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Bruna Prado Ferreira
Cristiane de Souza Guilherme
Daiany Rodrigues Freire
Eduarda Assis Sassaki
Heloisa Dias dos Santos
Ingrid Paulina da Silva Siqueira
Janaina Casotti de Souza
Jéssicleide Lima Barros
Milena Jose
Monica Janelice Tomaz
Rosangela dos Santos Carneiro
Shirley Maria Orsalino
Suiane Oliveira Barreto 
Taiani Marcela de Souza
Victoria da Silva Areco
DIABETES
CARAGUATATUBA - SP
2016
Bruna Prado Ferreira
Cristiane de Souza Guilherme
Daiany Rodrigues Freire
Eduarda Assis Sassaki
Heloisa Dias dos Santos
Ingrid Paulina da Silva Siqueira
Janaina Casotti de Souza
Jéssicleide Lima Barros
Milena Jose
Monica Janelice Tomaz
Rosangela dos Santos Carneiro
Shirley Maria Orsalino
Suiane Oliveira Barreto 
Taiani Marcela de Souza
Victoria da Silva Areco
DIABETES
Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Aspectos nutricionais na assistência de enfermagem, ministrado pelo Professor Dr. Rodrigo Vitasovic Gomes no 1º e 8º semestre do curso de enfermagem do Centro Universitário Módulo.
CARAGUATATUBA – SP
2016
INTRODUÇÃO 
Os primeiros relatos de casos de diabetes tem mais de 2 mil anos. Inicialmente as descrições eram baseadas nos aspectos clínicos mais evidentes, tais como o aumento do volume de urina nos diabéticos descompensados. Em 1674, o médico Thomas Willis, relatou que a urina dos diabéticos era doce. Entre 1830 e 1880, médicos da Inglaterra, Alemanha e França identificaram que o pâncreas de alguns diabéticos era atrófico e que apresentavam alguns cálculos em seus ductos. Em 1889, foi o ano marco da diabetes onde os experimentos de Von Mering e Minkowski, estudando o pâncreas de um cachorro, observaram presença de grande quantidade de glicose na urina, criou-se desta forma um modelo experimental de diabetes. (SBEM, 2016).
Diabetes é uma doença de base genética e hereditária, é uma síndrome do metabolismo que resulta no acúmulo de glicose pelo organismo. A pessoa com diabetes apresenta deficiência na função da insulina, o hormônio responsável por metabolizar a glicose, ou mesmo apresenta falta de insulina no organismo. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina) (GROSS et al, 2002).
Além do fator genético, o diabetes é uma doença totalmente ligada ao estilo de vida adotado. Uma pessoa com alimentação desequilibrada, rica em gorduras, carboidratos, açúcares e produtos industrializados, e pobre em vegetais, legumes e frutas têm mais propensão a desenvolver o diabetes. O sedentarismo, obesidade e tabagismo também são fatores de risco e, juntos, contribuem para o aparecimento da doença (GROSS et al, 2002).
Dentre as complicações do diabetes estão: retinopatia diabética, edema macular diabético, pé diabético, infarto, dentre outros. As formas mais frequentes de diabetes são o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2 e os termos "dependente de insulina" e "não dependente de insulina" anteriormente atribuídos respectivamente aos dois tipos de diabetes foram eliminados (GROSS et al, 2002).
DESENVOLVIMENTO
Conceitos 
Diabetes tipo I
O diabetes tipo 1 é uma doença de disfunção metabólica crônica e autoimune, a glicose não consegui entrar nas células se acumulando no sangue, levando a diabetes tipo 1(GROSS et al, 2002). 
Ainda desconhecida em alguns aspectos, de forma que não há fatores, ou grupo de risco bem definidos para doença, e não tem cura, mas pode ser controlada, o diagnostico tem como base as alterações da glicose plasmática de jejum, ou após uma sobre carga de glicose pela via oral, o próprio indivíduo pode se capaz de identificar a data de início dos sintomas, a diabetes tipo 1, não passa de pessoa para pessoa, a uma propensão genética para se ter a doença e não uma transmissão nela se observam mudanças no metabolismo e várias alterações (GROSS et al, 2002).
