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PROCESSO LEGISLATIVO G1

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PROCESSO/TÉCNICA LEGISLATIVO – ADRIANA VIDAL 
Aula 1 – Rio, 15.08.14
Apresentação do programa.
.............................................................
Aula 2 – Rio, 22.08.14
PODER LEGISLATIVO
Função do Estado, conceito e estrutura
-Legislação -> normas gerais abstratas X Administração jurisdição -> concretização e individualização 
Diferença entre a função legislativa e a administração ou jurisdição: A fundamental é que na legislação o caráter fundamental de elaboração das normas gerais ou abstratas, enquanto que a administração e a jurisdição são funções que concretizam essas normas produzidas pelo poder legislativo. 
A individualização dessa norma abstrata como característica fundamental da função jurisdicional -> aplica no caso concreto essas normas produzidas pela função legislativa.
- Definição: elaboração de regras jurídicas com descrição de situação de fato e prescrição de conduta 
Identifica-se uma hipótese e determina-se uma diretriz para a condução. A diferença do direito em relação a outras normas de caráter ético é a conseqüência que o descumprimento dessa norma traz. Aqui estamos falando da força coercitiva do direito, diferente de uma coerção de caráter moral ou ética. 
-Característica da Legislação:
Temos produção de leis pela via legislativa que nos separa do sistema Common Law.
Abstração: fato de possível ocorrência futura -> é a previsão de um episódio/fato que pode vir a acontecer no futuro. O poder legislativo aprende com a experiência e a partir de um certo momento passa a ser interessante regular tal fato dali por diante;
Generalidade: prescrição para grupo indeterminado -> quando as regras são pensadas/a lei é forjada não para atender um indivíduo ou um grupo determinado de indivíduos, ela pretende servir para toda a população ou então um grupo, o qual não é possível ser determinado. 
Autonomia: produção de efeitos próprios -> as regras de direito quando surgem estão aptas a produzir efeitos por si próprias. Mesmo que precisem de uma regulamentação, o que se entende é que minimamente não pode acontecer uma legislação num retrocesso ou para tentar desvirtuar aquela diretriz normativa. Isso significa, portanto, uma autonomia que a nossa legislação tem – surge apta a produzir os seus efeitos, mesmo nas chamadas de aplicabilidade limitada. 
-Princípios da atividade legislativa:
Princípio da tipicidade dos atos legislativos: art. 59 da CRFB -> o legislador ordinário não pode inventar novas estruturas normativas. O legislador está restrito ao rol trazido pelo art. 59 da CRFB – não pode produzir nada fora desse rol. 
Princípio da indelegabilidade da função legislativa – OBS.: art. 68 da CRFB (atribuição de atividade normativa ao Executivo) -> diz que essa função é uma função típica do poder legislativo. 
Quando essa função não for exercida pelo poder legislativo ela é excepcional e tais hipóteses estão consagradas – exemplo: art. 68 da CRFB -> leis delegadas. 
Este princípio diz que salvo exceções quem exerce essa função por excelência é o poder legislativo. As hipóteses em que isso não ocorre são pontuais e estão previstas no texto da CRFB, não podendo ser confundidas com uma ausência deste princípio. Isso é feito para evitar qualquer abalo na separação dos poderes. 
-Tipologia:
Imperativa; permissiva; proibitiva licitude e ilicitude do comportamento
São os três tipos de estrutura normativa dentro do nosso ordenamento jurídico. Levando em consideração essa tipologia é que se mede licitude ou ilicitude de um comportamento, tanto da perspectiva individual quanto do poder público. 
-Conceito de Poder Legislativo: complexo de órgãos – função legislativa 
É o complexo de órgãos que tem a função de elaborar a função legislativa. É o encadeamento de órgãos que tem que produzir leis. 
Nosso sistema consagra o bicameralismo. Com a característica de ser excepcional a reunião das duas casas, pois elas trabalham de forma autônoma. A casa que dá origem ao projeto e aquela que faz a revisão – são momentos diferentes nos quais atuam. 
-Câmara dos Deputados – representação; sistema eleitoral; 8/70 para cada estado ou DF = 513 
É a representação do povo. O sistema eleitoral é pela via proporcional -> tem como intenção ser mais favorável para as minorias. 
