Buscar

Trabalho Usina de Itaipu

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

IUESO
Instituto Unificado de Ensino Superior Objetivo
Faculdade Objetivo
ITAIPU
GOIÂNIA, OUTUBRO DE 2012.
IUESO
Instituto Unificado de Ensino Superior Objetivo
Faculdade Objetivo – Campus T-2
Curso: Engenharia Elétrica
ITAIPU
Acadêmicos:			RA.:
Elias Daniel da Silva		02290002150
José Antônio Pereira Siqueira	02290002407
Jonh Herbet Alves Silva		02290003359
Rogério Rosa Rodrigues		02290002818
Yuri Rodrigues Alves Pereira	02290003527
GOIÂNIA, OUTUBRO DE 2012.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO										5
1. ITAIPU											7
1.2. Breve Histórico										7
2. DESAFIOS HUMANOS									9
2.1. Uma Cidade Chamada Itaipu							9
2.2. O “Paranazão” Despede-se do Seu Leito						9
2.3. Um Prédio de 10 Andar por Hora							10
2.4. Todos os Caminhos Levam a Itaipu							10
2.5. Nem as Estradas Esperavam uma Obra dessa Grandeza			11
2.6. O Rio Paraná Encontra uma Paredão de Concreto				11
3. POTENCIAL ENERGÉTICO								12
3.1. Descoberto o Potencial Energético do Rio Paraná				12
3.2. Itaipu: Uma Opção ao Petróleo							12
3.3. O Preço de Itaipu									12
3.4. Especialista em Gerar Energia e Bater Recordes					13
3.5. Um Gigante Capa de Iluminar o Mundo						13
3.6. Mais Duas Unidades Geradoras							15
4. DESAFIOS DIPLOMÁTICOS								15
4.1. Sete Quedas, Dois Países e Um Interesse					15
4.2. Guerra do Paraguai									15
4.3. Solução para o Litigio									15
4.4. Assinada a Ata do Iguaçu								16
4.5. Itaipu: O Resultado									16
4.6. Argentina Reage a Criação de Itaipu						17
5. SUSTENTABILIDADE									19
5.1. Ecossistema										19
5.2. Politica Ambiental									20
5.3. Modelo de Gestão									21
5.4. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação						22
5.5. Prêmios											22
5.6. Turismo											26
6. UNIVERSIDADE CORPORATIVA							31
6.1. Apresentação										31
6.2. Educação Corporativa								32
6.3. Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação						32
6.4. Gestão do Conhecimento								33
7. TECNOLOGIA										34
7.1. Parque Tecnológico Itaipu (PTI) Brasil						34
7.2. Parque Tecnológico Itaipu (PTI) Paraguai						35
7.3. Diretrizes para a Modernização							35
7.4. Gestão do Conhecimento								35
7.5. Politica de TI										36
7.6. Sig@ Live										37
7.7. Telecentros										39
CONSIDERAÇÕES FINAIS								40
BIBLIOGRAFIA										41
ANEXOS											42
INTRODUÇÃO
Na década de 1960, o Brasil começou a realizar estudos para o aproveitamento hidrelétrico na região das Sete Quedas, na divisa entre o Paraná e o estado do Mato Grosso. O Paraguai logo percebeu que a construção dessa hidrelétrica inviabilizaria outra mais a jusante, no trecho do rio que divide Paraguai e Brasil, porque não há desnível suficiente no rio Paraná para duas usinas. Para o Paraguai, que não tem reservas de hidrocarbonetos ou carvão e tampouco potencial hidrelétrico de monta, exceto no rio Paraná, na fronteira com Brasil e Argentina, isso seria um grande problema. Para impedir a construção da usina brasileira, somente havia uma saída: provar que parte do trecho que seria aproveitado pertencia ao Paraguai, o que não ocorria. Isso, no entanto, não foi um impedimento, e aquele país “inventou” uma questão de fronteira.
Segundo o tratado de limites de 1872, jamais questionado pelo Paraguai, a fronteira entre os dois países passa pelo leito do rio Paraná desde a foz do rio Iguaçu até o Salto Grande das Sete Quedas, quando passa a correr “pelo mais alto da Serra de Maracaju”. O Paraguai, na época presidido pelo General Stroessner, passou a defender que o setor mais alto da serra seria sua vertente norte, que termina antes de chegar ao rio Paraná, a montante das Sete Quedas. Para o Brasil, o que valia era a vertente sul, que termina em frente ao Salto Grande. Sustentam as posições brasileiras coordenadas geográficas do Salto Grande, jamais contestadas pelo Paraguai. Consciente de que seria difícil refutar os argumentos brasileiros em discussão técnica, Stroessner apelou para outros meios e orquestrou virulenta campanha antibrasileira, apresentando o Brasil como expansionista e truculento.
As negociações sobre a fronteira e o aproveitamento hidrelétrico foram difíceis, e o impasse somente foi superado quando as duas partes chegaram à conclusão de que a construção de uma hidrelétrica na fronteira entre os dois países resolveria a questão ao submergir a zona contestada pelo Paraguai. O resultado da negociação foi a Ata das Cataratas, também conhecida como Ata do Iguaçu, firmada em 22 de junho de 1966, na qual se lê que “a energia elétrica eventualmente produzida pelos desníveis do rio Paraná, desde e inclusive o Salto Grande de Sete Quedas ou Salto de Guaíra até a Foz do rio Iguaçu, será dividida em partes iguais entre os dois países”, tendo cada país a preferência para adquirir a energia não utilizada pelo outro. Apesar de o Chanceler Juracy Magalhães afirmar que o encontro terminou “com êxito”, até hoje não foi possível resolver a questão de limites. O lago de Itaipu, que deveria solucionar o problema, inundou apenas 10% da área disputada pelo Paraguai. A solução paliativa foi transformar o local em refúgio biológico, administrado pela empresa Itaipu Binacional desde 1984. O Brasil nega que haja um litígio, mas jamais conseguiu convencer os paraguaios a demarcar a fronteira na região.
Para o Paraguai, a Ata das Cataratas foi uma vitória, mas ainda havia obstáculos a transpor. O principal era a oposição de vários setores no Brasil, que preferiam construir hidrelétricas inteiramente em território nacional. 
1. ITAIPU
Instalada no Rio Paraná, na divisa entre o Brasil e o Paraguai, Itaipu é ainda hoje a maior hidrelétrica do mundo em geração de energia. São 20 unidades geradoras de energia com 700 megawatts cada, o que garante uma potência total de 14 mil megawatts.
A energia produzida é distribuída no país pelas linhas de transmissão de Furnas Centrais Elétricas. A usina abastece 19% do Brasil e 87% do Paraguai. Idealizada nos anos 60, Itaipu começou a ser construída na década de 70 e passou a produzir energia em 1984.
As turbinas foram instaladas pouco a pouco. Só em 2007, o projeto original, de 20 unidades geradoras, foi concluído e Itaipu, a "pedra que canta", em tupi guarani, atingiu o auge da produção.
1.2. UM BREVE HISTÓRICO
As primeiras idealizações para aproveitar o potencial hidroelétrico existente na bacia do Prata remontam ao governo Vargas, que buscava fontes seguras de energia que pudessem sustentar o aumento da indústria brasileira, onde já existia claramente a intenção de explorá-la. No entanto, estudos realmente com o objetivo de viabilizar a usina somente foram feitos a partir do governo de Jânio Quadros – que talvez procurasse uma grande obra para marcar seu governo, como o fez Juscelino Kubitschek com Brasília. Como sabemos o governo de Jânio quadros foi curto, no entanto seu pedido de realização de um projeto às entidades competentes foi feito logo no inicio do mandato, e antes de renunciar recebeu o projeto, que se constituía de duas usinas com geração total de um milhão de KW. João Goulart que sucedeu Jânio continuou preocupado com o futuro energético brasileiro e atribuiu a Otávio Marcondes Ferraz a tarefa de realizar um projeto para aproveitar o desnível, ― o relatório apresentado previa a produção de 10 milhões de KW, graças à instalação de 21 turbinas a um custo de um bilhão de vinte e cinco milhões de US$‖. Cabe ressaltar que este projeto era para uma usina totalmente brasileira, situada somente em território brasileiro e preservava as Sete Quedas. 
Quando este projeto foi realizado, quase de imediato surgiram reservas paraguaias, pois o mesmo poderia acarretar em consequências que seriam sentidas em território paraguaio, ou seja, ferindo a soberania paraguaia. Porém o grande problema era o Salto Grande de las Siete Caídas, o melhor local para a instalação de uma usina, ou seja, melhor aproveitamento, território sem definição exata, não se sabia aocerto se era território brasileiro ou paraguaio. Este problema, data do tratado de Loizaga-Cotegipe (1872) realizado logo após a guerra do Paraguai, onde: 
―O território do Império do Brasil está separado da República do Paraguai pelo leito ou canal do rio Paraná, a partir do lugar das Sete Quedas. 
