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Antonio Candido de Melo e SOUZA Um Socialista

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Antonio Candido de Melo e SOUZA: Um Clima Intelectual 
 
 
Antonio Candido, sociólogo, professor e crítico Literário, têm a sua frente à altura dos 
seus 96 anos de existência humana. 
Entre suas qualidades, sempre fez mais amigos, amizades intelectuais, como também 
fez orientandos, pesquisadores de alto nível e demais ex-alunos, como Walnice 
Nogueira Galvão, Francisco Foot Hardman, João Luis Lafetá, Davi Arrigucci, Antonio 
Arnoni Prado, Roberto Schwarz. 
Entre suas preocupações, estão as relações entretecidas entre “literatura e sociedade”, 
entre as finas camadas culturais do romance do século XVIII e XIX e a sociedade 
brasileira. 
Assim em Formação da Literatura Brasileira, nos seus momentos decisivos do 
Romantismo entre a Poesia e a literatura colonial. 
Entre também os intelectuais, que soube estabelecer um diálogo, entre sociedade, 
cultura e formação da Literatura, estão Caio Prado Jr, José Veríssimo, entre também o 
Historiador Sergio Buarque de Holanda, além de Raízes do Brasil em 1933, e 
posteriores a sua “formação” em 1954 e publicação em 1957. 
Um intelectual da Modernidade entre as “contradições” do sistema capitalista no Brasil, 
entre também sua adesão ao “mau” militante em 1947 no Partido Socialista Brasileiro, 
na sua secção Paulista, com Decio de Almeida Prado, Ruy Galvão Coelho e seu amigo 
inesquecível, o Intelectual da linha de frente: Paulo Emilio Salles Gomes, fundador da 
Cinemateca em S.Paulo e professor de Cinema na Escola de Comunicação e Artes da 
USP. 
Assim, entre suas qualidades, também o Brasil, no tempo de sua “modernização 
conservadora” feita pelo “alto” com a conciliação das elites militares no pós-1964 e 
anos posteriores na repressão policial e militar, fato ocorrido na publicação da revista de 
cultura e Política: Argumento, juntamente com Fernando Henrique Cardoso, e o sempre 
editor da editora Paz e Terra, defensor das “liberdades democráticas”, Fernando 
Gasparian. 
Deste modo, no território Nacional, soube Antonio Candido de Melo e Souza, 
valorizarem a “cultura caipira” nos Parceiros do Rio Bonito, entre Sorocaba, Bofete, a 
formação dos pequenos proprietários e “fim” dos meeiros, parceiros, arrendamentos e 
outras formas da sobrevivência rural, entre caipiras, modas de viola e festas religiosas 
do “catolicismo popular”. Narradas em sua Tese de Doutorado em Sociologia, 
defendida em 1954 e publicado anos depois, pela primeira edição na antiga Livraria e 
Editora Duas Cidades. 
Um tempo do debate intelectual entre Fernando Henrique Cardoso no MDB( 
Movimento Democrático Brasileiro) em 1976 e nos anos seguintes com o também 
amigo marxista Febus Gikovate, que apontava a ida do amigo para o Partido dos 
Trabalhadores, em 1980,juntamente com o marxista radical Fúlvio Abramo, o socialista 
Paulo Freire, o também da Esquerda Democrática Sergio Buarque de Holanda e o 
também “marxista dissidente” Mário Pedrosa. 
Amigos que durante o exílio e a permanência no Brasil, souberam sempre ter em 
Antonio Candido de Melo e Souza, a Honestidade Intelectual, a ética e principalmente o 
compromisso com a Democracia no Brasil entre os anos de “chumbo”, 1968 e 1979, 
quando os “movimentos operários e sindical” no ABC Paulista, ou em São Bernardo do 
Campo e Diadema, liderados por Luis Inácio da Silva, fizeram as greves entre o regime 
da “abertura política” do general Figueiredo. 
Mudanças, que Antonio Candido soube acompanhar em sua trajetória, desde a revista 
Clima em 1941 e seus também inesquecíveis, amigos das artes, cinema, teatro, filosofia 
e estética em Gilda de Melo e Souza, sua esposa. Também com Décio de Almeida 
Prado no teatro, e Lourival Gomes Machado nas artes Plásticas e na crítica de arte. Ou 
ainda no seu amigo, que “radicalizou” os argumentos em Machado de Assis, na 
brilhante, Duas Meninas, assinado pelo também brilhante Roberto Scharwz. 
Amigos, amizades intelectuais, e principalmente o prazer das conversas e na Sala de 
aula, onde ANTONIO CANDIDO DE MELO E SOUZA se definem como Professor, 
ou seja, aquele que professa um saber, uma disciplina e principalmente uma notável 
Memória prodigiosa e uma sabedoria para os seus 95 anos de vida social, educativa e 
Intelectual. 
Antonio Candido de Melo e Souza: um Scholar! 
 
Crônica escrita em HOMENAGEM aos 85 anos do jornal O IMPARCIAL, Araraquara, 
SP, Brasil 
A propositura para a indicação ao TÍTULO de CIDADÃO ARARAQUARENSE, ao 
Professor DR. Antonio Candido de Melo e SOUZA. Foi realizada pelo Vereador 
Domingos Carnesecca Neto em 1992 e Aprovada pela CÂMARA MUNICIPAL de 
Araraquara.

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