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Técnica básica de injeção

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TÉCNICA BÁSICA DE INJEÇÃO
A injeção de AL não só pode produzir medo e dor como também é um fator que provoca situações de emergência médica. Os AL podem e devem ser adm de maneira não dolorosa ou atraumática. Várias habilidades e atitudes são exigidas do adm de drogas, sendo a mais importante a empatia. Uma atraumática tem 2 componentes: um aspecto técnico e um aspecto de comunicação.
Etapa 1: Use uma agulha pontiaguda esterilizada. Coloque a ponta da agulha sobre a gaze e puxe a agulha p/ trás. Se a gaze for desfiada, há uma farpa presente e a agulha não deve ser usada. As agulhas descartáveis de aço inoxidável devem ser trocadas após cada 3 ou 4 penetrações teciduais pois pode-se sentir um aumento na resistência dos tecidos à penetração da agulha. O calibre da agulha deve ser determinado unicamente pela injeção a ser adm. A dor causada pela penetração da agulha na ausência de anestesia tópica adequada pode ser eliminada em odontologia pelo uso de agulhas de calibre não superior a 25.
Etapa 2: Verique o fluxo da solução anestésico local. Algumas gotas no AL devem ser expelidas do cartucho . Isso assegura um fluxo livre da solução quando depositada na área-alvo.
Etapa 3: Determine se o cartucho anestésico ou a seringa deve ser aquecido. Cartuchos armazenados em refrigeradores ou em outras áreas frias devem estar na temperatura ambiente antes do uso. Tanto o cartucho como a seringa metálica devem estar o mais próximo possível da temperatura ambiente, de preferência sem o uso de quaisquer dispositivos mecânicos p/ obter essas temperaturas.
Etapa 4: Posicione o paciente. O paciente deve estar numa posição fisiologicamente válida antes da injeção e durante a mesma. Durante a adm do AL o paciente é colocado numa posição de decúbito dorsal (cabeça e coração paralelos ao solo), com os pés ligeiramente elevados.
Etapa 5: Seque o tecido. Uma gaze deve ser usada p/ secar o tecido no local da penetração da agulha e p/ remover quaisquer detritos macroscópicos.
Etapa 6: Aplique um antisséptico tópico (opcional). Depois que os tecidos estiverem secos, deve-se aplicar ao local da injeção um antisséptico tópico adequado. Isso diminui ainda mais o risco de introdução de materiais sépticos nos tecidos moles, produzindo inflamação ou infecção. Obs.: antissépticos contendo álcool podem causar ardência e devem ser evitados.
Etapa 7A: Aplique um anestésico tópico. Uma pequena quantidade de anestésico tópico deve ser colocada sobre a haste aplicadora revestida de algodão e aplicada diretamente no local da injeção. O anestésico tópico produzem anestesia dos 2 ou 3 mm mais externos da membrana mucosa; esse tecido é bastante sensível. Deve permanecer em contato com o tecido por 2 min p/ assegurar sua eficácia.
Etapa 7B: Comunique-se com o paciente. Durante a aplicação do anestésico tópico é desejável que o operador converse com o paciente a respeito das razões p/ seu uso. Escolha de palavras ruins (injeção, dor) deve ser evitada. O uso da palavra desconforto é uma alternativa no lugar da palavra dor.
Etapa 8: Estabeleça um apoio firme para a mão. Faz-se necessário um apoio firme p/ mão. Pessoas com dedos longos podem apoiar os dedos na face do pac. p/ muitas injeções; aquelas com dedos curtos podem precisar de apoios p/ o cotovelo. Duas técnicas que devem ser evitadas são: (1) Não usar nenhum tipo de estabilização da seringa e (2) colocar o braço segurando a seringa diretamente sobre o braço ou o ombro do pac.
Etapa 9: Deixe o tecido bem esticado. A distenção dos tecidos permite que a agulha atravesse a membrana mucosa com um mínimo de resistência. Tecidos frouxos, por outro lado, são empurrados e rompidos pela agulha quando ela é inserida produzindo maior desconforto à injeção e maior irritabilidade pós-operatória.
Etapa 10: Matenha a seringa fora da linha de visão do paciente.
