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COMUNICAÇÃO E RELATÓRIOS AMBIENTAIS
Questão 1
 A visão de mundo dos gestores deve ser entendida como uma das dimensões da gestão ambiental porque ela interfere diretamente na ação da proposta. Os cornucopianos, por exemplo, limitam-se a cumprir somente o que a legislação determina pois entendem que a Terra tem uma fonte inesgotável de recursos a serem utilizados. Já os malthusianos acreditam que o desenvolvimento ecônomo-técnico-científico acarretará, num futuro próximo, na sucumbência de toda a vida no planeta, devendo ser radicalmente freado e revertido.
Questão 2
GLOBAL REPORTING INITIATIVE (GRI)
Global Reporting Initiative (GRI) é uma organização holandesa pioneira em sustentabilidade, que desenvolveu o relatório de sustentabilidade mais utilizado no mundo. O objetivo da GRI inclui a integração da divulgação do desempenho ambiental, social e de governança das instituições. Relatórios GRI têm sido elaborados desde 1999 e a cada ano mais empresas aderem à utilização do relatório que apresenta o acompanhamento dos indicadores sócio-ambientais e iniciativas e objetivos rumo a uma economia mais igualitária e ambientalmente responsável.
PUBLIC ENVIRONMENTAL REPORTING INITIATIVE (PERI)
DIFERENÇAS:
	Global Reporting Initiative (GRI)
	Fala de todo o perfil da organização, ou seja, o tamanho da organização, países onde opera principais linhas de atividades.
	Dá todas as informações sobre a organização, fala da política ambiental da empresa.
	No geral, fornece informações de todo o histórico da organização.
	
	Public Environmental Reporting Initiative (PERI)
	Possui informações dos transportes, fornecedores produtos e serviços.
	Não fala em quais países a empresa atua nem das principais linhas de atividades.
	Fornecem apenas informações mais diretas como o total de energia utilizada, materiais o uso de embalagens e água o total de água utilizada.
	
Questão 3
Ecomercado é a incorporação de forma integrada dos aspectos sociais, econômicos e ambientais onde suas atividades caracterizam-se como instrumentais necessários para implantação e efetivação do desenvolvimento sustentável, os negócios sustentáveis fazem parte de um novo modelo empresarial, pois produtos e serviços ambientais baseiam suas estratégias na superioridade ambiental para além da mera tecnologia, abrangendo todo o ciclo de vida do produto - da matéria prima à eliminação, o Ministério do Meio Ambiente visa o fomento desses ecomercados.O desenvolvimento do projeto de rotulagem ambiental está em fase de discussão e propõe a participação de diversos órgãos e instituições: MMA, MDIC, MCT, MRE, ABNT, INMETRO, PNUMA, CNI, SEBRAE, UNB, entre outros,tem-se como objetivo a formulação do Programa Brasileiro de Rotulagem Ambiental.
Os critérios do programa Rótulo Ecológico são desenvolvidos com base em consultas à outros membros do GEN e pelo ABNT/CTC-20, comitê técnico que possui representantes dos setores específicos do produto, neutros e dos consumidores e ficam disponíveis para consulta pública antes da sua publicação. A ABNT Certificadora considera de suma importância a participação do ABNT/CTC-20 e do público em geral a fim de garantir a transparência e credibilidade ao processo de certificação do Rótulo Ecológico.
O objetivo da rotulagem ambiental é promover a melhoria da Qualidade Ambiental de produtos e processos mediante a mobilização das forças de mercado pela conscientização de consumidores e produtores. Tornando -se cada vez mais necessário a incorporação da variável ambiental pelas organizações, não mais como um simples diferencial, mas sim, como uma exigência tanto de mercado como de equilíbrio da natureza. Outro fator que está fazendo com que muitas empresas optem pelos programas de rotulagem ambiental é a imagem da empresa, através do marketing verde e dos próprios selos que são vinculados aos produtos. Porém, a organização não deve ficar presa apenas ao marketing, é preciso fomentar uma maior conscientização no consumidor em relação às questões ambientais. No Brasil, os padrões da ISO são adequados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A série ISO sobre rotulagem ambiental apresenta três tipos diferentes de declarações ambientais: Tipo I, II e III. As normas relativas à rotulagem ambiental, segundo a ISO, servem para estabelecer critérios estruturais que sejam válidos tecnicamente no qual os programas
existentes possam ser medidos. As normas e suas respectivas definições (títulos) relacionadas a rotulagem ambiental podem ser vistas no quadro 01 abaixo:
As normas de rotulagem ambiental orientam todas as declarações ambientais ou símbolos apostos nos produtos, incluindo também orientações para os programas de Selo Verde.
Norma ISO 14020: contém princípios básicos, aplicáveis a todos os tipos de rotulagem ambiental, recomenda que, sempre que apropriado, seja levada em consideração a Análise de Ciclo de Vida-ACV.
Norma ISO 14021: Rotulagem Ambiental Tipo II: Trata das auto declarações das organizações que podem descrever apenas um aspecto ambiental do seu produto não obrigando à realização de uma ACV, reduzindo assim, os custos para atender de uma forma rápida às demandas do marketing.
Norma ISO 14024: Rótulo Ambiental Tipo I: Princípios e Procedimentos – recomenda que estes programas sejam desenvolvidos levando-se em consideração a ACV para a definição dos ―critérios‖ de avaliação do produto e seus valores limites.
Relatório Técnico TR/ISO 1402: Rotulagem Ambiental Tipo III: Princípios e procedimentos orientam os programas de rotulagem que pretendem padronizar o Ciclo de Vida e certificar o padrão do Ciclo de Vida, ou seja, garantindo que os valores dos impactos informados são corretos, sem definir valores limites.