A CRFB em termos de quantidade de deputados por estado está atrelada ao nº de pessoas que vivem naquele estado. O mínimo é de 8 deputados por estado e o máximo de 70. 
-Senado Federal representação; sistema eleitoral; 3 para cada estado ou DF; troca – 2/3 ou 1/3 
É a representação dos estados. Já que a representação é do ente federativo, não seria justificável uma variação no nº de senadores por estado – por isso se destaca o fato de 03 por estado, porque é um tipo de representação distinta da Câmara dos Deputados. 
O mandato é de 8 anos – por isso de 04 em 04 há uma renovação parcial de 2/3 ou 1/3 e com isso se entende que o Senado é uma casa conservadora por esse sentido também, porque ele nunca estaria disposto a ter uma troca integral de seus membros. 
ESTRUTURA: MESAS 
-Direção -> direção dos trabalhos como um todo. Mesa é o órgão diretor. É o órgão que vai dirigir o trabalho da casa, seja a mesa do Senado ou da Câmara ou então a mesa do CN. 
-Expressão deve ser proporcional -> na medida do possível, ela precisa retratar a proporcionalidade dos partidos ou coligações do CN ou do Senado ou da Câmara dos Deputados. A proporção precisa ser refletida nesse órgão diretor. 
-Mesa CN -> presidente, 2º vice, 2º secretário, 4º secretário – Senado
1º vice, 1º secretário, 3º secretário – Câmara 
Tem uma alternância – o presidente da mesa sempre será o presidente do Senado. O vice é o vice do Senado – quem exerce aquele cargo na sua casa legislativa vai exercer o mesmo cargo na sua mesa do CN. Deve refletir a proporção dos partidos que compõem as duas casas.
Essas pessoas vão exercer esses cargos nas suas respectivas casas.
Na casa da ausência do presidente do Senado, que é o presidente da mesa do CN, quem o substitui é o primeiro vice, que é alguém que vem da Câmara dos Deputados.
...................................................
Aula 3 – Rio, 29.08.14
MESAS
É o órgão diretor do trabalho das casas legislativas
Presidente/ Primeiro Vice-Presidente/ Segundo Vice-Presidente / 1º Secretário/ 2º Secretário/ 3º Secretário/ 4º Secretário 
Não é possível reeleição para esses cargos depois do mandato de dois anos chegar ao fim. O mandato na mesa é de dois anos. Não pode se eleger para o mesmo cargo, tem que ser para outro cargo. 
Quando são eleitos para a segunda metade da legislatura, e se inaugura outra, acaba podendo se reeleger para o mesmo cargo. A legislatura é um período de 4 anos e esse tempo coincide no Senado e na Câmara. 
Essa mesa é um órgão diretor, ou seja, cada uma dessas pessoas terá um trabalho dentro desse processo legislativo. Isso está expresso na CRFB e nos Regimentos Internos. 
-Atribuições:
São pontuadas no texto da CRFB e nos Regimentos Internos respectivos
*decisões sobre perda de mandato – exceto quando decorre de condenação do poder judiciário, ou seja, de condenação penal
*deflagração de mecanismos de provocação de jurisdição constitucional
*encaminham pedidos de informações a todos os Ministros de Estado e órgãos da presidência
-Funções legislativas da Mesa do Senado:
*proposição de resolução sobre organização da Casa
*iniciativa de lei para remuneração 
*emitir parecer sobre serviços e pessoal de secretaria -> dar parecer sobre o serviço da casa – administração da própria casa. Exemplo: serviço da biblioteca das casas. Tem que ter servidores públicos trabalhando nessas funções, que não exercem função dentro do processo legislativo. A mesa tem que fazer esses pareceres para ajudar a exercer esses serviços.
*redação final de proposições de iniciativa da casa -> faz essa revisão. E é desse texto da mesa que vai direto para seguir o resto do processo legislativo de criação da lei.
-Funções legislativas da Presidência do Senado:
*orientar discussões,fixando pontos e divisão proposições -> levanta pontos controvertidos; sugere dividir a análise das proposições
*designar Ordem do Dia -> Ordem do Dia são os projetos que são votados naquele dia no Plenário – tem que avisar com uma antecedência de 24h.
*retirar matéria de pauta -> pode retirar matéria de pauta, decidindo que determinada proposição não será analisada.
