é asfixiada,
não há homicídio; empurrão e cai na piscina
sobre outro banhista, não há lesões;
passageiro que agarra as mãos do motorista,
não há homicídio culposo)
A. Dolo (art.18, I)
➞ Resume-se à consciência e vontade de
realizar o tipo objetivo (vontade de ação),
orientado pelo conhecimento de suas
elementares no caso concreto
➞ Teorias em regra todo crime é doloso, só
há possibilidade de punição por culpa se a lei
previr expressamente (art.18, parágrafo
único)
➞ Não existe dolo presumido(in re ipsa) no
DP, só no direito civil
➞ Teorias
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o
resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo;
II - culposo, quando o agente deu causa
ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos
em lei, ninguém pode ser punido por fato
previsto como crime, senão quando o
pratica dolosamente.
✓ teoria da vontade: tem dolo aquele que
quer o resultado e opera para alcançá-lo. Foi
adotada no Brasil para a configuração do dolo
direto (art.18, I, primeira parte)
✓ teoria da representação: para a
existência do dolo é suficiente a
representação subjetiva ou a previsão do
resultado como certo ou provável (iguala dolo
eventual e culpa consciente).
✓ teoria do consentimento ou do
assentimento: consentir na produção do
resultado é o mesmo que querê-lo, o agente
tem previsão do resultado como possível e,
ainda assim, decide prosseguir, assumindo o
risco de produzir o evento (art.18, I, segunda
parte). Adotada pelo Brasil para a
configuração do dolo eventual
➞ Dolo Direto, intencional, incondicionado
ou imediato: previsão e vontade do resultado
✓ dolo de primeiro grau: abrange o objetivo
perseguido pelo agente, não considera os
efeitos colaterais
✓ dolo de segundo grau ou dolo de
consequências secundárias: abrange os meios
escolhidos para a consecução desse fim, ou
seja, os efeitos colaterais que lhes são
inerentes (vontade é matar alguém, e derruba
um avião, e as pessoas dentro do avião seria o
dolo direito de segundo grau)
➞ Indireto, indeterminado ou mediato:
apesar do agente não querer diretamente o
resultado, aceita-o como possível ou provável,
e, ao não se abster de agir, assume o risco de
produzi-lo.
✓ eventual: o agente não quer produzir o
resultado, mas, com sua conduta, assume o
risco de fazê-lo (ex: índio Galdino, amigos
jogaram gasolina e tocaram fogo no índio
querendo fazer uma brincadeira, mas sabiam
que ele poderia morrer)
• é possível desde que o tipo não exija o
dolo direto (Art. 180 - Adquirir, receber,
transportar, conduzir ou ocultar, em proveito
próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto
de crime, ou influir para que terceiro, de
boa-fé, a adquira, receba ou oculte)
• Como para a configuração do crime
tentado, é necessária a vontade do agente
em produzir o resultado lesivo, que não se
consuma por circunstâncias alheias àquela
mesma vontade (art. 14, inc. II, do CP). Tal
elemento não se encontra no dolo eventual,
pois nele há apenas a possibilidade de que
determinado resultado aconteça. Não há,
portanto, a real vontade de produzir o
resultado, o que o torna incompatível com o
conceito de tentativa insculpido no Código
Penal. Porém para o STJ é possível (REsp.
1.486.745)
✓ alternativo: o agente quer produzir um ou
outro resultado (ex: sujeito que atira contra
seu desafeto, com propósito de matar ou
ferir)
➞ Dolo geral ou erro sucessivo: ocorre
quando depois do primeiro ato, o agente
imagina já ter atingido o resultado desejado,
que, no entanto, somente ocorre com a prática
dos demais atos (ex: acha que matou alguem,
ai enrola uma corda no pescoço pra parecer
um suicídio, o que realmente matou foi a
forca)
➞ Dolo cumulativo: um caso de progressão
criminosa (o agente inicialmente queria o
resultado menos grave, mas, no "meio do
caminho" muda de ideia e passa a querer o
resultado mais grave). Aplica-se o princípio da
consunção
➞ Dolo de dano x dolo de perigo: no dolo
de dano, a vontade do agente é causar efetiva
lesão ao bem jurídico. No dolo de perigo, o
agente se orienta apenas para a criação de um
perigo do bem jurídico tutelado
➞ Dolo antecedente, inicial ou preordenado
(anterior à conduta, trata-se de mera
cogitação) x dolo subsequente: não
interessam ao direito penal (o que importa é o
dolo concomitante)
➞ Dolo abandonado: desistência voluntária e
arrependimento eficaz.