É uma doença, que causa também problemas imunológicos como a destruição das células beta do pâncreas, as quais produzem a insulina, fazendo que os anticorpos ataquem as células que produzem esse hormônio. O diabetes tipo 1, pode afetar diversos órgãos do corpo, como coração, fígado, rins, nervos e vasos sanguíneos (GROSS et al, 2002). 
A causa exata da produção desses auto anticorpos pelo corpo ainda é incerta. Estima-se que no início, as causas eram hereditárias (genética), podendo acorrer em qualquer idade, o grupo de maior incidência do diabetes tipo 1 ocorre dos 10 aos 14 anos de idade, havendo uma diminuição até os 35 anos de idade, ou seja, também podendo ser mais comum e ser diagnosticada em crianças, adolescente ou adulto jovem ainda sendo mais comum em filhos de mães obesas (GROSS et al, 2002). 
Vários estudos mostraram que crianças nascidas de mulheres que são obesas (IMC acima de 30) durante o primeiro trimestre da gravidez, tem um aumento no risco de sofrer de diabetes tipo 1, em comparação com crianças nascidas de mulheres com peso normal (IMC 18,5 e 25) (FRAGOSO et al, 2010).
O diabetes é uma doença crônica, que determina mudanças internas nas atividades diárias da pessoa. São vivenciados vários sentimentos, como regressão, perda da autoestima, insegurança, ansiedade, negação da situação apresentada e depressão. De acordo com a estrutura psíquica da pessoa e seus recursos internos, ela lidará, melhor ou pior, com a nova situação de doença (MARCELINO; CARVALHO, 2005; FRAGOSO et al, 2010). 
A família do diabético também enfrenta a ansiedade da perda frente a enfermidade que é dramática e exige cuidados, e por isso deve ser tratado no grupo familiar, com um membro apoiando outro, pois através do apoio emocional os familiares tornam-se significativos no monitoramento e na implementação das intervenções. O emocional também influenciará no controle da doença, uma vez que exige um controle intenso para evitar complicações (MARCELINO; CARVALHO, 2005; FRAGOSO et al, 2010).
Diabetes tipo II
Uma doença metabólica crônica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue, devido distúrbios na secreção da insulina que é responsável por metabolizar a glicose, e para que não ocorra o pico de glicose e a pessoa tenha hiperglicemia e quando não tratada pode ser fatal (FERREIRA; CAMPOS, 2014).
A glicose é a principal fonte de energia do corpo humano, porém em demasia no sangue pode causar Hiperglicemia, que é o excesso de açúcar no sangue, e causa cansaço, visão turva, polidipcia (sede em demasia) e poliúria (aumento no volume urinário). O responsável por controlar a entrada de glicose no sangue é a insulina, porém quem a produz é o pâncreas e quando ele está comprometido resulta na alteração da captação. Muitas vezes esse fenômeno ocorre devido à sobrecarga do Pâncreas e por esse motivo aumenta de tamanho para cumprir o trabalho e acaba prejudicando sua função, pois altera seu funcionamento (FERREIRA; CAMPOS, 2014).
A pessoa com diabetes tipo dois pode até produz a insulina, porém acaba criando resistência a ela, e pode também não produzi-la, então o açúcar acumula no sangue por não conseguir adentrar na célula, ou pode ocorrer do corpo não responder a insulina e não utiliza-la corretamente (FERREIRA; CAMPOS, 2014). 
Diabetes gestacional
A diabetes gestacional é um problema que surge durante a gravidez, onde a mulher fica com uma quantidade maior que o normal de açúcar no sangue, quase sempre se normaliza sozinha depois que o bebê nasce, ao contrário de outros tipos de diabetes (HCC, 2013).
