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Resumo Empresarial I

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Evolução histórica do direito empresarial:
A sociedade deixou de produzir bens e serviços apenas para atender a necessidade de sua família e passou produzi-las com objetivo de vendê-las. 
O direito empresarial teve início com as corporações de ofício ainda na Idade Média. 
Nessas corporações de ofício foram surgindo regras que regulamentavam as relações entre seus participantes, chamadas de Direito Comercial.
Fases do Direito Comercial:
Subjetiva: Em sua primeira fase, chamada de subjetiva, comerciante era aquele que possuía matrícula nas corporações de oficio, pouco importando a atividade que exercia. Bastava a matrícula para ser protegido pelo Direito Comercial
Objetiva: A segunda fase teve origem na França, no século XIX. Napoleão com o objetivo de regular todas as relações sociais elabora dois diplomas jurídicos o Código Civil e o 
Comercial que repercutiram em todos os países de tradição romana (inclusive o Brasil). 
Nesta nova fase, seria considerado comerciante aquele que praticasse atividade considerada pelo direito como Atos de Comércio, pouco importando a existência ou não de matrícula em algum órgão. Se praticava atividade considerada comercial, tinha a proteção do Código Comercial.
Subjetiva moderna: Muitas atividades econômicas importantes (banco, indústria, agricultura, etc.) não foram abrangidas como atos de comércio pela legislação napoleônica. Com isso e com a evolução da sociedade a teoria objetiva passou a ser insuficiente para regular as relações comerciais que vinham se desenvolvendo. Isso forçou o surgimento da Teoria da empresa, em 1.942 na Itália. Nesta fase são considerados empresários aqueles que exercem a atividade economicamente organizada para produção e circulação de bens e serviços. Atualmente em vigor.
No Brasil o Código Comercial de 1.850 foi inspirado e baseado no Código Comercial francês, adotou a fase subjetiva do Direito Empresarial e por isso considerava comerciantes aqueles que exerciam atividades que o Código Considerava atos de comércio, ou seja, atos de aproximação entre o produtor e consumidor. Tais regras vigoraram de 1.850 a 2002.
Produtor -> comerciante -> consumidor.
Com o advento do novo Código Civil em 2002 a parte geral do Código Comercial passa a ser disciplinada em seu texto, restando ainda hoje ao antigo Código Comercial disciplinar somente questões de Direito Marítimo.
Teoria Poliédrica de Asquine:
Segundo Asquine a empresa pode ser analisada por quatro aspectos:
Subjetivo, objetivo, funcional e corporativo.
O aspecto subjetivo estuda o sujeito, a pessoa que exerce a atividade empresária. Essa pessoa pode ser física (empresário) ou jurídica (sociedade empresária);
O aspecto objetivo que analisa a empresa através dos bens materiais e imateriais necessários para exercer a atividade empresarial;
O aspecto funcional analisa a atividade empresarial como uma força em movimento dirigida à uma determinada abrangência produtiva. Relacionada à organização dos fatores de produção.
O aspecto corporativo a empresa é analisada a partir da organização de pessoal constituída pelo empresário e seus colaboradores e a relação da empresa com a sociedade.
 
Teoria da empresa
O Código Civil de 2002 ao regular a teoria geral do direito comercial adotou a fase subjetiva moderna, considerando empresário aquele que realiza profissionalmente atividade economicamente organizada para produção ou circulação de bens ou serviços (art. 966, CC). 
Profissionalismo neste contexto vai ao sentido de três aspectos: Habitualidade, pessoalidade e monopólio das informações.
Exerce profissionalmente atividade economicamente organizada então, aquele que a faz com habitualidade, através da contratação de funcionários (esses que de fato produzem ou circulam bens ou serviços) e detém o total conhecimento sobre as informações inerentes aos bens e serviços que produz ou circula.
Atividade economicamente organizada:
Atividade: Se o empresário é aquele que exerce profissionalmente atividade economicamente organizada, entendemos que empresa é essa atividade exercida pelo empresário.