B. Culpa (art.18, II)
➞ é a inobservância do dever objetivo de
cuidado manifestada numa conduta produtora
de um resultado não querido, mas
objetivamente previsível.
➞ crime culposo é sempre material, o
resultado naturalístico é indispensável (não
admite tentativa).
➞ “consiste em uma conduta voluntária que
realiza fato ilícito não querido ou não aceito
pelo agente, mas que foi por ele previsto
(culpa consciente) ou lhe era previsível (culpa
inconsciente) e que poderia ter sido evitado,
se o agente atuasse com o devido cuidado”
(art. 33 II do CPM)
➞ Modalidades de violação do dever de
cuidado:
✓ negligência: falta de precaução,
displicência no agir, imprevisão
passiva, desleixo, inação. (motorista
de ônibus com a porta aberta). Forma
passiva de culpa, assumir uma atitude
passiva, por descuido ou desatenção,
justamente quando o dever de
cuidado objetivo determina de modo
contrário. Ex: Deixar a arma ao
alcance de uma criança ou não frear o
carro ao estacionar em uma ladeira.
✓ imprudência: afoiteza, prática de
uma conduta arriscada. Forma ativa
de culpa, comportamento sem
cautela, realizado com precipitação ou
insensatez. Ex: direção em alta
velocidade
✓ imperícia: falta de aptidão técnica
para o exercício de arte, ofício ou
profissão. Imprudência no campo
técnico, pressupondo uma arte, ofício
ou profissão. Incapacidade ou falta
de conhecimento necessário para o
exercício de determinado mister. É
diversa do erro profissional (tem
aptidão técnica mas o erro decorre
da falibilidade dos métodos
➞ Culpa consciente: embora previsível, o
resultado não foi previsto pelo agente. 0
agente não tem conhecimento da perigosidade
de sua conduta, apesar de lhe ser possível
chegar a esse conhecimento com um mínimo
de atenção, e atua sem as medidas de cuidado
objetivo necessárias
➞ Culpa Consciente: O agente prevê o
resultado, mas decide prosseguir com sua
conduta, acreditando que não venha a ocorrer
ou que pode evitar com suas habilidades.
★ No dolo eventual o agente anui ao
advento do resultado, assumindo o
risco de produzi-lo, em vez de
renunciar à ação.
★ Na culpa consciente, repele a hipótese
de superveniência do resultado, e, na
esperança convicta de que este não
ocorrerá, avalia mal e age.
EX: Trânsito embriagado: crime culposo, não
há efetiva previsão.
EX: Carro a 120 km/h e só pode andar a 40
km/h (não podia evitar).
II. RESULTADO
● Consequência provocada pela conduta.
Naturalístic�, típic� o� materia�
➞ Consiste na modificação no mundo exterior
provocada pela conduta. Ex: Perda patrimonial
no furto, a conjunção carnal no estupro, a
morte no homicídio.
➞ Crimes de resultado: O tipo penal
descreve uma conduta e um resultado material
e exige ambos para efeito de consumação.
➞ Crimes de atividade: O tipo penal
descreve uma conduta mas não exige para sua
consumação a ocorrência de um resultado
naturalístico.
➞ Formais, de intenção ou de consumação
antecipada (tipos incongruentes): O tipo
penal descreve uma conduta e um resultado,
contentando-se com a conduta (dirigida ao
resultado) paraconsumação.
➞ Crimes de mera conduta ou de simples
atividade: O tipo penal somente descreve a
conduta, sem fazer qualquer alusão a
resultado naturalístico.