 A diabetes aparece quando o corpo não consegue fabricar a insulina em quantidade suficiente, a insulina controla a quantidade de açúcar disponível no sangue, para ser usado como fonte de energia, e permite que o excesso de açúcar seja armazenado (HCC, 2013).
A diabetes gestacional pode surgir em gestantes com mais de 25 anos, obesas ou quando a gestante tem uma intolerância aosaçúcares. Entretanto, também pode se desenvolver em mulheres mais novas ou com peso normal devido seu nível de açúcar no sangue, também pode subir devido às mudanças hormonais da gravidez.
Dessa forma, é importante manter os cuidados e o acompanhamento médico mesmo após ter o bebê (HCC, 2013).
Fisiopatologia 
Diabetes tipo I
O diabetes mellitus tipo 1, caracteriza-se pela destruição das células beta do pâncreas. É subdividido em dois tipos: o diabetes imunologicamente mediado do tipo 1A e o diabetes idiopático (não imunologicamente relacionado) do tipo1B (PORTH; MATFIN, 2011, pág. 1079 a 1083). 
 Diabetes imunologicamente mediado tipo 1, caracteriza-se pela destruição imunologicamente mediada das células beta. Ocorre mais comumente em indivíduos jovens, mais pode ser observado em qualquer idade. É um distúrbio catabólico, caracterizado pela ausência absoluta de insulina, elevação do nível de glicemia e degradação dos lipídios e das proteínas corporais. A ausência absoluta de insulina em pessoas com diabetes mellitus tipo 1, significa que elas são particularmente propensas ao desenvolvimento de cetoacidose. Uma das ações da insulina consiste na inibição da lipólise (degradação de lipídios) e liberação de ácidos graxos livres (AGL) das células adiposas. Na ausência de insulina, verifica-se o desenvolvimento de Cetose quando esses ácidos graxos são liberados pelas células adiposas caracterizado e convertidos em cetonas no fígado. Devido à perda de resposta da insulina, todos os indivíduos com diabetes tipo 1ª necessitam de reposição com insulina exógena para reverter o estado catabólico, controlar os níveis de glicemia e evitar o desenvolvimento de Cetose (PORTH; MATFIN, 2011, pág. 1079 a 1083).
Diabetes tipo 1B idiopático, descreve o caso de destruição das células beta em que não há evidencia de autoimunidade. É desenvolvida por um pequeno número de indivíduos de origem africana ou asiática, sendo fortemente hereditário. Os indivíduos com o distúrbio apresentam cetoacidose episódica, devido a graus variáveis de deficiência de insulina, com períodos de deficiência absoluta de insulina que podem desaparecer (PORTH; MATFIN, 2011, pág. 1079 a 1083).
Diabetes tipo II
O diabetes tipo 2 é uma doença metabólica complexa caracterizada pela resistência à insulina, comprometimento na síntese de insulina pela célula beta do pâncreas, e produção aumentada de glicose pelo fígado. Os indivíduos podem apresentar níveis altos, normais ou baixos de insulina. A resistência à insulina estimula inicialmente um aumento na secreção de insulina, para um nível de hiperinsulinemia modesta, visto que as células beta procuram manter um nível de glicemia normal. Com o decorrer do tempo, a demanda aumentada de secreção de insulina leva a exaustão e falência das células beta, resultando em níveis pós-prandinais de glicemia elevados e aumento final da produção de glicose pelo fígado (PORTH, 2004, pág. 901 a 906). 
A resistência à insulina considera-se presente quando os efeitos biológicos da insulina, estão abaixo do esperado para a liberação de glicose do músculo esquelético e a supressão da produção de glicose pelo fígado. No estado basal, a resistência hepática a insulina manifesta-se pela produção excessiva de glicose, resultando em níveis pós-prandiais de glicemia. Embora a resistência à insulina observada em pessoas com diabetes tipo 2 possa ser causada por diversos fatores, ela está associada fortemente a obesidade e inatividade física (PORTH, 2004, pág. 901 a 906). 