A NBR ISO 14020 da ABNT estabelece nove princípios gerais, aplicáveis a todo o tipo de rotulagem ou declaração ambiental cujo objetivo final é assegurar correção técnica, transparência, credibilidade e relevância ambiental. Os princípios são:
Rótulos e declarações ambientais devem ser precisos, verificáveis, relevantes e não enganosos;
Procedimentos e requisitos para rótulos e declarações ambientais não devem ser elaborados, adotados ou aplicados com intenção de, ou efeito de, criar obstáculos desnecessários ao comércio internacional;
Rótulos e declarações ambientais devem basear-se em metodologia científica que seja suficientemente cabal e abrangente para dar suporte às afirmações, e que produza resultados precisos e reproduzíveis;
As informações referentes aos procedimentos, metodologias e quaisquer critérios usados para dar suporte a rótulos e declarações ambientais devem estar disponíveis e ser fornecidas a todas as partes interessadas sempre que solicitadas;
O desenvolvimento de rótulos e declarações ambientais deverá considerar todos os aspectos relevantes do ciclo de vida do produto;
Os rótulos e declarações ambientais não devem inibir inovações que mantenham ou tenham o potencial de melhorar o desempenho ambiental;
Quaisquer requisitos administrativos ou demandas de informações relacionadas a rótulos e declarações ambientais devem ser limitados àqueles necessários para estabelecer a conformidade com os critérios e normas aplicáveis dos rótulos e declarações ambientais;
Convém que o processo de desenvolvimento de rótulos e declarações ambientais inclua uma consulta participatória e aberta às partes interessadas. Convém que sejam feitos esforços razoáveis para chegar a um consenso no decorrer do processo;
As informações sobre aspectos ambientais dos produtos e serviços relevantes a um rótulo ou declaração ambiental devem ser disponibilizadas aos compradores e potenciais compradores junto à parte que faz o rótulo ou declaração ambiental.
O programa brasileiro de rotulagem ecológica está em fase de implantação e tem por coordenação a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Em uma nova sociedade de consumo, onde as pessoas consomem produtos de uma forma mais consciente, produtores e seus produtosestão cada vez mais sendo julgados não apenas pela qualidade, durabilidade, performance, preço e assistência técnica, por critérios éticos, ecológicos e de justiça. Organizações de consumo, no mundo todo, estão cada
vez mais armando os consumidores com a informação necessária para auxiliá-los nesse julgamento. A norma ISO 14024 estabelece quinze princípios e práticas para a rotulagem ecológica, sendo eles:
Voluntariedade - Os programas de rótulos ecológicos deverão ser voluntários na sua natureza e implementação.
Regulamentações - Somente serão considerados produtos que atendam às regulamentações ambientais aplicáveis.
Ciclo de Vida - Como o objetivo é a redução de impactos ambientais e não sua transferência para outro estágio da vida do produto, a avaliação do ciclo de vida do produto deverá ser considerada no estabelecimento de requerimentos para o rótulo.
Seletividade - Os critérios ambientais para o produto, deverão ser estabelecidos de forma a diferenciá-lo de outros em sua categoria, quando as diferenças forem significativas.
Critérios Ambientais do Produto Ciclo de Vida - Os critérios para o rótulo devem ter parâmetros originados da avaliação do ciclo de vida do produto;
Características Funcionais - No desenvolvimento do programa de rotulagem, as características funcionais do produto deverão ser consideradas.
Participação - O processo de seleção de categorias de produtos, de critérios ambientais de produtos e características funcionais de produtos, deverá ser aberto à participação dos diferentes grupos de interesse.
Transparência - Os programas de rotulagem devem poder demonstrar transparência, em todos os estágios de desenvolvimento e operação, incluindo informações que, sem ferirem o disposto no item 15, devem incluir:
categorias de produto;
critérios ambientais e características funcionais;
procedimentos de avaliação da conformidade e concessão;
requerimentos de revisão periódica;
fontes de recursos do programa;
métodos de testes e verificações;
verificação de concordância.
Aspectos Comerciais - Os programas de rotulagem não deverão criar barreiras técnicas ao comercio desnecessárias.
Concordância - Todos os elementos de critérios ambientais e características funcionais do produto devem ser verificados pelo órgão responsável pelo programa de rotulagem, devendo os métodos de verificação recorrer, preferencialmente, a:
- normas ISO e IEC;
-outras normas internacionalmente reconhecidas;
-métodos reproduzíveis que sigam princípios de boa prática laboratorial.
Acesso, Submissão e Participação - Os programas de rotulagem ambiental devem estar abertos a todos os potenciais participantes, devendo todos os requerentes, que atendam os critérios para uma dada categoria de produtos, estar aptos a receber o selo.
Base Científica - Os critérios ambientais do produto, devem ser capazes de demonstrar que o seu cumprimento atinge o objetivo de redução de impacto ambiental.
Conflitos - Os programas de rotulagem devem estar aptos a demonstrar que suas fontes de recursos não criam conflito de interesses.
Custos e Taxas - Devem ser mínimos e relativos a todos os custos do programa, de forma a facilitar o acesso aos solicitantes (empresas fabricantes).
Sigilo - O sigilo de todas as informações recebidas, de solicitantes da rotulagem, deve estar garantido. O objetivo deste programa, segundo Duarte (1997), é passar informação ao consumidor a respeito de produtos que se encontram no mercado e que não agridam tanto o meio ambiente, assim como, incentivarem os produtores a desenvolverem produtos dentro desta linha. O selo qualidade ambiental segue os princípios da ISO 14000 que são os seguintes, segundo a NBR ISSO 14020 (2002):
natureza voluntária;
consideração da legislação;
seletividade;
critérios ambientais do produto: consideração do ciclo de vida e revisão periódica dos critérios;
característica funcional do produto;
consulta aberta e ampla;
avaliação da conformidade;
transparência;
aspectos comerciais internacionais;
acessibilidade;
objetividade, imparcialidade e base científica;
não existência de conflitos de interesse;
custos;
confidencialidade;
reconhecimento mútuo.