*convocação de Sessões Extraordinárias
*assinar proposições para Câmara ou sanção -> assina os projetos que serão enviados para a Câmara (casa revisora nesse caso) ou para a sanção presidencial. 
Se o Senado for a casa revisora, ele que envia para o presidente para sanção ou veto. 
-Funções legislativas da Presidência da Câmara:
*semelhantes Senado -> espelha a presidência do Senado, só que dentro da Câmara dos Deputados. Tudo sobre discussões, pontos controvertidos a serem enfrentados, análise do projeto de lei, a divisão de proposições, é quem analisa a Ordem do Dia dos deputados.
*designar membros de Comissões mediante Comunicações de Líderes -> São aqueles que vão ser responsáveis por designar os nomes que vão compor as Comissões. 
-Funções Legislativas dos Secretários:
Os secretários são os responsáveis por montar todos os autos dos processos legislativos. Fazem esse trabalho bastante burocrático. Responsáveis pelo processo legislativo físico. 
1º secretário) ler propostas e projetos de lei; ler pareceres, emendas, distribuir avulsos na véspera -> Distribui tudo que foi positivado e que possa instruir o deputado ou o senador para participar do debate e da votação da lei. 
Avulsos: qualquer documento/peça que diga respeito ao processo legislativo
2º secretário) lavra atas das sessões, faz leitura de ata 
3º secretário) e 4º secretário)contar votos 
COMISSÕES
-Sistemas Fracos:
 Inglaterra – experiência inglesa -> *exame de questões e arranjariam a sua opinião para levar adiante, protegendo a coletividade da câmara dos comuns 
-Sistemas Intermediários
1) Moderado -> França – experiência francesa – é moderado porque as comissões já tem certos poderes que na Inglaterra não tinham. Lá só davam opinião, aqui já podem alterar os projetos de lei e até mesmo engavetar os projetos de lei que não andam e não produzem o seu parecer.
Poderes: manejar e modificar projetos de lei; “engavetar projetos”
Tem mais poder do que Inglaterra, mas perde para a experiência americana. Só há debate interno nas comissões. Produzem e formam suas opiniões, mas os grandes debates não acontecem aí. Sai daí uma opinião especializada. O sistema brasileiro tem um “pezinho” aí sim
2)forte -> EUA - experiência americana 
As comissões polarizam todas as discussões. Se você não conseguir ganhar o presidente da Comissão, nada feito com o seu projeto de lei. 
Poderes: centros ativos; discussões; modificações livres; independência em relação ao Congresso – Função de Presidente da Comissão
O “grosso” das deliberações já acontece dentro das comissões, sendo a principal diferença pro sistema francês.
-Sistema das Comissões Deliberantes: 
Itália – experiência italiana
É ainda mais forte, porque nos EUA se o presidente quiser trava, tem autonomia com relação ao Senado. Mas aqui as definições das comissões permanentes se transformam em lei. 
Em tese, o nosso sistema está operando como no francês, mas o presidente pode atualmente travar. E em termos práticos o que está acontecendo é a deliberação via Comissão. As Comissões Temáticas dominam esse processo. 
->Deliberação definitiva por comissões permanentes e temporárias
->Definição de Comissões: estudo e investigação 
->Permanentes e Temporárias - Comissões Temáticas (permanentes / temporárias especiais e internas)
1) Permanentes: art. 32 RICD -> quais são as nossas comissões permanentes na Câmara; art. 72 RISF -> nossa comissões permanentes no Senado; art. 58 - §2º: competência das comissões temáticas
São aquelas que perduram ao longo das legislaturas. Pode ser criada nova comissão temática permanente, desde que alterado o regimento interno. 
Essas comissões são reflexos das atribuições dos ministérios.
2) Temporárias: término de legislativo ou ato constitutivo
Tem um ato que cria; pode ter no ato que a cria a sua duração.
*Especiais/Internas; *Externas; *CPI
................................................
Aula 4 – Rio, 12.09.14
COMISSÕES TEMÁTICAS
As comissões em regra produzem pareceres a cerca do conteúdo dos projetos de lei.
Quem define por quais comissões um projeto passará é a Mesa da casa – vai examinar o projeto e ver do que se trata e diz quais são as comissões pertinentes que devem se manifestar sobre tal projeto de lei. Com a ressalva de que todos passam pela Comissão Constituição e Justiça – é a etapa de controle político de constitucionalidade. 