As causas de disfunção das células, consistem em diminuição inicial da massa de células, relacionada a fatores genéticos ou pré-natais retardo do crescimento intrauterino), aumento da apoptose ou diminuição da regeneração das células beta, exaustão das células beta devido a uma resistência à insulina de longa duração, glicotoxidade ( dessensibilização das células beta induzida por toxicidade da glicose, lipotoxicidade efeitos tóxicos dos lipídios sobre as células beta) e deposito de amiloide ou outras condições que tem o potencial de reduzir a massa de célula beta (PORTH, 2004, pág. 901 a 906). 
 Ocorre frequentemente uma associação a outras condições como aterosclerose, dislipidemia (elevação da concentração de LDL e triglicérides e redução da concentração de HDL), hipertensão arterial e obesidade abdominal (PORTH, 2004, pág. 901 a 906). 
Diabetes mellitus gestacional 
Diabetes melittus gestacional refere-se a qualquer grau de intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia de gravidade variável, com início ou diagnostico durante a gestação. Sua fisiopatologia é explicada pela elevação de hormônios contra-reguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e a fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). O principal hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o hormonio lactogênio placentário, e hoje sabe-se que outros hormônios hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também estão envolvidos (MIRANDA; REIS, 2006).
A gestante portadora de DGM, não tratada apresenta maior risco de rotura prematura de membranas, parto pré-termo, feto com apresentação pélvica e feto macrossomico, a também o risco de pré-eclâmpsia, como macrossomia (grande tamanho corporal), hipoglicemia, hipocalcemia, policitemia e hiperbilirrubinemia (MIRANDA; REIS, 2006).
Sinais e sintomas 
Os principais sintomas do diabetes são:
• excesso de urina: quando há uma elevada concentração de glicose no sangue, o corpo precisa arranjar meios de eliminar este excesso; o caminho mais fácil é pelos rins, através da urina. Como não podemos urinar açúcar puro, o rim precisa dilui-lo com água para poder eliminá-lo. Portanto, quanto maior for a glicemia, mais urina o paciente eliminará (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
• sede excessiva: se o paciente diabético urina em excesso, ele perderá mais água do que era suposto, ficando desidratado. A sede é principal mecanismo de defesa do organismo contra a desidratação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
• cansaço: O cansaço crônico é outro sintoma comum do diabetes e ocorre por dois fatores; pela desidratação e pela incapacidade das células em receber glicose (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
• perda de peso: A perda de peso é um sintoma muito comum no diabetes tipo 1. Pode também ocorrer no diabetes tipo 2 mas não é tão frequente. A insulina também é o hormônio responsável pelo armazenamento de gordura e pela síntese de proteínas no organismo. Como no diabetes tipo 1 há ausência de insulina, o paciente para de armazenar gordura e de produzir músculos. Como no diabetes tipo 2 há insulina circulante, estes efeitos são menos evidentes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
• fome excessiva: Como as células não conseguem glicose para gerar energia, o corpo interpreta este fato como se o paciente estivesse em jejum. O organismo precisa de energia e o único modo que ele conhece para obtê-la é através da alimentação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
• visão embaçada: O excesso de glicose no sangue causa um inchaço do cristalino, a lente do olho, mudando sua forma e flexibilidade, o que torna a visão embaçada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
• dificuldade na cicatrização: a dificuldade em cicatrizar feridas ocorre por uma diminuição da função das células responsáveis pela reparação dos tecidos, diminuição da proliferação celular e dificuldade em se gerar novos vasos sanguíneos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Diagnostico 
Existe muitas formas para se obter o diagnóstico de um paciente diabético ou pré-diabético, os exames mais comuns para se diagnosticar o paciente com diabetes são:
Teste de glicemia plasmática em jejum: onde se mede a dosagem de glicose no sangue num período de oito horas em jejum. O resultado normal da glicemia em jejum é até 99 mg/dl. Os resultados entre 100 e 125 mg/dl, são considerados pré-diabéticos. E para finalizar, os resultados acima de 126 mg/dl são considerados diabetes (GROSS et al, 2002). 