O sistema de rotulagem ambiental demonstra ao consumidor vários aspectos que envolvem a questão do produto, sendo assim as empresas devem incluir em suas embalagens rótulos identificando, por exemplo, a reciclagem, tipos de resíduos existentes no produto, etc. A obtenção de selos verdes ou rotulagem ambiental por grandes grupos industriais, representa um problema menor, pois as mesmas já dispõem de ferramentas para controlar seus processos e produtos durante todo seu ciclo de vida, talvez mais em função dos aspectos legais do que mercadológicos. A grande preocupação concentra-se na grande maioria das empresas brasileiras, de médio e pequeno porte, incapazes de superar suas deficiências econômicas, ocasionando que esta venha ser lançadas cada vez mais para a informalidade, onde qualquer tentativa de controle pode se tornar ineficaz. Portanto estas empresas menores podem se qualificar com programas de qualidade que tem custos mais acessíveis, onde pode-se citar o sistema do Método de GAIA (Gerenciamento de aspectos e Impactos Ambientais) proposto por Lerípio (2000), o qual pode ser utilizado juntamente com uma ferramenta conhecida da qualidade proposta e adaptada de Campos (1998) como ―5W 2H‖ a qual analisa os aspectos e impactos ambientais gerados no processo produtivo e propõem soluções de melhorias dependendo do porte e disponibilidade da organização.
RÓTULOS ECOLÓGICOS
França – NF Environnement:
Em França, o programa de rotulagem ambiental nacional voluntário é o Rótulo NF-Environnement (Norme Française Environnement), um programa destinado a certificar produtos com um impacte negativo reduzido sobre o ambiente mas que oferecem um desempenho equivalente. O desenvolvimento do rótulo iniciou-se em 1989. No entanto, devido à oposição inicial por parte da indústria, só ficou totalmente operacionalizado em 1992. O principal corpo administrativo do Rótulo NF- Environnement é a AFNOR (Association Française de Normalisation), a instituição de normalização em França. A fim de lhe ser atribuído o Rótulo NF-Environnement, o produto deve cumprir critérios ecológicos e de adequação ao seu propósito. Estes critérios resultam de negociações entre representantes de produtores, consumidores, associações de protecção ambiental e de distribuidores e autoridades públicas. O uso de
produtos com o símbolo NF Environnement, tal como os que ostentam o Rótulo Ecológico Europeu, contribui para um comportamento ambientalmente responsável do consumidor.
O Rótulo NF pode ser encontrado em diversos produtos: tomadas, mobiliário de cozinha, sacos de lixo, mobília, canos de chaminé, equipamento de aquecimento, válvulas, equipamento sanitário, escovas de dentes, mobiliário de casa de banho, azulejos para o chão, tintas, aspiradores, grelhadores, sinais de trânsito, equipamento para escolas, desporto ou lazer, detectores de incêndios, serviços de recepção de campos de golfe ou de postos de turismo, equipamento médico, serviços de transporte de passageiros e mesmo casas.
Em Junho de 1992, a AFNOR suspendeu trabalhos no Rótulo NF- Environnement em função de uma reavaliação pendente da sua metodologia. O Rótulo NF-Environnement originalmente planeava usar uma matriz multi-critério semelhante à do Blue Angel e do Rótulo Ecológico da EU. Os produtos eram avaliados através de uma avaliação do ciclo de vida (ACV) sistemática, de uma perspectiva do ―berço à cova‖ (i.e., quantidades e tipos de matérias-primas usadas, produção, transporte, efeitos do consumo e deposição), para avaliar os seus impactes ambientais totais em cada uma destas fases. No entanto, dado o consumo de tempo e os custos associados à ACV, a AFNOR optou por uma abordagem modificada de ACV, denominada ―Novo Procedimento Simplificado‖ para desenvolver critérios e avaliar produtos para receber o rótulo (Boeglin, 1997).
Estenovo procedimento utiliza uma avaliação do ciclo de vida semi-qualitativa do produto, e identifica as ―fases-chave‖ do ciclo de vida do produto com impactes ambientais mais significativos. O processo é iterativo, com base em dados qualitativos e quantitativos e foi adoptado de forma a tornar o Rótulo NF-Environnement menos dispendioso e mais acessível a pequenas e médias empresas.
O Rótulo NF-Environnement pretende coordenar os seus esforços com outros programas europeus, ―tanto através do seu processo de harmonização de normas como pela sua participação em acordos europeus de reconhecimento recíproco‖ (Normas Gerais, 1992). Como resultado desta coordenação de esforços, os critérios de produto para tintas e vernizes foram aprovados a 3 de Junho de 1992, com base num estudo originalmente orientado para o Rótulo Ecológico da UE. O Rótulo NF-Environnement não é actualmente membro da Global Ecolabelling Network (GEN) por motivos financeiros e de logística. No entanto, a AFNOR ponderá tornar-se membro
brevemente, para beneficiar das trocas de informação através da GEN. A AFNOR participa regularmente em encontros e intercâmbios com outros programas de rotulagem ambiental sobre comércio, desenvolvimento de normas e implementação de programas.
Rótulo NF Environnement.
Rótulo ambiental Holandês – Milieukeur
É gerido por uma organização independente, na qual participam consumidores, fabricantes, retalhistas, técnicos do governo e do ambiente. Os produtos aos quais é atribuído o Milieukeur são menos prejudiciais para o ambiente, em comparação com a maioria dos produtos similares. O Milieukeur pode ser encontrado em muitos produtos, por exemplo mobiliário de jardim, papel higiénico, tintas. Também morangos, maçãs, vegetais fatiados, cebolas, batatas, porco e muitos outros produtos.