Portanto, segundo a análise feita pelo autor com relação ao tratado, as Sete Quedas eram um ponto de referência extremamente grande, sendo que não estava definido de quem era a soberania. 
Este foi um dos principais pontos diplomáticos do acordo, que somente foi possível resolvê-lo após 1964, quando o Brasil tornou-se uma ditadura militar, fato que modificou suas relações exteriores de modo significativo, e contribuiu enormemente para o projeto Itaipu, tendo em vista que o Paraguai também vivia uma ditadura militar. Segundo alguns filósofos, se não existisse ditadura militar Itaipu certamente não seria construída, para reforçar este argumento afirmam que as negociações deram-se de portas fechadas, sem debate pelo Congresso e que as decisões do governo não podiam ser questionadas, pois o poder estava totalmente concentrado o que facilitou as negociações, um fato que corrobora com a tese de alguns filósofos, é facilmente identificado em uma análise dos arquivos disponíveis no CPDOC7 do período de negociação e início da construção da usina, onde quase a totalidade dos documentos acompanham um grande carimbo de ―secreto‖ em alguma parte dele. Além disto, é lugar-comum que a ditadura utilizou-se de grandes obras de infraestrutura, consideradas faraônicas para obter maior aceitação popular. 
Se dependesse dos técnicos brasileiros, a usina seria somente brasileira, e lhes causava profunda repulsa o fato dos paraguaios participarem da construção e serem donos de metade da usina, para eles não fazia sentido, quem possuía o dinheiro e a tecnologia necessária eram os brasileiros, os paraguaios não tinham nada a contribuir. No entanto, isto não era uma questão técnica, e sim uma questão política, fronteiriça. 
2. DESAFIO HUMANO
Em 1973, técnicos percorrem o rio de barco em busca do ponto mais indicado para a construção da Itaipu Binacional. O local é escolhido após a realização de estudos com o apoio de uma balsa. No coração da América do Sul, brasileiros e paraguaios indicam um trecho do rio conhecido como Itaipu, que, em tupi, quer dizer "a pedra que canta".
Naquele local, encontrava-se uma ilha, quase sempre submersa, chamada Itaipu, logo após uma curva acentuada de rio, onde a correnteza parecia medir forcas com os barrancos e a poucos quilômetros da confluência com o Rio Iguaçu. Estudos indicavam para aquele ponto um rendimento energético excepcional, em virtude de um longo cânion escavado pelo Rio.
No segundo semestre de 1974, foi estruturado o acampamento pioneiro, com as primeiras edificações para escritórios, almoxarifado, refeitório, alojamento e posto de combustíveis, que existe até hoje. As estradas de terra de acesso ao canteiro de obras.
2.1. Uma Cidade Chamada Itaipu
A região começa a transformar-se num “formigueiro” humano. Entre 1975 e 1978, mais de 9 mil moradias foram construídas nas duas margens para abrigar os homens que atuam na obra. Até um hospital é construído para atender os trabalhadores. À época, Foz do Iguaçu era uma cidade com apenas duas ruas asfaltadas e cerca de 20 mil habitantes, em dez anos, a população passa para 101.447 habitantes.
Nos canteiros de obra, a primeira tarefa é alterar o curso do Rio Paraná, removendo 55 milhões de metros cúbicos de terra e rocha para escavar um desvio de 2 km. O engenheiro Gomurka Sarkaria é o responsável pelo modelo da barragem, do tipo gravidade aliviada, formando aberturas que lembram a estrutura de uma catedral.
2.2. O “Paranazão” despede-se do Seu Leito
A Itaipu Binacional passa a ser uma realidade irreversível. A escavação do desvio do Rio Paraná termina dentro do prazo. Em 20 de outubro de 1978, 58 toneladas de dinamite explodem as duas ensecadeiras que protegiam a construção do novo curso.
O desvio tem 2 km de extensão, 150 metros de largura e 90 de profundidade. No mesmo dia, é assinado um contrato de US$ 800 milhões que garante a compra de turbinas e dos turbo-geradores. O novo canal permite que o trecho do leito original do rio seja secado, para ali ser construída a barragem principal, em concreto.
A Itaipu Binacional foi a única grande obra nacional a atravessar a fase mais aguda da crise econômica brasileira do final dos anos 1970 mantendo o status de prioridade absoluta. No domínio da construção civil, escavações e obras civis, a Itaipu atingiu um índice de nacionalização, considerado o parceiro brasileiro, de praticamente 100%. Na área de fabricação e montagem dos equipamentos, o índice de nacionalização nunca foi inferior a 85%.
2.3. Um Prédio de 10 Andares por Hora
Começa uma nova e fervilhante etapa da construção de Itaipu Binacional: a concretagem da barragem. Num único dia, 14 de novembro de 1978, são lançados na obra 7.207 metros cúbicos de concreto, um recorde sul-americano, o equivalente a um prédio de dez andares a cada hora. Ou 24 edifícios no mesmo dia. A façanha só foi alcançada devido ao uso de sete cabos aéreos para o lançamento de concreto.
O total de concreto despejado na barragem, 12,3 milhões de metros cúbicos, seria suficiente para concretar quatro rodovias do porte da Transamazônica. A economia do Paraguai voa em céu de brigadeiro: o PIB, que havia aumentado 5% em 1975, cresce 10,8% em 1978.
2.4. Todos os Caminhos Levam a Itaipu
A obra ganha contornos de uma operação bélica. Em 1980, o transporte de materiais para a Itaipu Binacional mobilizou 20.113 caminhões e 6.648 vagões ferroviários. Já a demanda por mão-de-obra provoca filas imensas nos centros de triagem dos consórcios.										 Entre 1978 e 1981, até 5 mil pessoas eram contratadas por mês. Ao longo da obra, em função do extenso período de construção e da rotatividade da mão-de-obra, somente o consórcio Unicon cadastrou cerca de 100 mil trabalhadores. No pico da construção da barragem, Itaipu mobilizou diretamente cerca de 40 mil trabalhadores no canteiro de obras e nos escritórios de apoio no Brasil e no Paraguai.
2.5. Nem a Estradas Esperavam uma Obra Dessa Grandeza
Com a concretagem quase pronta, a fase seguinte é a montagem das unidades geradoras. O transporte de peças inteiras dos fabricantes até a usina torna-se um desafio. A primeira roda da turbina, com 300 toneladas, saiu de São Paulo em 4 de dezembro de 1981 e chegou ao canteiro de obras somente em 3 de março de 1982.
Como a rede viária e algumas pontes existentes em diversas alternativas de trajeto não tinham condições de suportar o peso, a carreta que levava a peça teve de percorrer o caminho mais longo, com 1.350 km. O transporte das rodas de turbina ganharia agilidade posteriormente. O recorde foi de 26 dias de viagem entre a fábrica e a usina.
2.6. O Rio Parana Encontra um Paredão de Concreto – Itaipu
As obras da barragem chegam ao fim em outubro de 1982. Mas os trabalhos na Itaipu não param. O fechamento das comportas do canal de desvio, para a formação do reservatório da usina, dá início à operação Mymba Kuera (que em tupi-guarani quer dizer “pega-bicho”). A operação salva a vida de 36.450 animais que viviam na área a ser inundada pelo lago. Devido às chuvas fortes e enchentes da época, as correntezas do Rio Paraná levaram 14 dias para encher o reservatório. A lâmina de água soma 135 mil.
A 5 de novembro de 1982, com o reservatório já formado, os presidentes do Brasil, João Figueiredo, e do Paraguai, Alfredo Stroessner, acionam o mecanismo que levanta automaticamente as 14 comportas do vertedouro, liberam a água represada do Rio Paraná e, assim, inauguram oficialmente a maior hidrelétrica do mundo, após mais de 50 mil horas de trabalho.
3. POTENCIAL ENERGETICO
3.1. Descoberto o Potencial Energetico do Rio Parana 
Vários estudos, de maior ou menor significado, foram realizados até os anos 1960 para avaliar o potencialenergético das Sete Quedas. Antes de Itaipu Binacional, porém, o único empreendimento a se tornar realidade foi uma pequena usina que aproveitava as águas de um dos saltos para iluminar a cidade de Guaíra e uma companhia militar.
Em 1962, o governo brasileiro encomendou estudos sobre o aproveitamento hidrelétrico das Sete Quedas e do longo cânion a jusante dos saltos. A tarefa ficou a cargo do escritório do engenheiro Octávio Marcondes Ferraz. A proposta final, que nunca foi levada adiante, previa uma usina com capacidade de 10 mil megawatts, para produzir 67 milhões de megawatts-hora por ano, o equivalente a três vezes o consumo do Brasil na época.
3.2. Itaipu uma Opção ao Petroleo
O ano da assinatura do Tratado de Itaipu, 1973, coincide com a eclosão da crise mundial provocada pelo aumento do preço do petróleo. Intensifica-se a exploração de fontes de energia renováveis como forma de assegurar um vigoroso desenvolvimento para Brasil e Paraguai.