Cabe à Mesa a verificação do conteúdo da lei para determinar por quais comissões esse projeto vai passar. 
Permanentes 
Ver os artigos da última aula. As permanentes perduram as legislaturas. Podem ser criadas, mas tendem a perdurar pelas legislaturas.
Temporárias: especiais; internas; externas – cumprir missão no BR ou exterior; de Inquérito
Tem como característica um período de duração certo -> Pode ser que dura uma legislatura ou um outro prazo específico – depende do ato de criação.
Na casa dos deputados se chama comissões especiais. No senado se chamam internas. As duas são temáticas e dizem respeito a comissões temporárias que são para análise de uma matéria específica.
Podem ter as externas que funcionam dentro das duas casas. Para que membros do legislativo acompanhem missões no Brasil ou no exterior. 
As de Inquérito (CPIS) devem ser delimitadas, ter um objeto específico de análise – não tem participação no processo legislativo. 
-Comissões especiais
Da câmara dos deputados
*parecer sobre PEC -> se constituem para elaborar pareceres de emenda à constituição. Avaliam o conteúdo dessa PEC.
*projeto de Código -> são criadas para análise de projeto de Código – demanda trabalho mais rebuscado sobre a estrutura do Código e por isso sempre é criada comissão especial para isso. Portanto, existe comissão para a análise do novo CPC. 
*proposições de mais 03 comissões -> são criadas quando tem proposições que demandam análises de mais de 03 comissões
*modificação RI -> qualquer modificação no regimento interno requer análise de comissão especial
*crimes de responsabilidade do executivo -> também é montada para autorizar o processamento de crimes de responsabilidade (cometidos por membros do executivo: presidente, vice e ministros de estado) – essa comissão autoriza ou não o processamento dos crimes de responsabilidade 
-Comissões internas 
São as temporárias do Senado
*projeto de Código -> para analisar projeto de código
*modificar RI -> para analisar modificação de regimento interno
*desacato ao Senado por parte de Senador -> se algum senador fala do Senado e tem suspeita de que ele falou mal de sua casa, é criada comissão para analisar esse ato.
*julgamento de crimes de responsabilidade -> autorização concedida pela comissão especial, esse julgamento será avaliado pela comissão interna
-Comissões deliberativas
->Itália
*dispensa plenário
São comissões temáticas, mas que em determinados momentos exercem a possibilidade de todo o processo legislativo, por influência da Itália. A nossa Constituição quando consagra a possibilidade do processo legislativo ocorrer dentro das comissões, sem levar ao plenário, faz isso pela influencia do constitucionalismo italiano (lá tem total dispensa de plenário).
Tecnicamente, eles dizem dentro do senado e da câmara é que 10% é um quorum muito fácil de se alcançar, e se tiver uma questão muito complicada é muito fácil ter mobilização para que esse projeto seja levado ao plenário. Então não teria necessidade de levar todas as questões ao plenário, mas sim apenas as questões mais complexas. Isso seria uma forma de dar celeridade e de tornar a lei mais especializada – a lei é melhor tratada dentro da sua comissão temática. O que se diz é que boa parte dos avanços e progressostem mais facilidade de acontecer quando aquela matéria é tratada por uma comissão que tem a pertinência temática e ali é encerrada. 
*RIS: lei ordinária – Senador; hipóteses: art. 49, I, XVI, XVII, PEC art. 52, V a IX e art. 155, §1º, IV e §2º, IV e V 
Lei ordinária pode ser analisada por comissão deliberativa, desde que tenha sido apresentada por senador.
*RICD – dispensa competência 
Regimento Interno da Câmara dos Deputados -> ressalva: dispensa de competência 
Plenário – art. 24, II, ressalvas do art. 132, §2º -> exceções em que precisa ir para o plenário:
Exceto: Projeto de Lei Complementar
Códigos, In. popular, matérias que não podem ser delegadas art. 69, §1º, CRFB, oriundos do Senado ou por ele emendado, com pareceres divergentes, regimes de urgência 
-Comissão Representativa do CN
Art. 58,§4º da CRFB – recesso parlamentar 
Funciona para substituir o CN no período de recesso. Se não for por partido, mas pelo menos para que os blocos estejam representados. 