Rótulo ambiental holandês
Rótulo ambiental da República Eslovaca
Estabelecido sob o programa de rotulagem ambiental do Programa Nacional de Avaliação Ambiental e Rotulagem (NPEHOV), em 1996. A entidade competente é o Ministério do Ambiente e a Agência Ambiental Eslovaca é responsável pelo apoio técnico. O programa começou a receber candidaturas para obtenção do rótulo em Abril de 1997. Até agora foram estabelecidos 16 grupos de produtos, estando mais grupos em desenvolvimento. Atualmente, o rótulo ambiental da República Eslovaca foi atribuído a 18 produtos.
Rótulo ambiental da República Eslovaca Rótulo ambiental da RGMAT
Este selo foi desenvolvido pela Fundação Vanzolini e lançado em 2012 com o objetivo de avaliar o desempenho ambiental de materiais, especialmente para a construção civil. Para a obtenção dessa certificação, são considerados critérios técnicos e ambientais e exige-se a elaboração de uma declaração ambiental de produto (DAP / EPD). Essas declarações são baseadas na ACV desses materiais e avaliam diversas formas de impacto ambiental gerado por esses produtos, tais como: consumo de recursos naturais, emissão de gases e substâncias tóxicas, entre outros.
Cada DAP está associada a uma regra de categoria de produto (RCP), que regulamentam quais impactos devem ser avaliados em cada tipo de material. Este é um dos primeiros selos ambientais em execução no Brasil que exige ACV e, por isso, fornece um diagnóstico ambiental mais completo do produto, pois avalia diferentes
formas de impacto ambiental e considera várias etapas ao longo do ciclo de vida do produto.
Rótulo ambiental RGMAT
Após a analise dos dados pode-se constatar que os consumidores consideram que o rótulo do produto influencia no momento da compra, a rotulagem ambiental assume papel importante junto ao consumidor e no ato de se efetivar uma compra, pois os consumidores creditam no selo como algo que contribui para agregar informações verdadeiras e confiáveis, que além de ser um selo de garantia da preservação da natureza, comprova também a qualidade do produto é fundamental para a implantação e aprimoramento de estratégias efetivas que proporcionem diagnosticar as falhas para o aperfeiçoamento das técnicas de cultivo e de comercialização. Os consumidores adquirem os produtos preocupados com a saúde familiar, demonstrando preocupação com a conservação do meio ambiente. Tendo em vista essas preocupações eles são contrários à produção, comercialização e consumo, enfatiza-se também a necessidade de divulgação dos benefícios que o consumo dos produtos proporciona à saúde pessoal, da família e para o desenvolvimento sustentável.
Os consumidores valorizam a presença do rótulo ambiental nos produtos orgânicos, apesar da maioria não saber fazer a diferença entre um selo verde e uma rotulagem ambiental, porém mesmo assim, faz diferença para eles na hora de efetivar uma compra o produto apresentar um rótulo que comprove a qualidade do produto, preservação ambiental, além de contribuir para agregar informações verdadeiras e confiáveis aos consumidores.
Questão 4
A embalagem é uma importante ferramenta de comunicação, por meio dos Símbolos de Reciclagem, o consumidor poderá identificar de maneira rápida e fácil que a embalagem é reciclável e que deve ser descartada seletivamente visando facilitar o seu encaminhamento para a indústria recicladora.
A seleção de materiais para reciclagem segue um sistema de cores estabelecidas em depósitos que pode variar em diferentes países, no Brasil, para facilitar a separação dos resíduos, as cores dos depósitos para reciclagem foram definidas da seguinte forma:
-azul: papel/papelão
-vermelho: plástico
-verde: vidro
-amarelo: metal
-preto: madeira
-laranja: resíduos perigosos
-branco: resíduos dos serviços de saúde
-roxo: resíduos radioativos
-marrom: resíduos orgânicos
-cinza: resíduo geral não reciclável
Símbolos de Reciclagem
Símbolos de Reciclagem Fonte: Associação Brasileira de Embalagens
(ABRE)
Questão 5
O Instituto Agronelli de Desenvolvimento Social – IADES é uma associação de utilidade pública, sem fins econômicos, constituída legalmente no ano 2000 pela iniciativa do cidadão Marco Túlio Paolinelli. O IADES surgiu com o objetivo de ser uma instituição ativa no exercício da responsabilidade social participando das políticas públicas no município de Uberaba e região.
Os programas e projetos do Instituto estão alinhados com as políticas públicas e as legislações brasileiras como o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, a Lei de Diretrizes Básicas da Educação – LDB, a Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS e a Declaração dos Direitos Humanos.
As ações são desenvolvidas em parceria com instituições públicas, privadas e do terceiro setor e, desde a constituição do IADES, várias transformações ocorreram, em grande parte, devido à adesão de novos associados, voluntários e colaboradores que somando seus saberes, sonhos e experiências, contribuíram para o aprimoramento das ações desenvolvidas pela instituição. Entre elas estão quatro tecnologias sociais
disponíveis para serem reaplicadas na comunidade. São os projetos: Criança Recicla Vida, Cultura e História do Meu Bairro, Biblioteca Itinerante Alternativa e Aprender a Transformar. O Instituto mantém ainda projetos de pesquisa na área ambiental, além de programação de cursos, palestras e seminários. Atua diretamente em conselhos e pratica a mobilização social. Incentiva ainda, o voluntariado e abre oportunidade para estágio em diversas áreas nos projetos e ações que desenvolve.
Coroando os seus 15 anos de fundação o IADES lança nova frente de trabalho em assessoria e consultoria, visando o apoio à profissionalização dos atores e das instituições das áreas sociais, ambientais e afins para uma atuação ativa, cidadã e responsável na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
Missão
Promover ações que contribuam para a formação de jovens cidadãos, ativos e comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e participativa.
Visão
Ter uma comunidade ativa na transformação de sua realidade.
Valores
Respeitoao Meio Ambiente, Valorização da Educação e Cultura, Valorização e respeito á Diversidade Ética e Transparência.