A Itaipu Binacional é um marco para o setor elétrico dos dois países. Antes, os paraguaios dispunham de apenas uma hidrelétrica de pequeno porte, Icaray. Os brasileiros consolidam a opção pela energia produzida por meio do aproveitamento da força dos rios. A usina praticamente dobra a capacidade do Brasil de gerar energia. A potência instalada, que era de 16,7 mil megawatts, passa a contar mais 14 mil megawatts. O empreendimento é o terceiro ao longo do Rio Paraná em território.
3.3. O Preço de Itaipu
As obras de construção civil da Itaipu ficam a cargo dos consórcios Unicon e Conempa, enquanto a montagem eletromecânica é de responsabilidade dos consórcios Itamon e CIE. O custo da usina é de aproximadamente US$ 1.000 por quilowatts instalados, ou cerca de US$ 14 bilhões. O preço atualizado, com os juros e a inflação em dólar do período, chega a US$ 16 bilhões.
3.4. Especialista em Gerar Energia e Bater Recordes
O sonho transforma-se em energia. O primeiro giro mecânico de uma turbina ocorre em 17 de dezembro de 1983. E, finalmente, a Itaipu Binacional começa a produzir energia em 5 de maio de 1984, quando entra em operação a primeira das 20 unidades geradoras do projeto. Dezoito unidades geradoras foram instaladas no espaço de sete anos.
No primeiro ano de atividade, 1984, foram gerados 277 megawatts. Conforme o cronograma, de duas a três unidades eram instaladas por ano. A venda de energia começa em 1o. de março de 1985. O ápice da participação de Itaipu Binacional no mercado brasileiro foi alcançado em 1997, com o atendimento de 26% da demanda do setor elétrico do país.
3.5. Um Gigante Capaz de Iluminar o Mundo
O recorde de produção foi atingido em 2000, quando a Itaipu Binacional gerou 93,4 bilhões de quilowatts-hora. Em 2004, quando completou 20 anos de atividade, a usina já havia gerado energia suficiente para abastecer o mundo durante 36 dias.
Com a totalização do seu projeto, Itaipu Binacional supera em 4 mil megawatts a potência instalada da segunda maior hidrelétrica do mundo, a Usina de Guri, na Venezuela. O rendimento de Itaipu Binacional é excepcional, mesmo se comparado a usinas do futuro. A chinesa Três Gargantas terá uma geração da ordem de 85 bilhões de quilowatts-hora, 8,4 bilhões de quilowatts-hora a menos que a capacidade máxima já atingida por Itaipu Binacional.
3.6. Mais Duas Unidades Geradoras
Maio de 2007. No mês em que Brasil e Paraguai celebram o 33º aniversário da assinatura do Tratado de Itaipu, entram em operação as últimas duas das 20 unidades geradoras previstas no projeto da usina. Com as 20 unidades geradoras em atividade e o Rio Paraná em condições favoráveis, com chuvas em níveis normais em toda a bacia, a geração poderá chegar a 100 bilhões de quilowatts-hora.
4. DESAFIOS DIPLOMÁTICOS
4.1. Sete Quedas, Dois Paises e Um Interesse
 A construção de Itaipu Binacional solucionou um impasse diplomático envolvendo Brasil e Paraguai. Os dois países disputavam a posse de terras na região do Salto de Sete Quedas, área hoje coberta pelo lago da usina. O contencioso começou no século XVIII.
Em 1750, Espanha e Portugal assinaram o Tratado da Permuta, primeira descrição minuciosa da fronteira. O texto, porém, era impreciso ao determinar os limites entre os territórios na margem direita do Rio Paraná. Um rio, cuja foz não se sabia ao certo se estava acima ou abaixo das Sete Quedas, deveria demarcar as terras. Tratados subseqüentes buscaram esclarecer a questão, sem obter êxito.
4.2. Gerra do Paraguai
A Guerra do Paraguai (1865-1870) reabriu a polêmica em torno da fronteira na região das Sete Quedas. Conforme o Tratado de Paz (1872), os territórios deveriam dividir-se pelo Rio Paraná, até o Salto, e pelo cume da Serra de Maracaju.
O documento ganhou interpretações divergentes, pois, quando se aproximava do rio, a Serra de Maracaju dividia-se em dois ramos, um acima e outro abaixo das Sete Quedas. Após o término dos trabalhos de uma comissão mista que deveria detalhar os limites entre os dois países, a demarcação parou a 20 km dos saltos, por desacordo entre as partes.
4.3. A Solução para o Litigio
A disputa pelas Sete Quedas recrudesceu nos anos 1960. A descoberta do potencial hidrelétrico do Rio Paraná colocou Brasil e Paraguai novamente em rota de colisão. Mas, em vez de medir forças, os dois governos fizeram uma sábia opção: unir forças.
Em 1962, pela primeira vez cogitou-se a idéia de os dois países se unirem para produzir energia em conjunto. Em 1965, o diálogo retrocedeu com o deslocamento de um destacamento militar brasileiro para a área em litígio. Perante a ameaça de uma nova guerra, Brasil e Paraguai intensificam a busca por uma solução diplomática. A inauguração da Ponte da Amizade alimentou o clima de cooperação ao oferecer a perspectiva de exportação para os produtos paraguaios através do território brasileiro.
4.4. Assinada a Ata do Iguaçu
O resultado de intensas negociações foi a Ata do Iguaçu, assinada em 22 de junho de 1966 pelos ministros das Relações Exteriores do Brasil, Juracy Magalhães, e do Paraguai, Sapena Pastor. A declaração conjunta manifestava a disposição de estudar o aproveitamento dos recursos hidráulicos pertencentes em condomínio aos dois países, no trecho do Rio Paraná “desde e inclusive o Salto de Sete Quedas até a foz do Rio Iguaçu”.
Lago encobre a area em litigio.. O entendimento diplomático abriu caminho para o início dos estudos técnicos. A solução proposta por um consórcio de empresas estrangeiras, que previa o alagamento de grande parte da área em litígio, encerrou a disputa por terras na fronteira.
Em 1967, uma Comissão Mista é criada para implementar a Ata do Iguaçu. O consórcio formado pelas empresas IECO e ELC venceu a concorrência internacional para a realização dos estudos de viabilidade e para a elaboração do projeto da obra. Em 26 de abril de 1973, Brasil e Paraguai assinaram o Tratado de Itaipu, instrumento legal para o aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná pelos dois países. 
4.5. Itaipu, O Resultado
A diplomacia alcança um resultado concreto. Em maio de 1974, é formada a entidade binacional Itaipu, para gerenciar a construção da usina, estruturada como “empresa internacional”. A solução jurídica encontrada está entre as contribuições do jurista Miguel Reale. A disputa por terras na fronteira está superada.
Somente uma pequena parcela da área em litígio não foi inundada. As terras em questão foram transformadas em reserva ecológica binacional, sob conservação da Itaipu. O governo brasileiro ficou responsável pela obtenção de recursos para a obra. O financiamento deu-se por meio de credito de curto prazo de instituições financeiras privadas e de bancos estatais estrangeiros. A dívida terminará de ser paga em 2023.
4.6. Argentina Reage a Criação de Itaipu
O entendimento de Brasil e Paraguai para a construção de Itaipu Binacional estremeceu as relações dos dois países com a Argentina. Os argentinos temiam que a usina prejudicasse seus direitos e interesses sobre as águas do Rio Paraná. A questão chegoua ser tema de uma Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1972.
A solução veio com a assinatura do Acordo Tripartite, entre Brasil, Paraguai e Argentina, em 19 de outubro de 1979. O documento determinou regras para o aproveitamento dos recursos hidráulicos no trecho do Rio Paraná desde as Sete Quedas até a foz do Rio da Prata. Este acordo estabeleceu os níveis do rio e as variações permitidas para os diferentes empreendimentos hidrelétricos na bacia comum aos três países. Antes da conclusão da usina, chegava ao fim uma complexa e exigente obra diplomática.
5. SUSTENTABILIDADE
O programa Sustentabilidade de Segmentos Vulneráveis já traz em seu próprio nome um desafio e tanto, posto que pretende realizar a difícil articulação entre sustentabilidade e vulnerabilidade social. A idéia do programa não poderia estar mais de acordo com a nova missão institucional da Itaipu, pois não existe responsabilidade social se esta não vier acompanhada do cuidado com aqueles que estão à margem da sociedade, do outro lado da fronteira cívica. 
Nesse cenário, a Itaipu assume a responsabilidade de democratizar direitos e garantir o desenvolvimento sustentável para a gente da margem. Sob esta premissa, foram definidas três projetos: Coleta Solidária; Jovem Jardineiro; Comunidades Indígenas.