*representatividade do P.L – 23/12 a 19 de dezembro /02 de janeiro
*prerrogativas do CN, das Casas e membros
Outros órgãos que não têm caráter no processo legislativo:
Serviços administrativos
Guardas legislativos -> órgãos auxiliares – preparação técnica; vigilância 
*Bancada -> necessariamente diz respeito à representação partidária – agrupamentos partidários que são encontrados dentro de cada uma das casa ou na reunião do CN. Usar o termo bancada religiosa é errado. 
*Blocos -> são reuniões de bancadas. Então os blocos podem ter mais de um partido, que fazem alianças. Na medida do possível, as comissões precisam refletir a proporcionalidade dos blocos na sua proporção. 
*Maioria parlamentar – bloco que representa maioria absoluta -> é composta pelo bloco que em regra está alinhavado com o governo e que compõe a maioria absoluta dentro de cada uma das casas. 
*Minoria: representação partidária que faz oposição -> é maior bloco abaixo da maioria e que em regra é oposição. 
*Colégio de Líderes – reunião de líderes – acerto de providências vigentes e urgentíssimas
Blocos e bancadas têm líderes. Maioria e minoria também. E compõem o Colégio de Líderes: definem as matérias urgentes e urgentíssimas, que precisam ter prioridade na pauta – vai tramitar de determinada forma. Os líderes ajudam a delimitar isso e indicam os membros que vão compor as respectivas comissões 
*Grupos parlamentares -> interesses corporativos -> são identificados na medida que há determinados arranjos/acertos que ultrapassem as fronteiras dos interesses dos blocos. Os grupos parlamentares não tem reconhecimento oficial na nossa ordem jurídica. Mas em outros países existem e são regulamentados.
Não existe bancada religiosa, mas sim grupo religioso – ultrapassa a fronteira dos partidos e podem formar alianças por causa das ideologias clássicas. O Estatuto do Nascituro não sai de um parlamentar de partido religioso – quem assina é um integrante do PT. Também não é bancada ruralista, mas sim grupo ruralista. 
ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO
Iniciativa – faculdade de apresentar P.L 
Apresentar projeto de Lei.
Regra: pluralidade; exceção: exclusividade art. 93, CRFB, por exemplo .
A regra é que haja pluralidade de autores aptos para apresentação de projeto de lei, ou seja, que qualquer um possa apresentar – membro do executivo, iniciativa popular. 
Exceção: exclusividade do STF de apresentar. Quando a matéria diz respeito a uma categoria específica cabe a esta apresentar o seu projeto de lei. 
Emendas: proposições acessórias, membros ou órgãos da casa
São alterações pontuais nos projetos de lei. Não necessariamente irão existir. 
Quando são muitas emendas são apresentadas acaba elaborando-se um substitutivo (que substitui o projeto de lei original). Pode ser que tenham emendas e mais um projeto substitutivo também. 
Votação – decisão
É o ato de votação, tecnicamente feito no plenário. Cabe às comissões ajustarem os projetos de lei, e ajustando leva para a votação no plenário. 
Sanção/veto
É um ato fora do legislativo. É poder do executivo – famoso mecanismo de freio e contrapeso, que importamos da separação de poderes do modelo americano.
O veto pode ser integral ou parcial. Nunca pode ser numa frase ou numa letra. Tem que ser num inciso, num caput, numa alínea inteira. 
O veto pode ser derrubado – é derrubado por maioria absoluta do plenário
Promulgação e publicação 
Promulgação é dar ciência a todo povo de que aquela lei existe e isso é feito pela via da publicação. 
........................................................
Aula 5 – Rio, 26.09.14
ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO
INICIATIVA
Conceito: poder de estabelecer formação de Direito; ato que põe em movimento o processo legislativo 
É um super poder, na medida que quem apresenta o projeto de lei de fato coloca um tema na agenda do legislativo, que vai fazer parte do ordenamento jurídico. E também é o ato que coloca em movimento o PL, porque inaugura.
Houve disputa há quem tem a preferência desse poder. 
*órgão público individual ou coletivo; -> pode ser apresentado por órgão público individual ou coletivo
*apresentação de projeto -> o mecanismo é por apresentação de projeto de lei
-Titularidades – art. 61 da CRFB - Traz um rol farto de pessoas legitimadas a apresentarem projetos de lei. 