Etapa 11A: Introduza a agulha na mucosa. Com o bisel da agulha voltado p/ o osso, intruduz-se a agulha delicadamente no tecido no local da injeção até a profundidade do seu bisel.
Etapa 11B: Observe o paciente e se comunique com ele. Deve-se observar o pac. quanto a evidências de desconforto durante a penetração da agulha. O profissional deve se comunicar com o pac. enquanto a Etapa 11ª estiver sendo executada.
Etapa 12: Injete algumas gotas da solução AL (opcional).
Etapa 13: Faça a agulha avançar lentamente até o alvo. O tec. mole à frente da agulha pode ser anestesiado por algumas gotas da solução anestésica local. Deixando-se passar 2 a 3 segundos p/ que a anestesia se estabeleça, deve-se avançar a agulha até essa área e depositar mais algumas gotas. O uso de AL tamponado vai aumentar o conforto do pac. durante a injeção em conseqüência (1) do aumento de pH da solução anestésica e (2) da presença de CO₂ (propriedades anestésicas) na solução tamponada. Numa injeção como bloqueio regional do alveolar inf., em que a profundidade média de inserção da agulha é de 20 a 25mm, deve-se depositar no máximo 1/8 de um cartucho de AL enquanto os tec. moles são perfurados.
Etapa 14: Deposite algumas gotas de AL antes de tocar o periósteo. A anestesia do periósteo permite um contato não traumático. As técnicas de injeção por bloqueio regional que exigem isso são o bloqueio do alveolar inf., o do nervo mandibular de Gow0Gates e do alveolar sup. ant. (infraorbital). A profundidade de penetração dos tec. moles em qualquer local de injeção varia de um pac. p/ outro; portanto, pode haver um contato inadvertido com o periósteo.
Etapa 15: Aspire. A aspiração deve ser sempre realizada antes de depositar um volume de AL em qualquer área. O objetivo da aspiração consiste em determinar onde está situada a extremidade da ponta da agulha. A aspiração exige que a ponta da agulha não se mova, nem empurrada mais adiante nem puxada p/ fora dos tec., durante o teste de aspiração. A estabilização adequada é obrigatória. Qualquer sinal de sangue constitui uma aspiração positiva e a solução anestésica não deve ser depositada nesse loval. Ausência de todo e qualquer retorno ou uma pequena bolha de ar indica uma aspiração negativa. Agulhas de calibre maior (ex 25) são recomendadas mais frequentemente que agulhas de calibre menor (ex 27, 30) sempre que houver um risco maior de aspiração positiva.
Etapa 16A: Deposite lentamente a solução anestésica. A injeção lenta é vital por duas razões (1) o fator de segurança é extremamente importante e (2) a injeção lenta impede que a solução irrompa no tec. em que é depositada. A injeção rápida acarreta desconforto imediato, seguido por irritabilidade prolongada (dias) quando a dormência proporcionada pelo AL se dissipa. A injeção lenta é a deposição de 1mL da solução em não menos de 60 segundos. Portanto, um cartucho de 1,8mL cheio exige aproximadamente 2 minutos p/ ser depositado.
Etapa 16B: Comunique-se com o paciente. Deve-se comunicar ao pac. durante o depósito do AL. “Estou fazendo isso devagar p/ ser mais confortável p/ você”.
Etapa 17: Retire lentamente a seringa. Após terminada a injeção, a seringa é retirada lentamente e deve-se tornar a agulha segura recobrindo-a com sua bainha plástica pela técnica de encaixe. A cobertura da agulha é colocada numa bandeja e depois da injeção o administrador simplesmente desliza a ponta da agulha p/ dentro da cobertura (sem tocá-la fisicamente), encaixando a cobertura da agulha.
Etapa 18: Observe o paciente. Muitas reações adversas efetivas a drogas, especialmente aquelas relacionadas com anestésicos locais administrados intraoralmente, ocorrem durante a injeção ou 5-10 minutos após.
Etapa 19: Registre a injeção na ficha do paciente. Deve-se fazer uma anotação da droga anestésica local usada, do vasoconstritor usado (se é que foi), da dose (em mg) da solução ou soluções usadas, da injeção ou injeções aplicadas e da reação do paciente.

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