O programa entende a sustentabilidade de um modo amplo, interligado e dinâmico, abrangendo os aspectos ambiental, social e econômico, que articulados entre si e em cada ação do programa, demandam um aprendizado contínuo, seja no aspecto pedagógico, por meio da criação de um espaço dialógico que possibilite, para todos, condições de construção e expressão de opiniões, desde a concepção, operacionalização e execução, em autêntico trabalho participativo, alicerçado na parceria, viabilizando os programas, projetos e ações.
5.1. Ecossistema
A Itaipu está inserida em um ecossistema rico, de grande diversidade biológica, porém ameaçado pela ação do homem. Na margem brasileira, situa-se entre dois parques nacionais: do Iguaçu e da Ilha Grande.
Localizado na região da barragem, o Parque Nacional do Iguaçu é uma das últimas reservas florestais de Mata Atlântica do tipo estacional semidecidual do Brasil e a maior reserva de floresta pluvial subtropical do mundo.
Na entrada do reservatório, em Guaíra, está o Parque Nacional da Ilha Grande, que faz a transição entre a floresta estacional semidecídua, o Cerrado e o Pantanal.
As margens do reservatório, especialmente no lado brasileiro, começaram a sofrer os efeitos da agricultura e da pecuária antes mesmo da construção da Itaipu.
Um estudo realizado nas florestas remanescentes na região do Rio Paraná em 1976 mostrava que a margem brasileira tinha apenas 23% de florestas e 24,7% de matas exploradas em fase de regeneração natural, enquanto a agricultura já ocupava 50,3% das terras.
Ainda de acordo com esse levantamento, a área urbana e os projetos de reflorestamento com pinus e eucalipto respondiam por apenas 2% do total da margem brasileira do rio.
Um ousado programa de reflorestamento das margens do reservatório, promovido pela Itaipu, mudou esta realidade. Atualmente, uma faixa de vegetação protege mais de 98% do reservatório.
5.2. Política Ambiental
A construção de uma hidrelétrica provoca impactos na biosfera. Por isso, conservar e proteger o meio ambiente são preocupações permanentes da Itaipu Binacional.
Rios, córregos e nascentes, que fornecem a água que move a usina, recebem atenção especial dentro das ações de gestão ambiental. Mas a atuação da empresa vai além do reservatório e complementa as exigências da legislação.
Para preservar a fauna e a flora, a Itaipu mantém reservas e refúgios biológicos e um corredor de biodiversidade, que promovem a conservação das matas nativas da região.
Nas áreas que encontrou já devastadas pela prática agrícola, a Itaipu lançou ações de reflorestamento que já permitiram o plantio de 23 milhões de mudas de árvores na faixa de proteção do reservatório.
A Itaipu, como empresa comprometida com o desenvolvimento sustentável, também adota medidas para reaproveitar e reciclar materiais, promove a educação ambiental de adultos e crianças em toda a área de abrangência do lago da usina e incentiva práticas ecologicamente corretas na agricultura, na pesca e nas atividades de lazer.
Dentro das ações socioambientais, o compromisso com a melhoria da qualidade de vida das comunidades vizinhas ao lago assegura ênfase especial à saúde destas populações.
Desde 2003, a responsabilidade socioambiental integra a missão institucional da Itaipu, um compromisso da empresa, seus empregados e colaboradores com a sociedade e a vida no planeta.
5.3. Modelo de Gestão
O modelo de gestão ambiental da Itaipu tem quatro fundamentos:
1. A Gestão Ambiental adota os procedimentos e metodologia da norma NBR ISO 14001, porém, sem visar a certificação. Trata-se de uma metodologia reconhecida e consolidada internacionalmente, que contém princípios da qualidade, como o ciclo PDCA (Planejamento, Execução, Verificação e Análise Crítica, e Revisões) e o levantamento e ações corretivas para as causas dos impactos ambientais significativos.
2. A Gestão da Informação Territorial coleta, organiza e fornece informações territoriais para o uso de vários níveis gerenciais e equipes de programas da Itaipu e demais co-usuários das águas. Esta gestão baseia-se na estruturação de um Cadastro Técnico Multifinalitário, que compatibiliza os bancos de dados, o geoprocessamento, a infra-estrutura de informática e os recursos da cartografia temática. Atualmente, esta tarefa está a cargo do Sistema de Informações Geográficas Sig@ Livre, um software livre desenvolvido em parceria por Itaipu e pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
3. A Gestão Participativa promove a participação de colaboradores, funcionários, parceiros e comunidade em programas, planos ou projetos de natureza interdisciplinar. A organização e operação deste processo são feitas por meio de Comitês Gestores, que passam a gerir as iniciativas de forma conjunta e participativa, com apoio de aproximadamente 2,2 mil parceiros (prefeituras, ONG’s, órgãos públicos federais e estaduais, cooperativas, associações, assentamentos de trabalhadores rurais etc), distribuídos em comitês de microbacias.
4. A Gestão por Programas possibilita o acompanhamento das iniciativas socioambientais por meio de uma estrutura matricial desenvolvida pela Sala de Projetos, instalada em Curitiba. Técnicos da Itaipu seguem o Planejamento Estratégico da empresa dentro do trabalho de monitoramento dos programas e projetos.
Dentro do manejo conservacionista, as iniciativas socioambientais dividem-se em ações coletivas, voltadas uma comunidade específica; ações individuais, dirigidas para uma determinada propriedade; e ações oferecidas a municípios e comunidades para serem implantados de acordo com a realidade, o interesse e a disponibilidade locais.
5.4. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público de distribuição, geração ou transmissão de energia elétrica no Brasil são obrigadas por lei a aplicar, anualmente, um percentual mínimo de sua receita operacional líquida no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica, conforme regulamentos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Itaipu não está sujeita a esta legislação devido à sua natureza jurídica singular. No entanto, ciente da importância de tratar estrategicamente as ações voltadas para a pesquisa, desenvolvimento e inovação, a usina instituiu estas atividades como uma das três linhas de ações da Universidade Corporativa Itaipu (UCI).
Entre as áreas de interesse da pesquisa, desenvolvimento e inovação, estão a produção de energia; a segurança de barragem; a modernização da usina; o meio ambiente; tecnologia de informação; a tecnologia social; a Geração Distribuída; o Veículo Elétrico; e a produção de hidrogênio.
5.5. Prêmios
A Itaipu leva tão a sério o compromissode preservar o meio ambiente que suas ações ambientais são consideradas modelo para o setor elétrico, ganham prêmios e conquistam reconhecimento internacional.
A empresa obteve sua condecoração máxima pelo esforço ambiental em 2005, quando recebeu o Prêmio Carta da Terra.
O programa Cultivando Água Boa foi uma das quatro experiências vencedoras entre 30 práticas mundiais que difundem e aplicam os princípios e valores da Carta da Terra.
Confira, abaixo, a relação de prêmios recebidos pela Itaipu na área de meio ambiente.
2011
-Prêmio Socioambiental Chico Mendes. Pelo segundo ano consecutivo, ações socioambientais do programa Cultivando Água Boa, da Itaipu Binacional, foram reconhecidas com o Prêmio Socioambiental Chico Mendes.
- Americas Award. OCAB foi escolhido como exemplo de excelência na categoria sustentabilidade ambiental pelo Americas Award 2011, premiação concedida pelo Instituto das Nações Unidas para o Treinamento e Pesquisa (Unitar).
-Benchmarking Ambiental Brasileiro. Pela segunda vez em quatro anos, Itaipu foi a grande vencedora do Ranking Benchmarking dos Detentores das Melhores Práticas de Sustentabilidade do País.
- Prêmio 5 de Junho. A Itaipu recebeu o prêmio,concedido pelo Instituto Negócios Públicos do Brasil, na categoria Manejo de Recursos Naturais, como melhor projeto preservação da biodiversidade e dos ecossistemas (recursos hídricos, fauna e flora).
2010
- Prêmio ANA. A Itaipu Binacional recebeu em 2010 o maior prêmio nacional em reconhecimento a cuidados com as águas.
-Clean Tech & New Energy.A capacidade da Itaipu de produzir energia limpa e renovável foi reconhecida pela revista britânica The New Economy, responsável pelo prêmio Tecnologia Limpa e Novas Energias.
- Prêmio Chico Mendes. Prêmio reconhece o esforço da Itaipu na promoção de diversas ações socioambientais, no âmbito do programa Cultivando Água Boa.
2009
-Prêmio ECO. Lançado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham) em 1982. A Itaipu Binacional foi uma das vencedoras do ECO 2009, como empresa de grande porte na categoria Sustentabilidade em Processos.
- Prêmio Von Martius de Sustentabilidade. O Prêmio Von Martius de Sustentabilidade foi criado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, em 2000, com a proposta de premiar projetos que valorizam ações voltadas ao desenvolvimento sustentado.
-7 Prêmio Benchmarking Ambiental Brasileiro, com a 3ª colocação. A empresa concorreu com o Programa de Educação Ambiental para a Sustentabilidade, uma das ações do Cultivando Água Boa.