Teste oral de tolerânciaa glicose: onde se mede a dosagem da glicemia em jejum, após a ingestão de uma solução rica em açúcar. A intenção do exame é avaliar o comportamento do organismo durante a digestão da glicose. O resultado normal é abaixo de 140 mg/dl. Resultados entre 140 e 199 mg/dl são considerados pré-diabetes. Indivíduos com resultado acima 200 mg/dl são considerados diabéticos (GROSS et al, 2002).
Se em algum dos exames o resultado do paciente for positivo, o profissional da saúde terá que repetir os exames de teste de glicose no paciente em jejum, para que assim confirme o resultado (GROSS et al, 2002). 
Os outros testes que podem ser utilizados para se obter o diagnóstico são: 
FPG
RANDOM
HbA1c
Os pacientes mais jovens têm uma resistência sobre o seu diagnóstico, pois isso pode acontecer pela a exigência de encarar a vida e a saúde de uma nova forma (GROSS et al, 2002).
Tratamento 
Para conseguir manter a estabilidade e o controle da Diabetes Mellitus é preciso alguns cuidados primordiais. Entre eles a alimentação, a pratica de atividade física e o controle do peso (SILVA; RIBEIRO; CARDOSO, 2008; FERNANDES et al, 2005).
Atividade Física é importante o diabético, pois auxilia no controle de açúcar no corpo, gastando energia, afastando os riscos do aumento de peso e diminuindo os riscos de doenças cardiovasculares. Caso o diabetes esteja descontrolado, o exercício físico ajuda também na liberação de hormônios contra reguladores que fica responsável pelo aumento da glicemia. Recomenda-se exercícios físicos de três a cinco vezes por semana, tendo em vista sempre atividades leves pois a alimentação posteriormente deverá ser controlada. Com o acompanhamento profissional, o diabético deverá medir a sua taxa de glicose para não haver complicações como a hipoglicemia (no caso para pessoas com a glicemia muito baixa) (SILVA; RIBEIRO; CARDOSO, 2008; FERNANDES et al, 2005).
O plano alimentar para o diabético deve ser formado e controlado individualmente de acordo com o seu peso, sua idade e sexo. Deixando o cardápio mais saudável, com variedade de alimento podemos acompanhar a taxa de glicose, o nível de gordura e de carboidrato. A alimentação deverá conter alto teor de fibra, pois retarda o processo da absorção da glicose, deverá reduzir o máximo possível o nível de gordura nos alimentos, pois com eles são reduzidos às doenças cardiovasculares e de pressão arterial. Todos os alimentos que contém açúcar devem ser consumidos de forma extremamente ponderada, assim como os carboidratos que também deverão ter certo cuidado, pois se transformam em açúcares. Todos os diabéticos não possuem uma forma de administrar adequadamente a glicose, (pela ausência ou falha da insulina), com isto, todo o açúcar é depositado no sangue tendo transtornos como a hipoglicemia. Lembrando que todos os alimentos precisam ser consumidos, apenas o que difere é a quantidade de cada um, que deve ser de uma forma moderada (SILVA; RIBEIRO; CARDOSO, 2008; FERNANDES et al, 2005).
O tratamento medicamentoso, dependerá do tipo de diabetes do paciente, a idade e a gravidade de sua doença (DALCEGIO et al, 2009).
Para diabetes tipo 1, normalmente será receitado a insulina, que poderá ser:
Insulina rápida: que terá a função de manter o nível de glicose regulado. Indicado principalmente após as refeições ou posteriormente de ingestão de carboidratos. Exemplo: Actrapid, Humalog, Novorapid e Humulin R (DALCEGIO et al, 2009).
Insulina lenta: Responsável por manter a estabilidade da glicose no sangue diariamente, aplicada duas vezes por dia (dependerá da gravidade da doença). Exemplo: Lantus, Levemir e Insultard (DALCEGIO et al, 2009).