A importância da Responsabilidade Socioambiental vem mudando o comportamento das empresas, que tem interesse pelo tema e não se limita a ações filantrópicas praticadas pela empresa, desenvolve programas que alinham esses aspectos beneficiando seus públicos interno e externo, as ações praticadas pelas empresas, devem estar em consonância com o desenvolvimento da sociedade e do meio ambiente.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
Questão 1
Questão 2
O EIA é responsável por dizer a respeito da coleta de material, analise, bibliografia (textos), bem como estudo das prováveis consequências ambientais que podem ser causados pela obra, este estudo tem por finalidade analisar os impactos causados pela obra, propondo condições para sua implantação e qual o procedimento que deverá ser adotado para sua construção.
O RIMA é um relatório conclusivo que traduz os termos técnicos para esclarecimento, analisando o Impacto Ambiental. Este relatório é responsável pelos levantamentos e conclusões, devendo o órgão público licenciador analisar o relatório observando as condições de empreendimento. Recebido o RIMA o mesmo será publicado em edital, anunciado pela imprensa local abrindo o prazo de 45 dias para solicitação de audiência pública que poderá ser requerida por 50 ou mais cidadãos ou pelo Ministério Público, onde após a realização de quantas audiências forem necessárias é elaborado o parecer final, podendo ser autorizado um licenciamento prévio para realização da obra ou o indeferimento do projeto.
RESUMO BASICO DO RIMA
Diagnóstico ambiental da área de influência
Deverão ser apresentadas descrição e análise dos fatores ambientais e suas interações, caracterizando a situação ambiental da área de influência, antes da implantação do empreendimento. Esses fatores englobam:
as variáveis suscetíveis de sofrer, direta ou indiretamente, efeitos significativos das ações executadas nas fases de planejamento, de implantação, de operação e, quando for o caso, de desativação do empreendimento;
as informações cartográficas com a área de influência devidamente caracterizada, em escalas compatíveis com o nível de detalhamento dos fatores ambientais estudados.
Qualidade ambiental
Em um quadro sintético, expor as interações dos fatores ambientais físicos, biológicos e sócioeconômicos, indicando os métodos adotados para sua análise com o objetivo de descrever as interrelações entre os componentes bióticos, abióticos e antrópicos do sistema a ser afetado pelo empreendimento, deverão ser identificadas as tendências evolutivas daqueles fatores importantes para caracterizar a interferência do empreendimento.Fatores ambientais
Meio Fisico
Os aspectos a serem abordados serão aqueles necessários para a caracterização do meio físico, de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as características da região. Serão incluídos aqueles cuja consideração ou detalhamento possam ser necessários. Por exemplo:
clima e condições meteorológicas da área potencialmente atingida pelo empreendimento;
qualidade do ar na região;
níveis de ruído na região;
formação geológica da área potencialmente atingida pelo empreendimento;
formação geomorfológica da área potencialmente atingida pelo empreendimento;
solos da região na área em que os mesmos serão potencialmente atingidos pelo empreendimento;
recursos hídricos, sendo abordados: hidrologia superficial, hidrogeologia, oceanografia física, qualidade das águas e usos da água.
MEIO BIOLÓGICO
Os aspectos abordados serão aqueles que caracterizam o meio biológico, de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as características da região. Serão incluídos aqueles cuja consideração ou detalhamento possam ser necessários:
os ecossistemas terrestres existentes na área de influência do empreendimento;
os ecossistemas aquáticos existentes na área de influência do empreendimento;
os ecossistemas de transição existentes na área de influência do empreendimento.
MEIO ANTRÓPICO
Serão abordados os aspectos necessários para caracterizar o meio antrópico, de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as características da região. Esta caracterização deve ser feita através das informações listadas a seguir, considerando-se basicamente duas linhas de abordagem:
Uma que considera aquelas populações existentes na área atingida diretamente pelo empreendimento; outra que apresenta as inter-relações próprias do meio antrópico regional, passíveis de alterações significativas por efeitos indiretos do empreendimento. Quando procedentes, as variáveis enfocadas no meio antrópico deverão ser apresentadas em séries históricas significativas e representativas, visando a avaliação de sua evolução temporal. Entre os aspectos cuja consideração e detalhamento possam ser necessários incluem-se:
dinâmica populacional na área de influência do empreendimento;
uso e ocupação do solo com informações, em mapa, na área de inf1uência do empreendimento;
o nível de vida na área de influência do empreendimento;
estrutura produtiva e de serviços;
organização social na área de inlfuência.
Análise dos impactos ambientais
Este item destina-se à apresentação da análise (identificação, valoração e interpretação) dos prováveis impactos ambientais ocorridos nas fases de planejamento, implantação, operação e, se for o caso, de desativação do empreendimento, sobre os meios físico, biológico e antrópico, devendo ser determinados e justificados os horizontes de tempo considerados.
Os impactos serão avaliados segundo os critérios descritos no item ―Diagnóstico ambiental da área de influência‖, podendo, para efeito de análise, serem considerados como:
impactos diretos e indiretos;
impactos benéficos e adversos;
impactos temporários, permanentes e cíclicos;
impactos imediatos e a médio e longo prazos;
impactos reversíveis e irreversíveis;
impactos locais, regionais e estratégicos.
A análise dos impactos ambientais inclui, necessariamente, identificação, previsão de magnitude e interpretação da importância de cada um deles, permitindo uma apreciação abrangente das repercussões do empreendimento sobre o meio ambiente, entendido na sua forma mais ampla.
O resultado dessa analise constituirá um prognóstico da qualidade ambiental da área de influência do empreendimento, útil não só para os casos de adoção do projeto e suas alternativas, como também na hipótese de sua não implementação. A análise, que constitui este item, deve ser apresentada em duas formas:
uma síntese conclusiva dos impactos relevantes de cada fase prevista para o empreendimento
planejamento, implantação, operação e desativação em caso de acidentes acompanhada da análise (identificação, previsão de magnitude e interpretação) de suas interações;
uma descrição detalhada dos impactos sobre cada fator ambiental relevante considerado no diagnóstico ambiental, a saber: sobre o meio físico; sobre o meio biológico; sobre o meio antrópico.