-3º Prêmio Brasil Meio Ambiente, organizado pela Companhia Brasileira de Multimídia (CBM). O prêmio prestou homenagem ao diretor de Coordenação e Meio Ambiente
2008
- Prêmio “Ecologia e Ambientalismo", concedido pela Câmara de Vereadores de Curitiba ao diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, pelo trabalho desenvolvido no campo socioambiental, com a implementação do Programa Cultivando Água Boa;
- Prêmio “Destaque Nacional de Responsabilidade Socioambiental Empresarial”, concedido pelo Instituto Ambiental Biosfera, pelo conjunto de ações na área de responsabilidade socioambiental.
2007
- Prêmio “5º Benchmarking Ambiental Brasileiro”, por Itaipu ter sido considerada a promotora da melhor ação voltada ao meio ambiente em 2007, com o Programa Cultivando Água Boa. Este prêmio foi concedido pelo Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro.
2006
- Destaque Nacional em Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social, prêmio concedido pelo Instituto Ambiental Biosfera e pelo Instituto Brasileiro de Estudos Especializados (Ibrae);
- Prêmio Abes, concedido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), na categoria empresa pública, em reconhecimento às ações do programa Cultivando Água Boa;
- Prêmio da Fundação Coge, concedido pela Fundação Coge, na categoria Ações Ambientais, para o programa Cultivando Água Boa, considerado a melhor ação ambiental desenvolvida por empresas do setor elétrico no Brasil.
2005
- Prêmio Carta da Terra, concedido pela ONG Iniciativa da Carta da Terra pelo programa Cultivando Água Boa, como exemplo de empresa pública e social ambientalmente responsável;
- Prêmio Zilda Arns de Responsabilidade Social, entregue pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil - Seção Paraná, em reconhecimento aos resultados do programa Cultivando Água Boa;
- 13º Prêmio Expressão de Ecologia, concedido pela Editora Expressão de Ecologia, pelo programa de Educação Ambiental para Sustentabilidade da Itaipu, uma das ações do programa Cultivando Água Boa.
2003
- Prêmio Expressão de Ecologia, na categoria “Conservação de Recursos Naturais - Setor Privado”, para o projeto “Estudos de Ovos e Larvas de Peixes no Reservatório de Itaipu”, concedido pela Editora Expressão;
- Prêmio Educação Ambiental - Troféu Dignidade Solidária, pelo projeto “Sustentabilidade Social da Região da Vila C (Energia Solidária), concedido pelo Centro Paranaense de Cidadania (Cepac)”.
2002
- Prêmio Expressão de Ecologia, na categoria “Conservação de Recursos Naturais - Setor Privado”, para o projeto “Estudos de Migração de Peixes no Rio Paraná”, concedido pela Editora Expressão.
1998
- Prêmio Procel, menção honrosa pelas ações de “Combate ao Desperdício de Energia Elétrica em 1997”, na categoria “Empresas do Setor Energético”, concedido pelo Programa Nacional de Conservação de Energia (Procel).
1997
- Prêmio “Paraná Ambiental”, na categoria “Educação Ambiental Formal”, para o projeto “Formação de Agentes Multiplicadores de Educação Ambiental na Região do Lago de Itaipu”, concedido pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
1996
- Prêmio Fundação Biosfera, menção honrosa.
5.6. Turismo
Barragem
O que é?
Estrutura de concreto construída para reter o curso do Rio Paraná e formar o reservatório da usina. É o ponto onde estão instaladas as unidades geradoras de energia elétrica.
O que fazer?
Conhecer o interior da usina. A visão panorâmica, do mirante central, é fascinante. Todavia, o gigantismo da Itaipu é ainda mais perceptível quando se percorre a barragem. Caminhar pelo alto do paredão de concreto rende uma vista privilegiada do reservatório. Dentro dele, as atrações são a arquitetura, que lembra a de uma catedral por causa do formato côncavo, e o antigo leito do Rio Paraná. No Edifício de Produção, o visitante tem a oportunidade de conhecer a sala de comando central, que controla a operação de turbinas e geradores, e a enorme galeria de onde se pode a tampa das unidades geradoras. O giro pela barragem ainda permite a observação do canal de fuga, por onde a água que movimentou as turbinas retorna ao Rio Paraná, seguindo seu curso natural.
Informações úteis: A visão panorâmica, a partir do mirante central, é possível com a Visita Panorâmica. Para conhecer o interior da usina, é necessário percorrer o Circuito Especial, que inclui também uma passagem pelo mirante central. Dentro da barragem não é permitido o uso de chinelos, sandálias e shorts durante a visita. Para ter acesso às instalações internas da Itaipu, a idade mínima é de 14 anos.
Vertedouro
O que é? O vertedouro serve para escoar a água em excesso que chega ao reservatório durante o período de chuvas.
O que fazer? Observar o vertedouro em atividade, entre os meses de dezembro e fevereiro, quando as comportas de aço são abertas durante o período de chuvas. A abertura do vertedouro não atende a um cronograma pré-determinado. Está diretamente ligada ao nível do lago. Quem tem a sorte de acompanhar o escoamento da água pelas três calhas assiste um espetáculo inesquecível. A vazão do vertedouro de Itaipu é equivalente a 40 Cataratas do Iguaçu. Esse dilúvio despenca de um tobogã de 30 metros para formar um regurgito de 10 metros e, finalmente, voltar ao leito rochoso do Rio Paraná, a 40 metros de profundidade.
Informações úteis: A visão panorâmica do vertedouro, a partir do mirante central, é possível dentro do Circuito Especial, da Visita Panorâmicae da Visita Institucional.
Ecomuseu
O que é? O Ecomuseu conserva a história da usina e da região brasileira em que foi construída a hidrelétrica.
O que fazer? Conferir a exibição inovadora do acervo do Ecomuseu, baseada na interatividade e em recursos de exposição incomuns, como cenários fiéis ao passado e maquetes. O visitante percorre um circuito dividido em módulos que apresentam desde a ocupação da região da usina na margem brasileira até os projetos de conservação ambiental da Itaipu. Dentro desse roteiro estão atrações como os espaços temáticos de água e energia. Há também uma réplica do eixo de uma turbina em atividade, com direito aos ruídos característicos do coração da usina. Um painel de fotos 3X4 homenageia as 40 mil pessoas que trabalharam na construção da hidrelétrica.
Viveiro Florestal
O que é? Uma ampla área em que a Itaipu produz mudas destinadas ao reflorestamento de matas e florestas degradadas pela ação do homem.
O que fazer? Conhecer o esforço humano pela regeneração da vegetação nativa nas margens do reservatório da Itaipu. No Viveiro florestal, a Itaipu produz anualmente cerca de 200 mil mudas de plantas, divididas em ornamentais, florestais e frutíferas. São cultivadas mais de 500 espécies nativas e exóticas, como o palmito (Euterpe edulis), antigamente encontrado em bosques e hoje ameaçado de extinção pelo consumo em escala mundial. As mudas do Viveiro florestal servem para o reflorestamento de reservas e refúgios da usina e também para áreas externas da Itaipu.
Canal da Piracema
O que é? É um canal com 10 km de extensão que liga o Rio Paraná, no trecho adiante da usina, ao reservatório para permitir a migração dos peixes rio acima.
O que fazer? Observar a passagem dos peixes que tentam chegar ao reservatório. No período da piracema, a migração reprodutiva, que vai de novembro a março, o fluxo é mais intenso. No restante do ano, os peixes migram em busca de alimentos. Eles têm de vencer um desnível de 120 metros com o auxílio de corredeiras e lagoas. Passam pelo canal inclusive espécies de grande porte. O Canal da Piracema também dispõe de uma raia de águas bravas para a prática de esportes náuticos como rafting e canoagem slalon. A existência de obstáculos naturais (blocos de pedra) e artificiais permite a modulação das correntezas e a realização de competições internacionais.
Informações úteis: Por enquanto, está disponível apenas a quem faz a Visita Institucional. Futuramente será aberto à visitação turística.
Zoológico Regional
O que é? Espaço em que a Itaipu conserva a riqueza da vida animal da margem paraguaia do Rio Paraná.
O que fazer? Apreciar a riqueza e a diversidade da fauna na margem paraguaia do entorno da Itaipu. O Zoológico Regional de Itaipu abriga espécies nativas em uma área de 12 hectares, com ambientes adequados para que os animais possam desenvolver seus hábitos. Pesquisadores trabalham na reprodução em cativeiro de espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada e o jaguar. As instalações podem ser percorridas pelo visitante, que também participa de atividades de educação ambiental.
Cataratas do Iguaçú
O que é? Uma sucessão de 275 saltos em forma de ferradura que brotam do Rio Iguaçu, na fronteira de Brasil e Argentina.