Para a diabetes tipo 2, o endocrinologista receitará remédios hipoglicemiante, na qual controlará sua taxa de glicose. Remédios como Metformina, vildacliptina, acarbose, glipzida, sitagliptina e rositazona poderão fazer parte deste controle diário (DALCEGIO et al, 2009).
É negável qualquer ingestão de medicação sem autorização médica, pois apenas o profissional poderá indicar a quantidade necessária sem que haja nenhum transtorno à saúde (DALCEGIO et al, 2009).
Prevenção 
A principal forma para a prevenção de diabetes é a alimentação e atividades físicas, para que as pessoas possam viver bem e livre desta doença que atinge grande parte da população. A alimentação e a atividade física visam diminuir as complicações e problemas desta doença que pode ser adquirida tanto geneticamente quanto ao longo da vida (SBD, 2009; PENTEADO; GOMES, 2008). 
A alimentação para ser balanceada depende de vários fatores, é preciso que as pessoas fiquem atentas a quantidade e a qualidade daquilo que ela pretende comer, além de prepara os alimentos de forma saudável. Para prevenir a diabetes é preciso moderar o consumo de gordura e açúcar, e também realizar 4 a 6 refeições por dia. É necessário que o paciente tenha um horário e quantidade determinada para comer, por ser uma doença do metabolismo é influenciada pela qualidade e quantidade de nutrientes que entram na circulação sanguínea (SBD, 2009).
A pratica de atividades físicas é muito eficaz na prevenção e controle da mesma, pois visa diminuir a incidência em indivíduos, e também pode diminuir os riscos do desenvolvimento desta doença, independente da história familiar (PENTEADO; GOMES, 2008).
De fato, a prevenção para diabéticos é associada a qualidade de vida, tendo uma boa alimentação e praticando atividades físicas ajuda a manter uma vida saudável (SBD, 2009; PENTEADO; GOMES, 2008).
APLICAÇÃO HOSPITALAR 
J.L.N., 75 anos, branco, do sexo masculino, 1º grau incompleto, aposentado, solteiro, 62 Kg, 1,67 cm de altura. Diagnóstico Médico de Diabetes Mellitus tipo 2. Queixando-se de elevação da Pressão Arterial e de dor na região pódalica esquerda. Descobriu ser portados de Diabetes há aproximadamente 20 anos. Relata que inicialmente os sintomas se manifestaram por emagrecimento intenso, chegando a perder 12 kilos em sua última internação, e poliúria. Paciente relata que sentia uma dor relativamente forte, com intensidade 7, antes de concluir a amputação das falanges à cerca de 8 meses. Apresenta Retinopatia, com perda total da visão esquerda e comprometimento na visão direita, com diminuição dos reflexos à luz e faz uso de óculos. Menciona ter sido sadio até aos 50 anos, no entanto depois do diagnóstico de Diabetes, sofreu um derrame, ocasionando hemiplegia direita. Relata ter sido hospitalizado 04 vezes, em uma das internações realizou a cirurgia da mão direita para “liberação do nervo”, devido a uma neuropatia. Apresenta artrose em mão esquerda, com hipertrofia dos dedos mínimo e anular em forma de garra. Paciente resistente à Assistência de Enfermagem e à terapêutica. Relata que após a amputação dos dedos dos MMII, realizava curativos 2 vezes ao dia, sozinho, seguindo orientações do farmacêutico. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar dos profissionais de saúde desempenhar um papel vital na gestão das doenças crônicas, a responsabilidade pelo tratamento reside, em última instância, no doente e/ou na sua família. No entanto, parece consensual a ideia de que o cumprimento de prescrições não depende exclusivamente da vontade destes últimos.
Podemos verificar que toda a doença crônica em geral ocorre uma falta de adesão ao tratamento, apesar do profissional de saúde desempenhar um papel vital na gestão de doenças crônicas, inclusive a diabetes mellitus.
A adesão do tratamento é variável de pessoa para pessoa, categorizado em características do paciente, características e graus da doença, do tratamento, do relacionamento que tem com o profissional de saúde e a estrutura.