É preciso mencionar os métodos usados para a identificação dos impactos, as técnicas utilizadas para a revisão da magnitude e os critérios adotados para a interpretação e análise de suas interações.
Proposição de medidas mitigadoras
Neste item deverão ser explicitadas as medidas que visam minimizar os impactos adversos identificados e qualificados no item anterior, os quais deverão ser apresentados e classificados quanto:
à sua natureza preventiva ou corretiva, avaliando, inclusive, a eficiência dos equipamentos de controle de poluição em relação aos critérios de qualidade ambiental e aos padrões de disposição de efluentes líquidos, emissões atmosféricas e resíduos sólidos;
á fase do empreendimento em que deverão ser adotadas: planejamento, implantação, operação e desativação, e para o caso de acidentes;
ao fator ambiental que se destinam: físico, biológico ou sócio-econômico;
ao prazo de permanência de aplicações: curto, médio ou longo;
à responsabilidade pelaimplementação: empreendedor, poder público ou
outros;
— ao seu custo.
Deverão também ser mencionados os impactos adversos que não podem ser
evitados ou mitigados.
Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos ambientais
Neste item deverão ser apresentados os programas de acompanhamento da evolução dos impactos ambientais positivos e negativos causados pelo empreendimento, considerando-se as fases de planejamento, de implantação, operação e desativação e, quando for o caso, de acidentes. Conforme o caso, poderão ser incluídas:
indicação e justificativa dos parâmetros selecionados para a avaliação dos impactos sobre cada um dos fatores ambientais considerados;
indicação e justificativa da rede de amostragem, incluindo seu dimensionamento e distribuição espacial;
indicação e justificativa dos métodos de coleta e análise de amostras;
indicação e justificativa de periodicidade de amostragem para cada parâmetro, segundo os diversos fatores ambientais;
indicação e justificativa dos métodos a serem empregados no processamento das informações levantadas, visando retratar o quadro da evolução dos impactos ambientais causados pelo empreendimento.
Detalhamento dos fatores ambientais
Os fatores ambientais abaixo detalhados constituem itens considerados no
―Roteiro básico para elaboração do EIA‖. O grau de detalhamento desses itens em cada EIA dependerá da natureza do empreendimento, da relevância dos fatores face à sua localização e dos critérios adotados pela equipe responsável pela elaboração do estudo.
MEIO FÍSICO
Clima e condições meteorológicas
A caracterização do clima e das condições meteorológicas da área potencialmente atingida pelo empreendimento inclui:
perfil do vento, temperatura e umidade do ar na camada-limite planetária;
componentes de balanço de radiação à superfície do solo;
componentes de balanço hídrico do solo;
nebulosidade;
as condições meteorológicas de larga escala e mesoescala, favoráveis à formação de concentrações extremas de poluentes, danosas à saúde humana, à fauna, à flora e à qualidade da água e do solo;
avaliação da frequência de ocorrência de condições meteorológicas de larga escala, favoráveis à formação de fortes concentrações de poluentes, incluindo a frequência de ocorrência e intensidade de anticiclones subtropicais semipermanentes e transientes;
parâmetros meteorológicos necessários á configuração do regime de chuvas
como:
Precipitação total média: mensal, semanal e anual;
Frequência de ocorrência de valores mensais e semanais máximos e mínimos;
Coeficiente de variação anual da precipitação;
Números médio, máximo e mínimo de dias com chuva no mês;
Delimitação de período seco e chuvoso;
Relação intensidade, duração e frequência da precipitação para períodos de
horas e dias.
Parâmetros meteorológicos necessários para avaliação da razão de transferência média mensal e semanal de água para a atmosfera (evaporação e evapotranspiração) e dos demais componentes do balanço hídrico do solo (escoamento superficial e infiltração).
Qualidade do ar
A caracterização da qualidade do ar na região inclui:
concentrações de referência de poluentes atmosféricos;
composição físico-química das águas pluviais.
Caso seja necessária a implantação de rede de medição de poluentes atmosféricos em complementação às existentes, deverão ser justificados os critérios utilizados na especificação dos parâmetros. Em qualquer caso, deverão ser indicados os métodos de medição utilizados.
Ruído
A caracterização dos níveis de ruído na região inclui:
índices de ruído;
mapeamento dos pontos de medição.
Geologia
A	caracterização	geológica	da	área	potencialmente	atingida	pelo empreendimento inclui:
esboço estrutural, contendo representação de acabamentos, foliação e fraturamentos;
esboço litológico, contendo síntese crono-estratigráfica, com indicação das características físico-químicas e mineralógicas das rochas;
avaliação das condições geotécnicas, através do uso de parâmetros de mecânica das rochas e dos solos.
Geomorfologia
A caracterização geomorfológica geral inclui:
compartimentação topográfica geral das áreas de estudo (planalto, depressão, planície);
posição da área dentro do vale ou bacia hidrográfica (alto, médio, baixo, vale ou cabeceiras, margens; etc.);
tipo de forma de relevo dominante (cristas, colinas, planície fluvial, etc.);
presença eventual de grandes massas de relevo ou pontos muito elevados nas imediações (cristas, serras, picos, morros isolados, etc.);
posição da área em relação aos principais acidentes de relevo (topo, encosta, sopé etc.);
classificação das formas de relevo quanto á sua origem (formas cársticas, fluviais, de ampliamento litorâneas, etc.);
dinâmicas do relevo (presença de erosão ou propensão acelerada a assoreamento, áreas sujeitas a inundações, áreas sujeitas à erosão eólica, etc.).
Solos
A caracterização dos solos potencialmente atingidos pelo empreendimento
inclui:
dimensão de classes de solos a nível taxionômico de série, caracterizadas
morfológica e analiticamente;
distribuição espacial individual ou por associações;
descrição de sua aptidão agrícola.