O que fazer? Contemplar um dos cenários naturais mais espetaculares do mundo. O visitante caminha por passarelas que o levam a poucos metros da maior de todas as quedas d’água, batizada de “Garganta do Diabo”. A vista das quedas a partir do mirante brasileiro é indescritível. As Cataratas fazem parte do Parque Nacional do Iguaçu, a maior reserva de floresta pluvial subtropical do mundo. As dezenas de quatis que brincam livremente entre os turistas dão uma noção da riqueza da fauna e da flora daquele ecossistema. Na caminhada de 1,5 km pelas passarelas construídas na margem brasileira, é também possível observar vôos rasantes de andorinhões-do-penhasco. Eles adoram água e fazem seus ninhos nos penhascos. Outro ângulo imperdível é o das Cataratas vistas de um elevador panorâmico situado ao final do passeio. No lado argentino, há trilhas de 2,3 km e ótima infra-estrutura, que permite inclusive o acesso de cadeirantes.
Lago e Praias
O que é? Praias artificiais criadas a partir da formação do lago de Itaipu.
O que fazer? Curtir o sol escaldante da região em praias de água doce e sem ondas. Boa opção de descanso e lazer para quem gosta de praia, mesmo longe do mar. No verão, o lago de Itaipu e as praias são procurados por turistas dos três países da região. A infra-estrutura disponível tem capacidade para receber até 300 mil visitantes. O Terminal Turístico de Santa Helena é o maior de todos, com 87 hectares de praia, bosque, atracadouros, pavilhão de exposições, restaurantes e áreas de camping, além de quiosques para veranistas. Tobogã, banana boat, pedalinhos e barcos são algumas das opções de diversão. O complexo dispõe ainda de campo de futebol, quadras de vôlei e quadra de futebol de areia.
Parque das Aves
O que é? Um gigante viveiro de aves, localizado próximo ao Parque Nacional do Iguaçu, e considerado o maior parque de aves da América Latina.
O que fazer? Entrar em enormes viveiros e acompanhar de perto a vida de mais de 900 aves de 150 espécies, muitas ameaçadas de extinção. A grande quantidade de animais, integrada à floresta do Parque Nacional do Iguaçu, inevitavelmente proporciona um raro espetáculo de gorjeios e cores. Na trilha que percorrem para ver as aves, os visitantes são recepcionados por araras-azuis, papagaios e tucanos que brincam soltos. Em cada viveiro há placas com nome científico e regiões do planeta onde são encontradas as espécies. Todos os animais expostos são oriundos de zoológicos, criadores autorizados pelo Ibama ou centros de reabilitação. A visitação, contudo, não é a única preocupação dos proprietários. Eles desenvolvem uma série de pesquisas que procuram intensificar a reprodução em cativeiro.
6. UNIVERSIDADE CORPORATIVA
6.1. Apresentação
A Itaipu elegeu a área de P&D como uma de suas prioridades. Com o objetivo de preservar o conhecimento adquirido em anos de operação e manutenção e levar o seu know-how para outras companhias do setor elétrico, Itaipu está implantando sua Universidade Corporativa (UCI).
A idéia nasceu de dois grandes projetos. Um deles é de iniciativa da Eletrobrás, que vem estimulando as empresas do setor a criar ou fortalecer programas desse tipo. O outro é o de Gestão do Conhecimento, que a binacional já vinha executando e que visa a organizar o seu capital intelectual.
Um dos aspectos do projeto é a interconexão de todos os bancos de dados. Para isso, foi criado o portal Gestão do Conhecimento, disponível na intranet. A implantação mostrou que já havia diversas iniciativas de sistematização do capital intelectual da empresa. Um dos temas já completamente mapeado é a instalação de uma nova unidade geradora.
A Universidade Corporativa é gerida por um conselho com 14 integrantes (sete de cada país) e conta com facilitadores de diversas áreas. No estágio atual, toda a parte legal foi concluída, inclusive a criação do estatuto, que estabelece sua atuação em três linhas básicas: Educação Corporativa; Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; e Gestão do Conhecimento.
A UCI vai atuar como uma entidade articuladora entre os diversos setores da empresa, envolvendo principalmente as áreas de recursos humanos, treinamento e Tecnologia da Informação.
A Universidade não terá uma estrutura física própria. Por isso, vai trabalhar próxima de organismos como o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), que já atua em pesquisa e desenvolvimento.
A idéia é não replicar atribuições. Para coordenar essa integração, há uma câmara técnica que define as ações prioritárias, como a criação do Centro de Estudos Avançados de Segurança de Barragem, em parceria com o PTI, e na formação de cursos de especialização, em parceria com instituições da esfera federal, entre elas o Ministério da Educação (MEC).						 Além de atender ao público interno, a UniversidadeCorporativa vai trabalhar com públicos que de alguma forma estão relacionados com os objetivos de Itaipu. Na área ambiental, por exemplo, ela vai agir na capacitação para entidades que estão sediadas no entorno da usina.
6.2. Educação Corporativa
A Universidade Corporativa Itaipu (UCI) é um pólo de irradiação e consolidação de cultura empresarial.
Seu currículo deverá incluir atividades ligadas aos princípios, às crenças e aos valores da organização que funcionem como impulso ao crescimento da motivação dos seus colaboradores. Desta forma, a UCI confere à educação corporativa um status estratégico.
Entre as principais ações de educação corporativa estão a implantação de programas de desenvolvimento profissional, a construção de um portal de internet de educação a distância (e-learning) e especializações conjuntas com a Universidade Corporativa do Sistema Eletrobrás (Unise) e a Universidade Aberta do Brasil.
6.3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público de distribuição, geração ou transmissão de energia elétrica no Brasil são obrigadas por lei a aplicar, anualmente, um percentual mínimo de sua receita operacional líquida no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica, conforme regulamentos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Itaipu não está sujeita a esta legislação devido à sua natureza jurídica singular. No entanto, ciente da importância de tratar estrategicamente as ações voltadas para a pesquisa, desenvolvimento e inovação, a usina instituiu estas atividades como uma das três linhas de ações da Universidade Corporativa Itaipu (UCI).
Entre as áreas de interesse da pesquisa, desenvolvimento e inovação, estão a produção de energia; a segurança de barragem; a modernização da usina; o meio ambiente; tecnologia de informação; a tecnologia social; a Geração Distribuída; o Veículo Elétrico; e a produção de hidrogênio.
6.4. Gestão do Conhecimento
A gestão do conhecimento é o processo sistemático de identificação, criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização.
Como processo organizacional, a gestão do conhecimento compreende o conjunto de ações voltadas a dotar a empresa de um instrumento corporativo de administração estratégica de seu capital intelectual, envolvendo ações de aprendizagem e inteligência organizacionais, gestão de competências, educação corporativa e gestão do capital intelectual, com o suporte indispensável de tecnologias de informação e comunicação.
Na Itaipu, a gestão do conhecimento teve início na área de manutenção da usina e na implantação das unidades geradoras adicionais 9A e 18A.
Futuramente, estas experiências deverão ser extrapoladas para toda a organização, não só para assegurar a atualidade da gestão empresarial, alinhando-a com o restante dos setores produtivos do Brasil e do Paraguai, mas também para realizar a retenção organizada dos conhecimentos adquiridos, dando trato sistêmico às informações, de maneira a torná-las úteis e disponíveis a todos os colaboradores. 
A gestão do conhecimento, assim, contribui para a transferência contínua do legado dos conhecimentos necessários à formulação de estratégias, bem como para a execução de todos os processos indispensáveis ao alcance dos objetivos empresariais e, conseqüentemente, ao cumprimento da missão da entidade.
7. TECNOLOGIA
7.1. Parque Tecnológico Itaipu (PTI) – BRASIL
A Itaipu é mais que uma consumidora de novas tecnologias. Com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), a usina se consagra como um pólo produtor de conhecimento científico e tecnológico no Brasil e no Paraguai.
Instalado nos barracões que serviram de alojamento para os operários que trabalharam na construção da barragem, o PTI é um centro de ensino e pesquisa em educação, ciência e tecnologia.
Surgiu em 2003, para atender às necessidades de modernização das instalações da hidrelétrica e estimular o progresso da região do entorno da usina.
Até 2006, a Itaipu investiu R$ 20 milhões no espaço e outros R$ 15 milhões serão aplicados nos próximos três anos. Além disso, a instituição está buscando o aporte de mais R$ 32 milhões do governo federal para aplicar em novos projetos.
Enquanto parques tecnológicos costumam ser condomínios high-tech, o PTI se diferencia por trabalhar com educação em todos os níveis: graduação, pós-graduação, capacitação tecnológica e alfabetização, áreas que são vitais para o desenvolvimento social.
Em parceria com instituições de ensino e pesquisa públicas e privadas, o PTI desenvolve projetos voltados ao desenvolvimento tecnológico e científico. Por conseqüência, também promove o empreendedorismo e a geração de emprego e renda.