Não se pode confundir empresa com o estabelecimento empresarial. Ex: A empresa pegou fogo. Ou com o empresário. Ex: A empresa comprou um caminhão. Tampouco com sociedade empresarial. Ex: Fulano e Cicrano abriram uma empresa (na verdade contrataram uma sociedade).
Econômica: A atividade empresarial é econômica, pois visa gerar lucro a quem a exerce, o empresário.
Organizada: A atividade empresarial é organizada, pois o empresário realiza a gestão dos fatores de produção (capital, mão de obra, matéria prima e tecnologia).
Obs.: Quem explora atividade de produção ou circulação de bens sem um desses fatores de produção não pode ser considerado empresário. Ex.: Aquele que produz pessoalmente o que vende.
Produção de bens nada mais é que fabricação de produtos ou mercadorias. Produção de serviços é prestação de serviços.
Circulação de bens é a manifestação originária do comércio. Ir buscar a mercadoria do produtor e trazer até os consumidores. É a atividade de intermediação.
Circulação de serviços é a intermediação dos mesmos. Ex.: A agência de turismos não presta serviços, mas intermedeia.
O empresário para regular sua atividade deverá se inscrever no Registro Público de Empresas Mercantis também chamadas de Juntas Comerciais (art. 967, C.C). Vale ressaltar que o registro é necessário apenas para regular a atividade empresarial e não para constituí-lo como empresário.
Espécie de Atos Constitutivos de empresa:
Todos os Atos devem conter os requisitos determinados pelo 968, C.C e serem registrados no RPEM.
Para constituição de empresas individuais utiliza-se o Requerimento de Empresário;
Para constituição de sociedades contratuais (ex.: Ltda.) utiliza-se o Contrato Social;
Para constituição de sociedades institucionais (ex.: S/A) utiliza-se o Estatuto.
Requisitos para exercício da atividade empresarial - Art. 972, C.C:
Capacidade civil plena e não possuir impedimentos legais.
Os impedimentos são normas de direito público e visam a proteção da coletividade.
Impedimentos:
Art. 973 aplica-se ao empresário individual
a)	estrangeiro sem visto permanente
b)	servidor publico federal (lei 8112/90, art 117, X)
c)	falido (lei 1101/05)
d)	deputados e senadores não podem ser diretores e contadores de empresas que tenham relação com o poder público
e)	membros da magistratura e do ministério público não podem ser empresários individuais
f)	militares da ativa (constitui crime militar)
g)	corretores e leiloeiros (se estiverem nas funções de auxiliar da justiça)
h)	médicos em relação à farmácia (qualquer tipo) e laboratórios, podendo ser sócio em tais empreendimentos
i)	estrangeiros com relação à pesquisa e lavra de recursos minerais e hidráulicos, empresa farmacêutica de radiodifusão e atividades nucleares (só poderão ser sócios com no máximo 30% do capital social)
SOCIEDADE ENTRE OS CÔNJUGES – Art. 977, C.C
É permitido, exceto na comunhão universal de bens e na separação obrigatória.
Com isso o legislador visa proteger o patrimônio comum dos cônjuges e o do idoso nos casos da separação obrigatória nos casamentos com maiores de 70 anos.
 (cai na prova, grifar o art.)
Espécies de Empresário Individual:
a)	Empresário individual comum/ordinário
É aquele que exerce atividade como pessoa física, vigorando o princípio da confusão ou unicidade patrimonial, pois o patrimônio deste tipo de empresário é uma coisa una, não havendo distinção da pessoa civil para a pessoa jurídica empresário individual. Numa ação judicial todo e qualquer patrimônio, exceto os bens de família, serão demandados.
Uso do nome civil completo, abreviado ou com termo que diga o que faz na atividade empresarial, chamado de firma individual.
O documento de constituição é o requerimento de empresário.
O capital social não possui limitador, aceitando-se qualquervalor.