➞ Crime de intenção: O agente quer um
resultado trazido no tipo mas dispensável para
a consumação do delito, podendo ser:
★ De resultado cortado ou antecipado: o
resultado (dispensável para a
consumação), não depende do agente,
não está na sua esfera de decisão.
★ Crime mutilado ou atrofiado de dois
atos: o resultado dispensável depende
de novo comportamento do agente,
está em sua esfera de decisão
Jurídic� o� normativ�
➞ é a violação da lei penal, uma lesão ou
ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado pela
norma penal
➞ todas as infrações devem conter, expressa
ou implicitamente, algum resultado, pois não
há delito sem que ocorra lesão ou perigo a
algum bem penalmente protegido
➞ Ex: Invasão de domicílio fere o direito à
inviolabilidade
➞ Todo crime tem resultado jurídico, mas
nem todo tem resultado naturalístico
a. Crime de dano ou de lesão: O tipo penal
exige a lesão ou o dano ao bem juridicamente
tutelado para que ocorra a consumação do
crime.
b. Crime de perigo: a consumação se dá
quando o bem jurídico sofre um perigo (ou
ameaça) de lesão.
★ Crime de perigo, infrações que
ofendem o bem jurídico com a simples
probabilidade de dano, não havendo
lesão substancial.
c. De perigo concreto ou real: o perigo
figura elemento do tipo, de tal modo que sua
comprovação se torna necessária para a
existência do crime como decorrência da
investigação, demonstrado em cada caso
quem, efetivamente, foi exposto a risco.
d. De perigo abstrato ou presumido: tipo
não prevê o perigo como elementar, a conduta
típica é perigosa por sua própria natureza.
razão por que sua demonstração efetiva é
desnecessária.
★ Não se exige a prova do perigo real,
por descrever uma conduta
potencialmente danosa e de
reconhecida perniciosidade social é
presumida pelo legislador.
Caminh� d� crim�
● Iter criminis (caminho do crime):
corresponde às etapas percorridas pelo
agente para a prática de um fato previsto em
lei como infração penal dolosa.
a) fase interna: representada pela cogitação,
não passa para atos externos e, por não
ofender qualquer bem jurídico, não é
alcançada pelo DP
b) fase externa:
➞ Preparação: é a prática dos atos
imprescindíveis à execução do crime. Os atos
preparatórios em regra, não são puníveis,
salvo quando a preparação constitui crime
autônomo
★ Ex: Revólver, construção de cativeiro
★ Ex de crime autônomo: crimes de
fornecimento, aquisição, posse ou
transporte de explosivos ou gás tóxico, ou
asfixiante (CP, art. 253), incitação ao
crime (CP, art.286), associação criminosa
(CP, art. 288) e petrechos para a
falsificação de moeda
➞ Execução: aqueles que se dirigem
diretamente à prática do crime, isto é, a
realização idônea (capacidade para lesar o
bem jurídico) e inequívoca (consumação da
infração penal, exemplo um disparo de arma
de fogo efetuado na direção da vítima é
unívoco para a prática de um homicídio,
diferente de um disparo efetuado para o alto)
dos elementos constitutivos do tipo penal
★ Ex: ministrar veneno no alimento do
ofendido; sacar a faca e correr em
direção à vítima; apoderar-se da coisa
que pretende furtar; anunciar o roubo.
➞ Consumação: ocorre quando se fazem
presentes todos os elementos da definição
legal do delito (art. 14, I), variando conforme
a natureza do crime:
★ Crimes materiais ou de resultado: com
a ocorrência do resultado naturalístico
ou material
★ Crimes de mera conduta: com a ação ou
omissão prevista na norma penal.
★ Crimes formais ou de consumação
antecipada: apesar da alusão ao
resultado, não exigem, para fins de
consumação, que ele ocorra, de tal
modo que, praticada a conduta prevista
em lei, o delito estará consumado.
➞ Exaurimento: não compõe o iter criminis,
que se encerra com a consumação. Mas ele
ocorre quando o agente, depois de consumar o
delito, pratica nova conduta, intensificando a
agressão ao bem jurídico penalmente tutelado.