Em regra: -Regra: Assembleias -> Executivo -> em regra, nos ordenamentos jurídicos encontramos a iniciativa tanto nos membros das assembléias legislativas, quanto do executivo. 
Exceção: -Exceção EUA e Principado de Mônaco -> Nos EUA chefe do executivo não pode apresentar processo legislativo, não pode apresentar projeto d elei. Existem propostas que são fundamentais para o chefe do executivo, então ele vai chamar algum congressista do seu partido e pedir para que o tema seja ingressado – mas o ato oficialmente não se ativa pelo presidente da república, por conta da discussão da separação de poderes. Já no Principado de Mônaco só o chefe do poder executivo tem esse poder. 
1)Iniciativa Governamental
-Poder Executivo – ressalva: EUA -> é a iniciativa do poder executivo – chefe do executivo apresenta seus projetos de lei ao CN. A única exceção é os EUA. 
-Presente em todas as Constituições do Brasil -> Todas as constituições que o Brasil já teve contam com esse tipo de poder – vieram positivando a possibilidade de iniciativa de projeto de lei por parte do poder executivo – desde o tempo do Império
-Fundamento: práticas públicas, necessidades do país -> o fundamento consagrado nos ordenamentos para justificar a iniciativa governamental: quem exerce o cargo de chefe do executivo tem melhores condições de saber quais são as políticas públicas necessárias a serem implementadas na sociedade, então essas pessoas precisam implementar políticas públicas e isso faz com que seja fundamental abrir a porta de iniciativa de lei para o chefe do poder executivo.
-Tendência Contemporânea -> é uma tendência contemporâneo, principalmente por causa do Estado de Bem-Estar social – esse papel passa a ser fundamental. Em termos históricos, sempre vimos prevalecer o poder executivo. A tendência é ter um aumento do poder do executivo – exemplo: Medida Provisória 
-Ex: MPs (art. 62 da CRFB) – além da iniciativa -> é um ato legislativo que vai até mesmo muito além da iniciativa. O art. 62, caput. -> demonstração do quanto contemporaneamente o direito é muito permissivo com relação ao executivo e isso fica mais forte ainda no presidencialismo, ditando pesadamente, até hoje, a pauta do legislativo. 
2)Iniciativa Parlamentar
É a rival da iniciativa governamental – isso data desde a rivalidade entre os parlamentares e os principados. 
-Origem histórica dos Parlamentares -> principalmente no parlamento inglês. No início, o parlamento não produzia leis, o que ele fazia era dar o “de acordo” com relação aos atos do soberano – era apenas uma instância de apresentação, consultiva. O soberano mostrava o seu ato legislativo, tendo o parlamento um função muito restrita. Essa competência foi sendo alargada ao longoda História; 4 fases para isso:
-Fases: 1º)direito de pedir ao Soberano (direito de petição); -> direito de pedir algo que era importante para a população. Direito de petição: os parlamentares faziam isso por petição – pediam para o rei legislar sobre aquela matéria, porque era importante para a população. Foi a primeira forma de possibilidade do parlamento sobre isso. 
2º)aprovação de projeto da lei; -> a proposta já vinha elaborada e cabia ao parlamento o ato de aprovação ou não, e aí teria que encaminhar novamente para o chefe do executivo para este fazer as alterações. É o segundo poder que o parlamento ganha de processo legislativo.
3º)exigência de alterações; -> exigências já sugeridas pelo próprio CN. Isso poderia ser a origem das emendas. 
4º)redação de projetos -> Conquista do P.L. -> por fim, a possibilidade dos membros parlamentares redigirem projetos de lei para serem aprovados ou não.
Essas fases, em última instância significam a conquista de um poder legislativo. A função parlamentar foi sendo estendida no decorrer dos séculos, então se olharmos para essas variações é que vemos o processo de conquista de um poder legislativo, que será o principal atuante pelo processo legislativo. É dentro dele que vai ocorrer o processo legislativo. Conquista do poder legislativo foi um ponto máximo das trajetórias das transformações das funções parlamentares. 
-Existência desde Império – exceto 1937 -> nas nossas constituições desde o império contamos com a iniciativa parlamentar. 
