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8- Oposição

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Oposição – Arts.56 a 61.
forma de intervenção espontânea e facultativa de terceiros - o terceiro vem ao processo por iniciativa própria. 
o terceiro surge alegando que o direito em juízo discutido, ou o objeto litigioso não pertence nem ao réu nem ao autor, mas sim a ele próprio. 
via de regra, é sempre prejudicial à ação principal, visto que o resultado da oposição afeta diretamente o resultado da ação principal. Desse modo, se o juiz acolhe a oposição, ele não poderá acolher os pedidos constantes da ação principal, sob pena de haver decisões conflitantes que venham a ferir o princípio da harmonia dos julgados.
A oposição é uma forma de intervenção de terceiros que possui natureza jurídica de ação, o que significa que, havendo oposição, haverá duas ações tramitando nos mesmos autos. Na ação principal, figuram no pólo ativo o autor e no pólo passivo o réu. Na oposição, o opoente figura no pólo ativo e o autor e o réu da ação principal figuram no pólo passivo, com a nomenclatura de opostos, formando um litisconsórcio passivo necessário.
Procedimento da Oposição
É cabível sempre que o processo principal estiver entre a fase de citação e a fase de sentença, o que significa dizer que não é cabível oposição quando o processo principal estiver em fase de recurso, após a prolação de sentença de primeiro grau.
O procedimento da oposição variará conforme a fase em que esteja a ação principal, não havendo um procedimento único. Vejamos:
entre a citação e antes do início da audiência de instrução: se a oposição é ajuizada nesta fase, tramitará em apenso aos autos principais. A citação dos opostos dar-se-á, de acordo com a melhor doutrina, por meio de publicação no Diário Oficial, como forma de imprimir celeridade ao feito; a decisão ocorrerá de forma conjunta, com análise da oposição em primeiro lugar;
entre a audiência de instrução e a sentença: se a oposição for ajuizada nesta fase, haverá a criação de um processo autônomo, pois não haverá vantagem de autuação em apenso. Tem-se, então, dois processos e duas ações, e a oposição deve ser distribuída por dependência, pois apesar de ser autônoma, ocorreu o fenômeno da prevenção. Cumpre observar que ao juiz abre-se a faculdade de suspender o feito principal pelo prazo de até 90 dias, como forma de possibilitar o julgamento conjunto do feito principal e da oposição. 
Ressalte-se que, no procedimento em que a oposição é autuada em apenso, a sentença será formalmente única; entretanto, devido a relação de prejudicialidade entre a oposição e a ação principal, deverá o juiz apreciar a oposição antes da ação principal. 
Caso a oposição seja ajuizada após a audiência, o processo principal estará numa fase mais adiantada que a oposição. Do ponto de vista lógico, a oposição deveria ser julgada antes do processo principal, entretanto este estará em fase final, logo, em descompasso com o andamento da oposição. 
O Código de Processo Civil, ao antever o referido problema, trouxe uma solução parcial, conforme anteriormente informado, qual seja: ao juiz abre-se a possibilidade de suspender o processo principal para permitir que a oposição tenha a possibilidade de chegar à mesma fase da ação principal. Entretanto, o Código estabeleceu um limite de, no máximo, 90 dias para a suspensão do processo principal.
Esse prazo de 90 dias dado pelo legislador, muito provavelmente, não será suficiente para a oposição chegar à mesma fase em que se encontra a ação principal. Chega-se, então à análise da maior dificuldade em relação ao estudo e aplicação do instituto da oposição. Como solução, temos que o juiz deverá proferir sentença na ação principal, ainda que não tenha sido julgada a oposição. 
	Por fim, observa-se que, julgada a ação principal, a disputa do direito ou objeto em litígio na oposição ficará entre o terceiro opoente e o oposto vencedor da ação principal.
Como exemplo, citamos a seguinte hipótese: A move ação contra B. C ajuíza uma oposição contra ambos, após a audiência de instrução. Suspenso o feito, ao final do prazo, verifica-se que os noventa dias previstos pelo código não foram suficientes para que a oposição chegasse à mesma fase da ação principal; desse modo, o juiz deverá julgar a ação principal antes da oposição. De acordo com essa casuística, podem ocorrer algumas situações:
Juiz julga procedente a ação principal e improcedente a oposição: neste caso A terá direito ao objeto ou direito em litígio;
Juiz julga improcedente a ação principal e improcedente a oposição: neste caso B tem direito ao objeto ou direito em litígio;
Havendo desistência da ação principal, a oposição prossegue com o terceiro no pólo ativo e com o réu da ação principal, no pólo passivo da oposição.

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