As ações de Enfermagem, não se limitam apenas no cuidado e tratamento da diabetes mellitus, as ações se generalizam para produzir uma qualidade de vida melhor ao paciente, e acompanhando cada um individualmente e em comunidade.
Acreditamos que, quando se estabelecerem melhores relações, profissional de saúde (Enfermeiro) - paciente-família-comunidade,utilizando abordagens inovadoras, superando o tradicionalismo, o crescimento à adesão ao tratamento será observado por todos.
REFERÊNCIAS 
DALCEGIO, M.; et al. Adesão aos antidiabéticos orais: prevalência e fatores associados. Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 38, no . 4, de 2009. Disponível em: <http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/772.pdf> Acessado em 08 de maio de 2016.
FERNANDES, C.A.M.; et al. A importância da associação da dieta e de atividade física na prevenção e controle do diabetes mellitus tipo 2. Maringá, v. 27, n. 2, p. 195-205, 2005. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Nelson_Nardo_Junior/publication/228903990_A_importncia_da_associao_de_dieta_e_de_atividade_fsica_na_preveno_e_controle_do_Diabetes_mellitus_tipo_2/links/02bfe50fc384421f41000000.pdf> Acessado em: 21 de abril de 2016.
 
FERREIRA, V.A.; CAMPOS, S.M.B. Avanços farmacológicos no tratamento de diabetes tipo 2. V.8,n.3,pp.72-78 (Set - Nov 2014). Disponível em: <http://www.mastereditora.com.br/periodico/20141101_221529.pdf> Acessado em: 28 de abril de 2016.
 
FRAGOSO, L.V.C.; et al. Vivencias cotidianas de adolescentes com diabetes mellitus tipo 1. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2010 Jul-Set; 19(3): 443-51. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v19n3/a05v19n3.pdf> Acessado em: 13 de abril de 2016.
GROSS, J.L.; ET AL. Diabetes melito: diagnóstico, classificação e avaliação do controle glicêmico. Arq Bras Endocrinol Metab vol 46 nº 1 Fevereiro 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abem/v46n1/a04v46n1.pdf> Acessado em 23 de abril de 2016.
 HCC. Hospital de Caridade de Carazinho. 2013. Disponível em: <http://www.hcc.org.br/orientacao.php?id=14> Acessado em: 11 de maio de 2016.
MARCELINO, D.B.; CARVALHO, M.D.B. Reflexões sobre diabetes tipo I e sua relação com emocional. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2005, 18(1), pp.72-77. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/prc/v18n1/24819.pdf> Acessado em: 13 de abril de 2016.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diabetes mellitus. Cadernos de Atenção Básica - n.º 16. Brasília – DF 2006. Disponível em: <http://www.prosaude.org/publicacoes/diversos/cad_AB_DIABETES.pdf> acessado em 09 de maio de 2016.
MIRANDA, P.C.A.; REIS, R. Diabetes mellitus gestacional. Rev. Assoc. Med. Bras. 2008; 54(6): 471-86. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ramb/v54n6/v54n6a06.pdf> Acessado em: 05 de maio de 2016.
PENTEADO, F.R.; GOMES, N.M. Atividade física e síndrome metabólica: um estudo de revisão. Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 125 - Octubre de 2008. Disponível em: <<http://www.efdeportes.com/efd125/atividade-fisica-e-sindrome-metabolica-um-estudo-de-revisao.htm> Acesso em 17 de abril de 2016.
PORTH, C.M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. Vol. 2, 8. Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
PORTH, C.M. Fisiopatologia. Vol. 1, 6. Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
SBD. Sociedade Brasileira de Diabetes. Manual de nutrição pessoa com diabetes. 2009. Disponível em: <http://www.diabetes.org.br/pdf/manual-nutricao-publico.pdf> Acesso em 12 de março de 2016.
SBEM. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metodologia. Disponível em: < http://www.endocrino.org.br/historia-do-diabetes/> Acessado em 23 de abril de 2016.
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ANEXO 1 
ANEXO 2

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