A área ocupada pelo PTI soma 50 mil metros quadrados, onde estão em atividade cerca de 2 mil pessoas, entre funcionários, estagiários, parceiros, empresários, pesquisadores, professores e acadêmicos.
Além das entidades de pesquisa e apoio à pesquisa, o PTI mantém um espaço de desenvolvimento empresarial e um campus universitário, o Centro de Engenharias e Ciências Exatas da Unioeste.
Quando encerram seu ciclo de permanência no PTI, estudantes e empreendedores estão em condições plenas de se consolidar no mercado. O caráter inovador do PTI já o credencia a se tornar referência em ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
Em 2006, foi criada a Fundação Parque Tecnológico Itaipu, a FPTI, responsável pela gestão do PTI. Mantida pela Itaipu Binacional, a FPTI passou a operar, em 2007, a visitação ao Complexo Turístico Itaipu. 
7.2. Parque Tecnológico Itaipu (PTI) – Paraguai
O Parque Tecnológico Itaipu (PTI) da margem paraguaia é uma das principais ferramentas de desenvolvimento do país. Criado em 2003 e instalado em Hernandarias, tem como ênfase o avanço econômico baseado na tecnologia.
Primeiro parque tecnológico paraguaio, o PTI desenvolve ações em todo o Paraguai, não somente na área de influência da Itaipu.
7.3. Diretrizes para a Modernização
A modernização de uma hidroelétrica consiste no processo de substituição de equipamentos considerados obsoletos ou em fim de vida útil por equipamentos com tecnologia mais avançada, ou na incorporação de novos sistemas com novas funcionalidades.
Neste contexto, para atender ao objetivo estratégico da Itaipu de manter e melhorar a excelência na produção e no suprimento de energia, cabe à usina aperfeiçoar o fornecimento de energia e a disponibilidade dos equipamentos e instalações, além de minimizar os custos operacionais. 
O primeiro passo em direção à modernização compreende a consolidação de um documento que defina as linhas de ação empresariais para o processo.
Na Itaipu, foi elaborado o documento “Diretrizes e Critérios para a Atualização Tecnológica de Itaipu”.
Este documento de diretrizes baseado na metodologia do EPRI e adaptado às condições da Itaipu confere objetividade ao processo de definição dos equipamentos e sistemas que deverão ser atualizados e incluídos no Plano de Atualização Tecnológica (PAT).
7.4. Gestão do Conhecimento
A gestão do conhecimento é o processo sistemático de identificação, criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização.
Como processo organizacional, a gestão do conhecimento compreende o conjunto de ações voltadas a dotar a empresa de um instrumento corporativo de administração estratégica de seu capital intelectual, envolvendo ações de aprendizagem e inteligência organizacionais, gestão de competências, educação corporativa e gestão do capital intelectual, com o suporte indispensável de tecnologias de informação e comunicação.
Na Itaipu, a gestão do conhecimento teve início na área de manutenção da usina e na implantação das unidades geradoras adicionais 9A e 18A.
Futuramente, estas experiências deverão ser extrapoladas para toda a organização, não só para assegurar a atualidade da gestão empresarial, alinhando-a com o restante dos setores produtivosdo Brasil e do Paraguai, mas também para realizar a retenção organizada dos conhecimentos adquiridos, dando trato sistêmico às informações, de maneira a torná-las úteis e disponíveis a todos os colaboradores. 
A gestão do conhecimento, assim, contribui para a transferência contínua do legado dos conhecimentos necessários à formulação de estratégias, bem como para a execução de todos os processos indispensáveis ao alcance dos objetivos empresariais e, conseqüentemente, ao cumprimento da missão da entidade.
7.5. Política de Ti
A política de Tecnologia da Informação (TI) da Itaipu prioriza a adesão ao software livre, uma opção consolidada com a criação do Laboratório de Software Livre e do Guia Livre.
O Guia Livre é um documento da empresa que contém diretrizes para o desenvolvimento e a utilização de programas de código aberto, e garante modelos de referência para os projetos de implantação e migração, além de definir requisitos que priorizem a aquisição de equipamentos compatíveis com software livre.
No Laboratório de Software Livre, que funciona em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), técnicos e estudantes desenvolvem os sistemas que serão adotados pela usina.
Atualmente, na empresa, as tecnologias de software livre executam tarefas rotineiras como correio eletrônico, compactação de arquivos, antivírus e firewall.	 Porém, já começam a atender demandas estratégicas, como o monitoramento ambiental de bacias hidrográficas e a elaboração de planos de controle ambiental das propriedades rurais que margeiam o reservatório da usina, por meio do Sig@livre.
Para Itaipu, a opção pelo software livre reduz sua dependência dos fornecedores e represente uma economia considerável. Se tivesse de contratar licenças, atualização e manutenção destes softwares, a empresa gastaria cerca de US$ 850 mil anuais.
Futuramente, o objetivo é levar gradativamente a opção pelo software livre para todos os setores da hidrelétrica. Por enquanto, Itaipu adotou o software livre somente nos sistemas que convivem totalmente com outras tecnologias.
Por orientação do Gartner Group, a usina observa a curva de maturidade de uma determinada tecnologia para ter segurança na sua implantação.
O sistema operacional Linux já ganhou a confiança de Itaipu. E roda em 20 dos 27 principais servidores da empresa. Em 2007, a meta é colocá-lo em ação em todos os servidores. O passo seguinte será dispor o Linux nas 3 mil estações de trabalho.
Itaipu segue as diretrizes do e-Ping (Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico), documento elaborado pelo governo brasileiro que define um conjunto de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) da União e estabelecem as condições de interação com os demais poderes e esferas de governo e a sociedade.
7.6. Sig@ Livre
Uma aplicação desenvolvida através de tecnologias livres que auxilia Itaipu no monitoramento ambiental de bacias hidrográficas. O Sig@ Livre, tecnologia da informação a serviço da conservação e preservação do meio ambiente.
O objetivo do projeto é  eliminar os passivos ambientais existentes, adequando a propriedade à legislação  ambiental vigente.
O projeto de adequação ambiental de propriedades rurais caracteriza-se pelas etapas de diagnóstico e proposta de adequação ambiental, elaborados por Itaipu, IES e Empresas O que é o Sig@ Livre:							 O Sig@ Livre Itaipu é uma aplicação inicialmente desenvolvida (versão 1.0), por meio de um convênio entre a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e a Diretoria de Coordenação da Itaipu Binacional, atualmente encontra-se na versão 2.2 e é desenvolvido e mantido pela Superintendência de Informática e Superintendência de Obras e Desenvolvimento da Entidade.
Esta aplicação é uma ferramenta de gestão das informações geográficas provenientes dos Projetos de Adequação Ambiental em propriedades rurais elaborados na Bacia Hidrográficas da Bacia do Paraná 3 – BP3.
O Sig@ Livre Itaipu é desenvolvido em ambiente Web, permitindo inserção, atualização e visualização dos dados em tempo real, utilizando-se de ferramentas e bibliotecas livres tais como Mapserver, PostgreSQL, GEOS/GDAL, Proj4, entre outras.
O que é Projeto de Adequação Ambiental: Incubadas na FPTI.
O atendimento aos dispositivos legais aliado à adoção de boas técnicas para o planejamento do uso e manejo da terra, contribui para a conservação e preservação ambiental da BP3.
Como o Sig@ Livre é usado: O Sig@ Livre permite a integração dos dados alfanuméricos e feições espaciais, levantados na propriedade rural, proporcionando a construção e visualização de mapas, gráficos e relatórios gerenciais, com vistas Gestão Ambiental e Territorial da BP3.
Além do Projeto de Adequação Ambiental, outro importante produto disponibilizado é o formulário já preenchido do Sistema. de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Florestal Legal e Áreas de Preservação Permanente – SISLEG, possibilitando o licenciamento ambiental da propriedade.
Acesso ao Código Fonte da Aplicação: A tecnologia utilizada, bem como o código fonte gerado está disponível para utilização/replicação por outras instituições, através de convênios de cooperação e repasse tecnológico a serem firmados com a Itaipu.
Acesso ao Banco de Dados da Aplicação: O acesso aos dados cadastrados na aplicação é restrito, visando dessa forma preservar a confidencialidade, integridade e a inviolabilidade das informações existentes, os quais foram fornecidos em caráter de confiança à Itaipu Binacional pelo produtor rural.
7.7. Telecentros
O Parque Tecnológico Itaipu (PTI), por meio do Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (Itai), mantém uma rede de Telecentros espalhados pelo Brasil que se tornou referência em inclusão digital e social de comunidades carentes e micro e pequenos empresários.
Os Telecentros oferecem não só o acesso à internet, mas também a capacitação para que estes agentes possam utilizar a informática como meio de profissionalização e acesso ao conhecimento.
A tecnologia utilizada nos Telecentros mantidos pelo PTI/Itai é também usada nos Telecentros de informação e negócio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil.
