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O Positivismo Jurídico. De manifestação revelada e inviolável, a lei transformou-se em instrumento essencial de poder, a sua índole e natureza. A lei escrita transmudou-se de instrumento de construção da nova ordem em instrumento de sua conservação, sendo movimento em oposição ao jusnaturalismo que baseava o direito no divino ou natural. 1 O Positivismo A legalidade, a ordem escrita, se sobrepôs a todos os padrões de legitimidade e justiça: o justo e o legítimo são valores que a lei transcreve e prescreve, e aquilo que a lei não alcança não é Direito. 2 A igualdade é igualdade perante a lei; a liberdade é a que a lei permite; o crime é crime se a lei o define como crime; ninguém deve fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da lei. A lei passa a representar para toda a vida moderna o modelo de organização civil da sociedade. A perfeição da lei não admite qualquer leitura que fuja ao seu sentido literal – a verba legis – o sentido gramatical de suas palavras. 3 Para os juspositivistas o Direito é a lei. Todavia, não há como negar a importância dos juspositivistas na sociedade contemporânea. O legalismo positivista guarda a profunda defesa da ordem posta. 4 Kelsen e a Teoria Pura do Direito 5 O Normativismo jurídico Não é uma reação atualizadora do positivismo legalista e, nem muito menos, uma retomada idealista do fenômeno jurídico, circunscrito na virada do séc. XIX pelos sociologismos e pelo cientificismo que retirou do Direito o seu status de conhecimento transcendental, colocando-o no âmago dos problemas humanos. Kelsen propõe uma depuração do objeto da ciência jurídica, como medida, inclusive, de garantir autonomia científica para a disciplina jurídica, que, segundo ele, vinha sendo deturpada pelos estudos sociológicos, políticos, psicológicos, filosóficos etc. 6 NORMA HIPOTÉTICA FUNDAMENTAL -Finalidade de conferir validade à norma jurídica -Pode Consistir na Constituição anterior ou numa revolução vitoriosa. Ela se encontra na base da validade de todas as normas que constituem um ordenamento jurídico 9 ESTADO E DIREITO -O Estado é uma ordem jurídica; -O Estado é a personificação do Direito, mas nem toda ordem jurídica seria Estado; -A Teoria não considera impossível a legitimação do Estado, apenas diz que essa legtimação não é a tarefa a ser cumprida pelo direito, pois a legitimação exige fundamentação ética e política. Críticas à Teoria Pura do Direito e ao Positivismo Jurídico. Para o positivista a lei assume a condição de único valor. O positivismo jurídico é uma doutrina que não satisfaz as exigências sociais de justiça. 12 Se, de um lado, favorece o valor segurança, por outro, tem-se que o direito não se compõe exclusivamente de normas, como pretendem essas correntes. As regras jurídicas têm sempre um significado, um sentido, um valor a realizar. 13 13 Das críticas feitas se extraem algumas conclusões: a) Não só os atos de vontade, mas também os atos intelectivos, estão impregnados do subjetivismo e da ideologia do intérprete; b) o ato de interpretação do cientista do Direito também está preenchido de ideologia, restando prejudicada a concepção kelseniana da neutralidade pura ou pureza científica do cientista do Direito; 14 14 c) O Direito evolui permanentemente através dos atos contínuos de interpretação e como prova disto temos a Jurisprudência dos Tribunais e a doutrina, onde há sempre várias posições contrapostas, que refletem diferentes ideologias vigentes na sociedade, e contribuem enormemente para o avanço do Direito e para a busca da justiça. 15 15 A caminho da paz O novo Código de Trânsito é um fenômeno que merece atenção. Ao mesmo tempo em que provoca a diminuição do número de acidente se de vítimas nas ruas e estradas, ele vai também destruindo muitas das idéias mais negativas que os brasileiros fazem de si próprios e de seu país. Irremediavelmente indisciplinados, os brasileiros? Sempre procurando um “jeitinho” de driblar a lei? Contrários a penas e multas duras e pesadas? Ou então querendo, malandramente, que elas sejam mesmo muito duras e pesadas, mas só porque assim se distanciam da realidade e não “pegam”, ficando tudo por isso mesmo? País do faz-de conta, o Brasil, onde o bom mesmo é fazer as coisas para inglês ver e não para valer de fato, preto no branco? Tudo preconceito.[...] Quando se examina bem a questão, verifica-se que na verdade não há tanto motivo assim para surpresa diante da adesão da população a uma lei dura como essa. Antes de mais nada porque, como mostram os números, o custo da guerra do trânsito, com seu cortejo de centenas de milhares de mortos e mutilados, se tornou insuportável. É natural, portanto, que, na primeira oportunidade em que mostrou vontade de agir com rigor, o poder público tenha contado com o apoio da população. Dar um basta à irresponsabilidade com que os motoristas em geral se comportam nas ruas e nas estradas tornou-se quase um imperativo de sobrevivência.Fonte: MOTA, Lourenço. Folha Online. 1. Para Kelsen o respeito aos valores de uma determinada sociedade é relevante para o reconhecimento da juridicidade da norma? Justifique 2. Seria válida a norma que, mesmo injusta, obtivesse adesão da sociedade quanto ao seu cumprimento? Justifique
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