★ Ex: Recebimento do resgate.
Tentativ�
● Tentativa (crime imperfeito, crime
incompleto): ocorre quando o agente põe em
prática o plano delitivo e, iniciando os atos
executórios, vê frustrado seu objetivo de
consumar o crime por motivos independentes
de sua vontade.
● É uma causa de diminuição obrigatória,
que será levada em consideração na terceira
fase de dosimetria (aplicação da pena)
● Adotou-se a teoria objetiva, na qual fala do
critério de diminuição ou seja, uma vez que
quanto mais próximo de consumar o crime,
menor deve ser a redução da fração à título
de tentativa e diante da menor ofensa ao bem
jurídico tutelado, o legislador pune a tentativa
com a mesma pena do crime consumado, mas
reduzida de 1/3 a 2/3, justamente porque o
bem jurídico protegido não foi maculado.
● Classificação quanto ao iter criminis
percorrido:
✓ Perfeita ou acabada (crime falho): o
agente apesar de praticar todos atos
executórios à sua disposição não consegue
consumar o crime, por circunstâncias alheias à
sua vontade
★ Ex: tinha seis tiros, deu os seis tiros, mas
a vítima foi socorrida, ou os seis tiros
pegaram na parede.
★ Não foi perfeita porque deu certo, afinal o
crime não se consumou, mas foi perfeita
porque todos os atos de execução dos
quais o agente dispunha foram realizados
★ Quanto mais perfeita a tentativa, maior
será a dosimetria da pena e o quantum da
redução, entre um a dois terços, é
inversamente proporcional à proximidade
da produção do resultado.
✓ Imperfeita ou inacabada: o agente é
impedido de prosseguir na execução deixando
de praticar todos os atos à sua disposição
★ ex: alguém desarmar o agente
● Classificação quanto ao resultado
produzido na vítima:
✓ Branca ou incruenta: quando o objeto
material não é atingido (o bem jurídico não
chega a ser lesionado).
✓ Vermelha ou cruenta: o oposto da
tentativa branca, ou seja, o objeto material é
atingido.
● Infrações que não admitem tentativa:
Desistênci� � Arrependiment�
● Na desistência e arrependimento eficaz o
agente inicia a execução de um crime que quer
consumar, porém não o faz por vontade própria,
ao contrário da tentativa que o autor quer, mas
não pode. Só responde pelos atos já praticados
● Comunicam-se em caso de concurso de
pessoas
● Desistência: pressupõe que o agente tem
meios para prosseguir na execução, ou seja, ele
ainda não esgotou o iter criminis posto à sua
disposição.
★ Ex.: sua arma possui outros projéteis, mas ele
desiste de dispará-los
● Arrependimento eficaz: pressupõe que o
sujeito já tenha esgotado todos os meios
disponíveis e que, após terminar todos os atos
executórios (mas sem consumar o fato),
pratique alguma conduta positiva, tendente a
evitar a consumação.
★ Ex: O sujeito descarregou sua arma e, diante
da vítima agonizando, arrepende-se e a
socorre, evitando a morte
● Arrependimento posterior: O resultado foi
obtido (por isso não cabe desistência voluntária
e nem arrependimento eficaz). O agente repara
ou restitui a coisa anteriormente ao
recebimento da denúncia ou da queixa
★ Causa pessoal e obrigatória de diminuição de
pena.
★ Crime sem violência ou grave ameaça à
pessoa (paro o STJ tem que ser crime
patrimonial ou com efeitos patr.)
Crim� imp�ssíve�
● Adotada a teoria objetiva temperada ou
intermediária: os meios e o objeto devem
ser absolutamente inidôneos, ou seja,
quando for totalmente e irremediavelmente
inviável a consumação do delito
➞ Ex: matar com arma de brinquedo ou com
munição de festim.
➞ Ex: matar pessoa falecida ou procurar
abortar o feto de mulher não grávida.
● Se a impropriedade ou ineficácia forem
somente relativas, haverá crime tentado.