Por meio de uma parceria com o Ministério, o sistema de gestão dos Telecentros de informações, negócios e cidadania desenvolvido pelo Itai está em fase de testes em 14 Estados brasileiros.
O sistema de gestão vai padronizar o gerenciamento dos telecentros, tanto do Ministério como do PTI, e facilitar a coleta e disseminação dos indicadores do Programa de Inclusão Digital.
Além do sistema de gestão, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior também aderiu à tecnologia software livre de servidores do PTI, que permite, com apenas um equipamento, conectar várias estações de trabalho antes obsoletas para o uso.
O sistema já foi instalado em parte dos telecentros mantidos pelo Ministério. No total, a rede do governo brasileiro conta cerca de 3 mil telecentros implantados e em fase de implantação.
Por meio de uma parceria com o Sebrae-Paraná, foram formulados produtos para a inclusão digital de empresários, entre os quais destaca-se o Sistema de Gestão Empresarial, desenvolvido em software livre, com o objetivo de automatizar a gestão das microempresas e empresas de pequeno porte.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A construção da Hidrelétrica da Itaipu expressou um cenário político novo no Brasil, suscitando várias formas de análise, com perspectivas e diferentes interpretações, mostrando contradições e conflitos. 
Para entender o processo pelo qual o Estado atua e como ocorre a apropriação e a produção do espaço foram analisados os conteúdos dos Planos Nacionais de Desenvolvimento, com destaque para os enfoques setoriais. O período analisado compreende desde o projeto até a criação do Lago de Itaipu. O espaço é incorporado para a produção de energia elétrica provocando sua alteração e sua continua reprodução. 
O trabalho apontou também as controversaspolíticas entre os países cujos territórios são banhados pela bacia hidrográfica do rio Paraná e os embates políticos com o Brasil que projeta e executa as obras para geração de hidroeletricidade. Mostra como se dá a mediação política de cunho internacional tendo como base a exploração do território. 
O embate político entre o Brasil e o Paraguai é antigo, no entanto, a possibilidade da utilização de um maior volume de energia de Itaipu, condição fundamental para a industrialização do país, marca o início de um novo tempo entre Brasil e Paraguai, assim como equaliza a distorção histórica da distribuição de energia da Itaipu Binacional entre os dois países. 
A análise aponta a importância do território e como as relações internacionais são mediadas pelas características do território das nações que assinaram o Tratado de Itaipu. Ou seja, o território é a base das negociações realizadas entre os países mediados pelas normas da política internacional. Embora o território e o espaço fiquem ocultos pelo debate da geração de energia, é importante ressaltar que, mesmo ocultado pelo embate sobre o aproveitamento de energia, é o espaço que está sendo objeto de disputa. Para compreender o processo pelo qual o Estado redefine continuamente o território, ao produzir espaço, é mister considerar o território como base para as atividades econômicas. 
BIBLIOGRAFIA
CAUBET, Christian. As grandes manobras de Itaipu: energia, diplomacia e direito na Bacia do Prata. São Paulo: Academica, 1991. 
<http://w.itaipu.gov.br/index.php?q=node/334&foto=perfil_documentos.jpg>. Acesso em: 2 nov. 2009. 
<http://w.itaipu.gov.br/index.php?q=node/334&foto=perfil_documentos.jpg>. Acesso em: 2 nov. 2009. 
RIBEIRO, Maria de Fátima Bento. Memórias do concreto: vozes na construção de Itaipu. Cascavel: EDUNIOESTE, 2002. 115p. 
Site Itaipu Binacional. Disponível em: <http://w.itaipu.gov.br/index.php?q=node/356>. Acesso em: 2 nov. 2009. 
Prêmios pela Itaipu. Disponível em: http://www2.itaipu.gov.br/empre/premi.htm Acesso em 25 nov. 2009 
http://www.itaipu.gov.br/responsabilidade/principios-e-valores
http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1375043-16021,00-A+IMPORTANCIA+ESTRATEGICA+DA+USINA+DE+ITAIPU.html
http://www.itaipu.gov.br/
ANEXOS
Recorte de Jornais da Época da Construção da Hidrelétrica de Itaipu
Para efeito de comparação da geração de energia pela Usina de Itaipu com as demais espalhadas pelo mundo, segue abaixo um quadro comparativo. 
Fonte: Quadro retirado do sistema digitalizado no CPDOC, referente ao Governo de Ernesto Geisel, para intitulada: Depois da Presidência.
Execução de Empreendimento: Situação no Mês de Junho de 1978
Transmissão - Eletrodos de terra “vigiam” estabilidade do sistema de corrente contínua
Todo brasileiro sabe da importância da Usina de Itaipu (PR) para o país. O que talvez pouca gente conheça é a relevância das linhas dos eletrodos de terra, que mantêm a estabilidade do Sistema de Transmissão em Corrente Contínua (HVDC), construído e operado por FURNAS. 
“As linhas dos eletrodos das subestações de Ibiúna (SP) e Foz do Iguaçu (PR) são as mais importantes da Empresa”, afirma o gerente do Departamento de Produção São Roque (DRQ.O), Jairo Junqueira Kalife. Os eletrodos constituem os pontos centrais do Elo HVDC, que é constituído por dois bipolos e cuja capacidade de transmissão é de 6.300 megawatts (MW). Em operação normal, eles absorvem as correntes de desequilíbrio entre os polos positivos e negativos e, caso um deles esteja fora de serviço, podem conduzir a corrente de retorno pela terra, funcionando como uma linha virtual. 
 Vista aérea da Subestação de Ibiúna, com os bipolos em destaque
FURNAS foi pioneira na utilização desse sistema de retorno por terra nesse nível de potência. Essa experiência, que já completa 27 anos, é referência mundial e atrai delegações estrangeiras que costumam visitar as subestações de Ibiúna e Foz do Iguaçu, onde estão instaladas as estações conversoras. O conhecimento da Empresa poderá também ser utilizado na construção do sistema de transmissão do linhão do Madeira (RO). 
SUBESTAÇÃO
Características
Cada bipolo de corrente contínua possui dois pontos de aterramento, que consistem num anel formado por 841 barras de aço silício, enterradas a cinco metros de profundidade. Como em algumas circunstâncias a terra é usada para permitir o retorno da corrente do Elo HVDC de Ibiúna para Foz, essas barras precisam estar instaladas onde o solo tenha características especiais de baixa resistividade.
Em São Paulo, os eletrodos estão alojados a cerca de 60 quilômetros da Subestação de Ibiúna e, no Paraná, a aproximadamente 15 quilômetros da Subestação de Foz do Iguaçu. A área compreendida entre os eletrodos é considerada Reserva Vegetal de Preservação Permanente e, somente em São Paulo, atinge mais de 938 mil m2. Vista aérea da Subestação de Ibiúna em destaque
Riscos
Todo cuidado é pouco com as linhas e áreas dos eletrodos de terra. Qualquer problema que os tire de funcionamento implica no desligamento do bipolo, gerando uma perda de 3.115 MW. Isso pode levar a uma grave indisponibilidade energética do Sistema Elétrico Nacional, pois apenas um bipolo é responsável pelo abastecimento de cerca de 10% do país.
Entre 2003 e 2004, FURNAS enfrentou alguns atos de vandalismo, furto de cabos de alumínio e das chaves de cobre da casa de eletrodos, além da invasão de pessoas e animais na área protegida. As consequências para o sistema e os prejuízos para a Empresa serviram de alerta às equipes de trabalho, que desenvolveram ações preventivas que já foram destaque na China, durante a Conferência Mundial dos Usuários HVDC.
Cuidados
Além das manutenções preventivas, realizadas a cada seis meses, toda a área dos eletrodos é cercada. Nos finais de semana e feriados prolongados, são feitas inspeções ao longo da linha de interligação com a estação conversora e a casa de eletrodos conta com vigilância eletrônica em tempo integral.A área dos eletrodos de terra é considerada Reserva Vegetal de Preservação Permanente e, somente em São Paulo, atinge mais de 938 mil m2
Para a proteção dos eletrodos também foi desenvolvido pelo Centro Técnico de Ensaios e Medições (CTE.O) um equipamento eletrônico (Suplemo) que sinaliza qualquer interferência ocorrida ao longo das linhas. “Com essas ações, FURNAS tem conseguido aumentar significativamente a confiabilidade do Sistema de Transmissão em Corrente Contínua de Itaipu”, ressalta Kalife.
CURIOSIDADE
Com aproximadamente 800 quilômetros de extensão, o Sistema de Corrente Contínua possibilita o escoamento da energia de Itaipu para o Sistema Interligado Nacional e foi planejado para que o Brasil, embora utilize a freqüência de 60 Hertz, pudesse aproveitar também a quota paraguaia da Usina de Itaipu, gerada em 50 Hertz.
Casa de Eletrodutos
Cada bipolo de corrente contínua possui dois pontos de aterramento que consistem num anel formado por 841 barras de aço silício, enterradas a cinco metros de profundidade

Outros materiais