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PLANO DE AULA 06

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Plano de Aula: Do Fato Típico. Da Conduta
DIREITO PENAL I
Título
Do Fato Típico. Da Conduta
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
6 
Tema
Da Conduta 
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
    ? Conhecer o plano de aula.
   ? Compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos   constitucionais.
    ? Reconhecer as funções do conceito de ação.
   ? Identificar as teorias acerca  dos conceitos de conduta: causalista; finalista e social.
   ? Reconhecer e diferenciar as condutas comissivas e omissivas.
  ? Reconhecer e diferenciar as condutas omissivas próprias e impróprias para fins de responsabilização penal
   ? Identificar, face às situações concretas apresentadas, a figura do Agente Garantidor e  consequente responsabilização penal de sua conduta.
  ? Aplicar os institutos previstos na parte geral do Código Penal aos crimes em espécie de modo a interpretar a lei penal para fins de adequação típica da conduta perpetrada pelo agente.
? Compreender a relevância do estudo prévio dos temas da aula por meio da resolução dos casos concretos propostos.
 
Estrutura do Conteúdo
Do Fato Típico e Seus Elementos.
1. Fato Típico e Seus Elementos.
2.Conduta.
 2.1 Delimitação: Conduta e Vontade. 
 2.2 Teorias da Conduta 
     - Causalista
     - Finalista
     - Social
 2.3 Sujeitos
     -  Ativo
     -  Passivo
 3.Das Condutas Comissivas e Omissivas
     3.1. Conceito. Distinção entre Ação e Omissão.
     3.2. Omissão:
          - Omissão própria
          - Omissão imprópria -  Agente garantidor.
 
 ?Leia o art.13,caput e §2°, alíneas, a, b e c, do Código Penal.
 
? Indicação Bibliográfica 
  -  Leia o art.13,caput e §2°, alíneas, a, b e c, do Código Penal.
Aplicação Prática Teórica
 
1)Leia o caso abaixo e responda à questão relacionada. Desenvolva sua fundamentação com base na leitura indicada no seu plano de aula e por seu professor.
Padrasto é preso acusado de espancar enteado de três anos
Fonte: O Globo RIO, disponível em http://www.ogloboonline.com.br; última atualização:08/02/2008 às 00h37m .
 
O padrasto de um menino de três anos foi preso no fim da noite desta quarta-feira em Duque de Caxias acusado de espancar a criança. O menino foi levado pela mãe, Patrícia Alves, de 26 anos para o Hospital de Saracuruna, em Caxias, com um grande hematoma na cabeça. Ela teria dito aos médicos que a criança, que tem uma deficiência mental, tinha caído de seus braços, mas depois acabou confessando que o menino foi agredido pelo padrasto. De acordo a polícia, os médicos teriam desconfiado da versão que a mulher estava contando porque não era a primeira vez que ela levava a criança ao hospital. Segundo os médicos, foi a terceira vez que Patrícia esteve na unidade, sempre contando a mesma história. Depois de pressionada ela acabou contando que a criança fora vítima do padrastro, Elias Barbosa, de 34 anos. De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, o menino foi operado e está internado em coma no Centro de Terapia Intensiva, e corre risco de vida. Ainda de acordo com a secretaria, a criança teve traumatismo craniano e chegou ao hospital com escoriações pelo corpo todo. A mãe foi detida no hospital por policiais do 15º BPM (Duque de Caxias). Na delegacia, ela prestou depoimento e foi liberada. Já seu marido foi preso em casa, na Rua Coronel Matos, quando fazia as malas para fugir. Ele foi preso em flagrante. O caso está sendo investigado pela 60ª DP (Campos Elíseos). 
 
Ante o caso concreto exposto, com base nos estudos realizados sobre ação e omissão, responda: Patrícia também poderia ser responsabilizada criminalmente caso tivesse se omitido face às agressões perpetradas por Elias e a criança tivesse sido socorrida por vizinhos? 
R: A responsabilidade penal da conduta da mãe no caso de omissão de ação imprópria, tendo, desta forma Patrícia assumido a função de agente garantidos consoante preceitua o disposto no artigo 13 parágrafo 2º alínea “a” do CP. Sendo assim a caso ela silenciar-se quanto a autoria das agressões ao filho, justamente para proteger o agressor ela responderia também pelo crime principal porque se omitiu na sua obrigação legal de cuidado e proteção ao filho. A função de agente garantidor poderá derivar de causa legal, contratual ou agente assume a função com seu comportamento anterior. O artigo 13 do CP diz respeito a relação de causalidade como sendo um traço único entre a conduta de alguém e o resultado havido no crime. Caso ocorra uma interrupção do nexo causal certamente o autor da ação responderá por outro delito que poderá até ser tentado. Nem todo mundo é agente garantidor de alguém. 
 
2)Com base na legislação penal, não se impõe o dever de agir: (36º Exame OAB/CESPE-UnB).
 a) ao condutor do veículo que, por motivo de segurança, deixa de prestar socorro à vítima de acidente, mas solicita auxílio da autoridade pública.(X)
 b) ao pai que deixa de prover ao filho em idade escolar a instrução primária, porque deseja que este o ajude no trabalho.
 c) ao médico que, em face de pedido do paciente, deixa de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação seja obrigatória.
 d) ao servidor público que deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, para satisfazer sentimento pessoal de comiseração.
 
3) Os crimes onde o agente tem a obrigação de agir para evitar o resultado, isto é, devendo agir com a finalidade de impedir a ocorrência de determinado evento, são chamados de: (Exame OAB/MG. 1 Fase. Março 2002)
a) crimes omissivos próprios;
b) crimes comissivos;
c) crimes comissivos por omissão (X)
d) crimes de mera conduta.

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