Recursos hídricos
A caracterização dos recursos hídricos, considerando as bacias ou sub-bacias hidrográficas existentes na área potencialmente atingida pelo empreendimento, inclui os itens abaixo.
Hidrologia superficial
Descrição dos parâmetros hidrológicos calculados através de séries históricas de dados; caso estes não existam, poderão ser apresentadas observações fluviométricas e sedimentométricas relativas a um período mínimo de um ciclo hidrológico completo. Sua completa caracterização inclui:
rede hidrográfica, identificando a localização do empreendimento, as características físicas da bacia hidrográfica e as estruturas hidráulicas existentes;
balanço hídrico das áreas de estudo;
parâmetros hidrológicos pertinentes;
produção de sedimentos na bacia e seu transporte nas calhas fluviais.
Hidrogeologia
Descrição dos aqüíferos em dois níveis de abrangência: uma descrição sumária e um levantamento detalhado dos aqüíferos granulares (livres ou confinados) e dos fraturados ou cársticos. Este levantamento poderá conter:
localização, natureza, geometria, litologia, estrutura e outros aspectos geológicos do aqüífero;
alimentação (inclusive recarga artificial), fluxo e descarga (natural e artificial);
profundidade dos níveis das águas subterrâneas;
relação com águas superficiais e outros aqüíferos;
composição físico-química das águas subterrâneas;
condições de exploração, considerando localização e tipos de captação utilizados, quantidades exploradas e regimes e bombeamento em cada captação.
Oceanografia física
Descrição das propriedades físicas das águas (como temperatura, salinidade, correntes marinhas e marés) e configuração de fundo e da linha costeira da área de estudo.
Qualidade das águas
Descrição da qualidade das águas bem como dos métodos utilizados para a determinação da Composição físico-química e bacteriológica dos recursos hidrícos interiores, superficiais e subterrâneos, estuarinos e marinhos.
Usos da água
Caracterização dos principais usos das águas na área potencialmente atingida pelo empreendimento,
com a listagem das utilizações levantadas, suas demandas atuais e futuras, em termos qualitativos e quantitativos, bem como análise das disponibilidades e exportações, quando ocorrerem. Deverão ser identificados:
abastecimento doméstico e industrial;
diluição dos despejos domésticos e industriais;
geração de energia;
irrigação;
pesca;
recreação;
preservação da fauna e da flora;
navegação.
MEIO BIOLÓGICO
Ecossistemas terrestres
A caracterização e a análise dos ecossistemas terrestres incluem:
descrição da cobertura vegetal: mapeamento da área inscrita no raio de estudos, identificando os diferentes extratos vegetais; mapeamento da densidade da
vegetação; identificação das espécies raras ameaçadas de extinção, daquelas de interesse econômicoe científico com o mapeamento de sua área de ocorrência; identificação de indicadores vegetais para qualidade do ar, umidade e perturbação do solo;
descrição geral das inter-relações fauna-fauna e fauna-flora na área atingida diretamente, com os seguintes elementos relativos à fauna: mapeamento da área identificando as espécies animais presentes, distinguindo seus territórios e sua diversidade específica; mapeamento da localização das fontes de alimentação e dessedentarão, dos abrigos e áreas territoriais das espécies, dos sítios de reprodução e desenvolvimento de crias, dos materiais necessários para a construção de ninhos das espécies raras, daquelas ameaçadas de extinção, das que possuem valor econômico, e dos vetores e reservatórios de doença.
Ecossisitemas aqüáticos
A caracterização e a análise dos ecossistemas aquáticos da área de influência do empreendimento incluem os procedimentos a seguir descritos.
_ Na área de incidência direta dos impactos:
mapeamento dos componentes básicos das populações aquáticas (algas, plantas vasculares)
(zooplâncton. bentons e nécton), segundo a classificação em sistemas marinhos, regiões estuarinas, sistemas aqüidulcícolas, ambientes lóticos e ambientes lênicos; poderão ser apresentadas, igualmente, as densidades populacionais das diferentes espécies identificadas, bem como sua área de ocorrência por biótipo; apresentar, em quadros separados, os índices de diversidade especifica;
identificação do estado trófico dos corpos de água estudados, apresentando os elos críticos de suas cadeias tróficas;
identificação de espécies animais e vegetais raras, ameaçadas de extinção, de vetores e reservatórios de doenças, e mapeamento de sua ocorrência;
identificação das espécies animais e vegetais que possam servir como indicadores biológicos das alterações ambientais em cada tipo de ecossistema aquático;
identificação de incidência direta dos impactos dos componentes dos bentons dos néctons que apresentem interesse econômico, e mapeamento de seus abrigos, áreas territoriais das espécies e de seus sítios de reprodução e desenvolvimento das crias.
_ Na área de influência
mapeamento dos diferentes ecossistemas aquáticos, apresentando as espécies animais e vegetais e distinguindo seus territórios e áreas de ocorrência;
inventário de espécies animais e vegetais por ecossistema e estudo da sua diversidade específica.
Ecossistemas de transição
Os ecossistemas de transição da área de influência do empreendimento deverão ser analisados segundo critérios indicados para os ecossistemas aquáticos e terrestres, com ênfase em seu papel regulador. Essa caracterização deverá representar ecossistemas como banhados, manguezais, brejos, pântanos, etc.
MEIO ANTRÓPICO
Dinâmica populacional
A caracterização da dinâmica populacional da área de influência do empreendimento pode incluir:
distribuição da população, apresentando mapa que localize as aglomerações urbanas e rurais,
Caracterizando-as de acordo com o número de habitantes; as redes hidrográficas e viárias devem ser também identificadas;
distribuição da população, apresentando mapa indicativo sobre a densidade populacional nas áreas de estudo, além das seguintes informações: população total, urbana e rural, por faixa etária e sexo; taxa média de crescimento demográfico e vegetativo da população total, urbana e rural no último decênio; grau de urbanização em período significativo;
deslocamentos populacionais diários, semanais e sazonais, nas áreas de estudo, resultantes de atividades como recreação, trabalho, educação, etc;
fluxos migratórios identificando sua intensidade, origem, causas, condição de trabalho e de acesso, etc.