Serão relativas quando meramente
acidentais, ocasionais ou circunstanciais:
★ ex: caso do revólver eficaz e municiado
que, no instante do disparo, apresenta
falha circunstancial
★ ex: hipótese do atirador que dispara no
peito da vítima que, precavida,encontrava-se com colete à prova de
balas oculto sob suas vestes;
Crim� putativ�
● É um crime imaginário ou erroneamente
suposto, ou seja, algo que aparenta ser real,
mas que na verdade não existe
★ Ex.: a mulher pensa que está grávida,
pratica manobras abortivas e depois se
constata que não havia gravidez. Não
há que se falar em aborto...
● Não há crime, quando a preparação do
flagrante pela polícia torna impossível a sua
consumação
● Crime putativo por obra do agente
provocador (crime de ensaio, de experiência
ou flagrante preparado): ocorre quando
alguém induz ou instiga o sujeito a praticar o
crime e, ao mesmo tempo, se certifica de que
será impossível consumar a infração
★ elementos: indução e impedimento
(empregado e patrão)
★ diferente do flagrante esperado: não
há indução, a polícia é informada sobre
a possibilidade de ocorrer um delito,
dirige-se ao local, aguardando a sua
execução.
III. Nexo de causalidade
● Vínculo que une a causa, enquanto fator
propulsor, a seu efeito
Teoria�
a) Equivalência dos antecedentes causais ou
conditio sine qua non
➞ Adotada como regra, art.13, caput, parte
final
➞ Não estabelece níveis de importância entre
os antecedentes do resultado
➞ É toda ação ou omissão que sem o qual o
resultado não teria ocorrido. Contudo, se
adotarmos somente a causa como consequência
do crime poderá haver uma regressão ao infinito.
➞ Ex: aquele que vendeu a arma para Sicrano
também foi causa, assim como o fabricante da
arma, nessa seara também entrariam os pais de
Sicrano, seus avós, podendo chegar até o jardim
do Éden com Adão e Eva
➞ Teoria da eliminação hipotética dos
antecedentes causais: teoria usada para saber
se o fato foi determinante para o resultado;
quando se pretender examinar a relação causal
entre uma conduta e um resultado, basta
eliminá-la hipoteticamente e verificar, após, se o
resultado teria ou não ocorrido exatamente
como se dera.
➞ A relação de causalidade que interessa é
sempre aquela que pode ser antecipada
mentalmente pelo agente.
➞ A cadeia infinita será limitada pelo dolo ou
pela culpa, ou seja, toda conduta que não for
orientada pelo dolo ou pela culpa estará na
seara do acidental, do fortuito ou da força
maior, não podendo configurar crime.
b) Causalidade adequada
➞ Adotada excepcionalmente no §1o, art.13
(concausas)
➞ somente se reputa causa o antecedente
adequado (idôneo ou eficaz) à produção do
resultado
➞ método: deve-se analisar se, no momento da
conduta (isoladamente), o resultado se afigurava
como provável ou possível, segundo um
prognóstico capaz de ser realizado por uma
pessoa mediana, levando-se em conta a
experiência comum.
Concausa�
● Pluralidade de causas concorrendo para o
mesmo evento. Sendo condições que podem ser
constituídas por outra causa ou simplesmente
por um fato natural que podem:
✓ auxiliá-la na produção do evento, ou
✓ produzi-lo de maneira total, absolutamente
independente da conduta que se examina.
● São externas à vontade do autor da
conduta
a) Absolutamente independente: surge e
produzirá o resultado de forma absolutamente
independente do comportamento que
examinamos, corta naturalmente o nexo causal.
➞ A causalidade é excluída pelo art.13, caput
(exclusão hipotética: excluímos mentalmente a
conduta anterior e verificamos se o resultado
teria ocorrido, se a resposta for não, então há
uma conexão causal entre a conduta anterior e o
resultado).