Em 1937, tem o problema do Estado Novo – um dispositivo vai dizer que a preferência de iniciativa do processo legislativo é sempre do governo. Ao fazer isso esvazia a competência do CN, dando preferência total ao governo. Além disso, ainda temos duas outras questões: 1) o fato que depois do que aconteceu, Getúlio governou por decreto lei e essa análise nunca passava pelo legislativo; 2)a CRFB de 37 tinha dispositivo que dizia que a constituição só entraria em vigor depois de um referendo.
-Art. 61 da CRFB -> competência 
-Fundamento: separação de poderes -> fundamento dessa iniciativa é a separação dos poderes. Em regra, na doutrina tradicional vai se dizer que a iniciativa de lei tem que se dar preferencialmente pelo parlamento, porque é ele o responsável por todo o processo legislativo – sendo de origem governamental, seria uma tendência a uma sobreposição do poder executivo ao poder legislativo e por conta disso, por uma afirmação de democracia e de soberania do parlamento, deveríamos agora inverter essa relação e ai dar mais força ao parlamento nesse processo. Então contemporaneamente sabemos que é importante o executivo ter essa possibilidade de iniciativa, porque tem a questão das políticas públicas – um bom governo depende disso, sendo fundamental que possa apresentar iniciativa 
José Afonso da Silva: Crítica – iniciativa é ato de escolha -> dizer que a iniciativa legislativa já parte do processo legislativo e por conta disso tem uma necessidade dela acontecer por membros do parlamento, é o mesmo que dizer que uma petição inicial deveria ser elaborada dentro do judiciário, porque é o que dispara a jurisdição. Logo, não faz sentido e ele defende a iniciativa governamental. A iniciativa é em última instância ato de escolha. Não pode apenas dizer que o parlamento deve fazer porque é ele que tem o processo legislativo, porque tem a questão do ato de escolha, precisando o governo ter esse poder. 
-Atualmente: é secundária, predomínio da governamental -> a iniciativa parlamentar é importante, mas é secundária, porque a iniciativa principal é a governamental. Em termos práticos, perde-se as contas com relação as leis que são de fato iniciada pelo governo em comparação com as leis que são iniciadas pelo parlamento. 
Ex: art. 165 e art. 166 da CRFB -> possibilidade de emendas apresentadas pelo legislativo, mas que é algo muito restrito, tendo uma série de inibições e dificultadores. É uma possibilidade de emenda, mas segue um parâmetro muito restrito 
-Função da Minoria Parlamentar -> obstrução -> dentro do processo legislativo, a Minoria Parlamentar pode apresentar projeto de lei – cabe a uma comissão ou a um senador ou a um grupo de senadores apresentar. Podem apresentar, mas em termos práticas essas iniciativas tendem ao fracasso, pois se a maioria fecha com o governo, o governo faz de tudo para impedir aquela aprovação e a minoria já sabe que aquele projeto não vai vingar. Enquanto a maioria tenta implementar as políticas públicas necessárias para o governo, as minorias tentam atrapalhar isso e passar pelos projetos de lei para inchar a pauta do legislativo. 
->Modalidades:
CD: individual; coletiva – Comissão e Mesas;
Senado: individual; coletiva – Comissão e Mesas
*apresentação na casa 
1) Iniciativa individual – art. 60, I da CRFB -> apenas um congressista já pode apresentar um projeto de lei. A exceção e art. 60: artigo de reforma à emenda da CRFB – exemplo de ressalva em que não se pode iniciativa individual e também é um exemplo de iniciativa coletiva obrigatória. 
2)Iniciativa coletiva – obrigatória – uma PEC nunca pode ser apresentada somente por um membro
3)Iniciativa comissionaria – proibida nos EUA -> é aquela que parte das comissões temáticas (permanentes ou temporárias). Ressalva: proibição das comissões nos EUA terem essa iniciativa.
Exemplo: mesas – ex: art. 51, IV e art. 52, XIII da CRFB -> as mesas podem apresentar também. Esse tipo de norma está ligada à separação de poder. No art. 52 é a mesma coisa só que referente ao Senado. 