Uso e ocupação do solo
A caracterização do uso e ocupação do espaço inclui:
mapeamento das áreas rurais, urbanas e de expansão urbana;
mapeamento das áreas de valor histórico, cultural, paisagístico e ecológico;
identificação dos usos urbanos: residenciais, comerciais, de serviços, industriais, institucionais e públicos, inclusive as disposições legais do zoneamento;
identificação da infra-estrutura de serviços, incluindo sistema viário principal, portos, aeroportos, terminais de passageiros e carga, rede de abastecimento de água e de saneamento ambiental etc.;
identificação dos principais usos rurais; das culturas temporárias e permanentes, pastagens naturais ou plantadas, etc;
descrição da estrutura fundiária, indicada segundo o modelo rural mínimo local; as áreas de colonização ou ocupadas sem titulação de propriedade;
— mapeamento de vegetação nativa e exótica. Nível de vida
A caracterização do nível de vida na área de influência inclui:
estrutura ocupacional: população economicamente ativa
total, urbana e rural, e por sexo; população ocupada por setor econômico; distribuição da renda e da sua evolução; índices de desemprego e sua evolução e de relações de trabalho por setor econômico;
educação: demanda e oferta nos 1º e 2º graus de ensino urbano e rural, índice de evasão,
Repetência e aprovação nos 1º e 2º graus de ensino urbano e rural; caracterização de rede de ensino.
Público e particular (recursos físicos e humanos); índice de alfabetização por faixa etária; cursos profissionalizantes existentes e supletivos; programas de educação informal, de alfabetização, de alimentação escolar e de educação formal nos níveis governamental e privado;
saúde: coeficiente de mortalidade geral e infantil, de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias (redutíveis por saneamento básico, por imunização, por programas especiais) e de mortalidade por causa não diagnosticada (sem assistência médica); quadro nosológico prevalente, incluindo doenças endêmicas e venéreas; caracterização da estrutura institucional: programas de saúde nos níveis governamental e privado, da susceptibilidade do meio ambiente físico, biológico e socioeconômico à instalação e/ou expansão de doenças como esquistossomose, doença de Chagas, malária, febre amarela, leishmaniose e parasitoses em geral; caracterização da medicina informal.
alimentação: estado nutricional da população - hábitos alimentares; sistema de abastecimento de gêneros alimentícios; produção local, natural e cultivada; produção de outras localidades ou estados; programas de alimentação nos níveis governamental e privado;
lazer, turismo e culturais: manifestações culturais relacionadas com o meio ambiente natural e sócio-religioso (danças, músicas, festas, tradições e o calendário);
descrição dos monumentos de valor cultural, cênico, histórico e natural; principais atividades de lazer da população; áreas de lazer mais utilizadas; equipamentos de lazer urbanos e rurais; centros sociais urbanos; importância do turismo como fonte de renda da região; jornais locais e regionais, de circulação diária, semanal, quinzenal e mensal; rádio e televisão locais e regionais;
segurança social, quadro de criminalidade e sua evolução: infra-estrutura policial e judiciária; corpo de bombeiros; estrutura de proteção ao menor e ao idoso; sistema de defesa civil;
assentamento humano: as condições habitacionais nas cidades, povoados e zona rural, observando 25 variações culturais e tecnológicas na configuração das habitações e assentamentos, relacionando-as com a vulnerabilidade e vetores e doenças de modo geral; abastecimento de água e energia; rede de esgoto e coleta de lixo; serviços de transporte; valor do aluguel e venda dos imóveis e sua evolução.
Estrutura produtiva e de serviços
A caracterização da estrutura produtiva e de serviços inclui:
fatores de produção;
modificação em relação à composição da produção local;
emprego e nível tecnológico por setor;
relações de troca entre a economia local e a microrregional, regional e nacional, incluindo a destinação da produção local e importância relativa.
Organização social
A caracterização da organização da área de influência inclui:
forças e tensões sociais;
grupos e movimentos comunitários;
lideranças comunitárias;
forças políticas e sindicais atuantes;
associações.
Questão 3
O instrumentoutilizado até o presente momento para suprir essa dificuldade no âmbito dos projetos tem sido a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), baseada nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) que é responsável por dizer a respeito da coleta de material, analise, bibliografia (textos), bem como estudo das prováveis consequências ambientais que podem ser causados pela obra, este estudo tem por finalidade analisar os
impactos causados pela obra, propondo condições para sua implantação e qual o procedimento que deverá ser adotado para sua construção.
A Resolução CONAMA nos 237, de 19 de dezembro de 1997, define Estudos Ambientais como ―todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degrada e análise preliminar de risco‖.
O aspecto técnico que a AIA se limita está relacionado aos estudos ambientais de um determinado empreendimento, em determinada área/região (análise locacional), que estabelecem propostas e medidas objetivas para a implantação do mesmo.
Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) constitui uma modalidade que pode corrigir eventuais limitações da Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) e corresponde aos estudos ambientais efetuados no âmbito de elaboração das Políticas, Planos e Programas públicos setoriais (PPPs). Tais estudos abrangem os impactos das PPPs sobre as dimensões ecológica, econômica, social e cultural do ambiente. A instituição de AAE visa proporcionar a AIA de PPPs previamente à sua implantação e a proposição de medidas mitigadoras e compensatórias. As limitações que decorrem é principalmente sua inerente
complexidade da própria falta de consolidação do conceito e da dificuldade de estimar a magnitude dos impactos, principalmente sobre os serviços de regulação.

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