➞ o agente responde por tentativa
➞ Pode ser:
✓ preexistente: ocorrem antes da existência da
conduta, antes da realização do comportamento
humano (A dispara contra B, que morre por
envenenamento anterior de C (causalidade
antecipadora)
✓ concomitantes: ocorrem simultaneamente
com a conduta que se examina (A dispara contra
B no momento do desabamento do teto
✓ supervenientes: se manifesta depois da
conduta (A ministra o veneno em B que antes de
fazer efeito recebe tiros de C )
B) Relativamente independentes surgem de
alguma forma ligadas às causas geradas pelo
agente e auxilia ou reforça o processo causal
iniciado com o comportamento do sujeito.
➞ Há uma soma de esforços, de energias, que
produz o resultado.
➞ Preexistente: A dispara com finalidade de
matar B, gerando ferimento que não seria fatal,
que morre porque é hemofílico (não posso
suprimir o tiro, o resultado foi facilitado pela
deficiência da vítima, mas a hemofilia sozinha
não era eficaz para matar: homicídio doloso
consumado, exclusão hipotética)
➞ Concomitante: A e B ministram uma
quantidade de veneno, que sozinha não mataria;
A atira em B para matar, provocando lesão leve,
que o faz cair e ser atropelado (homicídio doloso
consumado, exclusão hipotética).
➞ Superveniente: A esfaqueia B, que sofre
lesão corporal e não obedece a prescrição
médica gerando gangrena e morre. Só responde
pela tentativa. ➢ A feriu B que ao ser levado ao
hospital a ambulância vira e B bate com a cabeça
no meio fio e morre. Só responde pela tentativa.
➢ A feriu B que morreu por infecção, falta de
atendimento, choque anestésico, imprudência dos
médicos, parada cardiorrespiratória. Responde
pelo crime consumado
Causalidad� n�� crime� omissiv��
a) Omissivos próprios ou puros: há somente a
omissão de um dever de agir, imposto
normativamente, dispensando relação de
causalidade naturalística.
➞ não se analisa nexo nos delitos punido pelo
não-agir.
b) Omissivos impróprios ou impuros: o dever de
agir é para evitar o resultado concreto, estamos
diante de um crime de resultado material,
exigindo consequentemente, um nexo entre a
ação omitida e o resultado.
➞ Se omite o dever de agir para evitar o
resultado, no entanto, esse nexo não é
naturalístico, e sim jurídico; o sujeito não
causou, mas como não o impediu, é equiparado ao
verdadeiro causador do resultado
Teori� d� imputaçã� objetiv�
● Aprimora a teoria da causalidade adequada.
● Para haver causa não basta o nexo físico, é
imprescindível o nexo normativo.
● O desvalor da ação, até então subjetivo(mera
finalidade), adquire uma face objetiva: a criação
de um risco proibido, analisado antes da
indagação sobre dolo e culpa.
● Para ser imputado a alguém (três níveis de
imputação)
✓ O resultado deve ser efeito de um risco
relevante e proibido (não permitido ou não
tolerado pela sociedade) criado ou incrementado
pelo agente.
★ Diante de riscos irrelevantes, haverá um
fato penalmente atípico.
✓ O resultado deve ser uma extensão natural
da conduta empreendida.
★ “Causas imprevisíveis” excluem a
responsabilidade penal.
✓ O perigo gerado pelo comportamento do
agente deve estar no alcance do tipo penal
IV. TIPICIDADE
● A adequação do fato ao tipo penal.
● Formas de adequação típica
a) imediata ou direta: a conduta se enquadra
diretamente na lei penal incriminadora, sem
necessidade de interposição de qualquer outro
dispositivo;
b) mediata, ampliada ou por extensão: não
ocorre diretamente, exigindo um recurso a uma
norma de extensão para haver subsunção total
entre o fato e a lei penal.
Tip� Pena�
● Modelo abstrato que descreve um
comportamento proibido.
a) Sujeito Ativo: pessoa que realiza direta ou
indiretamente a conduta criminosa. Tendo que
ter idade igual ou superior a 18 anos, e ser capaz
penalmente. E os animais podem ser meros
instrumentos.