3)Iniciativa do Poder Judiciário 
Direito Comparado -> separação de poderes e crítica do José Afonso da Silva 
-1934: inovação também no direito comparado 
Tudo que diz respeito à organização diz respeito à efetivação do poder judiciário, por isso que o nosso judiciário tem possibilidade de iniciativa. O Brasil é inovador nesse tipo de iniciativa. 
JA vai criticar porque usam o mesmo argumento para justificar a iniciativa do poder judiciário que usaram na iniciativa parlamentar. Mas concorda que esses poderes precisam ter essa função de auto-organização. 
-Art. 61 c/c art. 96, III da CRFB matéria e limites: art. 96, II “a” até “d” da CRFB -> consegue dar conta da sua organização e sabe as suas necessidades e por isso a CRFB trouxe possibilidade dessa iniciativa no que diz respeito a essas matérias 
-Exemplos da iniciativa e independência: -> essa iniciativa com base na independência dos outros poderes
a) Poder Executivo -> art. 84, VI e XXV, art. 61,§1º -> são iniciativas do presidente da república – competências do poder executivo
b) Poder Legislativo -> art. 51, III e IV, art. 52, XII e XIII -> possibilidade de independência da câmara dos deputados para sua organização – pode elaborar seu regimento interno, assim como o senado também pode. 
4)Iniciativa de Procuradores-Gerais
*Chefes do MP -> chefia do MP como um todo vai ter essa possibilidade de apresentar iniciativa de lei
-fundamento constitucional -> art. 128,§5º da CRFB e art. 61 da CRFB iniciativa compartilhada – a CRFB acabou dando atribuição tanto ao procurador geral quanto ao presidente para legislar sobre o MP. Pode ter sido uma falha. Mas a peculiaridade é que os procuradores gerais nunca terão competência exclusiva. Como isso vai acontecer? Vai ser identificado como iniciativa compartilhada – acaba sendo analisado a primeira iniciativa, mas com uma peculiaridade na relevância de quem deu origem à iniciativa -> se quem deu primeiro foi o MP, o presidente ainda pode, e ai será analisado conjuntamente; mas se o presidente apresenta projeto de lei, o procurador geral não poderá mais apresentar – porque no caso do presidente é competência privativa, enquanto que no caso do procurador é competência compartilhada. 
Art. 61§1º,II, “d” e art. 128,§5º da CRFB 
5)Iniciativa Popular 
-Art. 61,§2º da CRFB -> regulamenta
Lei 9709/1998 art. 13, §§ 1ª e 2º - um só tema; vício de forma -> também regulamenta, repetindo parte do texto constitucional. O §1º vai dizer que tem que tratar só deum único tema, não podendo ser lei genérica, tem que ser tema específico; além disso, os termos formais não são relevantes, porque o leigo não tem obrigação de saber utilizar os termos. 
DESTINATÁRIO DO PROJETO DE LEI
Art. 44, CRFB – CN – Geral -> é sempre o CN que será responsável pelo processo legislativo. 
Com relação à tramitação do PL, a competência é sempre da Câmara dos Deputados –> tem preferência, porque é a casa do povo, é a casa popular. A maior parte dos projetos começam a ser analisados na Câmara e o Senado será casa revisora. Boa parte dos legitimados que tem iniciativa extra parlamentar, será por via da Câmara dos Deputados (tudo que está fora da competência do parlamento, será na Câmara dos Deputados); Iniciativa Popular também sempre começa na Câmara dos Deputados. Como tem iniciativa compartilhada do presidente e do procurador, e o presidente apresenta primeiro para as Câmaras, os procuradores gerais de justiça vão apresentar na Câmara dos Deputados também, até mesmo pelo fato de ser competência compartilhada, o presidente pode ai também propor também. 
A tramitação começa no Senado só quando é Iniciativa Popular que é originada por um senador ou alguns senadores ou comissão do senado ou por mesa do senado -> únicas hipóteses em que começa no senado
Isso significa em termos práticos: art. 64, caput d CRFB -> falou de iniciativa extra parlamentar, o início da tramitação será na Câmara; entre os parlamentares, sempre apresenta diante da sua casa. Então só resta para o Senado analisar em um primeiro momento, de plano, receber as iniciativas de lei que são senador ou alguns senadores ou comissão do senado ou por mesa do senado. 
Para G1: TRAZER CONSTITUIÇÃO E REGIMENTOS INTERNOS!!!

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