Buscar

DCDiurno PenalGeral AEstefam Aula21e22 250915 MGomes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Penal Geral 
 Professor: André Estefam 
Aulas: 21 e 22| Data: 25|09|15 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1.CRIME HABITUAL 
2.CRIMES CUJA EXISTÊNCIA DEPENDE DA PRODUÇÃO DO RESULTADO 
3.DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ 
4.CRIME IMPOSSÍVEL 
5.ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE 
 
1.CRIME HABITUAL 
 
É aquela infração que exige a reiteração de atos para a sua consumação, ou seja, é a habitualidade. 
É a partir do 1ª reiteração o ato já estará consumado. 
- artigo 229 do CP. 
- artigo 282 do CP. 
Um ato isolado não configura crime. 
 
2.CRIMES CUJA EXISTÊNCIA DEPENDE DA PRODUÇÃO DO RESULTADO. 
 
- artigo 122 do CP – participação em suicídio exige a morte e ou lesão grave. 
- artigo 164 do CP 
 
3.DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ 
 
- Artigo 15 do Código Penal – não se pune a tentativa e o agente só responde pelos atos anteriores. 
Ocorre a exclusão da tipicidade no campo da tentativa. 
É uma causa de exclusão de tipicidade na tentativa. 
Na tentativa o agente quer, mas não pode algo o impede. 
Na desistência voluntária e arrependimento eficaz, “pode, mas o agente não quer mais”. 
 
Requisitos: 
 
“TENTATIVA” 
1 – inicio de execução; 
2 – não consumação; 
3 – C A V A 
 
“DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ” 
1 – início da execução; 
2 – não consumação; 
 
 
 
 Página 2 de 3 
3 – ato voluntário do agente; 
*não é necessário ser espontâneo, basta o ato ser voluntário. 
 
Desistência voluntária: o sujeito interrompe voluntariamente dos meios executórios. O sujeito ainda tinha outros 
meios de execução a serem praticados. (Artigo 15 do Código Penal) 
 
Arrependimento eficaz: é um ato voluntário posterior ao esgotamento dos meios executórios. É necessário que 
haja uma ação positiva para que se evite o resultado. 
Para ambos os casos são necessários os institutos da voluntariedade + eficácia = não consumação. 
 
Artigo 16 do Código Penal: 
- arrependimento posterior 
Posterior = após a consumação (muito importante em matéria punitiva) 
Conseqüência: gera uma causa de diminuição da pena, no patamar da tentativa de 1|3 a 2|3. 
O critério em relação ao quantum da pena será a presteza, ou seja, o tempo. 
A lei exige o momento limite que será antes de recebido a denúncia ou queixa. 
Requisitos: 
1º - reparação dos danos ou restituição da coisa – a reparação será integral e se não for deverá ter o 
consentimento da vítima e, a restituição necessita do “status quo ante”; 
2º - ocorra até o recebimento da denúncia ou queixa; 
3º - crime cometido sem violência ou grave ameaça a pessoa; 
4º - ato voluntário do agente – instituto que a Lei exige a voluntariedade ≠ espontaneidade. 
Ser o sujeito ativo = ato voluntário e pessoal do agente. 
 
 
4.CRIME IMPOSSÍVEL 
 
- Artigo 17 do Código Penal. 
“Não se pune a tentativa” 
 
Significa: ocorre uma exclusão da tipicidade na tentativa (norma jurídica). 
O que há de impossível é a impossibilidade de consumação. 
Impossibilidade de consumação decorrente da absoluta. 
- impropriedade do objeto: é o chamado objeto material (pessoa ou coisa no qual se recai a conduta). 
- ineficácia do meio: meio executório. 
 
Outra possibilidade de crime impossível por obra do agente provocador. 
- Súmula 145 do Supremo Tribunal Federal (flagrante preparado ou provocado). 
Elementos: 
1º - preparação pela polícia; 
2º - impossibilidade de consumação; 
Preparação: induzimento para a prática do delito. 
 
 
 
 Página 3 de 3 
Não se pune a tentativa e o agente responde apenas por atos anteriores. 
Flagrante Esperado: é passiva (de observação), a “autoridade” analisa a ação produzida por um terceiro. 
 
TEORIAS DO CRIME IMPOSSÍVEL: 
 
1ª – Sintomática: no crime impossível detecta-se um sintoma da periculosidade do agente, justificando uma 
medida de segurança. 
2ª – Subjetiva: embora impossível consumar o fato, o agente revela um dolo similar ao crime tentado, 
justificando a punição por tentativa. 
 
3ª – Objetiva: a impossibilidade de lesão ao bem jurídico conduz a inexistência da tentativa. (Este é o 
posicionamento adotado pelo Código Penal Brasileiro). 
 
- objetiva pura: o crime impossível abrange a ineficácia ou impropriedade absoluta e relativa. 
- objetiva temperada: o crime impossível abrange a ineficácia ou impropriedade absoluta. (Adotado pelo nosso 
Código Penal). 
 
 
5.ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE 
 
- Artigos 23 – 25 do Código Penal. 
Ilicitude: uma conseqüência da tipicidade do fato, ou seja, tipicidade é um indicio de ilicitude. 
É a contrariedade do FATO ao direito. 
 
Artigo 23, “caput” do Código Penal. 
Não há crime quando o fato é praticado em: 
I – Estado de necessidade – (artigo 24 do CP); 
II – Legítima defesa – (artigo 25 do CP); 
III – E.R.D e E.C.D.L – (outras norma jurídicas, boa parte delas são normas extra penais). Como, por exemplo; a Lei 
Penal em Branco. 
São excludentes de ilicitude em branco. 
 
Os autores identificam outra possibilidade de excludente de ilicitude. 
Consentimento do ofendido: só é capaz de excluir o crime se tratar-se de um bem jurídico disponível e a 
capacidade jurídica dispor do bem. 
 
- Pode-se afastar o crime por: 
 
Exclusão da ilicitude: quando o dissenso NÃO for elementar. 
Excludente de tipicidade: quando o dissenso da vítima for elementar do crime.

Continue navegando