• Pessoa jurídica: correntes: 1- não pratica
crime nem mesmo os ambientais não podendo ser
responsabilizada penalmente; 2- pratica crime
ambiental sendo sua responsabilidade objetiva,
prevista na CF; 3- não pratica crime mas pode
ser responsabilizada penalmente nos delitos
ambientais.
• autor e coautor: realizam o crime de forma
direta
• partícipe e autor mediato: realizam de forma
indireta.
• comum (qualquer pessoa) ou próprio (requer
qualidade especial)
b) Sujeito passivo: pessoa física ou jurídica que
sofre as consequências da infração penal.
• vítima ou ofendido
• Formal: o titular do interesse jurídico de
punir é o Estado
• Material, direto: titular do bem jurídicodiretamente lesado pela conduta do agente.
• vítima ente despersonalizado: crime vago (ex.
calúnia contra os mortos, a vítima é a família).
• pluralidade vítimas: dupla subjetividade
passiva (ex. aborto sem o consentimento da
gestante, as
vítimas são o feto e a gestante)
• não existe crime contra si próprio
c) Objeto material: pessoa ou coisa sobre a qual
recai a conduta criminosa
• há crimes sem objeto material (ex. ato
obsceno e falso testemunho, não há pessoa ou
coisa sobre a qual recaia a conduta criminosa)
d) Objeto jurídico: o bem jurídico, o interesse
tutelado pela norma
• Há delitos que têm dupla subjetividade
jurídica, ou seja, possuem dois bens a serem
tutelados (ex. extorsão mediante sequestro,
protege a liberdade e o patrimônio)
• pode haver crime sem objeto material, mas
nunca crime sem objeto jurídico.
e) Conduta: núcleo (verbo)
f) Elemento subjetivo: aspectos subjetivos da
conduta proibida, constituído de um elemento
geral (dolo) que algumas vezes é acompanhado de
elementos especiais (intenções e tendências)
Excludente� d� tipicidad�
● LEGAIS: expressamente previstas em lei
(ex. crime impossível, art.17; retratação no crime
de falso testemunho, art.342, §2o; anulação do
primeiro casamento no crime de bigamia,
art.235, §2o)
● SUPRALEGAIS: implicitamente previstas em
lei (ex. adequação social e insignificância)
• Consentimento do ofendido: causa supralegal
de exclusão da tipicidade ou da ilicitude
Classificaçã� d�� tip��
a) normal: apenas elementos de ordem objetiva
➞ anormal: elementos subjetivos e/ou
normativos
b) fundamental ou básico: forma simples
➞ derivado: se estrutura com base no tipo
fundamental a ele se somando circunstâncias que
aumentem ou diminuem a pena (qualificados,
circunstanciados e privilegiados)
c) fechado: descrição minuciosa
➞ aberto: juízo de valor
d) simples: único núcleo
➞ misto ou alternativo: a lei descreve duas ou
mais condutas como hipóteses de realização de
um mesmo crime, de modo que a prática
sucessiva dos diversos núcleos caracteriza um
único delito (ex. art.180)
➞ misto cumulativo: a prática de mais de uma
conduta leva ao concurso material (art.244)
e) complexo: fusão de elementos objetivos e
subjetivos
Err� d� tip�
● Para o direito penal, existem dois erros: erro
de proibição, erro de tipo.
● Erro de tipo: recai sobre os elementos
exigidos no tipo objetivo. Falsa percepção da
realidade sobre um elemento do crime (art.20,
caput). Sempre exclui o dolo.
★ Ex: caçador que atrás da moita pensa que
há um animal e na verdade há outro
caçador;
★ calúnia: se não sabia que a imputação era
falsa, não há dolo;
★ desacato: se não sabia que se tratava de
funcionário público;
OBSERVAÇÃO
★ Erro essencial inevitável afasta o dolo e culpa
★ Se for um erro evitável, admite culpa, mas não
dolo;
★ Erro acidental não afasta o dolo.
Ex: queria iphone, mas roubou samsung;
★ Erro quanto à pessoa não elimina o dolo.
Ex: acertar pessoas diversas

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