Algumas espécies de empresário exigem capital social mínimo.
O empresário individual possui CNPJ pura e simplesmente para recolhimento de imposto, não caracterizando ele como pessoa jurídica. Não há pessoa jurídica na atividade empresarial individual.
Órgão responsável pelo registro: Junta Comercial/ Registro Público de Empresas Mercantis.
b)	Microempreendedor individual
- espécie de empresário individual por “força de lei”
- faturamento máximo de R$ 60.000,00 por ano e se faturar mais ocorre o desenquadramento
- o MEI não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular
- só poderá ter um empregado contratado que receba um salário mínimo ou o piso da categoria.
- previsão legal: lei complementar 128/08
- enquadramento no “simples nacional” e isenção de impostos federais: comércio ou industria: R$ 40,40
Serviços: R$ 44,40
- benefícios: legalização da atividade; benefícios previdenciários como auxilio maternidade, auxilio doença, aposentadoria, entre outros.
- obrigações: obtenção de alvará, redação de relatório mensal das receitas brutas (até o dia 20 de cada mês) e declaração anual simplificado.
WWW.portaldoempreendedor.gov.br
c)	Empresa individual de responsabilidade limitada EIRELI:
 Apenas um sócio, não expõe o patrimônio pessoal
- previsão legal: Art. 980-A do cc.
- única pessoa titular da totalidade de capital social
- capital social mínimo: é igual ou superior a 100 vezes o maior salário mínimo vigente no país. (Salário mínimo: R$780,00)
- obrigatoriedade da expressão “EIRELI” após o nome empresarial: se não tiver, será considerado empresário individual comum, confundindo os patrimônios. 
- só pode ter uma empresa nessa categoria (se tiver mais de uma, ocorre multa e obrigatoriedade da escolha)
- Ato constitutivo: contrato social (figura jurídica nova)
Teoria geral do Direito Societário:
A regularidade do exercício da atividade empresarial feita de forma coletiva, ou seja, dentro do estudo das sociedades é feito mediante registro do ato constitutivo no registro próprio. As sociedades empresárias encaminham seus atos constitutivos à junta comercial (RPEM).
O que caracteriza a sociedade empresarial ou o empresário é exercer a atividade empresária, a falta de registro no órgão competente não impede que alguém seja empresário, apenas impede a existência da personalidade jurídica.
1-	Sociedade não personificada:
Aquela cujo ato constitutivo ainda não foi registrado no órgão competente, ou seja, aquela que não possui personalidade jurídica. Art. 982, CC.
Sociedade em comum:
Sociedade de “fato” artigos 986 e 990, CC, a responsabilidade dos sócios é solidária e ilimitada. Qualquer tipo de prova comprova a existência da sociedade de fato.
Sociedade em conta de participação:
Dispensada do arquivamento dos atos constitutivos; Art. 991 e 996, C.C.
Despersonificada por força de lei.
2-	Sociedade personificada:
Sociedade empresária:
É aquela que tem por objeto o exercício da atividade economicamente organizada. Art. 966, C.C
Antes de iniciar a atividade econômica, o empresário individual ou a sociedade empresária deverá inscrever-se no RPEM a cargo das juntas comerciais. Art. 967, 968 e 1.150, C.C
Sociedade simples:
São consideradas simples aquelas cujo objeto social seja decorrente de profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística. (parágrafo único art. 966 CC). Não exercem atividade economicamente organizada. Ato constitutivo registrado no Cartório Civil de Pessoa Jurídica.
Obs.: As cooperativas são consideradas sociedades simples, independentes do seu objeto.
As sociedades anônimas, independente de seu objeto são sociedades empresárias.
3-	Sociedade = Pessoa Jurídica
Conseqüências da aquisição da personalidade jurídica:
•	Autonomia patrimonial;
•	Capacidade negocial;
•	Domicílio próprio;
•	Nome empresarial;
•	Capacidade processual.
O registro para atividade rural é facultativo.

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